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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 19 de julho de 2023

108 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Casamentos castros.

Antigamente, a maioria dos casamentos era arranjado. O pai do rapaz se entendia com o pai da moça e estava decidido, não tinha quiriquiqui nem munganga, a palavra deles era a última.

Em Várzea-Alegre aconteceu um desses casamentos, onde o maior sentido de afetividade que existia do casal era serem primos legítimos. Desenvolvia-se uma convivência desentendida, desarmoniosa, muitas brigas e muitos arranca rabos.
Apesar de tudo isso, nunca se ouviu falar em traição. Nasceram dois filhos que na idade adulta foram estudar em Fortaleza, e, depois de formados fixaram residencia por lá e nunca mais retornaram à terrinha.

Ligavam todo Domingo para ter noticias e sempre preocupados com relacionamento dos pais. Certa feita, o filho perguntou - Papai como estão as coisas, como está o relacionamento do senhor com a mamãe?
O velho respondeu - Tá meio bolero!
O filho, como assim?
O velho explicou : bolero num é dois pra lá e dois pra cá.
Meio bolero é um pra lá e o outro pra cá.



4 comentários:

  1. Era assim mesmo, e, as principais vitimas eram as mulheres.

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    1. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkl melhor separar.....

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  2. Conheço a historia de muitos casais do Arneiroz, Várzea-Alegre e Crato que não se conheciam, nunca tinham se visto antes do casamento.
    Cinco filhos de Manuel Alves Feitosa de Morais, Manuelzinho da Fazenda Pita, em Arneiroz casaram com cinco filhos de José Raimundo Duarte, do sitio Sanharol em Várzea-Alegre. Três filhos do mesmo José Raimundo Duarte, de Várzea-Alegre se casaram com três filhos do Major Eufrásio Alves de Brito, do Sitio Malhada em Crato. Não tinha munganga nem quiri quiqui. A última palavra era a dos pais.

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  3. Neste caso, a autoridade extrpolava e muito, os seus limites.

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