Está obtendo ampla repercussão o editorial do jornal brasileiro “Conexão política “ sobre as palavras ditas pelo Chanceler alemão Friedrich Merz sobre a cidade de Belém do Pará ter sido escolhida – por Lula – para sede do encontro da "Cop30". Encontro que, diga-se de passagem, tem sido um fracasso... Abaixo o comentado editorial:
“A fala do chanceler alemão foi dura, direta, quase cruel para quem ainda insiste em acreditar na fantasia de país potência. Mas foi verdadeira. E verdade, no Brasil, sempre dói mais do que deveria. Quando Friedrich Merz disse em Berlim que nenhum dos jornalistas alemães quis ficar no Brasil e que todos estavam felizes por ter voltado para a Alemanha, o incômodo não está na frase. O incômodo está na realidade que a frase traz.
“O Brasil se tornou uma caricatura de si mesmo por causa dos seus próprios políticos. Uma casta que vive distante do povo, blindada em gabinetes, protegida por seguranças, movendo-se entre jatinhos, assessores e palácios. Uma elite institucional que olha para o país como quem observa um território estranho, habitado por gente descartável. O brasileiro comum vive como rato em um labirinto mal planejado, tentando sobreviver aos esgotos a céu aberto, ao transporte público sucateado, às escolas sem estrutura e aos hospitais que funcionam à base de improviso.
“Enquanto isso, quem deveria ser responsabilizado pela tragédia cotidiana vive de marketing e de slogans, maquiando a miséria estrutural com campanhas coloridas, promessas recicladas e narrativas de 4 em 4 anos. O ciclo se repete como metástase. A cada eleição o tumor cresce, ganha novos braços, novos rostos, novas justificativas. E o corpo do país continua necrosando.
“Os mesmos políticos que entregam o pior de si à população são os que correm para posar como vítimas quando uma crítica internacional detona o óbvio. Tentam sempre a mesma encenação patriótica: somos todos Brasil. Mas não são. Nunca foram. Quando o chanceler alemão critica Belém, a vergonha não é da população paraense, não é do povo honesto e pagador de impostos. A vergonha é exclusivamente dos governantes que entregam, ano após ano, indicadores de país colapsado.
“Belém coleta apenas cerca de 20 por cento do seu esgoto. O resto vai parar nos rios, nos igarapés e na porta das casas das famílias que vivem com renda inferior ao mínimo. O Brasil, como um todo, trata menos de 50 por cento do esgoto gerado. São mais de 100 milhões de pessoas sem coleta adequada. Há escolas em que alunos estudam em contêineres, cidades em que metade das ruas não é asfaltada, hospitais onde pacientes dividem macas e esperam meses por uma consulta simples. O país investe menos de 2 por cento do PIB em infraestrutura, enquanto a média de países desenvolvidos supera os 4 por cento. Somos um território gigante com estrutura de república improvisada.
“A elite política ignora esses números porque ignora a vida real. E quando confrontada com a verdade, corre para o discurso sentimental, tentando transformar crítica em ataque ao Brasil, como se os brasileiros e seus políticos fossem a mesma coisa. Não são. O povo carrega um fardo que não escolheu. Os políticos carregam privilégios que nunca largam.
“No fundo, o país vive um estado permanente de abandono institucional. E o Brasil oficial ensina o Brasil real a sobreviver com migalhas. É por isso que o paralelo com ‘Maior Abandonado’, uma clássica canção de Cazuza, é inevitável. O Estado brasileiro alimenta a população com raspas, restos, migalhas dormidas do pão. E faz isso com a mesma lógica da canção: pequenas porções de ilusão. Mentiras sinceras que interessam. Mentiras sinceras que mantêm o sistema funcionando. Mentiras sinceras que sustentam um país onde a população continua pedindo apenas um pouquinho de proteção, como o maior abandonado.
“A política brasileira transformou o cidadão em pedinte da própria nação. E enquanto houver um país que aceita viver de migalhas, haverá um Estado que entrega apenas raspas e restos. É isso que o chanceler alemão enxergou em poucos dias no Brasil. É isso que os brasileiros conhecem desde que nasceram. O escândalo não está na fala dele. O escândalo está no fato de ele ter dito em voz alta o que o Brasil finge não ver”.
(Postado por Armando Lopes Rafael)


O triste mesmo é o fato de o atual governo lulopetista do Brasil não acertar em nada...nadinha... Sequer na escolha de uma cidade brasileira para sediar um acontecimento internacional. Vai ser incompetente assim na...Venezuela....
ResponderExcluirE por falar no besteirol que assola o país, veja a resposta do Presidente da República brasileira, Lula da Silva, ao Chanceler da Alemanha. A resposta de Lula tem servido de gozação mundo afora...
ResponderExcluirO presidente Luiz Inácio Lula da Silva respondeu nesta terça-feira às comparações depreciativas feitas pelo chanceler (cargo equivalente ao de primeiro-ministro) da Alemanha, Friedrich Merz, entre o seu país e o Brasil após participar da COP30 em Belém. De acordo com Lula, Merz deveria ter provado a culinária paraense, ido a um boteco e dançado. Disse Lula:
— O primeiro-ministro da Alemanha esses dias se queixou: eu fui no Pará, mas voltei logo porque eu gosto mesmo é de Berlim. Na verdade, ele deveria ter ido num boteco no Pará, deveria ter dançado, deveria ter provado a culinária do Pará, porque ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém.
Já o Chanceler alemão durante um discurso no Congresso Alemão do Comércio, realizado na última semana, Merz elogiou o próprio país e afirmou que todos os jornalistas que o acompanhavam em Belém durante a Cúpula de Líderes ficaram contentes em "retornar à Alemanha" após o final do evento.
— Senhoras e senhores, nós vivemos em um dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada: 'Quem de vocês gostaria de ficar aqui?' Ninguém levantou a mão. Todos ficaram contentes por termos retornado à Alemanha, na noite de sexta para sábado, especialmente daquele lugar onde estávamos — disse o chanceler alemão.
(Publicado pelo jornal “O Globo”).
São 20 anos de mentira e enganação, desordem, corrupção e ladroagem. Impossível enganar o mundo por todo esse tempo.
ResponderExcluirA transição proposta por Lula do combustível fóssil para a energia limpa destruindo milhares de árvores, e, construindo em seu lugar estradas e posto de combustíveis fosseis é falar uma coisa e fazer outra. Quem além dos asséclas poderia acreditar?
Em matéria de fracasso não poderia ser maior. Ausência dos maiores países do mundo, invasão do ambiente por índios e manifestantes contra o governo. Dos poucos países que vieram arribaram em retirada antes do final. O Brasil ficou menor do que o seu próprio governo.
ResponderExcluir