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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 13 de maio de 2023

035- Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Foto da antiga prefeitura. Posteriormente cadeia pública após inauguração do novo edifício sede.
 
Várzea-Alegre, Sitio Vazante 24.02.1877, Roçado de Dentro, 23.02.1971. Casado com Ermelinda Alves Bezerra, filha de Quinquim  da Vazante. Foi delegado civil  de Várzea-Alegre por 24 anos, 1930 a 1954.

Matias Alves Bezerra, agricultor, pecuarista, homem sóbrio, trabalhador e austero, foi, por longos anos, o nosso delegado, cargo que exerceu com a dignidade que lhe era peculiar, com brandura, justiça e sensatez.

Ele e Manuel Calango, o Calango Carcereiro, e uns escassos "meganhas" soldados da velha policia adormecidos em seus postos e já misturados as nossas gentes, eram o sustentáculo da ordem, a chamada ordem publica.

Exceto alguns bêbados chatos que, às vezes, ensaiavam bagunças nada tinha a fazer e a cadeia, que os gaiatos diziam está na Praça da Liberdade, que não existia jamais, citando nossos contrastes, a cadeia, simplesmente, dava-lhes acolhida, enquanto curtiam suas carraspanas.

Não sendo alto, era homem de boa compleição física, corado, de bom humor, valendo sua simples presença a autoridade que representava.

Morava afastado do centro, do outro lado da lagoa, na Vazante, em ampla e confortável casa, à margem da estrada do Sanharol. Casado com Dona Ermelinda Alves Bezerra, são filhos : José e Leonilia.

Aqui pra nós, Matias detestava o chatíssimo "Teja preso" como não lhe agradava prender alguém.




3 comentários:

  1. Vinte e quatro anos como delegado civil de sua terra. O que mais desagradava Matias Alves Bezerra era o termo "Teja preso".


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  2. Naqueles tempos a ordem pública era exercida com vase mo respeito mútuo. Diferente de hoje, que os bandidos é quem mandam.

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  3. Lembro muito eu morava na rua José Alves Ribeiro

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