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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 30 de junho de 2023

O IMBECIL - Por Wilton Bezerra.

Quem será o novo homem?
O político, o religioso, o intelectual, o cantor brega, o bandeirinha de futebol, o vendedor de caranguejo ou o apresentador de televisão?

Não se entende porque essa dúvida atroz, se está na cara que o novo homem é o imbecil.

Ninguém, absolutamente ninguém, pode esconder que o imbecil reúne todos os predicados para tal escolha no mundo estúpido que vivemos.

Quem mandou viver a reclamar, se o verdadeiro absurdo é nascer?

Ora, na marcha de insensatez diária que acompanhamos, basta dizer que falar merda virou uma baita profissão.

E o imbecil está nessa parada com muita justiça, diga-se.

Um famoso escritor, se referindo ao homem desiludido, dominado pelo imbecil, usou o consolo da palavra:
“Ainda bem que nos resta a relva para amar. Se bem, que o amor é tão frágil quanto a glória da flor”.

Esse texto, embora não pareça, é meu mesmo.

quinta-feira, 29 de junho de 2023

092 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Dr. Leandro Correia Lima foi o primeiro filho de Várzea-Alegre a se formar em medicina.  Formado na Bahia, turma de 1915, exerceu a clinica, em várias cidades por onde passou, com dignidade e dedicação estremadas.

 Bom clínico geral e ótimo obstetra, foi um dos mais ilustres filhos de nossa terra, pela vasta cultura e grandeza d’alma.

A tudo isto aliava um pendor notável para a pintura, sendo capaz de desenhar, com um simples lápis e um pedaço de papel vulgar, retratos perfeitos, no que era sua especialidade.

O segundo filho de Várzea-Alegre a receber título igual foi o Dr. José Ferreira, 21 anos depois. Dr. José Ferreira colou grau e recebeu o seu diploma de Doutor em Medicina, na tarde de uma terça-feira, dia 08 de Dezembro de 1936.

Portanto, o primeiro médico era tio do segundo. Resgate de curiosidades importantes da família Correia Lima.

Filho de Joaquim Correia Lima e Clara Alves Bezerra, neto do major Joaquim Alves. Casado com Anália Correia Lima filha do Coronel Antônio Correia, portanto sua sobrinha.



091 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Hoje, eu estou com muita saudade de Raimundo Menezes. Permiti-me contar uma historinha dele, quem sabe assim eu consiga enganar a saudade.

Na década de 80 do século passado Raimundo Menezes estava com todos os filhos em Fortaleza. Ficaram só ele e Risomar em Várzea-Alegre. 

Um dia, por volta de 09 horas da noite Luiz Justino  o avisou que no dia seguinte, as quatro da manha estaria viajando para Fortaleza e se ele tivesse alguma encomenda para os meninos ele levaria. 

Raimundo preparou uma caixa com o que dispunha em casa : Queijo, manteiga, pão de arroz e de ló, sequilhos, doce de leite, linguiça caseira etc. Mas, Raimundo tinha um lastro de milho plantado no monturo da casa dos compadres Leandro e Francisca que estava no ponto de ser consumido : cozido ou assado. Era uma novidade. 
Sem ter como avisar ao Picoroto para colher o milho, ele mesmo foi ao Sanharol às três horas  da madrugada. Escuro de meter o dedo no olho. 
Em lá chegando seguiu a carreira do milho, escolhendo as espigas maiores. Com a zoada do estalo da espiga dona Francisca despertou, abriu a janela da casa com uma lamparina acesa na mão e gritou a toda altura : Ei ladrãozinho sem futuro, largue de roubar o milho de seu Raimundo se não eu vou contar pra ele.
Raimundo estava calado e calado continuou, a comadre nunca soube que era ele. Ele contava e ria da prosa.



090 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Arrozais e planícies verdejantes do Riacho do Machado - Várzea-Alegre - Ceará.

Eu sou um observador da genealogia de Várzea-Alegre. Estranho  que o Papai Raimundo tenho tido outros 09 irmãos e só ele tenha sido muito disseminado e os outros não. 

Sou descendente de 08 netos do famoso Raimundo. É que naqueles tempos na falta de ter com quem se casar tios e tias se casavam com sobrinhos e sobrinhas.  Por essa razão em minha família é muito comum encontrar um abilolado.

Não tenho conhecimento que o Papai Raimundo tenha sido "Marquês", mas criaram a Av. Marques Papai Raimundo, criaram também uma medalha com o seu nome  para bajular e fazer média com políticos de reputação duvidosa na mais deslavada demagogia e hipocrisia já vistas.

Eu não faça a menor questão de ser descendente do Papai Raimundo, até porque nas favelas que proliferam a periferia da cidade : Riachinho, Varjota, Grossos, Sanharol, Vila Chique ninguém sabe que foi Barbara de Morais Rego que deu a luz ao filho ilustre, muito menos interessa saber quem veio ao mundo depois dele.

Algumas honras ao ilustre conterrâneo serviram apenas para manchar a memória do nobre varzealegrense por conta de alguns homenageados não merecidos. 

Tenho a mais absoluta certeza, pelo que se conhece da história dos filhos José Raimundo, Joaquim Alves e Ildefonso - que eles jamais concordariam em ver o nome do seu patriarca numa medalha homenageando gente do porte de um deputado que nem merece que se pronuncie o nome.

Fica a pergunta : Porque não disseminam os demais irmãos do Raimundo? Porque os esqueceram e deixaram cair na vala profunda do esquecimento?



Saudade é o amor que fica. - Postagem do Antônio Morais.


Dr. Rogério Brandão, médico oncologista.

Como médico cancerologista, já calejado com longos 29 anos de atuação profissional  posso afirmar que cresci e modifiquei-me com os dramas vivenciados pelos meus pacientes. Não conhecemos nossa verdadeira dimensão até que, pegos pela adversidade, descobrimos que somos capazes de ir muito mais além. Recordo-me com emoção do Hospital do Câncer de Pernambuco, onde dei meus primeiros passos como profissional.

Comecei a freqüentar a enfermaria infantil e apaixonei-me pela oncopediatria. Vivenciei os dramas dos meus pacientes, crianças vítimas inocentes do câncer. Com o nascimento da minha primeira filha, comecei a me acovardar ao ver o sofrimento das crianças. Até o dia em que um anjo passou por mim! Meu anjo veio na forma de uma criança já com 11 anos, calejada por dois longos anos de tratamentos diversos, manipulações, injeções e todos os desconfortos trazidos pelos programas de químicos e radioterapias.




Mas nunca vi o pequeno anjo fraquejar. Vi-a chorar muitas vezes; também vi medo em seus olhinhos; porém, isso é humano! Um dia, cheguei ao hospital cedinho e encontrei meu anjo sozinho no quarto. Perguntei pela mãe. A resposta que recebi, ainda hoje, não consigo contar sem vivenciar profunda emoção. — Tio, — disse-me ela — às vezes minha mãe sai do quarto para chorar escondido nos corredores...

Quando eu morrer, acho que ela vai ficar com muita saudade. Mas, eu não tenho medo de morrer, tio. Eu não nasci para esta vida! Indaguei: — E o que morte representa para você, minha querida?— Olha tio, quando a gente é pequena, às vezes, vamos dormir na cama do nosso pai e, no outro dia, acordamos em nossa própria cama, não é? (Lembrei das minhas filhas, na época crianças de 6 e 2 anos, com elas, eu procedia exatamente assim.)— É isso mesmo.— Um dia eu vou dormir e o meu Pai vem me buscar. Vou acordar na casa Dele, na minha vida verdadeira!

Fiquei "entupigaitado”, não sabia o que dizer. Chocado com a maturidade com que o sofrimento acelerou, a visão e a espiritualidade daquela criança.— E minha mãe vai ficar com saudades — emendou ela. Emocionado, contendo uma lágrima e um soluço, perguntei: — E o que saudade significa para você, minha querida?— Saudade é o amor que fica!

Sociedade "Egocentrista" - Por Antônio Morais.


"Egocentrismo é o comportamento voltado somente para si ou tudo que lhe diz respeito e lhe interessa".

Há poucos dias uma jovem senhorita que não conheço, não sei de qual região é, não sei qual a sua formação intelectual ou profissional, nem sei que atividade estava cumprindo em Juazeiro do Norte, Crato e Barbalha, postou um vídeo onde declarou que a região é uma África em potencial.
Houve uma grande comoção das pessoas, um rebuliço danado, um alvoroço dos diabos, e, foi considerado  como um insulto inaceitável.

Certamente essa jovem visitou as favelas que proliferam na periferia destas cidades, locais que os prefeitos, vereadores e políticos não visitam, ou visitam apenas no período de campanha eleitoral.
Ali vivem os párias da "sociedade egocentrista, a míngua, sem nenhuma atenção ou assistência do puder público. Saneamento, saúde e educação zero. 

Quem duvidar faça como aquela jovem visite as periferias e comprove que naquelas localidades nem a limpeza é feita, nem o lixo é retirado. Essa é a realidade para quem vê a região pela razão e não pela emoção ou paixão. 
Para os que vivem no conforto da comodidade, o problema não existe, e, se existe não é deles.

Nunca ninguém contou - Postagem do Antonio Morais..


Prédio da Refesa - Deste  local  para o cabaré da Glorinha era um  pulo.

Muito já se falou sobre "Glorinha", bordel famoso do Crato que em época passada segundo falavam, concorria com a hegemonia corporativista do município. "O reino da Glória" continha a parte social e turística. 
A sofisticação da Boite chegou a tal ponto, que as esposas dos abastados conterrâneos dela, não se incomodavam que os maridos comparecessem a sua festa de aniversário trajando smoking. E foi nesse clima eufórico que aconteceu o que hoje conto sobre o "reino".
Um casal caririense há muito radicado  no Rio de Janeiro (nomes preservados) passava férias no Crato e Glorinha estava em evidência. Só se falava na casa noturna, Aí, o casal resolveu visitar a "badalação"!
Chegaram no gesso, adentraram no recinto e foram bem recebidos. A ordem era receber todos bem desde que apresentassem um certo traquejo. O garçom todo maneiroso instalou os visitantes numa mesa bem em frente ao salão, onde alguns pares rodopiavam sobre os acordes na voz de Núbia Lafaete.
Tudo romântico e muito tranquilo, já tinha tomado uma cerveja quando Glorinha apareceu para dar as boas-vindas e depois de saber que moravam no Rio de Janeiro tornou-se ainda mais distinta.
Nós estamos só conhecendo!
Fiquem bem a vontade.
Mais uma cerveja e regresso a casa da família. 
Quando no dia seguinte eles revelaram o programa da noite a família ficou em situação aflitiva, no entanto para o casal tinha sido tudo normal. 
Aí, a irmã da turista quis saber os detalhes da visita ao antro: Não vi nada demais, alguns casais sentados bebendo, outros dançando. Alguns saiam educadamente e depois voltavam. 
Fomos embora porque o ambiente estava muito monótono.

quarta-feira, 28 de junho de 2023

213 - O Crato de Antigamente - Postagem do Antônio Morais.




Salvo por ser gentil.

Certo dia, ao término do trabalho, um funcionário de um frigorífico na Noruega foi inspecionar a câmara frigorifica. Inexplicavelmente, a porta se fechou e ele ficou preso dentro da câmara. Bateu na porta com força, gritou por socorro mas ninguém o ouviu, todos já haviam saído para suas casas e era impossível que alguém pudesse escutá-lo.
Já estava quase cinco horas preso, debilitado com a temperatura insuportável. De repente a porta se abriu e o vigia entrou na câmara e o resgatou com vida.
Depois de salvar a vida do homem, perguntaram ao vigia por que ele foi abrir a porta da câmara se isto não fazia parte da sua rotina de trabalho.

Ele explicou:

Trabalho nesta empresa há 35 anos, centenas de empregados entram e saem aqui todos os dias e ele é o único que me cumprimenta ao chegar pela manhã e se despede de mim ao sair.
Hoje pela manhã disse “Bom dia” quando chegou. Entretanto não se despediu de mim na hora da saída. Imaginei que poderia ter lhe acontecido algo. Por isto o procurei e o encontrei.
O rapaz foi salvo por ser gentil. Como se, ser gentil fosse tão difícil, não é?

DIGNIDADE NÃO SE VENDE!- Postagem do Antonio Morais,


Perdeu 22 anos de magistratura, foi enganado, foi  traído da forma mais vil, covarde e canalha, está sendo atacado, mas mantém a humildade e o brio dos verdadeiros homens de bem. 

Bolsonaro e seus filhos juntam-se ao "balaio de gato" do Lula e a cambada do Mensalão e Petrolão e são aplaudidos pelas duas plateias que se digladiavam até pouco tempo. Os iguais se atraem, Lulistas e bolsonaristas, mais unidos do que nunca festejam.

Mitos são imaginários, verdadeiros heróis são reais! 

Sergio Moro entrou grande, saiu gigante. O brasileiro mais digno e respeitado mundialmente, herói da Lavajato, sai levando na maleta o restante da credibilidade do governo do presidente Bolsonaro.

089 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



A espontaneidade e a sinceridade do povo do interior permitem o uso de expressões e comentários que soariam diferentes em regiões urbanas do país.
Socorro Cavalcante morou por vários anos em São Paulo. Na década de setenta, quando voltou para a pequena Várzea Alegre, chamou atenção pela altura acima da média e pela gordura acumulada nas terras do sul, sinal de formosura para os sofridos sertanejos.
Em um domingo, no final da tarde, Socorro foi visitar sua prima Maria de Pepê, que morava no aprazível sítio Sanharol, bem próximo a sede do município cearense de Várzea-Alegre.
Zé André, conhecido agricultor do local, ao avistar a aproximação da visitante, se levantou de uma rede armada no alpendre de sua casa, e, com sua maneira autêntica e observadora, disse em toda altura:
Eita, lá vem Socorro de Raimundo Silvino tomando a estrada toda!

Fonte Dr. Flavio Cavalcante.



segunda-feira, 26 de junho de 2023

088 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Foto - Joaquim de Figueiredo Correia, Advogado, Vice-Governador do Ceará, Deputado Estadual e Federal por várias legislaturas, um politico muito influente  de nosso estado e no Brasil.

Quando os tempos eram outros e os costumes também, quando os objetos de sedução eram "mandar flores e fazer serenatas", o jovem varzealegrense Joaquim de Figueiredo Correia, advogado, depois vice-governador do Ceará e Deputado Estadual e Federal por varias legislaturas fez uma serenata para uma prima filha do português Antônio Ferreira, casado com Matilde Correia, tia de Figueiredo.

Do casal Antônio Ferreira e Matilde nasceram vários filhos, dentre eles o médico José Correia Ferreira, segundo filho de Várzea-Alegre a se formar em medicina, o empresario Raimundo Correia Ferreira, um dos pioneiros do transporte de passageiros no nordeste e o jornalista, apresentador e locutor da BBC de Londres Joaquim Correia Ferreira.

Com a finalidade de fazer uma serenata Joaquim Figueiredo se posicionou a certa distância e quando o sanfoneiro cantou a musica "Patativa" do Vicente Celestino :

Acorda, patativa! Vem cantar.
Relembra as madrugadas que lá vão,
E faz da sua janela o meu altar,
Escuta a minha eterna oração
.
Antônio Ferreira, o pai da jovem abriu a porta e respondeu no sotaque português: "A patativa está dormindo, mas, o pai dela está acordado". 
A serenata foi abaixo no instante, e, é porque os jovens eram da mesma família, Eram primos.



CHEGADA AO FUTURO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

A tecnologia que nos domina e envolve manda dizer que já chegamos ao futuro.

Fim de linha da história.

Escritores futuristas encheram o bolso de dinheiro, escrevendo sobre o assunto.

Teríamos chegado ao último terço do campo de jogo?  

Sempre soube, dentro da minha pobreza teórica, que o futuro nunca se concretizaria.

Esse é o problema do autodidata: tem pouca teoria com relação à ciência e essência das coisas.

Incrível como acaba ganhando a vida, lidando com palavras. O autodidata é um ignorante monumental.

No duro, acaba sendo um escriba que emenda frases.

Como um ser que pensa, desconfiamos dessa chegada ao futuro.

Uma pausa e voltemos ao título dessa crônica.

E aí? Como ficam os "sonhos com o futuro", se chegamos ao fim da linha?

É preciso observar que há, também, um lado que diz respeito à distopia que gerou a decadência. Como ficamos, nesse ponto negativo?

Não foram poucas as vezes em que se afirmou: "No futuro, tudo estará resolvido"

Se concreta for essa chegada, nossas utopias  estarão no brejo, com "bezerro e tudo".

De qualquer maneira, em um último esforço, é bom perguntar às cartas (elas não mentem) se estamos, de fato, assistindo a última onda.

Não custa nada.

Frases para refletir - Postagem do Antônio Morais.



“É inútil fechar os olhos à realidade. Se o fizermos, a realidade abrirá nossas pálpebras e nos imporá a sua presença”.
Juscelino Kubitschek


Às vezes, a única  coisas verdadeira num jornal é a data.
Luiz Fernando Veríssimo.


O discurso do PT é 80% mentira e 20% malandragem.
Fernando Gabeira, ex-petista.

Uma palavra amiga - Por Antônio Morais.


Nunca permita que alguém corte tuas asas, estreite teus horizontes e tire as estrelas do teu céu, Nunca deixe os teus medos serem maiores que a tua vontade de voar.

Um pássaro sentado em uma árvore nunca tem medo que o galho quebre, porque sua confiança não está no galho, mas nas suas próprias asas.

Estadão pede aos ministros do STF para controlarem a atuação de Moraes - O Estadão, Crystian Costa.

Jornal quer o fim dos inquéritos conduzidos pelo juiz e mais vigilância dos membros da Corte sobre o colega de toga.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou um editorial neste domingo, 25, no qual pede aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que controlem um de seus colegas, Alexandre de Moraes.

Conforme o texto, membros da Corte chancelaram decisões do juiz do STF. Dessa forma, são responsáveis por suas consequências e têm de impedir eventuais abusos. Além disso, o jornal vê “erros e incompreensões sobre o Direito e as próprias circunstâncias vividas no país” nos inquéritos inconstitucionais conduzidos pelo ministro.

“Afinal, se ao longo do governo Bolsonaro a democracia pareceu estar sob risco, o que poderia justificar medidas excepcionais, hoje não há ameaças que fundamentem decisões desse tipo”, observa o Estadão. “O Supremo não pode ignorar que, agora, a realidade é diferente. Para começar, não estamos mais em ano eleitoral, e, portanto, a legislação específica para o período de campanha, que serviu para fundamentar muitas intervenções do Judiciário, sobretudo nas redes sociais, só fazia sentido no contexto eleitoral, pois era preciso proteger a igualdade de condições entre os candidatos. 

Agora, o cenário factual e normativo é outro.

Falsidade - Por Antônio Morais.


Gente falsa é como "SAPO" tem perna curta, língua comprida, olho grande e vive na lama. Ignore, veneno só faz mal quando você engole.

Não corra atrás das borboletas... Cuide do jardim para que elas venham até você. E, tudo que você não puder contar como fez, não faça!

087 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

João Alves de Menezes, João do Sapo foi um dos maiores empreendedores de Várzea-Alegre.

No final da década de 30, início de 40 do século passado, numa época sem estradas e sem transportes ele foi a Bahia e adquiriu na cidade de Jacobina um casal de bovinos da raça zebu para melhorar a genética de seu rebanho, e, consequentemente da região. Batizou a Vaca com o nome de Jacobina em homenagem a cidade de origem e, o touro de Paquete, aí não se sabe explicar a razão ou motivo.

Dizem que com o dinheiro da venda do primeiro filhote ele comprou 23 bezerros dos da região. João do Sapo além do Sanharol era proprietário da Fazenda Pitombeira no município do Assaré. Dizia Dona Soledade, sua esposa, que pra João tudo do Assaré é melhor, de tanto que gostava da propriedade. Ótima para criação de bovinos e ovinos, bem como, para a cultura do algodão.


André Menezes, seu filho, com apenas nove anos de idade, vivia pedindo ao pai para acompanhá-lo nas viagens à Pitombeira. Numa delas João do Sapo o levou. Saiu do Sanharol num burro, no meio de uma carga com os mantimentos necessários para viagem. Um dia e meio em lombo de animais. Por lá João do Sapo conheceu uma vizinha de terra, uma moça com uns 50 anos e, se lembrou do primo legitimo Frazo do Garrote, um solteirão falador da vida alheia que nunca encontrou quem o quisesse e, engenhou na cabeça, a ideia de arrumar um casamento da vizinha com Frazo.

De volta a Várzea-Alegre, foi comunicar ao Frazo do Garrote a oportunidade de sair do caritó e fazer um bom casamento. André Menezes sério e concentrado, apesar de menino, prestava atenção a conversa dos dois primos.
João do Sapo ia passando as informações e Frazo se animando. Dizia: A moça tem mil tarefas de terra, tem cinquenta cabeças de gado, cem cabeças de ovelhas, vinte éguas parideiras, Frazo, num pé e noutro, animado igual pinto em monturo.

Então, André Menezes, completou as informações dizendo: Ei pai, tem Pedro com 14 anos que já serve para botar as vacas no curral!

Essa informação do André botou o negocio a perder, Frazo desistiu do casamento. É que ter Pedro com 14 anos, sem nunca ter casado, era um defeito muito grande para uma moça naqueles tempos.



domingo, 25 de junho de 2023

O encontro dos primos - Por Pedrinho Sanharol.

Ontem, 23 de Junho de 2023 conseguimos realizar uma façanha agradável e prazerosa. Juntamos num só lugar três primos com mais de 200 anos juntos.

Dr. Luciano de Brito Gonçalves, médico com mais de meio século de serviços prestados a população cratense, a maior parte na atenção a comunidade carente, visto que iniciou sua vida profissional cuidando dos "Passarinhos" de Monsenhor Pedro Rocha de Oliveira. Passarinhos eram aquelas crianças abandonadas e deixadas no "Hospital Infantil" anexo  do São Francisco. Dr. Luciano um médico humanista, voluntarioso e solidário.

Helder Macário de Brito, agro-pecuarista, politico, ex-prefeito da cidade de Campos Sales, no Ceará e administrador  de empresa, responsável pela administração do Hospital Regional Manual de Abreu em décadas do século passado.

Antonio Alves de Morais, bancário aposentado. 

O que não faltou foi assunto, dos mais diversos. Lembranças  dos tempos da meninice de férias na Fazenda Agua Azul em Campos Sales. 

Muito bom encontrar os amigos, parentes e camaradas.

086 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Várzea-Alegre é muito rica de humor, cultura e folclore. Considerada a cidade do povo mais alegre e feliz do Brasil pelo programa da Rede Globo sua boa e bem humorada gente não perde oportunidade de fazer graça. E, coincidência ou não os fatos teimam em se repetirem para o deleito de seus habitantes.
Na década de 70 do século passado, um São João na Cachoeira Dantas tinha todas as razões para ser uma grande festa. Bodas de ouro do casal, 15 anos da filha caçula e casamento da filha do meio.
Perdeu-se a conta do que foi abatido: galinha, porco, bode e carneiro.
Lá pras quatro da manhã quando a rela bucho terminou, Zefinha, a caçula sentiu-se mal. Você sabe como é perigoso comida leve - buchada, fussura, pirão e sarapatel em excesso altas horas da noite.
Resolveram levá-la ao médico. Meio de transporte uma rede num pau de porteira com um caboclo na frente e outro atrás.
No quebrar da barra, de passavam da bodega de Raimundo Sabino ele perguntou:
Quem está doente?
O pai respondeu - minha filha.
E o que foi?
Foi comida!
Raimundo encerrou com outra pergunta : "Pegaro o caba".



sábado, 24 de junho de 2023

085 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Em Novembro de 1788, casa-se Raimundo Duarte Bezerra (Papai Raimundo) com Tereza Maria de Jesus, vindo desse consórcio matrimonial a procriação dos filhos de Várzea Alegre. Tereza Maria de Jesus tinha uma inabalável fé e devoção a são Raimundo Nonato, cuja imagem em pequeno vulto possuía em sua casa num quarto de orações que mandara construir. Nas conversas que mantinha com os de sua família, manifestava sempre o desejo de construir uma capela dedicada a são Raimundo Nonato: “Tenho fé em Deus e em São Raimundo Nonato que ainda edifico nesta terra uma capela, mesmo que pequena, em sua honra”.

Tereza Maria de Jesus não teve a alegria de ver esse seu tão nobre e aspirado desejo realizado, uma vez que, em setembro de 1823, na ocasião em que nascia o seu primeiro netinho, ela, tomando em suas mãos a criança, erguia em tom de agradecimento um caloroso e entusiástico “Viva são Raimundo”, tombando sem vida logo depois. Tereza Maria de Jesus morre repentinamente sem ver o seu sonho concretizado. No entanto, sua família não esqueceria o desejo por ela ardentemente nutrido e confiante ficou a espera de um dia promissor.

Vinte e nove anos depois, em 1852, ordenava-se o Padre José de Pontes Pereira, da família Onofre e Pontes de Assaré, e natural daquele lugar. Estando o Pe. Pontes desocupado, sem ter uma paróquia para curar e, portanto, para desempenhar o ministério sacerdotal do qual acabara de ser investido, aparecendo na cidade de Assaré o Major Joaquim Alves Bezerra, de Várzea Alegre, fez com ele um contrato para celebrar em Várzea Alegre as missas de Natal, Ano Novo e Reis, sendo que havia ali aquele quarto de orações que muito bem se prestaria a esse fim.

Decorrido esse período o Pe. Pontes, após celebrar a ultima missa do contrato, muito satisfeito e imensamente agradado do lugar e mais ainda do povo de comportamento exemplar e fé sincera, embora que sem cultivo, fez ver ao mesmo povo que se prometesse fazer para si uma casa de morada, e edificar também uma capela para são Raimundo Nonato, vinha ser o seu capelão.

De boa vontade o povo acolheu esse altruístico gesto do ilustre levita, uma vez que para ter mão desse fim, ao qual muito se aspirava, não havia sacrifícios a enfrentar, por mais intransponíveis que fossem.

Os Homens influentes da localidade mandaram logo ao Bispo Diocesano de Pernambuco a petição da licença para a construção da capela, visto que no Ceará ainda não existia bispado. O Sr. Bispo respondeu que a licença só seria dada caso o terreno onde a capela seria edificada fosse doado ao Santo. Três filhos de Raimundo Duarte Bezerra (papai Raimundo), e um genro deste, deram então por escritura pública, duzentas “braças” de terra, sendo que a medição desta se faria de duzentas braças de cada canto da capela.

Logo que concedida a licença, se fizeram iniciar os serviços (1854), sendo depois suspensos por causa dos oficiais da obra que não estavam se empenhando. Em 1855, porém, reiniciaram-se os trabalhos com muita intensidade e maior entusiasmo, ficando concluída a capela no ano seguinte, quando com cerimônia ao estilo foi abençoada. O ato solene de benção e inauguração da capela ocorreu no dia 2 de fevereiro de 1856, sendo a cerimônia oficiada pelo Pe. Manoel Caetano, então coadjutor do Icó.

Como prometera, o Pe. Pontes veio para Várzea Alegre e ali permaneceu, na qualidade de capelão, até 11 de maio de 1859, quando vítima do cólera morbus veio a falecer. Conta-se que naquela época todo o interior fora acometido por esse mal, e durante a santa missa, no momento da elevação, o Pe. Pontes oferece sua vida em Holocausto: “Fazei de mim, Senhor, a última vítima, nesta terra, deste terrível mal e poupai esta humilde e sofrida gente”. Segundo o que é atestado, O Pe. Pontes foi a última vítima do cólera a morrer em Várzea Alegre, sendo que poucas horas depois dele, morreu apenas uma menina de nome Bárbara, que já se encontrava em fase terminal. Os restos mortais do Pe. Pontes jazem em Várzea Alegre no local onde encontra-se erigida a capela de Santo Antônio, à entrada da cidade.

Viveu pois plenamente o seu sacerdócio e pastoreio, uma vez que a exemplo do Cristo que faz sua a vida da humanidade e por ela dá a sua, igualmente Padre Pontes, configurado a cristo pelo sacerdócio, fez sua a vida daquela humilde gente desde o momento que mostrando-se não ávido de pretensões carreiristas, ofereceu as primícias do seu ministério sacerdotal aos trabalhos, não menos nobres, de uma capelania numa pequena vila no interior do Ceará. Insigne foi o coroamento do seu breve sacerdócio, onde une o sacrifício da sua vida ao sacrifício redentor de Cristo. A vida do Pe. Pontes encontra na ara o seu clímax. Vida e morte pelo povo e para Deus: Fidelitas Christi, fidelitas sacerdotis. Como colaborador fiel de Cristo, a ele se aplicam as palavras do evangelho de João: “Bonus Pastor animam suam dat pro ovibus suis”.

Sempre será oportuno lembrar que o Pe. Pontes durante aquele pequeno lapso de tempo que permaneceu em Várzea Alegre, fez tudo pelo seu progresso deixando aquela capelania em condições tão favoráveis e promissoras que, sem sacrifício algum, foi em 30 de novembro de 1863 criada a paróquia de Várzea Alegre, por decreto de sua Exma. Revma. Dom Luiz Antônio dos Santos, sob a invocação de São Raimundo Nonato e guarda pastoral do Pe. Benedito de Sousa Rego.



SIMULACRO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Essa seleção brasileira que faz amistosos pelo Mundo é de mentirinha.

Uma espécie de "pega na rua" que a CBF coloca em campo para catar dólares.

Mesmo que arranhe o prestígio já abalado do nosso futebol, o que importa é a grana.

A cartolagem está se lixando para essa história de tradição.

Não se tocam sobre o significado, o simbolismo, os costumes, a ética, a memória, a força dos rituais.

A perda de valor é irreparável. Já não leva grandes públicos aos estádios, atuando lá fora.

O temor pelas suas camisas definhou. O último "feito" foi tomar quatro gols do Senegal.

Depois de demorado processo de humilhação, um treinador europeu aceitou treiná-la, daqui a um ano.

É o futebol brasileiro sequestrado para fins meramente financeiros.

A crônica esportiva trata apenas de naturalizar tudo isso.

É uma pena.

sexta-feira, 23 de junho de 2023

O COPOM E A TAXA SELIC - Por Antonio Gonçalo.

Os políticos e a mídia, embora entendam pouco ou quase nada de macro-economia, estão sempre tentando opinar (ou acertar) sobre o que deve ser feito para o controle da inflação, câmbio, teto de gastos etc. No rol de culpados, o presidente do BACEN é a "bola da vez" para o governo e seguidores do chefe sabichão que sabe tudo, o Lula!

A decisão do COPOM é colegiada, mas centralizam as críticas negativas no presidente daquele órgão, Roberto Campos Neto que, bem sabemos, se não tivesse o tempo de mandato definido em lei, já teria sido demitido do cargo há muito tempo. 

Impressionante a inocência desses críticos! Pois, todo o mercado financeiro, já bem antes da reunião do COPOM, falava que o corte da taxa Selic, se houvesse a curto prazo, ocorreria em agosto próximo. Por que então a surpresa, agora que o índice foi mantido em 13,75%? Sabe-se que pelo menos o ex-ministro Henrique Meireles se manifestou favorável à essa última decisão do Colegiado. 

Não dá para entender a surpresa dos que fingem não ter entendido a decisão recente do BACEN, salvo na perspectiva do governo, dos seus seguidores e do velho jornalismo, que sonham com boas novas, desconhecendo a máxima de que "o dever de casa" do tripé macro-econômico deve vir em primeiro lugar. 

Aguardemos os resultados dessa peleja, torcendo para que o nosso querido Brasil não fique com sua economia e imagem arranhadas e o povo pagando o pato, como vem acontecendo com alguns países da América Latina, que aderiram a políticas socialistas e tiveram grandes prejuízos sócio-econômicos nos últimos anos.

084 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Quanto mais leio sobre a pandemia "Corona vírus" mais compreendo que somente Deus, Maria Santíssima e os santos tem o poder de salvaguardar a humanidade. 

Ontem li uma noticia que jamais esperei lê em minha vida : "A Itália está dando prioridade ao atendimento de pessoas mais jovens, porque já não há o que fazer em beneficio dos idosos".

O Brasil está enfrentando a quarta calamidade, a quarta pandemia. As três primeiras vieram juntas desde a eleição do presidente da república : Judiciário, legislativo e imprensa, agora, o "corona virus".

O judiciário nomeado, ideológico e esquerdista. O legislativo e a imprensa por conta da abstinência da corrupção, do roubo e da ladroagem, e, por fim, o "Corona vírus" por conta do destino.

Mais do que nunca precisamos da misericórdia de São João Paulo II, que sempre foi muito admirado e venerado pelo povo brasileiro. Que derrame suas bênçãos sobre todos nós.



quinta-feira, 22 de junho de 2023

083 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antonio Morais

Zé kinkas, figura querida do Sitio São Vicente era o pai de Macaxeira e outros irmãos. 

O causo me foi contado pelo meu primo, amigo e camarada Zé do Galo, foto.

Estou vendendo pelo mesmo preço que me foi passado, nem mais nem menos.

Portanto, não me façam tocaia pelos corredouros do Atoleiro, se acertem com o José Morais da Silva, Zé do Galo, aí vai a foto para não o confundirem comigo.

Macaxeira se casou e nada de procriar, nada de nascer menino em sua casa. Seu kinkas vivia enchendo a saco do filho, cobrando um neto a todo custo. 

Um belo dia, o velho Kinkas falou sério para o filho : Parece que você não é homem? Na sua idade, bastava eu passar por debaixo da rede que a mulher engravidava!

Macaxeira brabo como um siri na lata com aquela  chateação, olhou meio atravessado para o pai e respondeu - É pai, o senhor passava por baixo e "os caba" passavam por riba..



A pátria lá de nós - Por Batista de Lima.

Parece senso  comum que desfile de 7 de Setembro tem que ser feito por militares ou estudantes.

Cada vez menos estudantes estão desfilando. No dia da pátria , a preferência está sendo o desfile na praia, de calção ou biquine, e às vezes futebol.

Porque as pessoas comuns não fazem os seus desfiles patrióticos! Será o desencanto com o comportamento dos nossos políticos!

O desfile poderá ser feito por pessoas comuns com bandeiras do Brasil, de associações, ou time de preferência.

Seria o povo nas ruas com orgulho de brasilidade.

quarta-feira, 21 de junho de 2023

Isolamento obrigatório - Por Antônio Morais.


Eu sempre fui contra aquele isolamento voluntário que existia entre as pessoas. Famílias inteiras se encontravam e ficavam cada um para o lado com um celular lendo, respondendo e trocando mensagens. 
Eu sentia falta  do jeito carinhoso, afetuoso de conviver, do sorriso e do olhar contemplativo que devem existir entre as pessoas. 
Hoje, por necessidade e carência vejo nas redes social a única maneira de não se sentir totalmente isolado,  o único meio de se comunicar com as pessoas amigas, familiares e a sociedade em geral.

082 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


II Grande Guerra Mundial - Várzea-Alegre é bombardeada.

Consequência do nascimento de um menino loiro, em 28 de Abril de 1889, à Rua Salzburg, numero 79, em Branau-am-Inn Austria, o mundo está em polvorosa. Ex-soldado afastado do exercito, por sua capacidade como cabo, é hoje o chefe supremo das forças armadas alemães e sonha para pátria que não é sua o domínio do mundo, por mil anos, sob o “guante nasista”, seu catecismo, sua escola. Seu nome, com licença da palavra, é Adolph Schihlgruber Hitler, mais conhecido pelo apelido de “Fuhrer”.

Determinismo histórico ou o que seja! Com as voltas que dá o mundo, fez-se edição grosseira e ampliada de Gengiscão: sem duvida, a quinta das quatro bestas do Apocalipse! Desde primeiro de Setembro de 1939, quando invadiu a Polônia, esmagando com seu poderio e sua blitz o valoroso exercito de Rito Smigli, a Segunda Guerra Mundial foi instalada. Antes, porem, já fizera miséria, com punchs, golpes, anexação da Áustria e outros agressivos atos de perfeita paranoia. A ele se associaram seus comparsas Benitu Mussolini, o verdadeiro criador da religião e agora seu discípulo, apelidado de Duce e o japonês Hiro Hito, com sua aguerrida gente e poderosas armas.

Tinham os três um ideal comum – devorar a Europa e os Estados Unidos e, de quebra, as restantes nações do mundo. Tiro, felizmente saiu pela culatra. O tal eixo Roma-Tóquio-Berlim foi partido e esmagado: quatro anos de ferozes combates, mais de 40 milhões de mortos, feridos sem conta, destruições inestimáveis. Pesadelo que viveu toda a humanidade e do qual despertou para dias não menos agitados. O grande historiador Toynbee, examinando os 2.000 anos de Cristo até nós verificou e com tristeza que, nestes dois milênios – apenas 40 anos a humanidade tinha vivido em paz, e, ainda assim, paz relativa. Que esperar deste monstro que se diz feito a semelhança de Deus, descendente do fratricida Caim? Foi mais um pretexto para a defesa dos direitos do homem, o resguardo da democracia, da liberdade.

Várzea-Alegre, como não poderia deixar de ser, cumprindo seu histórico destino de “Defensora de Deus e da Liberdade”, tinha dois dos seus mais bravos e valorosos filhos a serviço da Democracia. Os irmãos Joaquim e José Ferreira. Dois super-homens. Bastava ver-lhes a compleição hercúlea, sentir-lhes o olhar penetrante, o agudo, firme e incisivo timbre de voz... Joaquim, jornalista de carreira, desde o pré-natal, era comentarista da BBC de Londres, e, nos abrigos anti-aéreos da famosa emissora, conclamava os aliados para a luta, para vitoria, que nos custaria, no dizer de Churchill, sangue, suor e lagrimas. José – o modesto escriba destas mal batidas – era segundo-tenente medico da reserva da Aeronáutica e mostrava sua bravura na Base Aérea de Fortaleza.

15 de Junho de 1944 – Sábado. A guerra está no seu ponto mais alto, no seu maior furor. Enquanto na Inglaterra o seu Estado Maior estudava planos para o dia D, na base Aérea o Tenente Uruguai e o Tenente Ferreira planejavam o bombardeio a Várzea-Alegre. Como extrategista de alto nível, traçam a lápis, num papel de operações higiênicas, os detalhes mínimos para o bom êxito da incursão. Direção do vento, posição da casa do Senhor Ferreira, quinta da rua, a direita da igreja, peso do petardo e outras mumunhas.

Papai me havia telegrafado, de véspera, pedindo mandasse, com a máxima urgência, medicação, que faltava em Várzea-Alegre – Anti tetânica. Eu conseguira na Farmácia Osvaldo Cruz acondicionei numa caixinha e pedir ao Tenente Uruguai que tinha missão em Juazeiro que a levasse, de onde seria enviada a Várzea-Alegre. Uruguai porem, sugeriu que acondicionasse direitinho e como Várzea-Alegre ficava no roteiro: por que não sacudir do alto na rua ou na própria casa.

Era sábado, dia de feira, as ruas se encheram de gente quando o bi-motor deu a primeira passada pela cidade a uns 500 metros de altura. Depois da queda do pacote, serenados os ânimos, cadê um herói para ir ver o que estava no tal embrulho? Quem era besta de ir pegar um quilo de TNT? Foi então que surgiu Miguel do Padre, preto velho conhecido como a maior e mais perito tirador e fazedor de goteiras daquelas altas cumieiras. Com a leveza de pluma e o macio andar de gato, foi lá em cima, apanhou, tranquilamente, a bolinha e com ela, debaixo do braço, desceu. Acompanhava o remédio um bilhete, em que eu explicava ser o Tenente Uruguai, bom amigo e grande piloto, o nosso colaborador solicito.

Dr. José Ferreira.


Moro diz que não vai fazer “nada ofensivo” na sabatina de Zanin - Redação O Antagonista.

Em entrevista ao 'Estadão', o senador afirmou que não irá entrar em embates com o indicado de Lula para uma vaga no STF.

O senador Sergio Moro (União-PR, foto) afirmou que não irá entrar em embates com o advogado Cristiano Zanin, que será sabatinado nesta quarta-feira (21) pela CCJ do Senado.

Em entrevista ao Estadão, o ex-juiz da Lava Jato disse que não fará “nada ofensivo”.

A VENDA DOS ARTISTAS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Acredito mais que o futebol, no Brasil, surgiu das peladas da molecada descalça das ruas, calçadas e campinhos esburacados.

A matriz do nosso talento, da memória corporal para jogar bonito, diferente e com habilidade, apesar do chão.

Para o peladeiro, todo tipo de campo é oficial.

Mas, gostaríamos de ter uma resposta para uma pergunta que nos é feita constantemente.

Os complexos esportivos administrados pelas prefeituras, as organizadas escolinhas e as peneiradas, conseguem atender às demandas, como os antigos terrenos baldios que se prestavam para a prática do futebol?

Confesso que não tenho uma resposta para isso, apesar de observar que o futebol brasileiro continua a fornecer pé de obra altamente qualificado para o Mundo.

O que não deve ser levado em conta como riqueza e, sim, como sinônimo de pobreza, por não reunir condições de manter no País craques de enorme valor.

Vendemos o artista. Não vendemos o espetáculo.

081 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Foto - Pedro de Pinho.

Uma das coisas que eu estranho em Várzea-Alegre é o fato de um primo legitimo passar por outro e não  cumprimentá-lo. Não por falta de consideração, civilidade ou lhaneza no trato,  mas porque não conhece a genealogia da própria família. Todo aquele que  tem mais de sessentanos nos costados sabe que  na sua origem, dificilmente se encontrava alguém que  não fizesse parte da mesma descendência ou ascendência.

Outro dia, recebi um email do meu nobre conterrâneo Rivônio Pinho, e, ele  pedia informações  da ligação familiar  do pai dele  Raimundo Morais com Antônio André do Roçado Dentro,  pois lembrava o ilustre amigo de varias visitas  feitas em companhia do pai ao perfilado.

Muito bem, José Alexandre Bezerra de Menezes se casou com sua tia Antônia de Morais Rego. Portanto  José Alexandre do canto, como era conhecido era  neto e genro de José Raimundo do Sanharol.

Maria e Ana foram as duas  primeiras filhas do casal. Maria se casou com Pedro de Pinho e eram os pais de Raimundo Morais. Ana se casou com José Alves Bezerra, José André que eram os pais de Antônio André. Assim é que Raimundo Morais e Antônio André do Roçado Dentro eram primos legítimos. 

Antônio André tinha problemas mentais, dizem, não sei se é verdade, que decorriam  do problema da sanguinidade. Certa vez, o meu pai, José André do Sanharol levou o primo Antônio para fazer um tratamento no Hospital São Francisco em Crato.  Nesta época não tinha televisão em Várzea-Alegre, no Crato já existia.  

De volta, no meio de uma turma que o visitava, Antônio André comentou a novidade : Meninos, eu vi um rádio no Crato que agente ver as pessoas conversando dentro. Zelim, outro abilolado pelas mesmas causas do parentesco alertou aos presentes: Pode amarrar e levar de volta, ele não ficou bom.



terça-feira, 20 de junho de 2023

A caminho de um Brasil sem povo - J. R. Guzzo.

Juntos, o STF e o Poder Executivo governam o país sem nenhum tipo de concorrente ou de oposição capaz de impedir qualquer dos seus movimentos

O Brasil, dia após dia, está se transformando num país soviético. Com o consórcio formado pelo Supremo Tribunal Federal e as facções que dão suporte ao presidente da República, o Brasil, cada vez mais, só tem governo — não tem população. 

Como na Rússia comunista, e em todos os regimes que surgiram à sua semelhança, de Cuba à China, o país está a caminho de ficar sem instituições; elas não foram eliminadas oficialmente, mas cada vez valem menos. Os cargos públicos que têm influência real na máquina do Estado vão sendo ocupados, a cada escolha, por aliados que o consórcio impõe. 

Na prática, há um regime de partido único, a sociedade Lula-STF — os outros partidos fazem alguns ruídos, mas não conseguem controlar nem uma CPI que eles mesmos propõem, e podem ser multados em R$ 22 milhões se apresentarem uma petição à Justiça suprema. Há um Congresso Nacional; na Rússia soviética também havia. Mas as leis aprovadas pelos deputados são simplesmente anuladas pelo STF, na hora em que ele quer, e seja o assunto que for. É o que está acontecendo com a lei sobre terras indígenas, aprovada na Câmara por 283 votos a 155, mas a caminho de ser declarada nula pelos ministros — como a Lei nº 14.950, sobre o mesmo assunto. 

A maior parte da imprensa se dedica à adoração de Lula, do seu governo e do ministro Alexandre de Moraes. Funciona, na vida real, como um grande Pravda, escrito e falado em português — e muitas vezes em mau português. 

Ainda falta um bom caminho para chegar lá, e a República Soviética do Brasil, pelo menos por enquanto, está se limitando a eliminar a liberdade política. (Na Rússia comunista, por exemplo, não havia, nem há, Parada Gay; também era preciso passaporte interno para ir de uma cidade à outra, e a lista telefônica de Moscou era segredo de Estado, entre outras curiosidades que só o comunismo foi capaz de criar.) 

Mas é exatamente para lá, um regime totalitário mais ao estilo do século 21 e fabricado basicamente com peças de produção nacional, que o país está indo. Faça uma pergunta simples: quem vai impedir, se são o STF e o Sistema “L” que escrevem as leis e decidem o que é legal e o que é ilegal? 

Não vão ser, com certeza, as Forças Armadas, que de cinco em cinco minutos declaram-se a favor da “legalidade”, ou seja, do que o consórcio STF-Lula diz que é a legalidade. 

De mais a mais, os comandantes militares estão a favor desse partido único que hoje governa o país; entregaram para a polícia, trancados em ônibus, os cidadãos que protestavam contra o resultado das eleições, em manifestação legítima, em frente ao QG do Exército em Brasília. Não será o Judiciário, que é apenas uma grande repartição pública comandada pelo STF. Não será, obviamente, o Congresso, que não existe mais como força política efetiva. Não serão os 150 milhões de brasileiros que estão ocupados o dia inteiro com a sua sobrevivência física, e não têm tempo para tratar de política. 

Em suma: não é ninguém.

080 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Na mesma linha da postagem anterior, tricas e futricas  da politica. Resultado da eleição de Várzea-Alegre - Ceará - em 1954. Duas curiosidades : se elegeram vereadores dois irmãos pelo mesmo partido, José Alves Bitu e Francisco Alves Bitu, Menininho. Nesta eleição Laura da Formiga prometeu a João do Sapo votar para vereador em Joaquim Diniz, e, a mesma coisa ao Menininho Bitu. 

No dia da eleição Frazo do Garrote viu Laura levando um lero animado com Menininho e foi avisar a João do Sapo : Não confie, Laura estava de conversa com Menininho Bitu em frente a Loja de Cândido Diniz.

Quando Laura voltava para o Roçado Dentro se encontrou com João do Sapo que lhe falou educadamente : Laura eu não acredito que você não votou em Joaquim Diniz!

Laura parou, pensou, pensou e respondeu :  Frazo do Garrote já foi te contar? 'Omi" eu votei foi nos dois.

O fato é que os dois se elegeram conforme ata do TRE abaixo:



PREFEITO
FRANCISCO CORREIA LIMA 

VEREADOR
FRANCISCO ALVES BITU 

VEREADOR
JESUNI AUGUSTO LEITE 

VEREADOR
JOAQUIM AFONSO DINIZ 

VEREADOR
JOSÉ ALVES BITU 

VEREADOR
JOSÉ CARLOS DE ALENCAR 

VEREADOR
LUIZ OTACÍLIO CORREIA 

VEREADOR
MANUEL ALVES BEZERRA 

VEREADOR
MANUEL SAMPSON BEZERRA 

VEREADOR
PEDRO SALVIANO DE MACEDO.



A última moagem do Engenho Taquari - Por Batista de Lima.

Depois de oito décadas de funcionamento, fechou suas portas o engenho Taquari. No local do canavial os animais se alimentam dos últimos pâmpanos que teimam em sobreviver à morte sobre o massapê massacrado pelo peso da modernidade encangada na globalização.

"Navegante" o "Rapé" , "Chuvisco" e Surubim", aquele quarteto de bois que arrastaram o engenho nos seus tempos áureos, hoje debatem-se e esperneiam  no céu dos bois mansos. 

O engenho fechou porque ninguém quer mais rapadura.

COM OS MEUS BOTÕES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Ouço cochichos no meu ouvido: "Vai, Wilton, escreve sobre qualquer coisa. É preciso entrar em cadeia com as pessoas".

São os meus botões, com os quais, muitas vezes, não concordo: "Ataca de besteiras. Tem uma indústria esperando coisas "fora da curva", para formar ‘conteúdos’. Coloca nas redes e espera o resultado".

Mais ainda, para arejar a mente: "Estamos na era do pós-moderno, espetacularização das coisas e dos cliques que rendem. O que é dito e escrito precisa ser interessante. Tem que se habilitar, comentarista".

E é verdade. Coluna de frivolidades é o que faz sucesso, comove a ralé,

sensibiliza os medíocres diante de uma poluição de significados.

Agora, lascou: significados poluidores (boas palavras).

Quem disse que eu tenho jeito para isso?

Minhas crônicas, causos e assertivas, boas ou ruins, vão parar na edição de um livro.

Se disparo a escrever bobagens que se transformam em "conteúdos", como não ter vergonha disso, depois ?

Não há necessidade de se rebaixar tanto, para se comunicar com o leitor.

Ou será que estou totalmente enganado? Mais por fora do que mão de afogado?

A realidade dá conta de uma "era de cliques", área mais  selvagem para o jornalismo de hoje.

Vou tentar apurar minhas perplexidades. Depois, eu volto.