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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 31 de julho de 2019

Conheça Exu, a cidade natal de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião

Fonte: Antônio Rodrigues, excertos da matéria publicada no “Diário do Nordeste” edição de 31 de Julho de 2019 

Às vésperas de completar 30 anos da partida de Luiz Gonzaga, o jornalista Antônio Rodrigues revisita a terra natal do autor de Asa Branca, clássico feito em parceria com o cearense Humberto Teixeira

    Um trio com sanfona, triângulo e zabumba, em um posto de gasolina, nos "recepcionava" tocando "A Morte do Vaqueiro". Assim foi minha chegada a Exu, por volta de 9 horas, no sábado passado (27/julho). À medida que surgiam visitantes, de passagem para Serrita, onde acontece a tradicional Missa do Vaqueiro, os pares se formavam nas calçadas e ruas para dançar. Homem com mulher. Mulher com mulher. Homem com homem.

    Do lado pernambucano da Chapada do Araripe, vizinho ao Crato, no Ceará, formou-se esse pequeno município de 31 mil habitantes. Com mais da metade da população morando na zona rural, a economia local se dá, principalmente, pela agricultura e pecuária. Contudo, a terra onde também nasceu Bárbara de Alencar, a heroína da Revolução Pernambucana, consegue viver na sombra do sanfoneiro. "Posto Gonzagão", "Farmácia Aza Branca", "Rua Assum Preto". Por todos os lados, há referências ao homem que popularizou o xote e o baião. O único lugar em que encontro tantas citações a um só personagem é a minha terra, Juazeiro do Norte, e sua devoção quase "onipresente" ao Padre Cícero.
Museu do Gonzagão

    O Museu do Gonzagão, idealizado quando o "Rei do Baião" ainda era vivo, reúne objetos pessoais, certificados, títulos, medalhas, troféus e prêmios que recebeu ao longo da carreira. Além disso, possui sanfonas que o acompanharam em momentos marcantes, como a visita do Papa João Paulo II, em Fortaleza, em 1980, e o último instrumento que empunhou antes de morrer.

     O Parque Aza Branca hoje é o principal ponto turístico de Exu. Localizado na BR-122, quem cruza Pernambuco com destino ao Ceará ou vice-versa, costuma parar por lá. Outra dica importante é ir até o distrito de Araripe, a cerca de 12 quilômetros da sede do Município. Foi lá onde nasceu Bárbara de Alencar, na Fazenda Caiçara, em 1760. A poucos metros dali, 152 anos depois, veio ao mundo Luiz Gonzaga do Nascimento, o único dos nove herdeiros que não carrega os sobrenomes dos pais, Januário dos Santos e Ana Batista de Jesus. "Luiz", porque nasceu no mesmo dia que celebra Santa Luzia (13 de dezembro); "Gonzaga", sugestão do vigário que o batizou, porque também homenageia São Luís de Gonzaga; e "Nascimento", por ter nascido no mesmo mês que Jesus Cristo. Seu batismo ocorreu na Capela de São João Batista, que permanece viva na história do distrito de Araripe.

A verdadeira História do Brasil –– 4

Uma  República atolada em meio as crises  (por Armando Lopes Rafael)

Imagem oficial da "Proclamação da República" imposta ao Brasil por meio de um golpe militar sem a participação do povo.
    
   O que escrevo a seguir não é ensinado nos cursos de História, nem no ensino médio. A atual república presidencialista brasileira, foi-nos enfiada goela abaixo, em 15 de novembro de 1889. No dia seguinte ao golpe militar, o jornalista republicano Aristides Lobo escreveu num jornal: “Os brasileiros não compreenderam e assistiram bestializados à Proclamação da República, pensando que era uma parada militar”    A atual República foi marcada, na maior parte da sua existência, ou seja, nos últimos 130 anos, por crises políticas, golpes, conspirações, deposições de presidente e por dois longos períodos ditatoriais (1930-1945 e 1964–1984).

   Já tivemos 43 presidentes da República. Destes apenas 12 eleitos cumpriram seus mandatos; 02 sofreram impeachment (Collor de Melo e Dilma Rousseff); 7 eleitos foram depostos; 1 eleito renunciou; 1 assumiu pela força. Tivemos 2 juntas militares no lugar de um presidente; 4 vice-presidentes que terminaram o mandato de presidentes eleitos (os dois últimos foram Itamar Franco e Michel Temer); 1 eleito e impedido de tomar posse; 5 interinos, 5 presidentes em regime de exceção; 1 eleito se tornou ditador.  Nos últimos 64 anos apenas 3 presidentes civis – eleitos diretamente pelo povo – terminaram seus mandatos (Juscelino Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva).

       Ao longo da fase republicana no Brasil, tivemos 12 estados de sítio (suspensão das garantias constitucionais), 17 atos institucionais (que permitem ao governante da vez violar a Constituição), seis dissoluções forçadas do Congresso, 9 golpes de estado e 6 Constituições. A atual Constituição foi promulgada há apenas 30 anos. Também ocorreram censuras à imprensa e aos meios de comunicação.

    Dói dizê-lo: O povo não confia mais nas instituições, nem nos políticos, nem nos poderes constituídos desta república. Os níveis de corrupção são alarmantes. A Transparência Internacional deu nota 3,8 ao Brasil, no ano 2011. Trata-se de uma escala de 0 a 10, sendo 10 o valor atribuído ao país percebido como menos corrupto. O Brasil é um país de analfabetos funcionais e ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no exame internacional, o PISA. Em artigo, o Prof. Cesar S. Santos afirmou: “A República apresenta um saldo extremamente negativo. Devemos discutir outras possibilidades de regime político, pois uma conclusão se impõe: a República faliu e ameaça levar consigo o que resta dos valores e das forças positivas da nação brasileira”



Ainda não inventaram nada melhor do que a democracia - Por Antônio Morais.

Minha homenagem ao mais brilhante jornalista brasileiro  da atualidade.
José Newmanne Pinto.

Na democracia ninguém é abrigado a pensar igual, a diversidade é  primordial.

Quando se escreve algo usa-se o direito de pensar,  e, não se espera que os outros concordem, pensem igual. 

Para defender a minha opinião começo por respeitar a opinião alheia.

Todo aquele que é bem informado busca as informações com jornalistas sérios, independentes  com uma carreira brilhante e irretocável.

Diariamente leio as colunas e comentários de:

José Newmanne Pinto.
Merval Pereira.
Diogo Maynard.
Mário Sabino.
Cláudio Humberto.
Alexandre Garcia.

Desde o inicio das denuncias do mensalão e petrolão eles escrevem suas opiniões, e, há  uma razoabilidade muito grande entre o que eles dizem antes  e o que depois acontece. 

Concordar ou não com o que se escreve cabe a cada um. Mas, deve ser levado em conta a verdade dos fatos e as suas consequências.

Ninguém é obrigado a acreditar no que ver, ainda não foi retirado o direito de ver uma coisa e acreditar noutra.

terça-feira, 30 de julho de 2019

“Greenwald já tinha o material quando conversou com Lula na cadeia” - O Antagonista.

Glenn Greenwald visitou Lula nove dias depois de receber as mensagens roubadas da Lava Jato.

“O hacker Walter Delgatti Neto diz que procurou Manuela DÁvila no dia das mães, 12 de maio. No mesmo dia, Glenn Greenwald entrou em contato com ele pelo Telegram.

Nove dias depois, a 21 de maio, Glenn Greenwald esteve visitando Lula na sede da Polícia Federal em Curitiba, para fazer uma entrevista com ele, que havia sido autorizada pela Justiça no início do ano.

É certo, portanto, que Greenwald já tinha o material quando conversou com Lula na cadeia.  No dia 9 de junho, dezenove dias depois da entrevista, o Intercept Brasil começa a divulgar as conversas hackeadas.

Entre o primeiro dia em que o hacker fez o contato com Glenn Greenwald, e a publicação, passaram-se exatos 29 dias, ou quatro semanas. Glenn Greenwald, ao publicar os diálogos, declarou: "ficamos muitas semanas planejando como proteger a nós e nossa fonte contra os riscos físicos, riscos legais, riscos políticos, riscos que vão tentar sujar a nossa reputação".

No fim do mês de abril, no dia 27, uma entrevista com Lula foi publicada pela Folha de São Paulo e o El País e, como se fosse premonitório, o ex-presidente garantiu ter "obsessão de desmascarar o Moro, de desmascarar o Dallagnol e a sua turma”.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

A lição que nos vem da Inglaterra: um pais democrático, onde tudo funciona bem



    Na última quarta-feira, dia 24 de julho, em audiência privada no Palácio Buckingham, residência oficial da Coroa no coração da capital, Londres, a Rainha Elizabeth II do Reino Unido recebeu o novo Líder do Partido Conservador, Boris Johnson, e o convidou a formar um novo governo em seu nome, o “Governo de Sua Majestade”.

    “Mr. Johnson”, como é chamado pela imprensa de seu País, prometeu que o Reino Unido deixará a União Europeia no dia 31 de outubro próximo, “custe o que custar”. O eleitorado aguarda, já não tão paciente, mas certo de que, se ele também fracassar, virá o 15º Primeiro Ministro de Sua Majestade. Afinal, na Inglaterra, políticos vêm e vão, enquanto os governos são trocados ao sabor da opinião pública; mas a Coroa, assim com a Nação, é perene, servindo de espelho e exemplo das melhores virtudes de seu povo, velando sobre o bom funcionamento das instituições e garantindo que o Parlamento atue de acordo com as legítimas aspirações dos britânicos.

     A oposição ao novo Primeiro-Ministro, feita pelo Partido Trabalhista, é chamada a “Lealíssima Oposição de Sua Majestade”, pois todos os partidos fazem questão de se identificar com a Soberana na condução do bem comum. Enquanto isso,no Brasil, a oposição ao atual Presidente da República,  apoia os “hackers” violadores de celulares das aurtoridades constituídas; votou contra a Constituição de 1988, votou contra o Plano Real, votou contra a reforma de Previdência  e hoje torce  no “quanto pior, melhor".

     Boris Johnson aceitou o convite régio e, ao beijar as mãos da Rainha, como manda a tradição, tornou-se seu 14º Primeiro Ministro, o mais recente em uma lista de nomes que se inicia, no ano de 1952, com o grande Sir Winston Churchill, e inclui ainda a formidável Lady Thatcher, a célebre “Dama de Ferro”. Uma lista de nomes – alguns não tão ilustres – que, ao longo dos últimos 67 anos, serviram a uma Soberana que, hoje aos 93 anos de idade, permanece pairando graciosamente acima dos interesses partidários e das querelas políticas.

     O novo Primeiro Ministro tem agora a tarefa de levar a cabo a bem-acertada decisão tomada pelo povo britânico em referendo de 2016, conhecido como Brexit, de deixar a monolítica União Europeia, cujo projeto de poder é marcadamente socialista, pois não respeita as individualidades e tradições nacionais, nem tampouco a autodeterminação dos povos, e que parece caminhar para um “Estado artificial”, uma “República da Europa”, muito diferente do saudável modelo que outrora vigorou no Sacro Império Romano-Germânico, e que era todo baseado em valores monárquicos e cristãos.

God Save the Queen! Deus Salve a Rainha! como consta no Hino do Reino Unido.

(Baseado em texto publicado no face book da Pró Monarquia).

domingo, 28 de julho de 2019

Lembrando Dr. Marchet Callou – por Armando Lopes Rafael


   No último dia 19 completaram-se doze anos do falecimento do Dr.  Marchet Callou. Quem o conheceu, pode dizer que ainda vivenciou o estilo aristocrático de Barbalha, o qual vigorou até a década 70 do século passado. Hoje, no Cariri, tudo é diferente! Tudo é material... A elite só fala em investimentos, dinheiro, progresso e globalização...

    Antônio Marchet Callou, pernambucano de Parnamirim, nascido na antiga Leopoldina (Marchet nunca se conformou quando as autoridades republicanas substituíram, – sem consultar o povo – o nome da sua cidade de  “Imperatriz Leopoldina”, para o vulgar “Parnamirim”) nasceu em 17 de novembro de 1907 e faleceu, em Barbalha, em 19 de julho de 2007, próximo de completar 100 anos de existência.

   Formou-se em Odontologia, em 1937, na Faculdade de Medicina (e cursos anexos) de Recife (PE). Em seguida fixou-se na Barbalha de Santo Antônio, onde exerceu sua profissão até o final da sua longa vida. Naquela cidade casou-se com Maria Elbe de Sá Barreto Callou, com quem teve oito filhos. Marchet foi, paralelamente ao exercício de odontólogo, um bom professor de história e geografia; era reconhecido como historiador e poeta. Foi membro de várias associações literárias, dentre elas o Instituto Cultural do Vale Caririense e a Academia Cearense de Odontologia. Participou de vários movimentos sociais em prol da melhoria do Cariri cearense.

      Algumas particularidades de Marchet: ele chegou a Barbalha em 1937, mesmo ano do nascimento de sua esposa, Maria Elbe. Casou-se com ela depois de ter completado 50 anos de idade. Até no físico Marchet era um nobre! Alvo, louro de olhos azuis, detinha sempre uma postura serena. Seus gestos eram lhanos, e a bondade transparecia no seu rosto. Tornou-se um defensor da restauração da monarquia, no Brasil, ainda na juventude, quando estudava em Recife. Foi o mais autêntico monarquista do Cariri! E se ufanava das suas convicções ideológicas, sem nunca ter se atritado com ninguém por causa delas.

      Era intelectual de mão cheia e um católico fervoroso. Seu primeiro livro de poesias (“À Sombra da Baraúna”) só veio à lume em 1987. Depois disso, publicou mais três obras poéticas.

        Muito poderíamos falar sobre as virtudes do Dr. Antônio Marchet Callou! Ele foi um defensor nato da natureza, um esposo e pai amoroso, um amigo leal, um cidadão exemplar em todos os aspectos. Doze anos depois de falecido, sua história de vida – bonita e edificante – ainda é lembrada na antiga “Terra dos Verdes Canaviais”. Naquela urbe, à entrada da cidade., existia num muro uma frase pintada que dizia: “Alto Lá senhores protestantes, Barbalha de Santo Antônio já foi evangelizada”. Há quem atribua a iniciativa dessa frase ao Dr. Marchet Callou...

Hacker não agiu por “amor à causa” - Merval Pereira.


Merval Pereira, em O Globo, diz que a investigação sobre os ataques hackers aos celulares de centenas de autoridades brasileiras “parece estar chegando a uma solução”, embora a Polícia Federal aponte uma série de inconsistências no depoimento de Walter Delgatti Neto.

Os policiais não acreditam que Delgatti tenha entregado “o material resultante da invasão ao site Intercept Brasil apenas por ‘amor à causa’, pois não tem nenhuma, aparentemente”.

“Tudo indica que sua linha de defesa é transformar-se da noite para o dia em um whistleblower, um denunciante de irregularidades que alerta a sociedade com a divulgação de documentos sigilosos”, diz o colunista.

“Sigam o dinheiro” é o título do texto de Merval. É sempre uma boa pista.

sábado, 27 de julho de 2019

DEMOLIÇÕES E SUPERFATURAMENTOS - Por Wilton Bezerra.

As imagens do Romeirão sendo demolido não fazem bem às já cansadas retinas desse comentarista.

Em primeiro lugar, porque acompanhamos a construção desse estádio, desde a primeira pedra colocada para o seu erguimento, em 1970.

Os desportistas clamaram por uma praça de esportes à altura de Juazeiro do Norte e Dr. Mauro Sampaio atendeu.

Para nós cronistas esportivos e a massa torcedora, o “Gigante do Pirajá” passou a ser uma espécie de visão do paraíso, da mesma forma que uma biblioteca tem o mesmo significado para um intelectual.

Em segundo lugar, porque as fotos que mostram o estádio sendo colocado ao chão nos fazem lembrar uma fase de desgraças para o país. Aquelas que culminaram com a maior das derrotas da história do futebol brasileiro.

Sob a “égide” do PT, a Copa de 2014 tornou-se uma oportunidade para fazer proselitismo político- megalômano e desonesto com a construção de “gaiolas de ouro” em vários estados do país.
O governo, junto com os seus asseclas da área esportiva, foi tomado por uma absurda compulsão por demolições e superfaturamentos como mostraram as prisões, posteriormente.
Até o Maracanã foi vítima de um assassinato e tornou-se um antilugar, mais parecido com um ginásio.
O estádio Pantanal, em Cuiabá, e a Arena da Amazônia, são exemplos deletérios de um esquema para roubar e se perpetuar no poder.
A maioria dos estádios virou um estorvo, por cara manutenção, e a montanha, mesmo sentindo as dores do parto, só pariu camundongos.
Uma coisa, a reconstrução do Romeirão, e o triste capitulo da roubalheira na construção de elefantes brancos narrado pelo cronista, outra coisa, não têm nada a ver.

Mas, vamos lá.
Não seria melhor idéia revitalizar o “Romeirão”, com fechamentos dos espaços nas arquibancadas, mudança de iluminação, construção de novas instalações sanitárias a e substituição do gramado?
Ah, mas o estádio será também um shopping. Ora, shopping tem em tudo que é lugar.
Não quero nem falar na situação de penúria dos clubes de Juazeiro, atolados na segunda divisão.
Gaiola de ouro não cria passarinhos.

Sinuca, Manu - O Antagonista.



“Ao revelar que Manuela D’Ávila, ex-candidata a vice do petista Fernando Haddad, foi a intermediária entre ele e Glenn Greenwald, o hacker Walter Delgatti colocou-a na chamada sinuca de bico”, diz Merval Pereira.

“Ter intermediado a entrega do produto de um crime para um jornalista pode implicar cumplicidade, na visão de alguns. Há, porém, quem considere que a ex-deputada apenas agiu como uma pessoa que informa a um jornalista sobre um fato de que teve conhecimento.

O problema muda de figura no caso de ter havido um pagamento nessa cadeia de informantes. Não parece provável que um estelionatário seja movido apenas por ‘fazer justiça, trazendo a verdade para o povo’, conforme depoimento de Glenn Greenwald sobre seus contatos com o hacker.”

UMA BREVE DEFESA DA PRIVATIZAÇÃO NO BRASIL- Por Antônio Gonçalo de Sousa.


Respeitando as opiniões contrárias dos que acham que o governo é um bom empresário, tenho um exemplo claro de que há necessidade de privatização de parte de bens e negócios da união no Brasil:

O Aeroporto de Fortaleza passou dez anos para ser reformado. As obras começaram cerca de quatro anos antes da copa 2014, e tinham como objetivo principal beneficiar aquele evento. Não saíram do chão.

Depois que foi repassado para a Fraport, empresa moderna alemã, há cerca de um ano atrás, já está prontinho e funcionando normalmente. Comprovei isso pessoalmente ontem.

Fico imaginando: como é que, a essa altura do mundo moderno e, diante de tantos fracassos do socialismo, pessoas letradas e experientes do nosso país ainda defendem a manutenção do governo em negócios que são próprios da iniciativa privada?

Existem outros exemplos claros da espécie ou similares por esse Brasil a fora, mas, apenas com o caso acima citado, é possível depreender-se que por isso é que o nosso Brasil está ainda muito atrasado em relação ao resto do mundo.


Quem contou a Lula 23 dias antes? - Por José Nêwmanne Pinto.

 
Em 27 de abril Lula disse a Monica Bergamo, da Folha de S.Paulo, e Florestan Fernandes Jr., do jornal espanhol El País, que Moro seria “desmascarado”. 

Em 9 de junho passado, portanto 43 dias depois, o site The Intercept Brasil, de Glenn Greenwald, pingou a primeira gota de seu veneno ao revelar suposta troca de mensagens entre o ministro da Justiça, Sergio Moro, e o chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato em Curitiba, Deltan Dallagnol. 

Embora nenhuma das gotas tenha revelado crimes do ex-juiz, os anúncios de bombas que ainda estariam por vir criaram uma situação de desconforto para quem combate corrupção no Brasil. 

Em nenhum momento, o militante da esquerda americana submeteu tais mensagens à perícia técnica oficial, mas a notícia das supostas mensagens agitou setores dos altos tribunais que se tornaram desafetos da operação. 

Resta agora uma pergunta no ar: terá o mais famoso presidiário do Brasil poderes de adivinhar o futuro ou estaria ele informado com grande antecedência do que estava para aparecer no site e em seus parceiros nos meios de comunicação brasileiros, Folha de S.Paulo,

Crônica do fim-de-semana (por Armando Lopes Rafael

Imperador Dom Pedro II, o maior dos brasileiros 

   Este ano, a população vai lembrar, com grande pesar, um dos dias mais infelizes da nossa pátria: o golpe republicano de 15 de novembro de 1889, que derrubou Dom Pedro II do Trono e baniu a Família Imperial Brasileira.

    130 anos já se passaram. E, no entanto, Dom Pedro II continua sendo “O maior dos brasileiros”. Esta semana a revista “Aventuras da História” publicou uma matéria sobre o magnânimo Imperador. Trata-se de texto escrito por M.R. Terci ( com o título “O mais humilde e culto dos imperadores), do qual retirei os parágrafos abaixo.

 “(...) muitos historiadores apontam que, entre tantas outras virtudes, o reinado de Dom Pedro II teve como marca a modéstia e a humildade. Grande parcela de seus súditos era imensamente mais rica do que ele. Na corte, havia, ainda, residências muito mais confortáveis e luxuosas que a do imperador, destinadas a cientistas, artistas e intelectuais. Dom Pedro II, contudo, não exigia para si mais do que sua escrivaninha e seus livros, gosto que desenvolveu logo cedo.

    “Tal fato foi documentado por diversas personalidades ao longo de seu reinado, como na ocasião em que um diplomata francês, em visita ao Brasil em 1842, descobriu Pedro, então com 17 anos, mergulhado na leitura de Platão. Em 1847, o escritor português Alexandre Herculano escreveria: “É geralmente sabido que o jovem imperador do Brasil dedica todos os momentos que pode salvar das ocupações materiais de chefe de Estado ao culto das letras.”

***   ***   ***
     O atual Chefe da Casa Imperial Brasileira, Príncipe Dom Luiz de Orleans de Bragança, sintetizou – em 1989 – muito bem, o que foi o vasto e grandioso Império do Brasil. Disse ele. “Cem anos já se passaram, e os contrastes entre o Brasil atual e o Brasil Império só têm crescido. No tempo do Império, havia estabilidade política, administrativa e econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da administração pública e em todas as camadas da população; havia credibilidade do País no exterior; havia dignidade, havia segurança, havia fartura, havia harmonia”.

        As crises da sociedade brasileira parecem nos lembrar: o Rei ou Imperador, por ser vitalício e hereditário, está acima das disputas políticas, e se constitui num fator de unidade da sociedade e do Estado. Todas as correntes políticas da nação têm no Rei uma autoridade imparcial, respeitada e que serve de exemplo para a população. É por isso que a Monarquia, por ser o ponto de encontro das correntes políticas, e estando à margem das disputas, assegura a estabilidade das instituições, o que não ocorre numa República, onde, a cada 4 anos, surge um presidente-de-plantão.  E no Brasil, a cada quatro anos vemos como aumenta, com essas trocas,  os nossos angustiantes problemas...

sexta-feira, 26 de julho de 2019

A verdadeira História do Brasil –– 3


Manipulando a História do Brasil Império – por Armando Lopes Rafael

Um gigante territorial  e uma potência emergente, assim era o Império do Brasil

     Em artigo publicado, anos atrás, o Prof. Paulo Napoleão Nogueira da Silva, professor universitário em São Paulo, escreveu:

“Nos cem anos durante os quais vigorou a proibição de sequer falar-se em monarquia, o País foi programaticamente induzido a esquecê-la” (...) “Desde os primeiros dias da República os autores de livros didáticos para os cursos primário e secundário, segundo critério de orientação e exigências do Ministério da Educação (...) tratavam, e ainda hoje tratam, de  evidenciar as glórias da proclamação da República, o heroísmo de Deodoro e o idealismo de seus companheiros...

    A verdade, no entanto, é bem diferente do que nos ensinam os professores de história. O Império Brasileiro era tão democrático, estável e respeitoso para com os seus cidadãos que o Presidente da Venezuela, em 1889, Rojas Paul, ao saber do golpe militar de 15 de novembro de 1889, que derrubou a monarquia no Brasil, declarou: “Foi-se a única República do Hemisfério Sul.”

   Nos reinados de Dom Pedro I e de Dom Pedro II, o Brasil passou por um grande surto de progresso. Tivemos, sob a monarquia, uma inflação média anual de apenas 1,58%. A título de ilustração, transcrevemos o que publicou o jornal “O Globo”, edição  de 14.11.2011 (sob a manchete: “O país que domou a inflação “13 trilhões e 342 bilhões por cento (13.342.346.717.617,70% foi a inflação acumulada nos 15 anos que antecederam o Plano Real, em 1994” (grifo nosso), no tempo do Império, o Brasil tinha uma moeda estável e forte (o “Real”) que correspondia a 0,9 (nove décimos) de grama de ouro, e era equivalente ao dólar e à libra esterlina.

    Em 130 anos, sob a República, o Brasil teve 9 moedas, algumas que não duraram nem 1 ano de existência. Fato inédito na história dos povos. Aliás, numa dessas mudanças, o “Real” voltou a ser o nome de nossa moeda, a partir de 1994.

     No período monárquico, o nosso Parlamento era comparado com o da Inglaterra. E a diplomacia brasileira era uma das mais importantes do mundo de então. Diversas vezes, o Imperador Dom Pedro II foi chamado para ser o árbitro de questões envolvendo a Itália, França e Alemanha. Sob a monarquia, o Brasil possuía a segunda Marinha de Guerra do mundo. E foi o primeiro país do continente americano a implantar a novidade dos Correios e Telégrafos. O Brasil monárquico foi o segundo país do globo a ter o selo postal.

Com o grito de Dom Pedro I ("Independência ou morte!") teve início o Império do Brasil

“A REVANCHE DE MORO” - O Antagonista.



Nesta quinta-feira, a Polícia Federal começou a informar as autoridades que foram alvo dos hackers, diz a Crusoé. O trabalho deve prosseguir pelos próximos dias.

Paralelamente, os policiais tentam seguir o rastro do dinheiro movimentado pelos presos. Acreditam que, com isso, chegarão a outros envolvidos na trama. A aposta é que, como os suspeitos historicamente atuaram em golpes interessados em fazer dinheiro fácil, não foi dessa vez que eles deixaram de faturar com uma empreitada que, desde o começo, sabiam ser perigosa.

Tudo indica que a revanche da Polícia Federal de Sergio Moro sobre os que tentaram usar a invasão criminosa para colocá-lo na berlinda e derrubar a Lava Jato está apenas começando.

Lula deu spoiler do hackeamento - Por José Newmanne Pinto.



Em junho quando começaram a vazar as  conversas entre o procurador Deltan Dalagnol e do Moro pelo site Intercept  Brasil este jornalista ligou esse vazamento a entrevista de Lula dada à Folha de S.Paulo e ao El Pais. 

Nessa entrevista garantiu que Moro “seria desmascarado”. Agora a Polícia Federal desmascara os hackers que roubaram as mensagens e repassaram ao Glenn Greenwald. A Polícia Federal apurou ainda que o casal de hackers de Araraquara movimentou R$ 627 mil. A PF está apurando se eles venderam essas informações e com qual motivação. 

Uma coisa é clara esses hackers não iam fazer isto de graça. E não fizeram tanto que aparece dinheiro.  Um desses hackers disse tinha interesse em vender as informações hackeadas para o PT. A coluna do Estadão traz hoje a nota Tabajara que diz que especialista enxerga semelhanças entre esse caso dos hackers e os escândalos dos aloprados, da pasta rosa e do bunker do PT: todas começaram com suspeitas de grandes conspirações internacionais e terminaram no quintal do vizinho, nesse caso em Araraquara. 

Não podemos esquecer que o PT sempre fez isto quando estava no governo por meio da Abin. Quem não se lembra da presidente Dilma ter colocado a Abin para espionar o Moro. Agora que o PT não tem a Abin caça com hacker.

Sócio oculto - POR MERVAL PEREIRA.

Com a confissão e provável delação premiada de Walter Delgatti Neto, líder dos presos na Operação Spoofing, resta saber quem está por trás do hackeamento de mais de mil autoridades dos três poderes, pessoas ligadas a elas, e jornalistas. O sócio oculto da ação criminosa.

Se alguém pagou aos hackers pelo serviço, é preciso localizá-lo e saber qual sua intenção. Se essa pessoa repassou as informações sobre a Lava-Jato para o site Intercept Brasil, os editores não têm nada a ver com os crimes cometidos, e cumpriram sua função jornalística protegida pela Constituição.

Mesmo que alguns juristas entendam que, como esse tipo de informação só pode ser conseguido com autorização judicial, o órgão de imprensa deveria desconfiar que a origem era ilegal.

Se tiverem pago pelas informações, há uma questão ética e outra jurídica. A ética, não parece estar ligada a nenhum crime. Mesmo assim, há uma dúvida sobre o momento do pagamento: antes do hackeamento, ou depois de o material obtido?

Se antes, podem ser considerados cúmplices. Também o período em que pagaram é importante na definição. Se pagaram por um pacote de informações depois de o crime ter sido praticado pelos hackers, e não receberam nenhuma informação adicional, não há como acusá-los.

Como o crime continuou a ser praticado até a véspera da prisão, com o celular do ministro Paulo Guedes sendo invadido, se o Intercept pagou por novas informações nesse período, pode ser considerado cúmplice.

A única mulher presa, Suelen de Oliveira, transaciona com bitcoins, e a Polícia Federal suspeita que parte do pagamento possa ter sido feita em moedas virtuais.  

O editor do Intercept Brasil Glenn Greenwald comparou-se ontem a Julian Assange, fundador do site WikiLeaks,  atualmente preso em Londres, depois de viver sete anos exilado na embaixada do Equador na capital inglesa.

 Assange é o fundador do site Wikileaks, que publicou documentos sigilosos sobre a atuação dos Estados Unidos nas guerras o Iraque e Afeganistão. Vazados pelo soldado Bradley Manning, que hoje se chama Chelsea depois de uma operação de troca de sexo, os documentos foram publicados em vários grandes jornais do mundo.

Chelsea foi condenada por divulgar documentos de Estado sigilosos, mas teve a pena comutada em 2017 pelo presidente Obama.

Outro caso famoso é o de Edward Snowden, analista de sistemas que trabalhou na CIA e na NSA, e divulgou no  Guardian, de Londres, e no Washington Post, dos Estados Unidos, documentos detalhando programas do sistema de vigilância global de comunicações do governo americano.

Foi acusado de roubo de propriedade do governo, comunicação não autorizada de informações de defesa nacional e comunicação intencional de informações classificadas como de inteligência para pessoa não autorizada.

Houve também os Pentagon Papers, documento sigiloso sobre a atuação militar dos Estados Unidos na guerra do Vietnã tornado público por Daniel Ellsberg, fucionário do Pentágono, primeiro pelo New York Times e em seguida pelo  Washington Post.

O então presidente Richard Nixon tentou impedir a publicação dos segredos de Estado, mas a Suprema Corte considerou legítima a atuação dos jornais. Mais recentemente, durante as primárias do Partido Democrata em 2016, o Wikileaks divulgou emails da candidata Hillary Clinton.

Os democratas e técnicos em informática denunciaram que órgãos de inteligência da Rússia  hackearam os emails e os entregaram ao WikiLeaks, o que é negado por Julian Assange.

Como se vê, em nenhum dos casos mais famosos os jornais foram punidos, e quando o governo tentou barrar a divulgação, prevaleceu a liberdade de imprensa e de informação. Mas todos os casos, com exceção do de Hillary Clinton, foram protagonizados por indivíduos que acessaram documentos oficiais para denunciar o que consideravam práticas indefensáveis dos governos.

São os “wistleblowers” (literalmente “sopradores de apito”, os que alertam a sociedade). Os presos em São Paulo e seus antecedentes de estelionato e fraudes cibernéticas não parecem ser “whistleblowers”.  Não foram documentos oficiais divulgados, mas conversas privadas através de invasão de privacidade de cerca de mil autoridades e jornalistas.

FALTA CONSCIÊNCIA POLITICA - Por Wilton Bezerra.


Os profissionais da bola no Brasil não têm consciência política e por isso não influem nas posições decisórias do futebol brasileiro.

Por isso mesmo, deixam na mão da cartolagem responsabilidades que poderiam muito bem ser divididas, para o bem estar de todos.

Depois da Copa América, os times voltaram para o Campeonato Brasileiro com energias renovadas em função de um pequeno tempo permitido para descanso e treinamentos.

O jogador precisa treinar e os treinadores necessitam de prazos maiores para que, assim, se evite jogos de má qualidade com jogadores extenuados.

Na Argentina, apesar da AFA, a CBF de lá, e no Uruguai as posições assumidas pelos jogadores em matéria de reivindicações são respeitadas.

Com consciência política baixa, o movimento Bom Senso F.C. perdeu o fôlego após um início promissor.

Está de volta uma programação massacrante que reúne num balaio só Campeonato Brasileiro, Sulamericana e Libertadores da América, em nome de interesses financeiros de uma gente insaciável.

Daqui a pouco, vencidos pelo cansaço, todos estarão reclamando, em vão, pelo desgaste.

E não adianta reclamar ao bispo, certamente ocupado com outras demandas.

quinta-feira, 25 de julho de 2019

“É preciso também prender os financiadores dessa operação criminosa” - O Antagonista.


O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (DEM), comentou assim com O Antagonista a prisão de acusados de invadir os celulares de Sergio Moro e demais autoridades.

“Em um sistema democrático, é inaceitável enaltecer a prática criminosa de hackers. Esses hackers terão de explicar a quem eles serviam. Tudo isso não foi por acaso. É preciso levar adiante essas prisões, identificar e também prender os financiadores dessa operação criminosa. Lugar de criminoso é na cadeia.”

O governador acrescentou que “o interesse de quem financiou esses crimes é desestabilizar a governabilidade e, principalmente, tentar destruir a Lava Jato”.

“A Lava Jato, pela primeira vez na história deste país, atingiu a estrutura poderosa da corrupção. Ninguém poderia imaginar que um juiz pudesse chegar a esse ponto de desbaratar quadrilhas e trazer de volta aos cofres do governo federal bilhões de reais. 

É claro que isso contrariou muita gente que utiliza esses métodos criminosos, porque eles não têm escrúpulos e fazem parte desse grupo de pessoas que vivem e acreditam na clandestinidade e na impunidade. Acredito que esse episódio fortaleceu ainda mais a Lava Jato.”

25 de julho -- Dia do Escritor


Vexame histórico da imprensa - Por José Newmanne Pinto.


Cair no conto de vigaristas que hackearam mais de mil telefones de autoridades e jornalistas, conforme revelou a PF ao desencadear a Operação Spoofing, foi o erro da mídia brasileira denunciado pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. 

Para o jornalista de televisão Fernando Coelho, a imprensa ganhou poder usando astúcia de repórteres e o perde se deixando manipular por escroques. Mário Sabino qualificou o episódio como a maior vergonha da História de nossos meios de comunicação. 

E os três estão certos.

A TRISTE REALIDADE DO ICASA - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Na foto, o time Octacampeão Juazeirense nas décadas de 1960/1970 - Em pé: Zé Antônio, Catolé, Nena, Zé Quinto, Pirajá, Daniel Tavares de Lira-treinador e Célio. Agachados: Manoelzinho, Zé Cícero, Louro, Dote, Luiz Francisco, Zé Nilo e Geraldino.

Vocacionado para o sucesso desde a sua fundação em 1963, o Icasa Esporte Clube, de Juazeiro do Norte, tem levado uma vida Severina.

O seu Centro de Treinamento foi vítima, semana passada, de atos de vandalismo, com tiros desfechados por supostos torcedores.

A quase subida à série A do Campeonato Brasileiro, em 2013, representou uma espécie de Canto do Cisne para o alviverde caririense.

A partir daí, passou a ser objeto de desejo de gente vaidosa, incompetente e desonesta, responsável por sua lenta destruição.

Com a esperança de receber cerca de R$ 25 milhões de uma ação movida contra a CBF, sabe-se que metade dessa quantia já está comprometida para pagamento de dívidas de toda ordem.

Sob a presidência de Francisco Leite Bezerra, o “França”, o Icasa continua a acumular novas dívidas e todas as tentativas de soerguer o clube têm sido em vão, assim como os esforços para voltar à primeira divisão.

Prestes a contar com um “Romeirão” totalmente reconstruído, o futebol do Cariri vê minguar um dos seus mais expressivos clubes de futebol.

Não era, certamente, o sonho de José Feijó de Sá e Teodoro de Jesus Germano, seus fundadores, há 55 anos.

quarta-feira, 24 de julho de 2019

Centenas de hackeados - POR MERVAL PEREIRA.


Os hackers presos ontem foram responsáveis por centenas de invasões de celulares, e não apenas os do ministro Sergio Moro e de Deltan Dallagnol, coordenador dos procuradores de Curitiba que investigam a Operação Lava-Jato.

A invasão do celular de Moro não foi bem-sucedida porque o então juiz havia deixado de usar o sistema de mensagens Telegram. O caso é bem maior do que se sabe até o momento. Todas as pessoas hackeadas são autoridades governamentais, ou ligadas a elas, e jornalistas. E não só ligadas à Lava-Jato.

Circunstâncias do repasse das mensagens estão sendo apuradas. O ministro Moro vai levar agora de manhã as primeiras informações oficiais ao presidente Jair Bolsonaro, sem, contudo, revelar detalhes sigilosos que possam prejudicar a investigação ainda em curso. O importante agora é saber quem contratou os hackers, e quem repassou as mensagens relacionadas à Operação Lava-Jato para o site Intercept Brasil.

Além do material do Intercept, a PF também investiga o que foi feito com o material que não tem relacionamento com a Lava-Jato.

O juiz Vallisney de Souza Oliveira deve levantar o sigilo sobre parte do processo hoje.

Líder dos hackers confessou crimes - O Antagonista.


Walter Delgatti Neto, considerado o líder do grupo preso ontem, confirmou à Polícia Federal ter sido responsável pela invasão dos celulares de Sergio Moro, Deltan Dallagnol e outras centenas de autoridades dos três poderes.

Delgatti está colaborando com as investigações.

Ele permitiu que a PF tivesse acesso a todos os seus arquivos armazenados em nuvem e confirmou aos investigadores que o material divulgado pelo Intercept é fruto do ataque cibernético.

Segundo Delgatti, houve casos apenas de invasões a celulares, outros de roubo de dados e ainda de sequestro da linha para simular conversas com terceiros.

Caririensidade


Em agosto o Cariri inicia campanha para Chapada do Araripe virar  Patrimônio da Humanidade


Chapada do Araripe

       A informação foi divulgada pelo jornal “Diário do Nordeste”, edição de 24-07-2019: “No período de 06 a 09 de agosto, as cidades de Juazeiro do Norte, Crato e Nova Olinda sediarão seminário com objetivo de defender o reconhecimento da Chapada do Araripe como Patrimônio da Humanidade. A diversificada programação do evento reúne debates, exposições, espetáculo teatral, oficinas e a inauguração de três Museus Orgânicos: Museu Casa do Mestre Nena, em Juazeiro do Norte; Museu Casa do Mestre Raimundo Aniceto, no Crato e Museu Casa Oficina de Dona Dinha, em Nova Olinda. A inciativa é do Serviço Social do Comércio (Sesc-Ceará).

   “O encontro tem o objetivo de apresentar a importância da região e discutir sobre os próximos passos para o título. A ideia surgiu durante encontros com organismos internacionais balizadores do patrimônio imaterial. Há quase dois anos, o Sesc-Ceará, em parceria com a Fundação Casa Grande, vem dialogando com a comunidade local sobre a influência cultural do território.
    “A Chapada do Araripe abriga fontes naturais, grutas, sítios paleontológicos e arqueológicos, além de vasta cultura popular. No Ceará, ela está situada no sul do Estado, conhecida como Região do Cariri”. 

 “Seu” Pedro Felício

       Geraldo Duarte, residente em Fortaleza, é advogado, administrador e dicionarista. Foi Procurador Geral da Prefeitura de Fortaleza. Geraldo escreve uma croniqueta semanal no “Diário do Nordeste” e, vez por outra, aborda temas ligados ao Crato e ao Cariri. Esta semana ele publicou o abaixo:

“Quadratura do círculo no Crato
Pedro Felício Cavalcanti (1905–1991), ipuense, viveu com familiares a juventude no Crato, tendo estudado em Fortaleza. Nesta capital, realizou o Curso Técnico em Contabilidade, na antiga Escola Fênix Caixeral, depois retornando à terra do Padre Cícero.

Professor, contador e poeta, fundou e gerenciou o Banco Caixeral, dirigiu a Associação Comercial, foi idealizador e instituidor do Colégio Municipal e das Faculdades de Ciências Econômicas e Faculdade de Direito.

Eleito e reeleito exerceu o cargo de prefeito durante dois mandatos (1963 a 1966 e 1973 a 1976), fazendo-se reconhecido, até a atualidade, devidos às destacadas obras públicas construídas em suas gestões.

Além de verdadeiro lutador pela implantação da Universidade Regional do Cariri (URCA), os moradores também lembram benfeitorias como a eletrificação rural, o Mercado Central, a Quadra Bicentenário, a reforma da Praça da Sé, as construções do Obelisco e Parque de Exposição Agropecuária, afora outros empreendimentos sócio-econômico-culturais.

Pedro Felício era gentil, simples, altamente metódico e conservador. Certa feita, caminhando inadvertidamente por uma das calçadas da cidade, pisou numa casca de banana, sofrendo desastrada queda e luxações. Desde então, jamais usou os passeios, deslocava-se exclusivamente pelo meio das ruas.

O neto, José Kleber Callou Filho, narra que o avô conversava com os cratenses Paulo Hélder, Ariovaldo Carvalho, Eron Pinheiro, Zé Albani Maia e outras pessoas, quando Paulo perguntou: “Seu Pedro, qual o motivo das obras que o senhor constrói serem, quase todas circulares? Como o formato da Rodoviária, das lavanderias e outras?

Resposta imediata e deveras desconcertante: “Paulo, é porque no Crato ainda existe gente muito quadrada!”.

No caminho de casa, Kleber indagou o porquê do respostar e Pedro deu somente uma risada”.

O caudilho Pinto Madeira

Imperador Dom Pedro I cuja renúncia ao Trono, em 1831, motivou Pinto Madeira a pegar em armas. Face de Pedro I reconstituida  em 3D, a partir de fotografia do crânio do monarca, por iniciativa do Prof. José Luís Lira e do designer Cicero Moraes. Esta é a verdadeira feição do nosso primeiro Imperador

      Escrevi um opúsculo sobre Joaquim Pinto Madeira, que passou à histórica como um “caudilho”.  Quem escrever sobre Pinto Madeira não pode obscurecer que ele cometeu erros e injustiças, nas suas participações em cenários da “Guerra do Pinto”, que assolou o Cariri, após a renúncia de Imperador Dom Pedro I ao Trono Brasileiro. 

      Também não se podem esconder  as qualidades pessoais de Pinto Madeira. Dentre elas, a coerência, sinceridade, lealdade e coragem de que era possuidor. Merece ser lembrada, também, a sua religiosidade, um sentimento que o levou a se filiar à Irmandade do Santíssimo Sacramento, da Paróquia de Nossa Senhora da Penha de Crato, em abril de 1816. Talvez por isso suas últimas palavras – após levar a descarga fatal que o matou – foram palavras da fé que sempre o guiou em vida:
    – Valha-me o Santíssimo Sacramento!
Escritores do Cariri:  Denizard Macedo
Denizard Macedo

   José Denizard Macedo de Alcântara nasceu em Crato, na Praça da Sé, em 1° de setembro de 1921. Ele se destacou, principalmente, como um intelectual, como professor em várias instituições de ensino de Fortaleza, bem como por ser um homem de ideias firmes e transparentes. Lecionou na Escola Preparatória de Cadetes, do Colégio Militar do Ceará, Instituto de Educação, Faculdade Católica de Filosofia, Escola de Serviço Social e vários educandários de segundo grau. Incursionando na política foi eleito vereador por Fortaleza. Foi também jornalista, ensaísta, historiador, conferencista e geógrafo. Pertenceu à Sociedade Cearense de Geografia e História, Instituto do Ceará e Academia Cearense de Letras, onde ocupou a cadeira de n° 34, substituindo outro cratense, J.de Figueiredo Filho.

   Denizard Macedo foi, ainda, Secretário da Cultura do Ceará e escreveu as seguintes obras: A Universidade na Defesa Nacional; Fundamentos da Administração Cearense; A Conjuntura Histórico-Geográfica da Industrialização Brasileira; Racionalização da Competência Administrativa do Município; Geografia da América; Cultura e Universidade; Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro; Ascensão e Declínio do Magistério Brasileiro; Ensino de Filosofia no Ceará e Retrato da História da Independência.

         Católico sincero, possuidor de sólida formação religiosa, Denizard era monarquista convicto, apesar da proibição da República brasileira, a qual – durante cem anos, de 1889 a 1988 –, proibiu qualquer divulgação pública sobre as vantagens desta forma de governo. Para quem não sabe, os monarquistas foram os últimos anistiados políticos desta ineficiente república brasileira. Somente com o advento da sétima constituição republicana, a atual, promulgada em 1988, concedeu-se liberdade aos monarquistas de exporem à luz do sol, e de forma pública, suas pacíficas ideias. 

     Denizard Macedo faleceu com 63 anos de idade em 11 de novembro de 1983. Atendendo a seu pedido, a família e amigos colocaram sobre o seu caixão mortuário a Bandeira do Brasil Império

A verdadeira História do Brasil -- 2 (por Armando Lopes Rafael)

Nem os golpistas republicanos conseguiram mudar o Hino Nacional Brasileiro

    No artigo anterior vimos a "balela" que nos é ensinada na escola. Dizem hoje sobre as cores da nossa bandeira que o verde simboliza "nossas matas" e o amarelo "nosso ouro". Mentira!   Vamos saber agora a  história do outro Símbolo da Patria: o Hino Nacional Brasileiro


    Nos seus primórdios, que remonta ao Primeiro Reinado de Dom Pedro I, o Hino Nacional Brasileiro era executado sem ter ainda uma letra. Em 1822, ele foi composto, por Manuel Francisco da Silva, sendo conhecido com o título de “Marcha Triunfal”. Caiu no gosto do povo e depois teve o nome mudado para “Marcha Imperial”. Esta,  foi muito tocada nos campos de batalhas da Guerra do Paraguai. Depois desse conflito foi popularizada na cidade do Rio de Janeiro, então capital do Brasil, já como nosso Hino Nacional.

     Com o advento do golpe militar que implantou a "República dos Estados Unidos do Brasil", (este foi o nome "oficial" do Brasil até 1967), no chamado “Governo Provisório” – dirigido pelo Marechal Deodoro da Fonseca – as novas autoridades republicanas queriam mudar tudo que lembrasse o glorioso Império do Brasil. Por isso instituíram um concurso para a adoção de um novo hino nacional.

     Pois bem, na noite de 20 de janeiro de 1890, o Teatro Lírico do Rio de Janeiro estava superlotado, reunindo as mais destacadas personalidades da então capital brasileira, para conhecer o novo Hino Nacional. No camarote de honra, o velho Marechal Deodoro, àquela época já bastante decepcionado com alguns companheiros do golpe militar de 15 de novembro de 1889.

       O hino que obteve o primeiro lugar no concurso foi composto pelo maestro Leopoldo Miguez, com letra de Medeiros e Albuquerque. Na verdade, uma bonita peça (hoje chamada de “Hino da República”, que começa com o refrão: “Liberdade, liberdade, abre as asas sobre nós”.
       Ao final da execução do "Novo Hino Brasileiro", o Marechal Deodoro bateu, com força,  no braço da cadeira impôs:

        – Prefiro o velho!

       Foi quando ficou preservada para as gerações vindouras, a bela “Marcha Imperial”, o mesmo Hino Nacional Brasileiro de hoje, cujos primeiros acordes (“Ouviram do Ipiranga às margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante”) nos enche de orgulho e nos faz reviver o pouco de patriotismo que ainda resta à “brava gente brasileira”...

202 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.



Não sei dizer se foi o  Melito Sampaio, o Chico Soares ou outro Igual a eles.  No Crato eram tantos que se perde a conta.
Um cratense bem humorado e espirituoso como todos do lugar se entreteu pelos bares da cidade e foi chegar em casa alta madrugada.
A mulher estava com a muzenga, virada num tetéu.
E começaram as ofensas - Cabra safado, sem vergonha, irresponsável, nojento, descarado, cachaceiro, farrista, raparigueiro, piolho de cabaré...
Fez uma pequena pausa para tomar um gole d'água. E, antes de reiniciar com as ofensas ele resmungou uma só palavra :

Gorda!

Foi o bastante, estava vingado.

terça-feira, 23 de julho de 2019

PF prende 4 suspeitos em operação para encontrar hacker que invadiu celular de Moro - O Globo.

BRASÍLIA  - A Polícia Federal (PF) prendeu nesta terça-feira quatro pessoas acusadas de crimes cibernéticos. Entre os detidos, está um hacker suspeito de ter invadido o celular do ministro da Justiça, Sérgio Moro . Na chamada Operação Spoofing, a polícia cumpriu ainda sete mandados de busca em São Paulo, Araraquara e Ribeirão Preto.

As prisões ocorreram durante o curso das investigações sobre a invasão do celular de Moro. A partir de agora, a PF tentará descobrir se os presos têm alguma relação com o vazamento de conversas do procurador Deltan Dallagnol, chefe da força-tarefa da Operação Lava-Jato em Curitiba. O inquérito está sendo conduzido pela Diretoria de Inteligência.

Ataque hacker foi mais amplo e atingiu "coração" da Lava-Jato; saiba quem foram os alvos.

Duas turmas de agentes e delegados se dedicam ao caso, em quatro cidades. A Procuradoria-Geral da República também abriu um procedimento para acompanhar o trabalho da polícia. A apuração desse tipo de crime é tida como complexa, e o prazo para conclusão das investigações será longo, prevê a cúpula da PF.

De acordo com a PF, o nome "Spoofing" faz referência a "um tipo de falsificação tecnológica que procura enganar uma rede ou uma pessoa fazendo-a acreditar que a fonte de uma informação é confiável quando, na realidade, não é".

Em junho, reportagem do GLOBO mostrou que a PF e o Ministério Público Federal (MPF) tinham indícios de que o ataque hacker que expôs mensagens privadas de Moro e de procuradores  foi muito bem planejado e teve alcance bem mais amplo do que se sabia até aquele momento. 

Entre os alvos dos criminosos, estiveram integrantes das forças-tarefas da Operação Lava-Jato de ao menos três estados (Rio, Paraná e Distrito Federal), delegados federais de São Paulo, magistrados do Rio e de Curitiba.

O SHOW DE UM GOLEIRO - Por Wilton Bezerra.


É certo que o Fortaleza, de Rogério Ceni, dá a vida para ganhar um jogo, indo no limite de suas forças.

No empate diante do Atlético, em Belo Horizonte, o tricolor do Picí impressionou pela maneira como enfrentou e superou as adversidades em seu caminho, a partir de dois gols tomados em 13 minutos de partida. Ainda mais, pelo choque provocado no gol contra de Juninho aos sete.

O Leão assimilou o golpe, reagiu e equilibrou as ações.

A segunda etapa reservou, então, momentos de intensa emoção, quando o empate de 2 X 2 foi obtido aos 19 e 21 minutos,

Antes disso, o goleiro Felipe Alves deu início a uma espetacular atuação, com defesas da mais alta categoria.

Quando o Fortaleza deu espaço para o contra-ataque do Atlético, o goleiro tricolor tornou-se barreira intransponível.

Veio o momento da penalidade cometida por Róger Carvalho e Felipe Alves foi senhor absoluto de duas situações: defendeu a primeira cobrança, através de Elias, e a juíza mandou repetir. Na segunda cobrança, com Luan, demonstrando absoluto autocontrole, defendeu de novo.

Foi um momento emocionante, a hora de um grande goleiro.

O massacre da família Távora – por Armando Lopes Rafael (*)



Gravura de 1759 mostrando o martírio da família Távora, nas proximidades da Torre de Belém

    O Rei Dom José I – bisavô do nosso Imperador Dom Pedro I –, reinou em Portugal entre 1750 e 1777. Teve como Primeiro-Ministro, o cruelíssimo e impiedoso Marquês de Pombal. Este, governou o reino com mão de ferro. Pombal alimentou, ao longo da sua vida, profunda inveja contra algumas famílias aristocráticas de Portugal. Em relação ao clã dos Távoras – mais do que inveja –, Pombal nutria por eles um sentimento de ódio. Provavelmente porque a família Távora não somente fosse riquíssima.  Ela tinha ramificações (e exercia influência) noutras casas nobiliárquicas portuguesas, a exemplo das de Aveiro, de São Vicente, de Alorna, de Atouguia e de Cadaval. Todas faziam discreta restrição ao comportamento do Marquês de Pombal.

    Os Marqueses de Távora – Leonor e Francisco de Assis – possuíam um filho, Luís Bernardo, pessoa de muito destaque em Lisboa, casado com Teresa de Távora e Lorena. Era do conhecimento geral que o Rei Dom José I mantinha um relacionamento amoroso com essa nora dos Marqueses de Távora. Estes, sofriam muito com a situação moral de Teresa de Távora e Lorena. E viviam aconselhando o filho Luís Bernardo a se separar da esposa adúltera.

      Diz o livro dos Salmos 5,3-6: “os lábios da mulher adúltera no fim das contas, deixam um sabor amargo, uma ferida feita como que por uma aguda espada de dois gumes. Os seus comportamentos conduzem à morte”. Consta nos registros históricos que, na noite de 3 de setembro de 1758, Dom José I, retornava para casa, incógnito numa carruagem, depois de um encontro com a amante. No meio do caminho, a carruagem foi interceptada por três homens que dispararam contra o Rei. Dom José I ficou apenas ligeiramente ferido no braço. Mas o Marquês de Pombal tomou a si a apuração desse atentado. Dois empregados dos Távoras foram presos e torturados até declararem que o atentado teria partido dos seus patrões.

     
   Armas da Família Távora. Encimando, um golfinho; as águas azuis representam o Rio Távora, que banha uma vila da Província de Trás-os-Montes, local de origem desta família,. O Rio Távora é afluente do Rio Douro.

    O Marquês de Pombal não divulgou o atentado de imediato. Antes disso, mandou prender a família Távora (adultos e crianças), o Duque de Aveiro, e até o Padre Jesuíta Gabriel Malagrida (confessor de Teresa de Távora e Lorena). Este sacerdote foi, posteriormente, enforcado. O Marquês de Pombal aproveitou a acusação de “regicídio” (tentativa ou assassinato de reis) para expulsar todos os Padres Jesuítas de Portugal, desejo que alimentava há muito tempo. No dia seguinte ao atentado, o filho do Marquês, Luís Bernardo e o Duque de Aveiro foram enforcados. Nas semanas seguintes a Marquesa Leonor de Távora, o seu marido Francisco de Assis, e todos os seus filhos, filhas e netos foram encarcerados. Todos acusados de “alta traição” e “regicídio”. Os bens da família Távora foram confiscados pela Coroa. A casa dos Marqueses de Távora foi destruída e o terreno onde estava edificada foi salgado, para que, naquele chão, nem vegetação nascesse.

     O processo contra os membros do clã Távora tornou-se o caso judicial mais famoso da História de Portugal. À época, poucas pessoas acreditaram nas acusações feitas contra aquela família. A começar pela Princesa-herdeira do Trono (que viria a ser a futura Rainha Maria I).  Ainda hoje este é o sentimento entre os historiadores que se debruçam para pesquisar esse trágico episódio.

        Infelizmente, o plano traçado pelo Marquês de Pombal – para tentar apagar a semente   dos Távoras da face da terra – foi executado como ele planejou. No entanto, alguns Távoras conseguiram fugir para o Brasil. Enquanto isso, no dia 13 de janeiro de 1759, num local ermo, nas proximidades da torre de Belém, antecedendo à execução pública dos acusados, diversos membros da aristocracia e da alta nobreza portuguesa também foram torturados, expostos à humilhação pública e, por fim, decapitados. Os restos dos seus corpos foram queimados, com todo requinte de perversidade, e suas cinzas espalhadas no Rio Tejo.

         Morto Dom José I, em 1777, aos 62 anos, subiu ao trono sua filha, a agora Rainha Dona Maria I (avó do nosso Imperador Dom Pedro I). Ela, como um dos primeiros atos do seu reinado, mandou perdoar os Távoras e devolveu o patrimônio que havia sido desapropriado ilegalmente à família trucidada.

***
              O que aconteceu com os poucos Távoras que fugiram para o Brasil? Aqui adotaram outros sobrenomes, como “Silva” e “Fernandes”, para escapar de novas perseguições. Os descendentes desses fugitivos, residentes no Ceará, destacaram-se como homens íntegros e ocuparam funções e cargos relevantes no Brasil. Dentre eles, Juarez, Manuel e Franklin Távora (irmãos) e Virgílio Távora (sobrinho). Alcançaram eles as mais elevadas patentes no Exército Brasileiro; Juarez Távora foi candidato a Presidente da República Brasileira, em 1955; Manuel e Virgílio Távora governaram o Ceará em três ocasiões. Também foram Senadores, Deputados, Ministros de Estado. Outros membros dessa família se destacaram como jornalistas, advogados, bispos, sacerdotes...

                Atribui-se ao Monsenhor Fernandes Távora (ele foi Vigário de Crato entre 1883 a 1889) o restabelecimento do uso do sobrenome “Távora” entre os descendentes brasileiros. Consta que o Monsenhor quis cursar a Academia dos Nobres Eclesiásticos, em Roma. Dificilmente essa Academia admitia sacerdotes sem linhagem de aristocracia ou padres estrangeiros. Monsenhor Fernandes Távora viajou à Lisboa. Pesquisou e restaurou, no Brasil, o nome dessa família, o qual estava proscrito, desde 1759, em Portugal.

(Esta crônica é dedicada a três meninas nascidas no Cariri cearense: Lara, Lia e Maria, minhas netas, filhas de Carolina e Leonardo, que carregam no Registro Civil o sobrenome Távora, herdado do pai delas)
 Livro do historiador José Norton sobre a epopeia dos Távoras. A bibliografia sobre o tema é vasta

 (*) Armando Lopes Rafael é historiador, licenciado pela Universidade Regional do Cariri. Sócio do Instituto Cultural do Cariri e membro-correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA). Em 2016 foi agraciado com a Comenda da Ordem Equestre de São Silvestre Papa, pelo atual Papa Francisco,  no grau de Cavaleiro.

domingo, 21 de julho de 2019

A verdadeira História do Brasil -- 1

Conheça a Bandeira Imperial Brasileira

    A Bandeira do Brasil foi criada pelo  Decreto de 18 de setembro de 1822, constando de um retângulo verde, e, nele, inscrito um losango amarelo-ouro, ficando no centro deste losango o Escudo de Armas do Brasil. A atual bandeira republicana foi apenas modificada. Tiraram as Armas do Brasil Império do modelo anterior, e, no lugar, colocaram uma esfera azul com o lema positivista “Ordem e Progresso”. Sem comentários.

    Como resultou esta belíssima Bandeira Imperial? 
    Suas cores foram escolhidas pelo Imperador Dom Pedro I: o verde, a lembrar a cor da Casa de Bragança, da qual era originário o primeiro imperador brasileiro.  Por outro lado, o verde simboliza o país da eterna primavera nas palavras de Dom Pedro I. Já o amarelo-ouro lembra a cor  da Casa de Habsburgo, de onde vinha a Imperatriz Leopoldina.

       O desenho foi criado pelo  pintor e desenhista francês Jean Baptiste Debret,  que teve grande participação na vida cultural do Brasil, no período de 1816 a 1831. Ele contou com a colaboração de  José Bonifácio de Andrade e Silva, um dos mais ilustres brasileiros e figura de realce na nossa independência de Portugal.

     Esta Bandeira Imperial assistiu ao nosso crescimento como Nação e a consolidação da unidade nacional.

(Baseado em postagem do site do Circulo Monárquico Brasileiro)