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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 31 de maio de 2025

CRATO - FRAGMENTOS DA SUA HISTÓRIA - Postagem do Antonio Morais


Na primeira metade do século XX, o Crato era o centro de uma grande região para onde tudo convergia. A grande feira semanal e o movimentado comércio, atraíam compradores e vendedores, que em lombos de animais acondicionavam as mercadorias que faziam para comercializar e levavam aquelas que compravam para revenda ou consumo. Crato negociava com os Estados de Pernambuco, Piaui, Paraíba e Rio Grande do Norte.

O prédio desta foto, (pena não ser colorida) de magnífica arquitetura, estilo barroco, que floresceu no século no XVI permanecendo até o século XIX.

Era sua fachada bem elaborada, revestida com azuleijo (provavelmente português) muito comum naquela época, com arcadas ogivais e a incansável criatividade do artesão, carregada de atmosfera artística e cultural.

As 20 portas visíveis com arcadas em alto relevo, davam harmonia e graça ao trabalho artistico da alvenaria.

Se observar as arcadas ogivais das 20 portas, (12 na face voltada para a rua e 08 na face voltada para a Praça Siqueira Campos) o leitor se surpreenderá com os detalhes. Somente 05 portas davam acesso ao interior do prédio. Esse estilo arquitetônico, pouco a pouco vai desaparecendo e virando poeira na noite dos tempos, restando apenas saudosas lembranças como esta. Não foi detectado sinais de iluminação pública. Se desejar vizualizar a foto em detalhes, use Softwares tipo: Picasa 3, Corel photo-paint x3, ou similar.

Este cenário fotográfico, localizava-se na antiga Rua do Commércio com o seu calçamento de pedra tosca, e foi palco de grandes decisões financeiras, que promoveram o progresso do Crato, da Região do Cariri e estados vizinhos, pois aqui, foi instalada em 1921, a primeira instituição de crédito do Sul do Ceará: O Banco do Cariry (Cariry – ortografia antiga), graças aos esforços e arrojado desempenho de D. Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro bispo da recém criada Diocese do Crato. Nas duas placas, uma acima do transeunte e a outra em frente a Praça Siqueira Campos, está escrito “Banco do Cariry”.

Após 1930, a Rua do Commércio passou a denominar-se: Rua Dr. João Pessoa.

Vale observar que até o século XX, nas cidades interioranas que normalmente se iniciavam com pequenos vilarejos, a rua onde se aglomeravam as casas de comércio (secos e molhados, tecidos e confecções, artigos de armarinho, ferragens, e tudo o mais) era denominada pela população de rua do Commércio (commércio – ortografia antiga), mas, no caso do Crato, já no século XIX, essa rua era popularmente conhecida por Rua Grande.

A antiga Rua do Commércio terminava na Praça Siqueira Campos. Essa Praça foi inaugurada em 1917 pelo Prefeito Cel. Teodorico Teles de Quental. Lá no cantinho da Praça, o leitor atente para o trabalho também artesanal da copa bem cuidada do pequeno pé de benjamim, demonstrando a preocupação do governo municipal com o cartão postal da cidade. Tempo bom aquele!

Amadeu e Geraldo Teté - Por Antônio Morais.



Dedico esta postagem a esses varzealegrenses que sabem valorizar a sua terra e sua gente. Amadeu, funcionário aposentado do Bando do Estado do Ceará S/A, pessoa muito querida em nosso meio, filho do famoso Chico de Amadeu, grande sanfoneiro e artista de nossa terra. Amadeu, hoje em dia, coordena os movimentos de ECC – Encontros de Casais com Cristo com muita dedicação e presteza. Nosso reconhecimento, estima e admiração.

Geraldo Teté, filho de José Alexandre da Costa e Maria Cavalcante Costa, Mariinha, filha de mestre Silvino Josué da Silva. Geraldo foi sem duvida o mais divertido dos nossos conterrâneos. Faleceu ainda jovem e deixou uma lacuna que dificilmente alguém o substituirá.

O vídeo é antigo, esperem baixar e ouçam o Hino de Várzea-Alegre e o Bendito de São Raimundo executado pelos dois sem nenhum instrumento.


Historias de varzealegrenses - Por Antonio Morais


José de Sousa Lima - Pé Veio.

Do Pé Veio temos muitas. O difícil é escolher a melhor. Mas certa vez, por voltas das 09hs da noite, estavam na calçada da casa do Buenos Aires - Fatico, Pé Veio e mais algumas pessoas proseando. De repente surgem umas pessoas procedentes da cidade de Juazeiro do Norte, a pé, que seguiam para Canindé, com a finalidade de pagar promessa. Se aproximaram, deram boa noite e pediram para pernoitar, visto que não conheciam a região e estavam cansados.

Fatico com sua generosidade e hospitalidade concedeu abrigo afirmando lamentar que sua esposa estivesse ausente e não ter quem fizesse, pelo menos um lanche para eles. Então, Pé Veio perguntou a toda voz: vocês gostam de coalhada? Os romeiros ficaram alegres como pinto em chinica e responderam todos a uma só voz: sim, gostamos.

Pé Veio passou uma mão na outra, lambei os beiços e lascou: taí Fatico, se tivesse eles achavam era bom!

Outra vez, Pé Veio passavam na Casa de Saúde São Raimundo a caminho do Buenos Aires, e, um filho de Dr. Iran estava cutucando um jumento com um cipó de marmeleiro. Pé Veio deu uma cubada na malinação e disse: Menina tu não cutuca este jegue que ele não sabe que tu é filho de Dr. Iran!.

Geraldo Teté - Por Antônio Morais.


Rendo a minha homenagem e gratidão, ao Geraldo Teté, um folclorista nato meu reconhecimento a sua memória e sua história.

Viva o nosso saudoso conterrâneo. "Linda  Brejeira e Cabecinha no Ombro" no vídeo do Geraldo Teté. Termina com uma humilde homenagem ao Padre  Vieira.

Acesse: www.mocidadedosanharol.com

Chico de Amadeu e José Clementino do Nascimento. - Por Antônio Morais.



Amadeu Neto, do Amadeu pai do Chico.

O Deputado Otacílio Correia conseguiu um emprego para Amadeu no Banco do Estado do Ceara. Cargo - Zelador.

Amadeu, sempre muito solicito, dizia para todo mundo que era um emprego muito bom, pois foi o Tio Otacílio quem arranjou. Cagava goma e contava vantagens para as negradas que tinha um Primo do pai dele muito importante que era diretor do Bec, nosso amigo Antônio Siebra Lima, conheci dos tempos do Bicbanco.

Amadeu arranjou uma namorada em Farias Brito dizendo que iria assumir a gerencia do Banco. Todo fim de semana era almoço de galinha caipira, capote, até um bacurin abateram um dia. 

Levou adiante esta lorota até quando pode.

Um belo dia, os pais da moça foram ao Banco e o viram fazendo faxina. Amadeu ficou bastante encabulado, mas, como todo bom varzealegrense tem uma boa saída, disse para o futuro sogro, que era uma praxe do banco os futuros gerentes passarem por todos os departamentos da agencia. O sogro foi falar com gerente e acabou o sonho do bancário - nem gerência nem noivado.

Mate um pouco a saudade do Chico e sua sanfona. Veja  no final do vídeo um depoimento de José Clementino.


sexta-feira, 30 de maio de 2025

Cuide-se - Por Antônio Morais.

Aqui termina o teu rostinho bonito, o teu nariz empinado, tua arrogância, tua soberba, tua ganância e tua falta de humildade.

quinta-feira, 29 de maio de 2025

NA MEDIDA, NEPOTISMO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


Para os que se incomodam com filhos de treinadores como auxiliares dos pais, anotem essa: a comissão técnica de Ancelotti na seleção brasileira conta com o filho e o genro.

É bom lembrar que a "família Scolari" era outra coisa.

PRECISAVA?

Precisava o OK de Neymar para a não convocação para a seleção brasileira? 

Todo mundo sabe que o jogador está, verdadeiramente, fora de forma há dois anos.

Quantos bons jogadores ficaram fora da lista por falta de melhor forma?

POR FALAR EM NEYMAR...

Ao custo de R$ 105 milhões por cada cinco meses de Neymar, o Santos não decolou.

E nada se sabe sobre o futuro dessa parceria.

Instado a respeito do assunto, o jogador respondeu: "Não. Não sei ainda".

BEM FEITO

Antes de ser eleito à presidência da CBF, Samir Xaud prometeu “preservar” os campeonatos estaduais. 

Agora, com o sucesso do conluio que lhe deu a vitória, já mandou avisar que vai reduzir, de 16 para 11 datas o tempo dos estaduais.

Bem feito.

FRASE

"Os cartolas pecam por ação, omissão ou comissão". Armando Nogueira.


quarta-feira, 28 de maio de 2025

Não tem mais ambiente para Marina Silva - Crusoé.

Ministra do Meio Ambiente usou sexismo e alegação de ataques pessoais para escapar das críticas de senadores da região amazônica

A ministra do Meio Ambiente Marina Silva não tem mais lugar neste governo Lula.

Ao ser bombardeada pelos senadores na Comissão de Infaestrutura nesta terça, 27, Marina usou a cartada do sexismo, querendo dizer que estava sendo criticada pelo fato de ser mulher.

Também tentou passar a ideia de que as pressões que recebeu foram ataques pessoais.

Essas foram as duas saídas que ela encontrou para fugir de um duro interrogatório no Senado.

A verdade é que o ambientalismo radical de Marina, que segue a cartilha internacional, não tem mais espaço no Congresso, nem no governo Lula, nem no Brasil.

APOCALÍPTICO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 

Em nosso País, o otimismo nada mais é do que a falta de informação.

Aqui, somos passageiros de um barco que navega em oceano de safados interesses.

Da política das emendas e das preocupações exclusivas com as próximas eleições.

Dos escândalos com dinheiro dos vulneráveis e da grana pública alvo da ação frequente dos ladravazes.

Da justiça vulnerável, do desarranjo fiscal e da inflação.

De um abismo de boca aberta esperando visitas.

Lugar onde se lava as mãos diante de coisas sérias em favor das vulgaridades. 

Como dizia Ivan Lessa: "Cada brasileiro vivo é um milagre".

O tempo, ah o tempo - Por Pedrinho Sanharol.

 

"O tempo coloca cada um no seu devido lugar. Cada rei ou rainha no seu trono, e cada palhaço no seu circo"

segunda-feira, 26 de maio de 2025

"TINHA EU 14 ANOS DE lDADE..." - Paulinho da Viola - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista

Aos 14 aninhos, a "trunfa" e a gola levantada, ao estilo dos roqueiros da década de 50/60, foto do garoto Wilton Bezerra.

Curtia o rock de Elvis Presley e o twist de Chubby Checker. Gostava do resfolego da sanfona de Luiz Gonzaga, ouvia e estranhava a Bossa Nova.

Não manjava nada de contracultura.

Olhar juvenil e cabuloso de quem achava o futuro glorioso.

O futebol já estava na veia. 

As ruas do Crato, o seu chão.

A mais pura verdade - Por Antonio Morais.

Quer deixar um conservador irritado?

Minta pra ele.

Quer deixar um esquerdista irritado?

Diga-lhe a verdade.

Theodore Roosevelt.

Comentário do Blog.

O Brasil trocou a Monarquia pela republiqueta de meia pataca. Achando pouco transformou a republiqueta na iniquidade moral. 

Hoje a republiqueta de meia tigela, representa o que de pior e mais ordinário existe no Mundo : Ludibrio, mentira, enganação, demagogia, hipocrisia, corrupção que seduziram uma população a putrefação geral e que acredita ser rica e faz parte da grande maioria da pobreza, sendo, sem nenhuma duvida, uma Somália em potencial.

Se o brasileiro está feliz continue fazendo o L e faça bom proveito, você merece a sua  desgraça.

NA BRONCA CARTOLAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Como pode a cartolagem do futebol brasileiro ser tão irresponsável?

As eleições da CBF com candidato único é de uma sordidez sem limites.

Por essa e outras, clubes que fazem a nobreza do nosso futebol estão com o pé no abismo.

ABERRAÇÃO

Não pode existir aberração maior do que torcida única no futebol.

A observação de que existem gerações de torcedores paulistas que nunca viram o adversário chorar ou sofrer é, de fato, alarmante.

O ato de torcer com provocações está na essência do jogo. Torcida única elimina isso.

CONCILIADOR

Na sua rica trajetória por clubes da Europa, Ancelotti sempre revelou um espírito conciliador e se deu bem.

Será que vai resistir, com seu estilo, ao ambiente de bagunça da CBF.

"Vai resistir, sim", vociferam os mais otimistas.

ADEUS

Vender craques é sinal de pobreza? De riqueza é que não é.

É triste não contar mais com a arte de Estevão em nossos estádios.

Mais um que dá bye bye ao futebol brasileiro.

FRASE

"No Brasil, o povo só se levanta para gritar gol". Sérgio "Arapuã" de Andrade.

Nossa Senhora Auxiliadora e o Sanharol - Por Antonio Morais.

Leonarda Bezerra do Vale, Dadá do São Cosme e Isabel de Morais Rego, Bebé de Sanharol eram a penúltima e última filhas de José Raimundo Duarte, José Raimundo do Sanharol respectivamente.

Um dia Bebé chegando na casa de Dadá conheceu uma feira da Fundação Padre Ibiapina do Crato e esta lhe deu uma imagem de Nossa Senhora Auxiliadora.

De volta ao Sanharol conversando com as filhas Josefa e Raimunda falou : Precisamos compor um bendito para cantarmos nas novenas que vamos estipular as datas. 

Assim é que Raimundo de Morais Rego, Mundinha do Sanharol uma analfabeta que não sabia ler nem escrever fez essas expressivas estrofe e colocou a música:

Maria Auxiliadora, 

Nossa mãe tão venerada,

Nas aflições desta vida,

Sede nossa advogada.


Sede nossa advogada,

Sede nossa protetora,

Rogai por nós a Jesus,

Maria Auxiliadora.


As lindas flores dos campos,

São um jardim de alegria,

Mas, não dão para igualhar,

Com o retrato de Maria.


Para que com alegria,

Gozemos do sumo bem,

Maria Auxiliadora, 

No céu para sempre amém.

Leonarda Bezerra do Vale, Dadá do São Cosme tinha uma grande ligação com o Crato, era tia e sogra do Professor José Bezerra de Brito, Zuza Bezerra. Uma personalidade muito importante  da sociedade cratense. 

quinta-feira, 22 de maio de 2025

Comunismo - Por Margaret Thatcher.

Um comunista quando fala, mente! Quando cala, encobre! Quando tem puder rouba, e quando perde o puder, destroi!

Assim construíram sua vitória!

Socialismo - Definição - Postagem de Antonio Morais.

Socialismo é o nome dado pelo iluminismo à demagogia. O socialismo é forjado pela inveja, é administrado pela hipocrisia, gera preguiça e destrói a riqueza.

Educar com o marxismo é como amamentar com as drogas.

NA MEDIDA - CBF: MELHOR NÃO FICA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Já disse e repito: qualquer que seja a escolha para a presidência da CBF a situação vai ficar pior.

Enquanto o futebol brasileiro não tiver uma liderança verdadeira (eu disse verdadeira), nascida dos clubes, a entidade vai ser problema e não solução.

Os estatutos da CBF que dão maiores poderes às federações é uma coisa vergonhosa. Afora outras aberrações administrativas.

A cartolagem estadual deita e rola.

Para quem está habituado a escândalos em séries, a escolha de um tal de Xaud, por parte dos que fazem qualquer negócio, é surpresa zero.

TREINADORES E O EFEITO DOS 7 X 1

O 7 X 1, uma humilhação não cicatrizada, sobrou para os nossos treinadores.

A critica vociferou: "Nossos técnicos estão superados, é preciso renovar!".

O clamor pela tal renovação impulsionou até os treinadores interinos, apresentados como "novidades".

Não demorou a "invasão estrangeira", com preferência pela escola portuguesa de treinadores.

O movimento desembocou na escolha de um italiano para treinar a seleção brasileira: Ancelotti.

LÁ FORA

Treinadores brasileiros nunca tiveram prestígio em países de relevância no futebol.

Lá fora, sempre se achou que o jogador brasileiro, por suas habilidades, foi o responsável maior pelo bom futebol dos nossos times.

FRASE.

"Treinador de futebol é uma das raras profissões em que se perde o cargo por incompetência alheia". Zé Roberto Padilha, ex-jogador do Fluminense e Flamengo.

quarta-feira, 21 de maio de 2025

Pedrinho de Hermínia - Por Antonio Morais.

Pedrinho de Hermínia, um excelente motorista e também um eterno gozador. Era impressionante a facilidade que ele tinha para contar piadas, imitando as vozes dos personagens.

Um exímio  motorista de caminhão, meu amigo, conterrâneo e camarada, prestou serviços a vários empresários e comerciantes de Várzea-Alegre.

Certa feita, fez um transporte de mercadorias para empresário  Wilson Moreno, uma carrada de madeira do estado do Pará.

Quando vinha na divisa do estado do Tocantins com o Maranhão, já avistando as luzes acesas da cidade de Carolina, o carro apresentou um problema e deixou de funcionar.

Deixou o carro no acostamento e foi a cidade se comunicar com o patrão em Várzea-Alegre. No orelhão conseguiu  contacto, porém numa  época  de difícil acesso a bancos  foi aconselhado a esperar o outro dia,  arranjar  uma pessoa que tivesse conta corrente  para o numerário ser enviado. 

Sem dinheiro a fome não podia esperar pelo outro dia. Então, teve a ideia de procurar uma pensão e perguntar se  tinha algo para jantar.

A dona da pensão informou que não, que estava fora do horário,  e a comida era feita  a conta dos  hospedes. Mas, se ele aceitasse ela podia  preparar uns  ovos. 

Pedrinho concordou e a  senhora  trouxe 6 ovos cozidos com uma pitada de sal e pimenta. 

Pedrinho se serviu e ficou esperando a mulher dar uma bobeira para ele cispar, fugir.  Dito e feito num descuido quando a mulher olhou estava o canto mais limpo. A mulher  avistou o fujão já  do outro lado da rua  e gritou. 

Pedrinho parou, a mulher se aproximou e ele antes dela falar alguma coisa disse : "A senhora já viu um pais mais escolhambado do que o Brasil! Cada governo que vem é pior do que o anterior, contaminado pela corrupção e ladroagem.  E, o pior, não acontece nada a não ser com o Castela Branco que largaram um avião no dele foi asa prum lado, turbina prá outro, braço prum lado, perna prá outro. 

A mulher indagou : Meu amigo e os ovos! Pedrinho respondeu no embalo - Ainda não encontraram.

Por sorte a senhora tinha conta no banco da cidade, o patrão enviou o dinheiro, Pedrinho pagou os ovos e com o troco fez o conserto do carro e voltou para Várzea-Alegre.

Na politica nada se cria, tudo se copia - Por Antônio Morais

Agora como dantes nada se cria, tudo se copia. Sou um varzealegrense  radicado ao Crato há quase "cinquentanos". O único vínculo que nunca perdi com o município é o "domicilio eleitoral". Nunca mudei. Como eleitor desde 1972, quando votei pela primeira vez, procuro conhecer a história da "verve politica local", tão suja como em qualquer outra parte da nação.

Antônio Correia Lima, coronel da guarda nacional, cuja família mandou desde a formação do município em 1870 até a década de 60 do século passado perguntou a Dudau quando foi criada a instituição "Câmara municipal": Para que serve a "Caimbra", assim mesmo, "Caimbra".

Dada por Dudau a função do Verador, assim é que o coronel chamava,"verador", escolheu-se para presidente um seu compadre do distrito de Naraniú.

O escolhido declarou-se inapto: compadre eu não sei falar, eu só sei aboiar. Muito bem, dantes como agora, por trás do aboio, estava a confiança que o coronel depositava no presidente, a certeza da obediência.

No  quadro atual, corre um zum zum zum,que nem um vereador com mandato na casa pode se manifestar, se seu pensamento não for igual a aqueles, que como Antônio Correia Lima nomearam o presidente da atual "Caimbra".

O fato é que houve avanço na civilidade democrática. Hoje desliga-se o microfone, corta-se a palavra e por aí para. No tempo do coronel  Antônio Correia quem ousasse contrariar entrava no cipó.

O ROMANTISMO VARZEALEGRENSE - POR ANTONIO MORAIS


Talvez, Várzea-Alegre seja a cidade nordestina onde mais se encontra homens casados namoradores. Vez por outra as mulheres casadas descobrem que tem sócias. 

Nos últimos tempos, um parente bem apessoado e com dinheiro farto, que não era muito chegado as badalações sociais da cidade, e, que gostava mesmo era de agir sozinho em busca de aventuras sexuais, esporte de sua predileção, numa de suas incursões arranjou uns agrados, na periferia da cidade,  com uma cabocla. A coisa durou bastante, até que o ultimo a saber, soube.

O marido botou a mulher debaixo de confissão usando de violência, pois se ela delatasse o amante ele a perdoaria, caso contrario, ele a mataria; ameaça esta feita de faca na mão.

Então, a pobre traidora sem outra alternativa e chorando muito falou: É o "veio do Dogim".

A duvida de Chagas Taveira - Por Antônio Morais.


A dúvida de Chagas Taveira.

Dia de São Raimundo Nonato, tudo pronto para o encerramento. O povo em procissão pagava promessas as mais diversas.
Uns descalços, outros com uma pedra na cabeça, alguns ajoelhados, uns carregavam o andor, outros ofereciam ofertas em ação de graças.
Chagas Taveira que havia deixado outros tantos ou mais tomando cerveja gelada com tira gosto, ouvindo musica e papeando nas barracas, observando o movimento de penitência falou para um amigo :
Eita taboca lascada esse povo tá levando se não existir céu nem inferno.



14 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Margarida passava nos sítios com sua cestinha pedindo esmolas aqui ou ali, visto que vivia da caridade alheia. 

Virava um siri na lata  quando  chamavam de a Margarida bate no pandeiro. E  a meninada do Sanharol  não perdoava.  Escondidos  nas moitas de mufumbo  gritavam e  ela ficava atordoada sem  saber localizar. Muita crueldade mesmo.

13 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Lulu, mais uma personagem querida e estimado pelos varzealegrenses, sempre presente em nossas lembranças. 

11 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Chico Danga, o sonho e o Abravanel.

Quando Abravanel anunciou os 25 números premiados foi aquela algazarra. O bodegueiro quando soube da novidade reabriu o crédito fornecendo meia caixa de cerveja e três galeto.

Não demorou muito chegaram pelo correio as passagens aérias que levariam o novo milionário a conhecer Sílvio Santos no "Topa Tudo por dinheiro".

A mulher matou uma galinha caipira e fez uma lata de farofa para o guisado na viagem. Não sabia que era falta de educação falar com a boca cheia, e, haja farofa no paletó do Deputado que retornava do recebimento da "Medalha Papai Raimundo", em Várzea-Alegre, e teve o infortúnio de viajar lado a lado com o emergente.

Quando estava no rola rola atracado com a Sheila do Tchan, recebeu um balde d'água fria no rosto : Acorda coisa ruim, vai trabalhar, chega bêbado de madrugada depois quer dormir até o meio dia.

Era a mulher acordando-o do sonho para mais um dia de batente, vendendo água de porta em porta no seu jegue.

09 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Do Anchieta, eu tenho pouco conhecimento e informações. Vi muito desfilando com elegância por Várzea-Alegre. 

Sempre bem afeiçoado, de educação fina e trato amigável com as pessoas. Afirma-se que  era muito inteligente e que tinha uma cultura esplendorosa, embora padecesse de alguma deficiência mental, demência. 

Na foto com Valdir e Chico de Dudu, Anchieta aparece de terno seguido de Antônio de Dica. 

A postagem  foi uma solicitação do dileto amigo Edival Oliveira.

08 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Valeriano, o homem das distâncias. Pra chegar na Lardânia tinha que ser com uma carreta carregada de pneus, ir trocando no  caminho, andando em horários frios. 

Talvez  fosse possível chegar.

07 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


José de Sousa Lima, o conhecido Pé Veio, uma das figuras mais queridas de Várzea-Alegre pelo humor, pela graça e franqueza.

Dizia e afirmava que nunca teve e nem tinha medo de morrer. O medo dele era do Fatico morrer primeiro do que ele.  A justificativa para essa assertiva era  que o Fatico jamais deixou faltar nada para ele e sua família.

06 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Severino da Betânia era um Udenista inveterado. Como eleitor ressacado com o poder dos Correias, PSD desde o início do século passado até 1962, quando iniciou o mandato de Josué Diniz.
Para suceder Josué Diniz foi indicado o  Dr. Pedro Sátiro que se elegeu para o seu primeiro mandato em 1966,
Ao saber da noticia da candidatura do Dr. Pedro Sátiro Severino exclamou : Oh beleza, oh beleza, pode não ganhar mais faz um medo. Para Severino um medo já era bastante.
Severino tocava violão e com sua humildade animava  o ambiente com amigos. Assim era Severino da Betânia da Várzea-Alegre.

05 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Francisca Farias Mota, Chichica andava sempre muito bem afeiçoada, desfilava nas ruas bem vestida e cheia de joias. 
Certa feita, passava com um relógio extravagante no pulso e um transeunte perguntou : Chichica que horas são?
Ela deu uma cubada no relógio e respondeu : "vije, já é bem dez se num já for onze ou doze"!

04 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Tonico Braz podia ser considerado mais um contraste de nossa cidade. Era surdo e mudo, apesar dessa imperfeição  foi campeão de um "Show de Calouros" cantando a música Carolina do Luiz Gonzaga. 

Este fato inusitado foi destaque nacional na "Revista o Cruzeiro" no título "O impossível acontece".

03 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Trabalhador e honesto. 

Hoje nosso reconhecimento é para o Catita. Você se lembra?  

Amplie a foto e leia o texto.

02 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Narcisa estava num bar muito movimentado de Várzea-Alegre a pedir uma pinga em cada uma das mesas. 

Com modos grosseiros e deselegantes, a dona do Bar  mandou que ela se retirasse.  Narcisa atendeu, porém, já  na calçada botou as mãos na cintura e disse : "Você só quer ser as pregas, mas, a lua falta uma banda". 

Quem quiser que entenda a mensagem.

01 - Escolhidos de São Raimundo, você se lembra? - Por Antônio Morais.


Por todo este mês estarei postando fotos e dados biográficos de pessoas prestimosas que marcaram a cidade de Várzea-Alegre do seu jeito : Humor, graça, trabalho, demência, pobreza, alegria e humildade.

É a oportunidade  de  salvar a foto que vem acompanhada de algumas informações pessoais.

A primeira  mostra "Várzea-Alegre é natureza" - Mané Cachacinha.

terça-feira, 20 de maio de 2025

O PADRE, O JEGUE E A VÁRZEA - ALEGRES ! - Por J. Flávio Vieira

"A grandeza não consiste em receber
honras, mas em merecê-las.”
Aristóteles

Tem surgido um movimento popular em Várzea Alegre, no sentido de batizar o novo prédio da Câmara Municipal com o nome do Padre Antônio Vieira. Claro que, em tempos eleitorais, onde a luta por espaço político intensifica-se e vezes ganha ares de batalha campal, sempre existe o risco de procurar-se outros nomes , muitas vezes bem distanciados da cultura local, com fito único de impulsionar suas carreiras políticas. Imaginam, muitas vezes, que a Câmara é uma casa política, esquecendo-se que, em verdade, ela representa, sim,  a representação popular em cada cidade. Desconhecemos que outras personalidades podem estar no cardápio, quando se trata deste prêmio, queremos, assim, apenas defender o nome do Padre Antônio Vieira neste embate.

O Padre Vieira (1919-2003)  é , simplesmente, um dos mais célebres e importantes filhos que  a estirpe do Papai Raimundo  legou ao Brasil. Menino pobre, da Lagoa dos Órfãos, com inteligência e determinação,  venceu obstáculos aparentemente intransponíveis. Professor de incontáveis recursos, transitou pelo ensino do Português, do Latim, do Grego, do Italiano, do Francês, da Filosofia, do Hebraico. Formou-se em Direito na Universidade do Rio de Janeiro, licenciando-se em Direito, em Ciências, Filosofia e Letras. Graduou-se, além disso, na Universidade da Califórnia em  Economia. Da sua pena brotaram mais de vinte livros, entre estes,  o internacionalmente reconhecido “O Jumento, nosso Irmão”, ainda hoje o mais importante estudo sociológico sobre o assunto, em todo mundo, inclusive com tradução para o Inglês. A batalha pela preservação do irmão terminou inspirando Luiz Gonzaga numa das suas mais célebres e populares canções.  Com uma visão profundamente franciscana, o Padre Vieira construiu a Igreja de São Francisco , em Crato e tornou-se um dos nossos primeiros ecologistas, nos primórdios dos anos 60. Não bastasse isso, incansável, adentrou na vida política, em plena Ditadura Militar, elegendo-se Deputado Federal para o período de 1967-1970 . Profundamente atuante, orador incendiário, denunciou as profundas distorções da Ditadura instalada, a Tortura , a prisão e assassínio de líderes sindicais e estudantis e terminou cassado, sumariamente, em 1968, na primeira leva do AI-5. Continuou uma profusa vida jornalística,  escrevendo para jornais cearenses periodicamente e fundou o Clube Mundial do Jumento que contava, em suas fileiras, com personalidades artísticas e políticas importantíssimas do cenário mundial.

Cidadão do mundo, o Padre, decidiu, humildemente, ter seu berço e seu túmulo na sua amada Várzea Alegre, onde hoje repousa dos duros embates da vida, na sua querida Lagoa dos Órfãos.  Quando a Câmara de Vereadores decidir apor o nome do Padre Vieira no seu frontispício estará, não só homenageando um conterrâneo célebre e ilustre, mas imediatamente se comprometendo a seguir a sua luta, sua determinação e sua sensibilidade social. Mais que oferecendo uma láurea , um encômio,  a Câmara de Vereadores de Várzea Alegre estará assumindo um compromisso  de pugna, de decoro, de decência e de dignidade não só para consigo mesma mas    com a história do Padre Antônio Vieira.

J. Flávio Vieira

segunda-feira, 19 de maio de 2025

DR. RAIMUNDO DE OLIVEIRA BORGES – O ADVOGADO MAIS IDOSO DO BRASIL.



Raimundo de Oliveira Borges, nasceu em Caririaçú-CE no dia 02 de julho de 1907, foi um escritor de jurista Brasileiro. Filho de Clemente Ferreira Borges e Maria José de Oliveira Borges. Realizou o curso primário na sua terra natal e o curso secundário no Seminário São José do Crato, Instituto Araripe Júnior, Instituto Menezes Pimentel, Liceu do Ceará. Em Fortaleza e Ginásio da Bahia em Salvador.

Foi aprovado e ingressou na Faculdade de Medicina da Bahia em 1928, depois transferiu seus estudos para a Faculdade de Medicina de Pernambuco, sem concluí-los. Direcionou sua atenção para a Faculdade de Direito do Ceará em 1933, tendo sido o orador da turma que colou grau em 1937.

Iniciou sua carreira profissional na função de promotor de justiça nas comarcas de Tauá. Missão Velha e Crato. Depois se afastou do Minstério Público e começou a exercer a advocacia.

Fundou a Revista Itaytera e as faculdades de Direito e de Economia do Crato, onde foi por muito tempo mestre e diretor. Doutor Raimundo veio de uma família de camponeses e jamais se distanciou da sua “Canaã”, propriedade rural que herdara dos pais e passara a cuidar com carinho. 

Igualmente, foi fundador da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em nível de Ceará e das subseções de Juazeiro e Crato. Sempre esteve na luta pelo engrandecimento da instituição, a ponto de merecer a estima e consideração dos seus colegas.

Dr. Raimundo Borges, participou de uma audiência sobre a eletrificação da cidade de Crato, com o presidente da república Juscelino Kubitschek, no Palácio do Catete, na cidade do Rio de Janeiro, sede do governo federal até 20 de abril de 1960.

Em 1962 foi candidato a prefeito em sua cidade natal, Caririaçu, mas não foi eleito. Na Câmara do Crato foi vereador e alcançou a suplência de deputado estadual pelo antigo PSP. Recebeu título de cidadão honorário do Crato em 1975. 

Faleceu por volta das 14 horas de quarta-feira, 27 de janeiro de 2010 no Hospital São Miguel na cidade do Crato. 

Foram 102 anos bem vividos e deixou uma grande legião de amigos, admiradores e estimados familiares.

domingo, 18 de maio de 2025

FORMAÇÃO SACERDOTAL - Por PAPA LEÃO XIV.

A formação sacerdotal não deve ser moldada por tendências culturais, pelo politicamente correto ou pelo espirito de permissibilidade.

Ela deve ser formada no fogo da verdade, da castidade e do amor Eucaristico. O sacerdote não é chamado para afirmar identidades, mas para converter almas. 

Ele não é chamado para abençoar uniões pecaminosas, mas para chamar os pecadores ao arrependimento.

INSALUBRE - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Não devemos esperar boas notícias da CBF. A cartolagem só deseja duas coisas: poder e dinheiro.

E dinheiro (razão maior da cobiça) a entidade tem à granel. "O que o dinheiro faz por por nós não é nada em comparação com o que a gente faz por ele", disse Millôr Fernandes.

Soube-se que a falta de apoio a Ednaldo, no momento de mais um afastamento, deu-se por parte de quem foi barrado na farra de dinheiro distribuído.

Sai Ednaldo Rodrigues e, certamente, vai entrar gente pior do que ele. "Para que tudo permaneça como está é preciso que tudo mude". Lampedusa.

A CBF só dá chute na canela do futebol que ela dirige.

Ancelotti, ao que parece, não tinha ideia do lugar insalubre que vai habitar.

sábado, 17 de maio de 2025

Crônica do domingo: Memórias de um empregado da Princesa Isabel no exílio


Durante o exílio imposto à Família Imperial Brasileira após a quartelada republicana de 15 de novembro de 1889, a Princesa Dona Isabel de Bragança, tendo se tornado Chefe da Casa Imperial do Brasil, contratou, em 1895, para ser seu criado particular, o jovem e fiel francês Albert Latapie. Em suas memórias, ele nos informa que “A Princesa me disse que eu estaria ao seu serviço como empregado e prometeu ao meu pai que tomaria muito cuidado comigo; o que ela fez durante toda a vida”.

A Redentora saia muito e, geralmente, Latapie ia sempre junto, sentado na boleia do landó. Uma vez por mês, às sete horas da manhã, Sua Alteza ia a Versalhes, onde tinha seu confessor. Tomava café da manhã na casa paroquial, e de lá ia de encontro à sua grande amiga de infância, a Baronesa de Muritiba, nobre brasileira que havia acompanhado a Família Imperial em seu penoso exílio. Passeavam por Paris até a hora do almoço, quando, muitas vezes, o cocheiro aproveitava para trocar os cavalos para o período pós-meio-dia. Nesses passeios, a Chefe da Casa Imperial do Brasil visitava hospitais, clínicas e as casas dos pobres e, com frequência, faltava-lhe dinheiro, por serem tantas as esmolas que desejava distribuir.

Nas noites de inverno, uma vez por semana, Sua Alteza ia à Ópera de Paris – a “Imperatriz exilada do Brasil” era a única pessoa, além do Presidente da França, autorizada a entrar de carruagem no pátio interno da Ópera. Lá ocupava o camarote do Príncipe Henrique de Orleans, Duque d’Aumale, tio de seu marido, o Príncipe Dom Gastão de Orleans, Conde d’Eu. Quando ia à Comédia Francesa, usava o camarote de Dona Eufrásia Teixeira Leite, rica dama brasileira, também residente em Paris. Todas as vezes, a Redentora pagava uma entrada para Latapie, que, anos e anos depois, soube que Sua Alteza o fazia para que ele não ficasse por longas horas, à noite, pelas ruas da capital francesa.

(Baseado em trechos da palestra “Quem foi a Princesa Isabel?”, que o Professor José Ubaldino Motta do Amaral ministrou durante Sessão Solene realizada na Câmara Municipal do Rio de Janeiro, a 20 de maio de 2014, em homenagem à Princesa Dona Isabel e ao 126º aniversário da Assinatura da Lei Áurea, na presença de Suas Altezas Reais o Príncipe Dom Antônio e a Princesa Dona Christine de Orleans e Bragança).


Abaixo, foto tirada na velhice de Sua Alteza Imperial a Princesa Dona Isabel de Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, durante seu longo exílio (1889-1921).