Foto - Menininho Bitu e José André Na Fazenda Cacimbinhas em Assaré.
No dia 29 de Abril de 1983 eu reuni na Fazenda Cacimbinhas, em Assaré, três figuras prestimosas de Várzea-Alegre.
O meu pai José André, Mundim do Sapo e Menininho Bitu.
Festejávamos o aniversário de José André.
Fiquei o dia todo ouvindo as prosas, as proezas e os leros dos três amigos, não faltaram, pena que naqueles velhos tempos não haviam os recursos de hoje para terem sido gravados os momentos de descontração, cultura popular e memória da nossa verve.
Dentre as muitas historias engraçadas destaco uma para lhes contar neste texto que passo a escrever com a caneta do coração e da saudade.
Foto - Mundim do Sapo, no dia de seu primeiro casamento com Ana Feitosa Bitu em 1936.
Passaram a falar de hora aperreada, na versão deles hora difícil que todo ser humana, um dia, teve que enfrentar na vida.
José André contou a dele, Mundim do Sapo também, e, por fim chegou a vez de Menininho.
O velho Bitu falou que a hora mais aperreada de sua vida foi no dia do casamento.
O paletó emprestado por Chico Inácio da Boa Vista não lhe cabia, não abotoava, quando esticava uma manga e outra encolhia, a gravata não tinha quem soubesse dar o nó.
E, concluiu dizendo - "Quando disseram trás o noivo, eita hora aperreada danada".
Mundim do Sapo, prendendo os lábios para não ri observou : "ei Menininho, também quando disseram apaga a lamparina".....
Escrever sobre Mundim do Sapo, José André e Menininho Bitu é resgatar o que de melhor existiu em termos de humildade, humanismo, caridade, humor e alegria dos descendentes de Papai Raimundo.
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