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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 4 de outubro de 2022

35 - Era do Império, Por Equipe Dom Pedro II do Brasil.


Suas Altezas Imperiais e Reais o Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, e sua esposa, a Princesa Consorte do Brasil, Dona Maria da Baviera de Orleans e Bragança, por ocasião da celebração religiosa de seu casamento, a 19 de agosto de 1937, na Capela do Palácio de Nymphenburg, em Munique, antiga capital do Reino da Baviera.

O Príncipe Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil entre 1921 e 1981, casou-se, a 19 de agosto de 1937, na Capela de Santa Maria Madalena, no Palácio de Nymphenburg, em Munique, na Alemanha, com a Princesa Maria da Baviera, filha do Príncipe Francisco da Baviera e da Princesa Isabel de Croÿ, e neta do Rei Luís III, último Soberano bávaro, deposto ao fim da Primeira Guerra Mundial.

O casamento do herdeiro do Trono Imperial do Brasil repercutiu muito nos meios monárquicos de vários países da Europa, e foi igualmente comemorado pelos monarquistas brasileiros, pois significava a continuidade da Dinastia. Nos Arquivos da Casa Imperial do Brasil, em São Paulo, existem numerosas manifestações de regozijo pelo fato. Tais manifestações, a propósito do casamento do então Imperador “de jure” do Brasil, foram inúmeras e ocorreram em todos os Estados brasileiros.

Uma entre muitas outras: em Recife, capital do Estado de Pernambuco, os monarquistas gozavam de grande influência cultural e social, e resolveram comemorar o casamento de Suas Altezas sugerindo que fosse dado o nome “Dom Pedro Henrique” a uma rua. O pedido foi recebido favoravelmente pelas autoridades municipais, de modo que, “usando das atribuições que lhe são conferidas por lei, o Sr. Prefeito desta Cidade resolveu, pelo Decreto nº 400, de 4 de novembro de 1937, denominar a rua recentemente aberta, transversal do lado esquerdo à Av. Visconde de Suassuna, no flanco da casa 747, de RUA DOM PEDRO HENRIQUE”.

Assim consta na edição de 10 de dezembro de 1937 do “Correio Imperial”, publicação monarquista da capital pernambucana. E ainda hoje, a rua permanece com o nome de Dom Pedro Henrique, conforme pode ser atestado em mapas online.  

Baseado em trecho do livro “Dom Pedro Henrique, o Condestável das Saudades e da Esperança”, do Professor Armando Alexandre dos Santos.

4 comentários:

  1. Eu repito sempre. A diferença entre Monarquia e Republica é que os monarcas preparem sucessores e a republica prepara herdeiros. Veja a descendência dos imperadores e compare com os filhos dos políticos da republica. Os republicanos além de desonestos envolvem mulher, filhas, irmãs, irmãos e família toda nas falcatruas. É o que se vê : São filhos de Lula, é mãe de Gedel, Irmã de Aécio, filha de Temmer, filha de Serra, e, por fim filhos do Bolsonaro como pequenos exemplos.

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  2. Dom Pedro Henrique de Orleans e Bragança foi um homem profundamente coerente!
    Segundo a Wikipédia: “Mesmo enfrentando o anonimato e a cláusula pétrea inseridas nas constituições republicanas (que proibiam sequer de se falar nas vantagens de uma monarquia em relação ao regime republicano), Dom Pedro Henrique foi atuante politicamente no período em que viveu no Brasil”.

    (Na crise política da renúncia de Jânio Quadros, em 1961, a elite militar chegou à conclusão de que a República tinha fracassado no Brasil e procuraram Dom Pedro Henrique, na sua fazendola, no Norte do Paraná)

    (Ele) “Chegou a ser convidado por militares a dar um golpe de Estado, e restaurar a monarquia, mas ele recusou-se prontamente, alegando que não iria usar das táticas e artifícios aos quais à república sempre soube usar; disse também que só queria uma monarquia dentro da vontade democrática, e que voltasse por meio do povo, em um referendo” (ou seja de um plebiscito).

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  3. O texto abaixo foi publicado no Face Book "Causa Imperial, em 15-02-2015:

    "“A MONARQUIA SÓ VOLTA PELA VONTADE POPULAR”

    Como todos sabem, às vésperas do Contragolpe de 1964, um grupo de militares de alto escalão se dirigiu ao Príncipe Dom Pedro Henrique (1909-1981), então Chefe da Casa Imperial do Brasil, para lhe oferecer a Restauração da Monarquia, por meio de um golpe de Estado. Sem hesitar, e demonstrando tremenda grandeza moral e espírito democrático, Sua Alteza Imperial e Real respondeu:

    “Não utilizarei de artimanhas republicanas para retornar ao poder. A Monarquia só volta pela vontade popular, pois, só assim, será legítima.”

    Atualmente, muitos monarquistas questionam – até de maneira desrespeitosa – o fato do Príncipe Dom Pedro Henrique não ter aceitado a proposta dos militares. A maioria traça paralelos com a situação da Espanha, onde, em 1975, após a morte do ditador Generalíssimo Francisco Franco, o Rei Juan Carlos assumiu o poder e guiou seu País de volta à democracia.

    Bom, é necessário um estudo mais aprofundado da História por parte daqueles que acham que o então Chefe da Casa Imperial do Brasil se encontrava em situação tão semelhante à do Rei da Espanha. Os militares brasileiros queriam que o Príncipe Dom Pedro Henrique se tornasse uma espécie de Imperador fantoche do Regime Militar; a Monarquia teria caído tão logo ocorreu a pseudo-Abertura Política. Na Espanha, o Rei Juan Carlos ascendeu ao Trono ao fim da Ditadura Franquista, acabando com o poder dos militares.

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  4. Como se observa, nos dois episódios acima, Dom Pedro Henrique tinha um perfeito discernimento da grande crise e do grande problema que representava (e continua representando) a imposição da forma republicana de governo ao Brasil, feita por meio do golpe militar de 15 de novembro de 1889.
    Ele teve a grandeza de saber aguardar, com paciência e resignação, a evolução dessa crise. Que só fez piorar nos últimos 60 anos.

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