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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 31 de maio de 2019

Lula perde último recurso e processo está pronto para a terceira condenação por um terceiro juiz.


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva já possui duas condenações em 1ª instância.
A primeira do caso tríplex, sentenciada pelo ex-juiz Sérgio Moro, confirmada por unanimidade em 2ª instância pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e novamente confirmada unanimemente em 3ª instância pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
 A segunda do malfadado sítio de Atibaia, cuja sentença teve a lavra de uma mulher, a juíza federal Gabriela Hardt e que encontra-se aguardando o julgamento do recurso interposto pela defesa no TRF-4. O julgamento deve ocorrer até setembro, fato importantíssimo no sentindo de impedir que Lula consiga no processo relativo ao tríplex a progressão da pena, com a consequente ida para o regime semiaberto.
Porém, o fato novo é que o petista está na iminência de amargar uma terceira condenação em 1ª instância.
O processo que discute a questão que investiga um esquema de corrupção envolvendo o prédio do Instituto Lula e o imóvel em São Bernardo do Campo, está pronto para ser julgado por um terceiro magistrado, o novo titular da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba, Luiz Antônio Bonat, o substituto definitivo de Sérgio Moro.
O último recurso da defesa sofreu nova derrota no Supremo Tribunal Federal (STF).
Os advogados do meliante petista pediam a suspensão da ação com base no suposto pronunciamento do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre os direitos políticos do petista e também questionavam a ordem das alegações finais, última etapa antes da sentença. A Justiça estabeleceu que os réus com acordos de colaboração premiada se manifestassem antes dos demais acusados.
O STF refutou as duas alegações.
Assim, o juiz Bonat já tem todas as condições para exarar o seu veredito.
Em caso de condenação, aguardemos a nova retórica dos petistas.
Bonat será um novo membro do FBI infiltrado ou mais um assecla de Moro?

General Heleno: “Nossos jovens não têm o país na cabeça. Têm ideologia, têm mandamento”.


O general Augusto Heleno, em entrevista ao Valor, comparou a marcha bolsonarista ao protesto dos estudantes:

“Não vou carimbar ninguém não. É muita gente. Uma das coisas que ficaram demonstradas na manifestação é que existe uma grande parcela do povo brasileiro que foi para a rua com a bandeira do Brasil. 

Na manifestação dos estudantes havia pouquíssimas bandeiras do Brasil. Isso para mim é um absurdo, é fruto de toda essa doutrinação ideológica que foi feita nos últimos 20 anos. Então, nossos jovens não têm o país na cabeça. 

Têm ideologia, têm mandamento que botaram na cabeça deles, mas o Brasil não está na cabeça de boa parte da nossa juventude. Infelizmente, esse é um erro gravíssimo, eu acho que uma grande parte da nossa juventude acordou e participou ativamente da campanha e da eleição do nosso presidente. 

Mas uma grande parte continua contaminada pelo que ouviram nos colégios que frequentaram, nas universidades que frequentam.”

Com novo decreto, general poderá escolher reitores de universidades federais.


Decreto assinado por Bolsonaro dá ao ministro da Secretaria de Governo, general Santos Cruz, a competência de vetar ou aprovar indicações para as reitorias de Universidades Federais, além de postos de segundo e terceiro escalão, retirando a autonomia universitária
  
Assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na terça-feira (14) e publicado nesta quarta-feira (15) no Diário Oficial da União, o decreto 9.794, que altera o sistema de nomeações para cargos no governo, dá a um general os poderes para vetar ou aprovar indicações para as reitorias de instituições federais de ensino superior.

Agora cabe à Secretaria de Governo, pasta comandada pelo general Santos Cruz, avalizar não só a nomeação de reitores de Universidades Federais, como as de vice-reitores, pró-reitores e outros cargos de gestão, acabando com a autonomia universitária.

O decreto estabelece ainda que Santos Cruz poderá avalizar a indicação para cargos em função no exterior, como embaixadores.

A mudança vem em meio a um levante nacional contra os cortes de recursos destinados à universidades e institutos federais.

GOVERNO VAI ACABAR FARRA DE CONSELHOS MINISTERIAIS - Por Claudio Humberto.


O governo decidiu acabar com a farra de diárias e passagens de integrantes de conselhos ministeriais. Somente no Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos são quase 400 conselheiros em 12 conselhos, na maioria militantes partidários. 

Metade dos conselheiros é de representantes de ONGs, “organizações não-governamentais” que não vivem sem dinheiro governamental, até para bancar suas viagens.

O governo pretende substituir a farra de viagens por videoconferências, aproveitando as possibilidades oferecidas pela moderna tecnologia.

“Um único ministro do STF não pode contrariar a decisão de todo o Congresso Nacional e do presidente”.


Como antecipamos aqui, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos) apresentou uma PEC para acabar com as decisões monocráticas quando se contesta a constitucionalidade de um determinado ato normativo.

“Às vezes, o Congresso Nacional demora anos para aprovar uma lei, o presidente da República sanciona, e depois alguém entra com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal. A partir de então, um único ministro pode acatar a liminar suspendendo os efeitos da lei. O problema é que esta liminar pode vigorar por muitos anos sem ter uma decisão efetiva, provocando até impacto econômico na sociedade”, alegou o parlamentar.

A proposição determina que nenhum ministro do STF poderá, isoladamente, suspender a vigência de ato normativo, como lei ou decreto. E exige a decisão por maioria absoluta dos ministros para a concessão da liminar. O senador também propõe o prazo de até quatro meses para ocorrer a análise do mérito, sob pena de perda da eficácia da liminar.

“Um único ministro não pode contrariar a decisão de todo o Congresso Nacional e do presidente da República, por isso a importância de uma decisão colegiada para esses casos.”

Caririensidade


O violino do Padre Cícero
    Este famoso sacerdote – nascido em Crato e existência quase toda vivida em Juazeiro do Norte – continua sendo o arquetípico do caririense: religioso, temente a Deus, caritativo e de boa índole.  Episódios da vida desse invulgar sacerdote continuam a ser “redescobertos”. A fama do Padre Cícero só faz crescer, principalmente depois da “reconciliação” que a Igreja Católica adotou no tocante à herança espiritual do sacerdote.

       Tempos atrás foi publicado por Joaquim Arraes de Alencar Pinheiro Bezerra de Menezes (carrega no DNA a boa índole de paz, honradez e benquerença do pai, Cesar Pinheiro Teles. Joaquim tem também no sangue os ideais políticos da defesa social dos pobres,  herança da família materna, cujo exemplo maior foi seu tio, o ex-governador  Miguel Arraes de Alencar) um artigo sobre um violino que o Padre Cícero adquiriu quando de sua única visita à Roma, para se defender das acusações e sanções impostas pelo Bispo de Fortaleza.

         Como dizia, Joaquim Pinheiro resgatou, naquele escrito, que o Padre Cícero trouxe de Roma dois violinos. Um deles foi presenteado a um parente do sacerdote. O outro, Pe. Cícero deu, em 1929, ao seu afilhado (por quem o sacerdote tinha grande afeto) o tabelião Antônio Teófilo Machado (mais conhecido por Machadinho), titular de um cartório em Crato durante décadas no século passado.

Sobre o violino


      Trata-se de um Maggini, modelo 1715, provavelmente adquirido de segunda mão, uma vez que a marca havia deixado de ser fabricada décadas antes de ser adquirido pelo Padre Cícero. Segundo Joaquim Pinheiro, no fundo do instrumento, embaixo da tampa, foi colado um papel e nele consta: “Adquirido pelo Pe. Cícero em Roma – Itália 1898. Of. a Antônio Machado em 26/03/1929 – Ceará – Juazeiro”.

     Antônio Machado tinha grande amor pelo violino, mas cedeu-o gratuitamente ao músico Paulino Galvão que passava uma temporada em Fortaleza. Indo morar no Rio de Janeiro, Paulino Galvão foi colega de orquestra do violinista cratense Virgílio Arraes, um “spalla” da Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal do Rio de Janeiro. Ambos tocaram em outras orquestras e trabalharam juntos em muitas ocasiões, inclusive em gravações de cantores famosos brasileiros. Paulino Galvão requereu sua aposentadoria e mudou-se para uma cidade do interior do Estado do Rio de Janeiro, deixando de tocar profissionalmente. Uma curiosidade: apesar de raro e do valor incalculável, o violino jamais foi comercializado, após chegar ao Brasil. Por isso passou, sucessivamente, de mãos em mãos, sempre a título de presente ou doação.

Nas mãos de Virgílio Arraes
Virgilio Arraes

       Passados alguns anos, Virgílio Arraes resolveu visitar Paulino Galvão na cidade onde estava morando e manifestou desejo de adquirir o violino que pertencera ao Padre Cícero. O músico aposentado respondeu que o instrumento era valioso demais para ser vendido e por esta razão não o venderia. Mas, na hora da despedida, pediu para o visitante aguardar um pouco. Voltou ao interior da casa e retornou com o instrumento raro, e o entregou a Virgílio Arraes, dizendo que era presente. Apenas pediu que cuidasse bem dele.

           Depois disso, o violino do Padre Cícero, foi presenteado a várias pessoas. Nunca foi vendido. E ainda hoje está bem guardado e bem conservado. Dias atrás, Joaquim Pinheiro me deu a notícia de que – mantendo a tradição – o violino mais uma vez trocou de mãos. Ele foi doado, por Virgílio Arraes, a uma profissional da música erudita, no caso a Professora Yeldes Machado, que vem a ser descendente do tabelião Antônio Teófilo Machado (Machadinho).

Saiba mais sobre Virgílio Arraes Filho 
     Damos a palavra a Joaquim Pinheiro: “O ex-proprietário do violino do Padre Cícero, Virgílio Arraes Filho, merece comentário à parte. Nascido no Crato, filho de Virgílio Arraes e de Marcionilia de Alencar Arraes, surpreendeu sua mãe quando, aos oito anos, afinou e tocou o bandolim a ela pertencente, sem nunca ter tido uma única aula de música. Diante do prodígio, seus pais procuraram o maestro da banda municipal para que lhe transmitisse noções da 1ª arte. 

Ainda criança, ouviu uma música no rádio e sentiu-se atraído pelo som do violino, que jamais havia visto. Comunicou aos pais que não queria mais tocar bandolim e sim violino. “Seu” Virgílio (proprietário da primeira sorveteria do Crato – Sorveteria Brasil - e ex-prefeito de Campos Sales, onde nasceu) mandou buscar o instrumento no Rio de Janeiro. Resolvido um problema, surgiu outro: não havia professor no Cariri. A família mudou-se para Fortaleza. Os mestres da capital cearense perceberam o enorme talento do aluno e aconselharam o aluno brilhante ir estudar na então capital brasileira, o Rio de Janeiro.

      No Rio de Janeiro a carreira foi meteórica: primeiro lugar no vestibular na escola de música da UFRJ (1953), primeiro colocado no concurso público para a orquestra do Teatro Municipal, onde foi o primeiro violonista (“Spalla”) durante muitos anos. Músico da Orquestra Sinfônica Brasileira, da orquestra da TV Globo e muitos outros feitos. Único músico a tocar no cinquentenário (1959) e centenário do Teatro Municipal do RJ. Em seu currículo constam performances nos mais importantes palcos do mundo, inclusive com a orquestra do Royal Ballet de Londres, onde foi aplaudido pela realeza Inglesa e recebeu cumprimentos pessoais da princesa Anne, filha da Rainha Elizabeth II.

      Participou de gravações com consagrados nomes da MPB, como Roberto Carlos, Chico Buarque de Holanda, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, Simone, Fagner, Djavan, Dalva de Oliveira, Orlando Silva e muitos outros”.

 Mestres da Cultura do Cariri

   Dos onze Mestres da Cultura, selecionados recentemente pela Secretaria de Cultura do Ceará, 6 (seis) são do Cariri. A conferir. De Juazeiro do Norte: Mestre de Reisado Antônio, Mestre de Banda Cabaçal Expedito Caboco e Siará, Mestre Cabaceiro. De Crato: Mestre de Luxeria em Lixo Reciclável Aécio de Zaíra e o Mestre em Dança de Coco Dona Edite do Coco. Da cidade Aurora foi selecionado o Mestre em Esculturas Gil D’Aurora, que também fabrica rabecas. Eles são chamados de “tesouro vivo da cultura popular cearense”.

O que são os Mestres da Cultura

   Anualmente, a Secretaria da Cultura do Ceará (Secult) seleciona e diploma pessoas, grupos ou comunidades que realizam com maestria o delicado trabalho de preservar as tradições culturais que nasceram e se firmaram de forma espontânea no nosso Estado. Eles são chamados de “Mestres da Cultura”. Entre as dezenas de mestres que existem nas cidades e comunidades cearenses, a Secult realiza uma seleção via edital desde o ano de 2004, quando este programa foi criado pelo ex-governador Lúcio Alcântara. Os escolhidos para o título de Mestre da Cultura recebem do Estado auxílio vitalício de um salário-mínimo por mês.

Um “Mestre da Cultura” de Barbalha

 "Seu" Jaime

     Jaime Arnaldo Rodrigues, “Seu” Jaime, 76 anos, possui um fábrica de mosaicos na cidade de Barbalha. Hoje, as novas gerações só conhecem os revestimentos de pisos feitos com ladrilho-cerâmico industrializado. Mas, até a década 70 do século passado, os pisos no Cariri eram revestidos com mosaicos artesanais. Existiam muitas fábricas de mosaicos no Cariri. Todas desaparecem com a chegada do piso-cerâmico. O artesão Jaime Arnaldo Rodrigues passou mais de 40 anos produzindo – na cidade de Barbalha – mosaicos artesanais. E voltou a fabricá-los há poucos anos. Por isso recebeu o título de “Mestre da Cultura” da Secult-Ceará.

Por que o mosaico tem valor?
 Mosaicos fabricados em Barbalha

     Alguns leitores podem perguntar: e qual a importância artística do mosaico?. Embora não seja mais fabricado, o mosaico, além de ecológico, possui valor artístico e histórico que merece preservação. Trata-se de um ladrilho, feito de placa de cimento, areia, pó de mármore e pigmentos com superfície de textura lisa. O mosaico é um dos traços da cultura do Cariri que nos liga forte e imediatamente à península ibérica e seus valores não apenas europeus, mas fortemente orientais, via universo moçárabe. O mosaico vem do processo de fabricação onde a cura se dá na água, sem qualquer processo de queima, que agrida o meio ambiente. Além do mais, o mosaico possui alta resistência ao desgaste. 

     Tem um formato quadrado, de 20 x 20 cm, com acabamento liso e cores firmes, além de ser um produto artesanal, hoje raríssimo. Dai a importância de se preservar a produção do mosaico na cidade de Barbalha. O antigo Palácio Episcopal Bom Pastor, residência dos bispos de Crato, ainda conserva pisos de diversos desenhos de mosaicos, fabricados pelo escultor italiano Agostino Balmes Odísio, que residiu em Juazeiro do Norte entre 1934 a 1940.

quarta-feira, 29 de maio de 2019

Bagunça institucional - O Estadão


Atos nas ruas domingo também cobraram dos três Poderes respeito às demandas do povo.

Economia em queda. Desemprego em alta. Vivemos “a depressão depois da recessão”, de acordo com estudo divulgado pela equipe da consultoria AC Pastore, do ex-presidente do Banco Central (BC) Affonso Celso Pastore. Estes dados dos dois anos apavoram: o produto interno bruto (PIB) cresceu 1,1% em 2017 e também em 2018, enquanto a população aumentou 0,8% por ano, e isso produziu a redução de 8% em relação a 2015, ano marcado como o do início da recessão. O desemprego de 12,7% no primeiro trimestre de 2019 aponta para a terrível realidade de 13,4 milhões de trabalhadores que procuram e não conseguem emprego. O quadro é mais do que assustador para despertar os mandatários dos três Poderes para a necessidade de começarem um processo de retirada do “fundo do poço”, diagnosticado pelo ministro da Economia, Paulo Guedes. Mas é exatamente o oposto que ocorre.

Das manifestações de rua de domingo 26 de maio, convocadas em apoio ao presidente Jair Bolsonaro, à reforma da Previdência, preparada pela equipe de Guedes, e ao pacote anticrime e contra a corrupção, da lavra do ministro da Justiça e da Segurança Pública, Sergio Moro, aflora a consciência popular difusa dessa bagunça institucional. A intenção delas foi fortalecer o chefe do governo, eleito por expressiva maioria de votos válidos, e também conter os ímpetos golpistas dos privilegiados atingidos pelas mudanças para conter a hemorragia dos recursos públicos para financiar o bem-bom das castas da alta burocracia e da politicagem sem freios éticos. E, principalmente, o pânico pelas operações de combate à roubalheira dos parlamentares suspeitos, acusados, processados e condenados diante da perspectiva da perda da impunidade garantida pela produção de leis que satisfazem apenas os seus interesses pessoais, familiares e partidários.

Isso inspirou o sincericídio do deputado Paulinho da Força (SD-SP) ao confessar a intenção de desidratar a reforma da Previdência para evitar a reeleição de Bolsonaro em 2022.

O spoiler do naufrágio se inscreve na Constituição de 1988, que resultou de uma disenteria provocada pelo consumo excessivo em que os grupos expurgados pelo regime militar se refestelaram mais do que se lambuzaram no melado do poder que nunca antes haviam provado. Só que não adianta chorar sobre o leite derramado. Deus queira que ainda seja possível tomar providências necessárias para evitar a agonia. Os deputados do Centrão, coligação informal especializada em criminalizar de fato, e não na retórica, a política, protagonizam a cena mais recente do embate, ao tomarem o poder do Executivo em golpes como orçamento impositivo e intromissão indevida na reorganização dos ministérios.

A redução do número de pastas não é um capricho autoritário do presidente da República, mas um compromisso que ele assumiu com a cidadania de que o faria. Assim como também o combate à corrupção e ao crime organizado não é uma promessa de palanque, mas um pacto com o eleitorado pela manutenção do rigor na única forma à mão para impedir que a República Federativa do Brasil se torne um território sem lei, como o foram o sertão do cangaço e o oeste longínquo dos EUA na época da corrida do ouro na Califórnia. A retaliação à Operação Lava Jato, que assusta vários deputados federais e senadores, com a devolução do Conselho de Controle da Atividade Financeira (Coaf) do Ministério da Justiça para o da Economia, torna evidente o uso torpe da lei para proteger quem a infringe.

Paulinho da Força pretende restaurar a escravidão do trabalhador formal aos sindicatos pela volta da obrigatoriedade da “contribuição” de um dia de trabalho por ano para sustentar uma máfia que nem tem de prestar contas do dinheiro público gasto sem controle. Para isso ele luta por um Estado Novo parlamentar, substituindo a representação popular por um regime corporativista.

Outro chefão do Centrão, o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA), antes das manifestações expôs a vontade dos pares de tirarem os milhões de eleitores de Bolsonaro da frente da trupe: “Temos que ter o mínimo de estabilidade no País. Para fazer isso vai ser necessário ignorar o governo, não tem outra saída”. Depois mudou o discurso, mas manteve a intenção golpista: “Ninguém governa sozinho”. Ungido por Onyx Lorenzoni, chefe da Casa Civil, Davi Alcolumbre (AP), do mesmo partidinho e presidente do Senado, sugere convocar recall para depor o presidente, em infame ruptura.

De seu lado, Bolsonaro recusa a missão de chefe do Executivo de governar para todos e dá as costas para sua tarefa de trabalhar pela ocupação dos brasileiros sem emprego. O Ministério por ele composto lembra Jano, com uma face vislumbrando o futuro e outra maldizendo o passado, que precisa ser sepultado ou superado, jamais combatido, pois seus adversários já perderam a eleição. Chega a ser inimaginável que Paulo Guedes, Sergio Moro, Tarcísio de Freitas, Tereza Cristina e Salim Mattar, travando o bom combate descrito pelo apóstolo Paulo, convivam com Ernesto Araújo, Damares Alves e Abraham Weintraub.

Quem saiu de casa para execrar o Centrão aclamou, de forma inédita, dois ministros do governo federal, Sergio Moro e Paulo Guedes, evidência de que economistas liberais e cruzados do combate ao furto do erário, estranhos no ninho de olavistas sob o comando de Carlos Bolsonaro, deveriam ter as bandeiras deles empunhadas pelo chefe do governo.

Outro vilão das ruas, o STF compraz-se em comprar vinhos premiados quatro vezes para banquetes da nova nobreza, que pune sem dó quem ouse criticar seus nababos, que se julgam acima da lei e de quem os mantém. A dupla Toffoloi & Moraes declara amor à liberdade de expressão, mas restaura a censura da tirania, ícone da desfaçatez da republiqueta de pirralhos mimados que deveriam ser mantidos nos limites de seus quadradinhos.

SOBRE OS ÍDOLOS - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Não é fácil lidar com os ídolos.
Por serem especiais, possuem uma aura que, às vezes, os tornam inacessíveis.
Ainda bem, existem as boas exceções.
De dois ídolos consegui me aproximar, por meio de entrevistas.
Roberto Carlos, quando de show em Juazeiro do Norte, nos anos 1970, me concedeu entrevista exclusiva.
E foi o “Rei” que possibilitou o meu trabalho de reportagem, ameaçado na sua realização por um assessor pentelho.
No final da entrevista, solicitou até que o momento fosse fotografado.
Pelé, o maior jogador do mundo, me pareceu de uma simplicidade incrível.
Quando o Santos jogou na terra do Padre Cícero, aceitou convite para jantar em uma churrascaria, onde muitas pessoas o rodearam, e não foi inabordável em nenhum momento.
Acompanhando jogos da seleção brasileira, tive outras oportunidades de comprovar a impressão sobre Pelé.
Estávamos eu, Carlos Silva e Rogério Vieira, o “Gata Mansa”, em um bar nas proximidades do hotel Tambaú, em João Pessoa. Foi quando ao avistar o ídolo, o Gata gritou: “Pelé, gente boa, venha aqui para que eu lhe abrace.”
O “Rei do do Futebol” foi à nossa mesa, papeou numa boa e pediu desculpas por não demorar mais.
Na Copa do México, em 1986, nem se fala. Sua presença provocava um rebuliço e parecia a chegada de um chefe de Estado. Nos estádios, atendia a todos com a melhor boa vontade.
Mas, o que me intriga é que certos ídolos não têm instinto de preservação e parecem inconscientes do que representam.
Cristiano Ronaldo, ao ser entrevistado, tomou o microfone do repórter e o lançou num lago.
Ronaldo Nazário, no auge de sua fama, quando no Rio de Janeiro, envolveu-se com travecos e ainda lhes deu um “xexo”, transformando o caso num escândalo policial.
Neymar, o rei da ostentação, de forma estúpida, deu um soco no rosto de um torcedor na França, sem medir as conseqüências para a sua imagem. 
Isso, sem se falar nas simulações que viraram piada no Mundo.
Muitos pintores, escultores, cantores e atores irascíveis, aprontaram “extravagâncias” e excessos com comportamentos autodestrutivos.
O sucesso altera o comportamento das pessoas de caráter fraco.

O nhenhenhém do Nhonho - Por José Newmanne Pinto.


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), foi o vilão das manifestações nas ruas das cidades brasileiras no domingo 26 e virou a causa do aborrecimento dos colegas deputados que reclamam da grosseria do povo, principalmente o relator da reforma da Previdência, Samuel Moreira (PSDB-SP), e o líder do DEM, Elmar Nascimento (BA). 

Ora, ora, vão se catar. Deputados são representantes diretos da cidadania em qualquer Estado de Direito que se preze e o mínimo que têm de aceitar é a pressão do público que dizem representar. Se não querem ser pressionados, podem renunciar ao mandato ou então exercê-lo com honra, eficiência e a serviço da Nação, particularmente numa hora difícil como o é esta. 

TREINADOR DA TERCEIRA IDADE - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo


“A melhor sala de aula do mundo está nos pés de uma pessoa mais velha”. Shakespeare.
Não se trata de puxar a brasa para a própria sardinha. Mas, a posição preconceituosa contra profissionais da terceira idade no futebol, e em outras atividades, é uma coisa odienta.

Me refiro, no momento, à posição contrária de alguns cronistas aos treinadores de idade mais avançada.
Como se as escolhas devessem levar em consideração a faixa etária, em primeiro lugar.
Esse foi o principal foco quando o Palmeiras contratou Luiz Felipe Scolari.
A principio, resolveram rotulá-lo de “treinador-raiz”, com características antigas.

Xingar juízes, reclamar de quase tudo, exibir uma carranca de “aborrecido” e ser capaz até de lançar outra bola em campo para retardar o jogo.
Que o Felipão tenha lá seus equívocos, se aceita.
No entanto, colocá-lo nesse figurino é inaceitável.


No caso de Wanderlei Luxemburgo, é impressionante a cólera de alguns comentaristas quando se referem à sua contratação por um clube.
Será que Felipão e o Luxa são tão “velhos” nas idades e ideias, depois de tanto tempo no ramo, com expressivas conquistas?
No Brasil, anos 1960, um modismo imbecil criado, mandava não se confiar em ninguém com mais de 30 anos. Tinha que ser jovem.
Vez por outra, nos deparamos com o país aterrissando nessas idiotices.
E a experiência, não tem mais valor nenhum.Manda-se um velho professor embora de um estabelecimento de ensino, sem mais nem menos?
Os treinadores são especialistas no assunto futebol e forjam suas carreiras degrau por degrau, ralando por um longo tempo.
Sabe-se que, para ser considerado como especialista em alguma atividade, são necessárias dez mil horas de dedicação a ela.
Os comentaristas “justiceiros” teriam pelo menos a metade dessas horas?

terça-feira, 28 de maio de 2019

Ciro diz que não visita Lula na cadeia nem se ele pedir.


Em passagem pelo Recife, Ciro Gomes afirmou que não visitaria Lula na prisão se o petista pedisse e comentou as manifestações de ontem a favor de Jair Bolsonaro, informa a Folha.

O ex-presidenciável do PDT cujo presidente, Carlos Lupi, visitou o petista na cadeia na semana passada foi questionado sobre uma eventual “mágoa” dele com Lula, que tramou seu isolamento político na eleição de 2018.

“Que mágoa, amigo? Eu faço política. Ele [Lula] que pediu ao Lupi para ir. Não pediu a mim para ir, não embora, se pedir, eu não vou mais”, disse Ciro.

O pedetista também declarou que a esquerda precisa tratar com humildade os protestos pró-Bolsonaro.

“Essa gente é suficiente para mostrar que nós precisamos tratar esse fenômeno com mais sofisticação, cuidado e respeito do que supõe um certo pensamento esquerdista pouco reflexivo.”

A inimputabilidade de Adelio, o plano que não deu certo e o mandante que sai ileso.


Um Juiz Federal de Juiz de Fora decidiu sobre o caso do Adelio Bispo. O acusado, que agiu de forma consciente, premeditando por mais de 15 dias aquele que seria o crime político mais assustador de todos os tempos, de fazer Jair Bolsonaro sangrar até a morte no meio da multidão, e que mudaria os destinos do Brasil, foi considerado “inimputável” porque tem “transtornos mentais”.

Não posso me pronunciar sobre a decisão, pois não li os autos e principalmente não tive acessos ao laudo psiquiátrico.

Se a Justiça diz que esse monstro tem problemas mentais, paciência! Quem somos nós para contestar a justiça dos homens.

Mas como cidadão vai aqui meu desabafo: o único transtorno mental desse crápula é de ter se filiado ao PSOL.

E, principalmente, lembremo-nos sempre de sermos gratos à justiça divina, que intercedeu por Bolsonaro, para não deixar o plano do (agora) “doidinho” dar certo.

Ditos - Por Antonio Morais..


Alguém sabe me explicar, em Português claro e direto, sem figuras de linguagem, o que quer dizer a expressão "no frigir dos ovos"?

Resposta:
Quando comecei, pensava que escrever sobre comida seria sopa no mel, mamão com açúcar. Só que depois de um certo tempo dá crepe, você percebe que comeu gato por lebre e acaba ficando com uma batata quente nas mãos. Como rapadura é doce mas não é mole, nem sempre você tem ideias e pra descascar esse abacaxi só metendo a mão na massa. E não adianta chorar as pitangas ou, simplesmente, mandar tudo às favas.

Já que é pelo estômago que se conquista o leitor, o negócio é ir comendo o mingau pelas beiradas, cozinhando em banho-maria, porque é de grão em grão que a galinha enche o papo. Contudo, é preciso tomar cuidado para não azedar, passar do ponto, encher linguiça demais. Além disso, deve-se ter consciência de que é necessário comer o pão que o diabo amassou para vender o seu peixe. Afinal, não se faz uma boa omelete sem antes quebrar os ovos.

Há quem pense que escrever é como tirar doce da boca de criança e vai com muita sede ao pote. Mas, como o apressado come cru, essa gente acaba falando muita abobrinha, são escritores de meia tigela, trocam alhos por bugalhos e confundem Carolina de Sá Leitão com caçarolinha de assar leitão.

Há também aqueles que são arroz de festa: com a faca e o queijo nas mãos, eles se perdem em devaneios (piram na batatinha, viajam na maionese... etc.). Achando que beleza não põe mesa, pisam no tomate, enfiam o pé na jaca, e no fim quem paga o pato é o leitor, que sai com cara de quem comeu e não gostou.

O importante é não cuspir no prato em que se come, pois quem lê não é tudo farinha do mesmo saco. Diversificar é a melhor receita para engrossar o caldo e oferecer um texto de se comer com os olhos, literalmente.

Por outro lado se você tiver os olhos maiores que a barriga o negócio desanda e vira um verdadeiro angu de caroço. Aí, não adianta chorar sobre o leite derramado porque ninguém vai colocar uma azeitona na sua empadinha, não. O pepino é só seu, e o máximo que você vai ganhar é uma banana, afinal pimenta nos olhos dos outros é refresco...

A carne é fraca, eu sei. Às vezes dá vontade de largar tudo e ir plantar batatas. Mas quem não arrisca não petisca e depois, quando se junta a fome com a vontade de comer, as coisas mudam da água pro vinho.

Se embananar, de vez em quando, é normal, o importante é não desistir mesmo quando o caldo entornar ou o leite derramar. Puxe a brasa pra sua sardinha, que no frigir dos ovos a conversa chega na cozinha e fica de se comer rezando. Daí, com água na boca, é só saborear, porque o que não mata engorda.
E tenho dito.

segunda-feira, 27 de maio de 2019

Parabéns nordestinos e nordestinas pela devoção ao PT e seus canalhas - Por Antônio Morais.


O Deputado Federal gaúcho Paulo Pimenta  ao ver alguns nordestinos  aplaudindo o presidente  Bolsonaro disse:  Me lembrei daquela frase que diz - "você pode dar banho no  porco deixar ele limpinho que sempre ele vai querer voltar pra lama".   

GOVERNO COMEÇA A ‘LIMPAR’ A ADMINISTRAÇÃO DE PETISTAS - Claudio Humberto.


Somente agora, cinco meses após a posse, o governo poderá começar a “limpar” os cargos de petistas que os “aparelham” desde os tempos de Lula e Dilma. 

São militantes que trabalharam contra a candidatura de Jair Bolsonaro, são até suspeitos de sabotar a gestão, mas não largam as boquinhas. “São mais de 110 mil cargos de confiança e funções gratificadas”, confirma o ministro Onyx Lorenzoni (Casa Civil). Ele disse que acabou o tempo de nomeações sem qualquer critério.

A dificuldade foi o critério inédito do presidente Bolsonaro de ocupar os cargos tecnicamente, sem indicações políticas, inclusive nos Estados.

domingo, 26 de maio de 2019

BOLSONARO VAI REVOGAR 5 MIL DECRETOS ESTE ANO - Por Cláudio Humberto.



O governo leva ao pé da letra um dos principais compromissos de campanha do presidente Jair Bolsonaro: enxugar o grande volume de atos (leis, decretos, portarias etc.) em vigor, que servem para garantir privilégios e criar cartórios, burocratizar procedimentos e complicar a vida do cidadão. 

Em cinco meses, Bolsonaro já revogou 250 decretos e promete mandar para a cesta do lixo outros 5.000 até o fim do ano.

A luta de Moro continua - Por José Newmanne Pinto.


Com a defecção do PSD, partido de Kassab, que espera ocupar a coordenação do governador Doria, que apoia a reforma da Previdência, o Centrão de Rodrigo Maia, Paulinho da Força e Valdemar Costa Neto terminou cedendo e aprovando quase inteira a MP 870/19, que reduz o número de ministérios de 29 para 22, e ainda recusou o jabuti apodrecido do líder do Senado no governo, Fernando Bezerra Coelho. 

A transferência do Coaf do Ministério da Justiça para o da Economia foi mantida, mas felizmente a emenda do quinta-coluna proibindo a colaboração dos auditores fiscais da Receita Federal aos procuradores em ações de combate à corrupção foi recusada. São bons sinais da pressão das redes sociais, embora não alterem o fato de que continuará dura a luta de Moro para cumprir o compromisso de mantê-la.

sábado, 25 de maio de 2019

A Catedral Católica de Westminster – por Armando Lopes Rafael


     A priori, não devemos confundir a Catedral de Westminster com a Abadia de Westminster. Esta última é a igreja anglicana onde ocorrem os eventos da Família Real do Reino Unido. Já a Catedral de Westminster ou Catedral Metropolitana do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo é um templo da Igreja Católica Apostólica Romana na cidade de Londres. É o principal templo Arquidiocese de Westminster.

       Depois das perseguições de que foi vítima, no episódio da chamada “reforma” (a qual “criou” a Igreja Anglicana, em 1534), somente no final do século 19 a hierarquia católica foi restaurada na Inglaterra e Escócia. Era um recomeço difícil.  Partiu do zero. Em 1884 o Cardeal Manning, Arcebispo de Westminster adquiriu o terreno para a construção da atual catedral. A construção foi iniciada em 1895. A cerimônia de consagração teve lugar em 28 de junho de 1910.

         Belíssima e imponente igreja! Os arquitetos a projetaram no estilo da arquitetura neo-bizantina. Suas colunas internas foram erguidas em mármore, entalhados com capitéis de carrara branco. No entanto, mais de 120 variedades de mármore  decoram a Catedral de Westminster, certamente mais do que qualquer outra construção da belíssima e civilizada cidade de Londres.  Assistir à uma missa naquele templo é elevar nossa alma em busca de Deus.

          Existe no interior dessa igreja um alabastro medieval inglês do século XV com uma pequena escultura de pedra de Nossa Senhora de Westminster. Sabe Deus como esta imagem foi escondida durante as perseguições decorrentes da “reforma” do Rei Henrique VIII. Todas as propriedades da Igreja passaram a mãos reais. Centenas de católicos resistiram e foram assassinados. Muitos desses mártires já foram beatificados ou canonizados. Dentre eles São Thomas More e o bispo John Fisher.

            Em 1995, a atual Rainha da Inglaterra, Elizabeth II – acompanhada do seu esposo – esteve na celebração do centenário do início da construção da Catedral de Westminster. Foi a primeira vez que um soberano inglês participou de uma liturgia católica desde a Reforma Protestante. Hoje cerca de 8% da população do Reino Unido se declara católica.


O Centrão está mais para centrinho - Por Antônio Morais.


A grande mídia, a oposição e os esquerdistas contam vantagem e cagam goma com um tal do Centrão e a derrota do governo na votação da MP da reforma administrativa.

Apenas um item foi derrubado, por 228 a 210 votos. O COAF foi retirado  do ministério da justiça e devolvido para a economia. Saiu de um ministro para outro do mesmo governo.

Levantando os 228 votos temos os partidos que são oposição : PT - 56, PSB - 32, PDT - 28, Psol - 10, Pcdob - 9 e Rede - 1 outras tranqueiras juntas - 6. 

Esses partidos juntos somam 142 deputados, o que resulta nesta votação uma sobra de 86 votos para o Centrão.

Definhou, está mais para "centrino". Especialmente, depois do conhecimento que se conhece: Quem votou para retirar o COAF do ministério da justiça fez por precaução, por medo, em defesa e causa própria. 

Trata-se de suspeitos e denunciados em atos de corrupção.  

sexta-feira, 24 de maio de 2019

MUDA,TITE - Por Wilton Bezerra Comentarista esportivo·


No comando da nossa seleção, o treinador Tite já foi uma unanimidade nacional.
Sei, mas “toda unanimidade é burra” e “a coletividade estúpida”.
Faça-se justiça: até a derrota para a Bélgica, o seu trabalho foi produtivo, depois de pegar a seleção em baixa.
Digo até a derrota, não pelo resultado negativo, mas pelas oscilações do futebol da seleção na hora da onça matar a sede.
Tite continua entre os nossos melhores técnicos.
 E olha que não são muitos.
Agora, precisa renovar as suas posturas, que já atingem as raias da chatice.
Em primeiro lugar, tem que demonstrar um gosto maior pelo futebol do que pelos modelos de jogo.
É muita empolação para o gosto do freguês.
Também, não custa nada dizer que, na Copa América, o que interessa é a vitória porque o seu emprego está em jogo.
Essa história de “trabalho de renovação” proposta por treinador e CBF nunca passou de mera rotulação para dar satisfações à platéia.
O futebol é um negócio de bilhões de reais e a CBF quer uma seleção vencedora para vender.
E não se fala mais nisso.

quinta-feira, 23 de maio de 2019

Panteão dos Bragança: um pedaço da história de Portugal e do Brasil -- por Armando Lopes Rafael

Bandeira do Reino de Portugal
que deixou de ser usada em 1910, quando ocorreu o golpe republicano

   Embora pouco divulgado pela mídia, um dos “points” mais indicados para se visitar, quando se vai à Lisboa, é o Panteão Real da Dinastia de Bragança. Ele fica localizado anexo ao mosteiro da Igreja de São Vicente de Fora e lá se encontram os restos mortais de muitos dos monarcas, príncipes reais e infantes da quarta e última dinastia real portuguesa. Estive lá no último dia 17 de maio. E vi, emocionado, o local onde estão sepultados, à espera da ressurreição final, tantos personagens da nossa história.

    Segundo o site da Monarquia Portuguesa: “O Panteão situa-se hoje no antigo refeitório do mosteiro. Seus túmulos são em maioria gavetões de mármore situados nas laterais da grande sala que ocupa, os dos monarcas portugueses são ornados com coroas na parte superior e os nomes e títulos dos seus ocupantes gravados em letras douradas na parte frontal. Destacam-se os túmulos de D. João IV, de D. Manuel II, da rainha D. Amélia de Orleães, de D. Carlos I, do príncipe herdeiro D. Luís Filipe.

     “O Panteão está aberto a visitas, incluídas no roteiro do Mosteiro. Alguns Bragança que não estão lá sepultados são: D. Maria I, que faleceu no Brasil, mas teve seus restos mortais levados de volta a Portugal por Dom João VI,  que se encontra na Basílica da Estrela, D. Pedro IV, rei de Portugal (e Imperador do Brasil como D. Pedro I, que foi trasladado do Panteão para o Monumento do Ipiranga em São Paulo, Brasil), e cujo coração se encontra na capela-mor da Igreja da Lapa, na cidade do Porto, e a rainha D. Maria Pia de Saboia, que ainda jaz no Panteão dos Saboias, na Basílica de Superga em Turim, na região do Piemonte, Itália.

     “O arranjo atual do panteão data de 1933, quando também se ergueu junto aos túmulos de D. Carlos I e de seu filho D. Luís Filipe uma estátua de uma mulher simbolizando a pátria a chorar pelos seus mártires, sendo que ambos foram assassinados no atentado republicano, em 1 de fevereiro de 1908”.

Fonte de consulta: https://monarquiaportuguesa.blogs.sapo.pt/panteao-real-dos-bragancas-52365



Noticias - O Antagonista.


Senador prepara projeto para acabar com decisões monocráticas no STF.

O senador Oriovisto Guimarães (Podemos) prepara um projeto que pretende acabar com a possibilidade de decisões monocráticas no STF.
“Hoje, com 11 ministros, existem 11 tribunais. As decisões têm que ser tomadas pelo colegiado”, opina ele.
O senador acredita que a mudança, se aprovada pelo parlamento, seria viável se o Supremo se concentrasse em julgar apenas questões constitucionais.
“O problema é que o STF virou uma ‘quarta instância’, tudo chega para eles. Hoje seriam necessários mais de mil ministros.”
Guimarães acrescentou:
“É preciso uma reforma do Judiciário. Da mesma forma que se fala em velha política, podemos falar de uma velha Justiça no nosso país, de ministros com costumes antigos, que não se modernizaram.”


Estado não é obrigado a fornecer remédio sem registro da Anvisa, decide STF.

O Supremo decidiu hoje que o SUS não é obrigado a fornecer, por decisão judicial, medicamentos experimentais e estabeleceu condições bem restritas para entrega daqueles sem registro na Anvisa.
A partir de agora, um juiz só pode determinar a concessão caso a agência demore a analisar o pedido do remédio ainda não aprovado e se já houver um pedido de seu registro no país.
Além disso, o medicamento deve ser registrado em agências internacionais de renome e não existir no Brasil um tratamento terapêutico alternativo.
Todas as ações judiciais nesses casos devem ser ajuizadas contra a União, sob a qual está subordinada a Anvisa.


Éder Mauro vai ao Conselho de Ética contra Maria do Rosário.

O deputado Delegado Éder Mauro, do PSD paraense, anunciou em seu Twitter que vai entrar com representação no Conselho de Ética da Câmara contra a petista Maria do Rosário.
O motivo é a simulação da deputada de que tinha sido agredida por Mauro –quando na verdade ela esbarrou nele, como se pode ver neste vídeo.
“Com o apoio de todos os 37 deputados do meu partido (PSD), decidimos representar contra a deputada Maria do Rosário (PT), por quebra de decoro, no episódio que ela simulou uma agressão de minha parte”, escreveu o deputado.

Caririensidade


Cariri, poderá virar Patrimônio Cultural Imaterial da Unesco
 Sede da Fundação Casa Grande, em Nova Olinda

        Próximo mês de junho acontecerá, na Fundação Casa Grande – na cidade de Nova Olinda – o “Seminário Internacional de Patrimônio Cultural Imaterial na Chapada do Araripe”.  Trata-se evento destinado ao reconhecimento, pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), do Cariri cearense – mais precisamente a Chapada do Araripe e seu entorno – como Patrimônio Cultural Imaterial do povo brasileiro. Além da Secretaria de Cultura do Ceará (Secult), Fundação Casa Grande, SESC e as universidades da região (URCA e UFCA) compõem o grupo realizador desse evento.

      Para Alemberg Quindins, presidente da Fundação Casa Grande de Nova Olinda: “Estamos tendo um cenário aonde o Cariri e o Ceará vivem hoje um bom momento entre as políticas culturais e avanços na Cultura Popular. O Cariri é um território mágico, mitológico, paleontológico, arqueológico. Ele une quatro estados brasileiros e atende importantes critérios da Unesco como patrimônio mundial: integridade, autenticidade e universalidade”.

        Já Fabiano Píuba, Secretário da Cultura do Ceará, ratificou: “Pensar em patrimônio cultural para o Cariri tem que estar associado ao patrimônio natural. O Cariri e sua Chapada do Araripe é um território profundamente marcado pela cultura popular e tradicional, ambiente de expressões e manifestações riquíssimas; ao tempo que hoje se tornou um polo acadêmico com uma rede de universidades públicas e privadas, tendo a URCA e a UFCA como as principais instituições; além de ser uma zona de desenvolvimento econômico em pleno crescimento e ser um destino turístico dos mais procurados no Brasil, seja por seus aspectos culturais e ambientais”. 

Um exemplo que vem de Londres

    Há 153 anos teve início, em Londres, um projeto de colocação de pequenas placas redondas, na cor azul, em algumas fachadas de casas daquela cidade. Essas placas esféricas preservam o legado de pessoas que nasceram ou viveram em Londres, e que – de alguma forma –deixaram sua marca na história daquela cidade. Antes de ser colocada a placa, a sugestão passa por um critério rigoroso. Aliás, as placas só são colocadas após 20 anos da morte do nomeado, ou se já tiver passado 100 anos do seu nascimento. Que bom exemplo para as cidades caririenses preservarem sua memória.

      Na foto ao lado, uma das "placas azuis" existentes em Londres. Esta assinala o prédio no qual morou, durante certo tempo, Mahatma Gandhi, o homem que conseguiu libertar a Índia do domínio inglês.


O desprezo pela memória do Cariri

Bangalô aristocrático que existiu em Juazeiro do Norte

     Vem de longe a destruição da memória (arquitetônica, histórica e de reminiscências) da região do Cariri. Crato e Juazeiro do Norte destruíram o seu patrimônio arquitetônico. Barbalha foi a única cidade do Cariri a cuidar dos antigos casarões.  Infelizmente, a destruição da memória ocorre de forma mais intensa em Juazeiro do Norte, a maior cidade do Cariri. Se fosse adotado, em Juazeiro, o projeto das placas azuis, que existe em Londres, não teríamos mais os locais para colocar placas homenageando pessoas como Amália Xavier de Oliveira, Padre Climério, Mestre Noza, Mons. Juviniano Barreto, Mauro Sampaio, Mons. Murilo de Sá Barreto e tantos outros que foram importantes, em certas épocas,  para a vida de Juazeiro.

      Tempos atrás, o jornalista Jurandy Temóteo escreveu o texto abaixo na revista “A Província”: “As más administrações públicas, a falsa ideia de modernismo, a ganância financeira, a indiferença de considerável parcela da nossa população e a impunidade estão fazendo do Crato uma terra sem memória arquitetônica.
“Prédios públicos e particulares, de inestimáveis valores históricos e arquitetônicos continuam sendo destruídos ou mutilados sem que providências realmente sérias e eficazes se concretizem. Que “Cidade da Cultura”, que “Município Modelo” é este que extermina seus valores culturais, mutila suas ruas, praças, monumentos? O que se tem feito e se continua a fazer contra Crato é um crime, uma barbárie. Até quando?”.

 Vinho “Terras do Crato”

     No último dia 15 de maio eu me encontrava na cidade de Fátima (Portugal) e entrei num restaurante (“O Recinto”) para almoçar. 

    Ao lado da minha mesa tinha uma prateleira expondo bons vinhos portugueses. Entre eles, havia o tinto “Terras do Crato”, fabricado no Crato português, cidade localizada na região do Alentejo. A uma pergunta sobre as características do vinho “Terras do Crato”, o funcionário do restaurante, no conhecido sotaque português explicou: “Trata-se de vinha na cor rubi, com aroma de notas de fruto vermelho maduro, complexo e intenso. Paladar equilibrado, taninos suaves e boa persistência. Vais a querer?” 

     O preço da garrafa era elevado. Desisti. Mas fica registrado,   para mostrar aos habitantes do Crato brasileiro, que o pequenino Crato do Alentejo português (com menos de quatro mil habitantes), produz excelentes vinhos.

Maria Caboré

    Ainda hoje presente no imaginário do povo de Crato, Maria Caboré, é tida como “santa” nas camadas mais simples da população cratense, 83 anos depois da morte dela.  Muita gente pede graças à alma de Maria Caboré e – alcançado o pedido – manda celebrar missas para ela. Recentemente, o advogado de Fortaleza, Geraldo Duarte, articulista do “Diário do Nordeste” publicou – naquele jornal – uma interessante crônica sobre Maria Caboré, que republicamos abaixo na íntegra.  A conferir:

“Espírito de anjo ornado em trapos

Túmulo de Maria Caboré ,no Cemitério Nossa Senhora da Piedade, em Crato

    "Este, o verso primeiro de poesia do Padre Raimundo Augusto, completado com “Perambulando pela rua ao léu, / Companheira fiel até dos sapos, / Ela tinha por lar o azul do céu.” (quadra inicial do poema “Maria Caboré”, ode daquele pároco dedicado ao, talvez, mais querido personagem do Crato das décadas de 20 e 30 do século passado, publicado na revista Itaytera. Filha de Caboré, coveiro, e Calumbi, roceira, moradores do distrito Matinha, Cícera Maria da Silva Almeida os viu morrer precocemente. Aluou-se. Deu-se a perambular na terra-natal do Padre Cícero e ganhou a apelidação de Maria Caboré.

    "Morena, estatura mediana, utilizava uma espécie de turbante e adornada de miçangas. Na Rua da Vala, hoje Tristão Gonçalves, onde mais vivia, supria as casas com água, retirava o lixo, servia de recadeira e, em troca, ganhava alimentação, roupas usadas e alguns trocados. Suas ética e lealdade, a toda prova, mereciam o respeito e a estima de todos. Honestidade e boa índole a complementavam.
No mundo ilusório era noiva do “Rei do Congo”, a quem sempre dedicou fidelidade. Dizia-se católica, frequentava a Igreja e confessava-se. Certa feita, notou que o sacerdote vestia calça sob a batina. Surpresa, declarou nas andanças: “Vige Maria, padre é homi!”. Encontrou um feto num dos entulhos daquela artéria. Levou-o à delegacia, entretanto, não envolvendo ninguém, alegou haver esquecido o local.

    "Vítima da peste bubônica que, em 1936, afligiu a cidade, foi interna no hospital improvisado no Seminário Diocesano São José, quando “faleceu piedosamente com a morte exemplar de um justo”, asseverou Padre Augusto. Para muitos cratenses e, até, nascidos noutras localidades caririenses, Maria Caboré é considerada espírito milagreiro deveras evocado. Seu túmulo, no Cemitério N. S. da Piedade, possui visitação frequente durante o ano, destacando-se no Dia de Finados”.

quarta-feira, 22 de maio de 2019

Informação e comunicação - Por Antônio Morais.



A humanidade se alimenta de informações. O  problema é quando a informação é comunicada de forma errada. Nos últimos dias  duas  medidas do governo são disseminadas de maneira errada de propósito ou má fé.

O projeto das armas de fogo em nenhum lugar obriga o brasileiro a comprar uma arma. Dá o direito  para aquele que interessar ter. 
Quanto o reforma da previdência o que se sabe é que os privilegiados do setor público, terão  que  se  aposentar pelo mesmo sistema do setor privado. 
Então, esse setor que tem puder econômica, de comunicação e outros informa de modo errado que o prejudicado será aquele aposentado com um salário mínimo. O pior é que o povo acredita.

Um amigo, ex-colega  do colégio e atual servido do INSS me disse que de 100 atendimentos no setor, 80 são "maruagens",  e os 20 restantes são pessoas  interessadas  e saber como consegui as "maruagens". 
Não me disse o que são "Maruagens" mas, coisa boa deve não ser.

Bolsonaro em respeito ao cargo - Por José Newmanne Pinto.


Bolsonaro não comparecerá às manifestações convocadas para o próximo domingo 26 de maio em (até agora) 60 cidades brasileiras, incluindo capitais e o DF, e recomendará a seus ministros que também mantenham distância prudente dos atos. 

Diz ainda que o faz isso por respeito ao cargo e responsabilidades. Aliás, o ministro da Cidadania, Osmar Terra, já tinha dito que o governo precisa ficar neutro no caso. 

Quem sabe, poderá ser um bom primeiro passo para o chefe do governo, enfim, assumir o compromisso feito na posse de governar para todos os brasileiros, e não apenas para seus eleitores ou prosélitos. 

Isso, contudo, não pode ser interpretado como uma desqualificação dos atos programados, pois, como escrevi em artigo no Blog do Nêumanne, o povo na rua é e será sempre benéfico para a democracia e para o País.

terça-feira, 21 de maio de 2019

Bagunça institucional à brasileira - Por José Newmanne Pinto.


O Centrão quer alijar o presidente Jair Bolsonaro da iniciativa das pautas do governo a serem discutidas pelo Congresso, impedindo que ele cumpra seus compromissos com o cidadão, como na transferência do Coaf da Justiça para a Economia e na votação da extinção de ministérios. 

Enquanto isso, deixa de cumprir sua tarefa precípua de legislar, deixando um vazio preenchido por um STF com volúpia de poder. É uma bagunça institucional que faz o velho Montesquieu remexer os ossos no túmulo, pois, em teoria, o sistema de governo no Brasil prevê três Poderes, cada um especificamente com sua função. 

Como lembrou a professora Graziele Guioti em entrevista com Humberto Dantas para Emanuel Bomfim, no podcast Estadão Notícias, o autor da gestão tripartite na democracia, exige também de Legislativo e Judiciário base social para governar. 

Ao contrário do que acontece no Brasil hoje, só o Executivo dispõe desse alicerce. Cada poder no Brasil é incapaz de cobrir sua área e invade as dos outros.

Paulo Guedes vira ministro de governo alternativo - Por Josias de Souza

Há dois governos em Brasília, o oficial e o alternativo. Num, Jair Bolsonaro cuida da ofensiva contra "o grande problema" do Brasil, que "é a nossa classe política." Noutro, o ministro da Economia, Paulo Guedes, faz política. No país oficial, o presidente atiça uma manifestação de rua hostil ao Congresso. No Brasil paralelo, ao qual o capitão dispensa uma atenção apenas residual, o Posto Ipiranga pede ajuda aos congressistas para salvar do incêndio sua agenda reformista.

A movimentação errática de Bolsonaro dá ao governo oficial uma aparência de falta de rumo. O diálogo de Guedes com os caciques do Legislativo constitui um esforço para evitar que o rumo do país seja uma crise eterna. Bolsonaro não gosta de Rodrigo Maia, mas o pragmatismo de Guedes gosta. E Maia atrai no Legislativo os votos que Bolsonaro afugenta.

Quanto mais o presidente chuta o centrão, mais o grupo valoriza o ministro da Economia. "Se Paulo Guedes e a equipe dele saem, desaba tudo, acaba o país", diz o líder do DEM na Câmara, deputado Elmar Nascimento. "Hoje, há até uma espécie de blindagem da classe política em relação a ele."

Bolsonaro carrega para dentro da agenda do país oficial os rancores que acumulou nos 28 anos que frequentou o baixo clero da Câmara. Quanto a Guedes, as únicas contas que tem para ajustar são as contas públicas do Brasil paralelo. Por isso, o ministro carrega o piano da reforma da Previdência.

Com mais de 13 milhões de desempregados e a economia andando para trás, Paulo Guedes tenta salvar 2020 do fiasco. Já se deu conta de que não conseguirá livrar 2019 de um desempenho econômico medíocre. E encontra solidariedade crescente no Legislativo.

Ao farejar a intenção de Bolsonaro de terceirizar aos congressistas a culpa pelo imobilismo do governo, a cúpula do Legislativo decidiu se mexer. Aperta o passo na reforma da Previdência. E põe para andar uma versão própria de reforma tributária. Suprema ironia: ao travar o Brasil oficial com sua inépcia, o presidente faz andar a agenda que interessa a Guedes e ao Brasil alternativo.

REABILITAÇÃO EM DOSE DUPLA - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Já estava passando da hora e a agonia das maiores torcidas aumentava a angústia pela falta de pontuação.
Antes que saíssemos clamando pela paz com as vitórias, Fortaleza e Ceará venceram, jogando bem, contra Chapecoense e Grêmio.
O Fortaleza foi competente para virar o jogo em Chapecó com um show particular do atacante Marcinho.
Depois de igualdade das ações na primeira fase, o tricolor domou o adversário e liquidou a fatura com dois gols.
No Castelão, o Ceará surpreendeu a tudo e a todos, partindo para cima do Grêmio, com uma fome de bola impressionante.
Encurralou o time gaúcho no seu campo por exatos 25 minutos de pressão e, nesse período, marcou os dois gols que lhe deram a vitória.
Dedicou o segundo tempo a sustentar a vantagem diante de um Grêmio rápido e habilidoso.
Nas duas partidas, destacaríamos o compromisso dos jogadores para uma jornada coletiva, embora os destaques individuais de Marcinho, pelo Fortaleza. e Fabinho, pelo Ceará, aflorassem.
O mais positivo de tudo: Ceará e Fortaleza vinham jogando bem, embora castigados pelos resultados.
Continuaram jogando bem e venceram.
É preciso sepultar essa falácia de que o importante é vencer, mesmo jogando mal.
Afastem do futebol esse mal.

segunda-feira, 20 de maio de 2019

500 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Prefeito Pedro Sátiro, Deputado Estadual Antônio Diniz e o governador Virgílio Távora.

Em 1972 Várzea-Alegre saía de um acordo de lideranças onde se elegeram Antônio Afonso Diniz e Carlos Reni Leandro Correia, prefeito e vice respectivamente.
Votei pela primeira vez num pleito muito concorrido entre Lourival Frutuoso de Oliveira e Hamilton Correia Lima. Votei para o Lourival que se elegeu prefeito com uma diferença de aproximadamente 800 votos.  
Daquela eleição até a última votei sempre em quem venceu a eleição. Os votos perdidos foram aqueles que o candidato não correspondeu ao esperado, nunca no pleito.
Desde Lourival Frutuoso sou um observador exímio da politica local. Já vi de tudo. Os políticos é que não aprendem nunca com os exemplos. Uns tentam, fazer a sua imagem destruindo a do adversário, nada  mais  desprezível. Outros se cercam de bajuladores, puxa-saco, esse tipo de gente que não ajuda, não dá noticia ruim, só as boas.
Em 1996, o candidato que tinha o apoio do prefeito, Deputado Estadual, Deputado Federal, Senador e Governador perdeu para um desconhecido do meio politico. Vi um bajulador chegar para o candidato que apresentava nas pesquisas 60% na preferência do eleitorado e dizer de peito cheio :  Na comunidade do Rubão tem 26 votos, 22 votam para o senhor. O bajulador esqueceu de informar que no sítio "Ubaldinho" de Chico Leandro tinha 60 votos e 55 votavam contra. Deu no que deu, o imaginário aconteceu.
Para o próximo pleito um conselho de amigo para os neófitos. Vocês tem muito o que aprender. Cada eleição tem sua história, nenhuma se assemelha a outra. Nem sempre o que decide uma é o fator de decisão da outra.  Civilidade é a matéria prima  da politica. Somar é a essência da vitoria.
Desde o Lourival até hoje são todos bem perecidos e assemelhados.
Ninguém reza na estrada.