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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 21 de abril de 2020

111 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Apesar de ser um tema enjoado, cheio de paixões, emoções, tricas e futricas, que poucas pessoas se atrevem a comentar, a partir de então, vou escrever sobre "Politica varzealegrense", com um divisor: Antes e depois de 1962. Porque esta data limite? Porque  depois deste tempo as brasas ainda estão acesas e o fogo pode rebentar. Nesta data, 1962, os "Correias" perderam a hegemonia politica que detinham desde a fundação do município em 10 de Outubro de 1870.

Necessariamente não carece ser um historiador, um estudioso do tema, basta ser um observador da historia. E, no que se refere a politica antiga de Várzea-Alegre eu conheço um pouco. Posso afirmar, sem medo de errar, que agora como dantes, não tem santo nessa história. 

Há vinte e cinco anos fui convidado por dois amigos para me filiar a um partido politico. Para atendê-lhes, filiei-me ao famigerado PDS, partido que, no passado, deu sustentação a ditadura militar, presidido pelo "Honorário Sarney, conforme Palmério Dória - no seu livro "Honorários Bandidos".

Numa convenção do partido, os dois amigos, sem que me vissem por perto, conversavam. Um deles disse para o outro:  você não acha o Antônio Morais muito rebelde para  fazer parte  do diretório do partido? No que o outro respondeu: bota ele na vice,  o vice não tem nenhum poder, não serve pra nada, não tenha medo, não se preocupes com esse detalhe. Eu ouvi calado, calado fiquei, mas, daquele dia em diante fiquei certo que não existe amizade em politica, especialmente quando se deseja abortar  um ou eliminar estrategicamente possíveis concorrentes.

Assim, começarei os meus relatos com o maior líder politico da historia de Várzea-Alegre, em todos os tempos: o Coronel Antônio Correia Lima que como  Borges de Medeiro, no Rio Grande do Sul, foi prefeito de nossa terra quantas vezes quis.  

Da fundação do Município até 1892 foi um período de anarquia, um sobe e desce de intendentes e nomeações autoritárias. Poucos registros existem a respeito. 

De 1892 a 1920,  o município esteve no comando de José Raimundo Nonato de Morais,  Zezinho Bilé do Coité, que passou o bastão para o Coronel Antonio Correia  em 1920,  que governou até 1924, transferindo para o seu irmão Coronel José Correia Lima até 1930, que  transferiu de volta ao Coronel Antonio Correia Lima até o seu  falecimento em 1939. Com o falecimento  do Coronel Antonio Correia assumiu o vice Vicente Honório de Oliveira.



2 comentários:

  1. Sagacidade politica é ocupar os espaços partidarios. Irmão numa legenda, esposa noutra, amigo etc, e, assim alimina-se concorrentes.

    Quando existe partido sobrando, aí vem outra estrategia de eliminação. Vantagens como apoios a candidatos a vereadores, secretarias e por fim a vice.

    O que o vice não quer saber é que jamais será candidato a titular com apoio do operador da trama.

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  2. De 1892 a 1920, o município esteve no comando de José Raimundo Nonato de Morais, Zezinho Bilé do Coité, que passou o bastão para o Coronel Antonio Correia em 1920, que governou até 1924, transferindo para o seu irmão Coronel José Correia Lima até 1930, que transferiu de volta ao Coronel Antonio Correia Lima até o seu falecimento em 1939. Com o falecimento do Coronel Antonio Correia assumiu o vice Vicente Honório de Oliveira, casado com Ester Correia filha do Coronel Antonio Correia, portanto seu genro.

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