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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 25 de outubro de 2024

150 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Na década de 70, o meio de transporte mais utilizado para o deslocamento das pessoas era o ônibus. De Várzea-Alegre, partiam mensalmente dezenas de pessoas para São Paulo, especialmente para São Bernardo do Campo.
A Viação Varzealegrense, atuou por muito tempo na atividade de transporte de pessoas para o sul do país.
Dois primos legítimos, nascidos no Sanharol, em Várzea-Alegre, trabalhavam na agência de São Bernardo: Bitu e Benedito. Há quem diga que o Sanharol é a terra do fuxico, eu já entendo que os de lá dão mais preferência as futricas da politica, mas vá lá que seja mesmo o fuxico a sua predileção, afinal o Eufrásio do Garrote era de lá.
Ana de João de Pedrinho tinha dois filhos em São Bernardo e preparou uma caixa com um queijo de manteiga, um pão de ló e um tijolo de leite e uma carta dando noticias e despachou na agência do Crato.
Benedito, sobrinho de Ana, recebeu a caixa, em São Bernardo, levou para o deposito e não resistiu a tentação: comeu o tijolo de leite, no dia seguinte foi a vez do pão de ló e por fim o queijo de manteiga.
Do Sanharol para São Bernardo só se assuntava o extravio da caixa dos meninos de Ana por parte da Empresa. Com o Benedito só restava a carta e muito curioso leu para ter noticias dos parentes.
Estava escrito mais ou menos assim: Sanharol, 22 de Dezembro de 1973.
Vicente e Chagas,
Deus lhes faça felizes.
Estou mandando uns lanches feito com muito carinho. Olhem, tenham muito cuidado, tudo que acontece por aí, no outro dia todo mundo já está sabendo aqui no Sanharol. E quem espalha as conversas é a  Carmelita. Cuidado, se comportem bem.
Carmelita era a mãe do Benedito e irmã de Ana remetente das encomendas.

Fonte Giovane Costa.



7 comentários:

  1. Outro dia me encontrei com os tres em Varzea-Alegre. Benedito, Vicente e o Chagas. Eles são meus primos. Voce morre de rir com eles contando essa historia.

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    1. Chamo isto de boa comunicação e integração kkkkkkkkkkkkkkkkkk

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    2. Deste jeito me matas de inveja. Não encontro ninguem, com quem relembrar o passado de gloria.

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  2. Morais, também acredito que Bitu não participou daquela "indevida comilança". Como você diz Bitu é gente séria. Conheci-o em Crato e várias vezes fez-me grande favor intermediando a compra de minhas passagens de ônibus nos feriadões em São Paulo. Chegava na Rodoviária e lá estava Bitu com a minha passagem no bolso! Ponho minha mão no fogo por ele e quem mereceu ler as notícias de Várzea Alegre foi o Benedito! ( muitos risos)

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  3. Morais, mais de trinta anos atrás, era um horror viajar de ônibus em São Paulo nos dias de feriados. Exitia somente uma rodoviária. A fila para comprar passagens era grande. Na hora do embarque esperávamos de 3 a 4 horas, mesmo assim era muito divertida aquela longa espera.

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  4. À época, o meu irmão José Gonçalo também trabalhava no Terminal Rodoviário de São Paulo, só que na empresa Real Caririense. Ele conta muitas estórias interessantes, inclusive, da competição que havia para a obtenção de clientes. Mas tudo em um ambiente de humor e companheirismo.

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    1. Assim éramos na nossa juventude. Verdadeiros amigos irmãos.....

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