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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 30 de novembro de 2018

CARIRIENSIDADE (por Armando Lopes Rafael)


Rio de Janeiro ganhará primeiro monumento ao Padre Cícero

     Desde 28 de dezembro de 2016, Dom Fernando Panico deixou a função de Bispo Diocesano de Crato, passando, automaticamente, à condição de “Bispo-Emérito” desta diocese. Mas seu novo status, ou seja, sua condição atual, não o impediu de continuar participando de diversos eventos realizados em memória do Padre Cícero Romão Batista. No início deste mês de novembro, Dom Fernando viajou para a cidade do Rio de Janeiro, onde pregou retiro para o clero da Arquidiocese de São Sebastião da antiga capital brasileira.

     Durante o retiro, o Pároco da Paróquia de São João Batista, de Rio das Pedras (zona oeste do Rio de Janeiro), Pe. Marcos Venício, convidou Dom Fernando Panico a celebrar uma missa para os devotos do Padre Cícero, residentes naquele subúrbio carioca. Foi uma festa! Muitos fiéis já conheciam Dom Fernando por informações. Outros já o tinham visto pessoalmente. Uma surpresa aguardava Dom Fernando: a notícia de que, no próximo dia 09 de dezembro de 2018, o Cardeal Dom Orani João Tempesta celebrará missa e inaugurará a Praça Padre Cícero, em Rio das Pedras, logradouro que terá uma estátua do “Padim Ciço”, a primeira construída no Estado do Rio de Janeiro.

Manifestação católica em Rio das Pedras, subúrbio da cidade do Rio de Janeiro

Maceió festeja 148 anos da ordenação do Padre Cícero

        Esta semana Dom Fernando Panico esteve em Maceió, aonde foi a convite do Arcebispo da capital de Alagoas, Dom Antônio Muniz, para celebrar nos festejos pelos 148 anos de ordenação sacerdotal do Padre Cícero. Em Alagoas, Padre Cícero é sempre lembrado e amado pelos fiéis católicos. É comum nas procissões comemorativas às festas dos padroeiros(as) das cidades alagoanas contarem com um segundo andor (geralmente ricamente ornamentado com flores) com a imagem do Padre Cícero Romão Batista.


 O primeiro colégio para mulheres criado no Cariri

 Colégio Santa Teresa de Jesus, em Crato. Foto do início da década 50 do século passado

        A criação do Colégio Santa Teresa de Jesus resultou de um sonho, dos vários sonhos alentados e concretizados por Dom Quintino Rodrigues de Oliveira e Silva, primeiro Bispo de Crato. Àquela época, as escolas secundárias funcionavam separadamente para homens e mulheres. Inexistiam as escolas mistas como é praxe, nos dias atuais. E, neste Estado, as poucas escolas de segundo grau para mulheres só funcionavam na capital cearense, distante mais de 600 km de Crato, num tempo quando não havia estradas regulares, nem facilidade de comunicação. 

       Os contatos entre o Cariri e Fortaleza eram feitos unicamente por telegramas e cartas. Por isso, no território da nova Diocese de Crato, somente as moças pertencentes às famílias bem afortunadas financeiramente podiam se deslocar para a cidade de Fortaleza, a fim de estudar. Assim, depois de criar um Ginásio para homens (atual Colégio Diocesano de Crato) e reabrir as portas do Seminário São José para formar novos padres, Dom Quintino procurou a Congregação das Irmãs de Santa Doroteia, possuidora de um colégio na cidade de Fortaleza, para abrir uma filial no Cariri. As tratativas não chegaram a bom termo. Não desanimou o bispo de Crato. Uma segunda tentativa foi feita junto às Irmãs Ursulinas, que tinham uma casa em Salvador (BA). No final de 1922, a diretora das Irmãs Ursulinas escreveu a Dom Quintino mostrando a impossibilidade de enfrentar o desafio que lhe fora proposto pelo Bispo de Crato.

            Mas Dom Quintino conhecia uma senhorita, residente na cidade de Jardim, dortada de muita fé e muita disposição para enfrentar desafios. Era Anna Álvares Couto (a futura Madre Ana Couto), mais conhecida como Naninha Couto que aceitou o desafio que lhe foi proposta pelo Bispo de Crato.     
   
Surge o Colégio Santa Teresa de Jesus de Crato

 Madre Ana Couto, co-fundadora da Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus

          No dia 04 de março de 1923, às 5 horas da manhã, a população do Crato foi acordada com uma estrepitosa salva de fogos, anunciando o início das atividades de um novo colégio na antiga Vila Real do Crato. Dom Quintino havia atingido dois coelhos com uma só cajadada, pois concretizou dois dos seus mais alentados sonhos: o de criar uma congregação religiosa feminina (Filhas de Santa Teresa de Jesus) destinada a acolher jovens vocacionadas da sua diocese; e fundar – no Sul do Ceará –, o primeiro colégio para educação de mulheres. Dois pioneirismos de magnitude, considerando o fato de a Região do Cariri cearense – ainda atrasada em relação aos distantes centros evoluídos do litoral nordestino – ter passado a sediar as duas instituições acima citadas.


Dom Quintino, primeiro Bispo de Crato

Algumas alunas ilustres

          Milhares foram as alunas que passaram pelos bancos escolares do Colégio Santa Teresa de Jesus. Muitas ganharam destaque. Citá-las nos levaria a incorrer em graves omissões. No entanto, vêm-me agora à lembrança algumas ex-alunas: a atual deputada federal Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo– a maior cidade da América Latina e a sexta maior do mundo; Maria Alacoque Bezerra, nascida em Juazeiro do Norte, a primeira mulher cearense a ocupar uma cadeira no Senado da República; Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaseau, que foi Secretária de Cultura do Ceará e Reitora da Universidade Regional do Cariri e Madre Feitosa, uma das mais respeitadas educadoras do Ceará. Esta além de aluna foi também diretora daquele colégio.  

Existe potencial para criar a  “Paisagem Cultural”  no entorno da Catedral de Crato

Madre Ana Couto, co-fundadora da Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus

          No dia 04 de março de 1923, às 5 horas da manhã, a população do Crato foi acordada com uma estrepitosa salva de fogos, anunciando o início das atividades de um novo colégio na antiga Vila Real do Crato. Dom Quintino havia atingido dois coelhos com uma só cajadada, pois concretizou dois dos seus mais alentados sonhos: o de criar uma congregação religiosa feminina (Filhas de Santa Teresa de Jesus) destinada a acolher jovens vocacionadas da sua diocese; e fundar – no Sul do Ceará –, o primeiro colégio para educação de mulheres. Dois pioneirismos de magnitude, considerando o fato de a Região do Cariri cearense – ainda atrasada em relação aos distantes centros evoluídos do litoral nordestino – ter passado a sediar as duas instituições acima citadas.


Dom Quintino, primeiro Bispo de Crato

Algumas alunas ilustres

          Milhares foram as alunas que passaram pelos bancos escolares do Colégio Santa Teresa de Jesus. Muitas ganharam destaque. Citá-las nos levaria a incorrer em graves omissões. No entanto, vêm-me agora à lembrança algumas ex-alunas: a atual deputada federal Luiza Erundina, ex-prefeita de São Paulo– a maior cidade da América Latina e a sexta maior do mundo; Maria Alacoque Bezerra, nascida em Juazeiro do Norte, a primeira mulher cearense a ocupar uma cadeira no Senado da República; Maria Violeta Arraes de Alencar Gervaseau, que foi Secretária de Cultura do Ceará e Reitora da Universidade Regional do Cariri e Madre Feitosa, uma das mais respeitadas educadoras do Ceará. Esta além de aluna foi também diretora daquele colégio.  
Entorno da Catedral de Crato em 1914, ano de criação da Diocese de Crato

     Segundo a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura– UNESCO: “O patrimônio é o legado que recebemos do passado, vivemos no presente e o transmitimos às futuras gerações. Nosso patrimônio cultural é fonte insubstituível de vida e inspiração, nossa pedra de toque, nosso ponto de referência, nossa identidade”. Acrescenta ainda a UNESCO que “O patrimônio cultural é de fundamental importância para a memória, a identidade e a criatividade dos povos e a riqueza das culturas”.

    Entre algumas exigências da UNESCO, para que um edifício, ou conjunto de edificações, se constituam em bens culturais, exige-se que esses bens “devem estar associados diretamente ou tangivelmente a acontecimentos ou tradições vivas, com ideias ou crenças, ou com obras artísticas ou literárias de significado excepcional”.

      Em qualquer uma dessas exigências se enquadra perfeitamente o conjunto da edificação da atual Catedral de Nossa Senhora da Penha e o seu entorno, localizado no centro da cidade de Crato.


      Pode-se agregar ainda à riqueza desse patrimônio cultural – oriundo das edificações e das atividades humanas da Catedral de Nossa Senhora da Penha – todas as manifestações populares – danças, folguedos, grupos folclóricos, apresentações cênicas, coreografias, músicas etc. – conservadas ao longo de sucessivas gerações, e ainda hoje repassadas às novas gerações –, por ocasião de comemorações e datas festivas, pois elas se constituem no Patrimônio Cultural Imaterial ou Intangível. 

      Ressalte-se, por oportuno, que essas manifestações da tradição popular – que compreendem uma gama de expressões de vida de grupos e indivíduos do município de Crato e adjacências – estão sendo objetos de catalogação pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – IPHAN. 

        Diante de tudo acima exposto, preocupado com a destruição sistemática que vem sendo feita ao Patrimônio Arquitetônico e Cultural da cidade de Crato, imbuído da responsabilidade como Cura da Sé–Catedral de Nossa Senhora da Penha, Pe. José Vicente Pinto Alencar da Silva, estuda enfrentar o desafio de salvaguardar a paisagem cultural no entorno da Sé Catedral de Crato.

Transporte escolar nordestino - Por Antônio Morais.



Nos grupos escolares de épocas passadas, duas matérias eram consideradas de grande importância na formação do estudante.

"Organização Social Politica do Brasil e Educação Moral e Cívica". Os intelectuais do ministério da educação atual, acharam que tudo era bobagem e elas sumiram dos programas educacionais.

No nosso país, não se hasteiam mais a Bandeira Brasileira, nem nos quarteis, que passaram a ser administrados como se simples órgãos civis fossem.

O INCONSCIENTE - Por Edmilson Alves



Eu não estou.
Eu não estou aqui.
Estou?

Tu não estás.
Tu não estas aqui.
Estás?

Nós não estamos.
Nós não estamos aqui.
Estamos?

A consciência está.

O inconsciente está em todos nós humano!
É DEUS morando dentro da gente.
Iluminando caminhos pra humanidade!

quinta-feira, 29 de novembro de 2018

Exclusão - Por Wilton Bezerra. comentarista esportivo


O mundo é feito de ricos e pobres, grandes e pequenos.
Contrariando essa máxima, no futebol brasileiro só há espaço para quem tem tamanho.

“Futebol não é para pobres” afirmou Alexandre Kalil, ex-presidente do Atlético Mineiro e prefeito de Belo Horizonte.
Como outros lugares sociais conquistados pelos menos favorecidos, o futebol nosso de cada dia marcha para exclusão de quem não atende às medidas mercantilistas dos seus insaciáveis gestores.

Os campeonatos estaduais vão desaparecer do mapa futebolístico. Não há como compará-los em importância às outras competições.

Mas, a única saída é exterminá-los? Não adianta escamotear, o plano é esse mesmo.

O grupo de trabalho escalado pela CBF para tratar dos destinos dos certames regionais deixou escapar uma fórmula única de disputa que, a princípio, mais parece um esquartejamento.

O que vão fazer mais de 60% de profissionais da bola que não têm condições de trabalhar numa grande equipe?
Os estádios no interior do Brasil, construídos com tanto orgulho, servirão como estacionamentos de empresas de ônibus ou ficarão expostos à deterioração?

Daqui a pouco, outras competições perderão o seu significado em favor das Sulamericanas, Libertadores e outras bolações. Com o fito único de tornar o futebol uma atividade de fins apenas lucrativos. Não duvidem.
Quando o Palmeiras foi alijado das finais da Libertadores, muitos da crônica esportiva sudestina apontaram a conquista do campeonato brasileiro como um consolo para o alviverde paulista.

O maior campeonato do país como um mero consolo?
Tirem as conclusões.

PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO NOSSO DE CADA DIA - Por Lucidio Leitão.


Senhor, tava aqui lendo Romanos 13.8a, diz assim: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, exceto o amor com que vos améis uns aos outros....."

Daí fiquei pensando que milhões de pessoas não conseguem conciliar o sono por causa das dívidas. Gastam mais que ganham e assumem compromissos que não podem cumprir.

Assim, Senhor, também lembrei dum amigo LÁ DI NÓIS, lá das bandas da Várzea Alegre/CE, do Sítio Sanharol, o Senhor o conhece,  Antônio Gonçalo, caba de fundamento, numa ocasião ele me falou:

"Carecemos, ao querer comprar ou realizal algo, fazer a nós mesmo três perguntas básicas, antes do ato. São estas:

- O que fazer (eu preciso)?: É o que as pessoas mais se atrapalham em decidir, notadamente em momentos festivos (Natal, aniversários, black friday, etc). Terminam comprando ou fazendo despesas desnecessárias, por não se conterem diante dos apelos do mercado;

- Como fazer (eu posso)? : É importante que as pessoas tenham conhecimento das responsabilidades que irão assumir e de que forma essas despesas serão aportadas, para que, num balanço financeiro prático, elas tenham condições de se prevenirem de desarranjos econômicos futuros, por terem planejado despesas que não poderiam quitar nas datas aprazadas;

- Por que fazer ( eu tenho vontade) ?: As pessoas, de um modo geral, têm muitos planos a realizar e, alguns deles, em determinado momento, podem não estar na prioridade máxima. Então, é preciso selecionar as vontades mais prementes e que estão à altura do alcance econômico do consumidor e que, ao mesmo tempo, são indispensáveis para resolver um determinado problema ou demanda".

Enfim, não é sensato firmar obrigações que não podemos honrar. Não é sábio entrar em dívidas sem planejamento. Muitas famílias vivem perturbadas por causa das dívidas. Gastam mais do que ganham, compram mais do que podem e mantêm um estilo de vida acima de suas posses.

Muitos indivíduos acabam enterrando suas finanças em juros altos, porque compram aquilo de que não precisam, com o dinheiro que não têm, para impressionar pessoas que não conhecem.

Senhor, carecemos colocar em prática uma ética de como ganhar o dinheiro e como investí-lo. Não podemos gastar mais que ganhamos nem tudo o que ganhamos.

A Bíblia diz que não devemos ficar devendo nada a ninguém, exceto o Amor.

Assim seja.

CUSTO DA COP-25 FEZ BOLSONARO VETAR O EVENTO - Por Claudio Humberto.


A decisão do Brasil de retirar a oferta para sediar a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, a COP-25, foi do novo governo de Jair Bolsonaro. 

O Ministério das Relações Exteriores consultou o futuro chanceler Ernesto Araújo, que levou o assunto ao presidente eleito. Para sediar o evento, o presidente eleito teria de se comprometer a bancar seus custos, estimados em quase meio bilhão de reais.

Pente-fino na Lei Rouanet - Por ministro Osmar Terra.


O futuro ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS), defendeu hoje a realização de um “pente-fino” na Lei Rouanet, que permite a dedução de imposto de renda (IR) de pessoas física e jurídica para o apoio a atividades culturais.

“Ela [a lei] precisa de uma auditoria. Tem que fazer um pente-fino na Lei Rouanet para ver como é que foi gasto esse dinheiro esses anos todos. 

Tem artistas que são famosos que nem precisavam de Lei Rouanet, que só o nome deles já daria grandes bilheterias, grande audiência, que estavam lá pegando milhões da Lei Rouanet, enquanto artistas que estão começando, artistas populares e tal, não tinham acesso à Lei Rouanet, tinham dificuldade de conseguir patrocinadores. 

As empresas acabam dando dinheiro para quem tem mais prestígio. Então artistas que já são mais conhecidos têm uma possibilidade imensa de ter recursos da Lei Rouanet”, declarou Terra à Rádio Gaúcha, ponderando que a legislação de incentivo é “importante” para a cultura, mas precisa ser aprimorada.

Palocci ganha status de um míssil - companheiro - Por Josias de Souza.



Ao transferir Antonio Palocci da cadeia para o conforto da prisão domiciliar, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região não alterou apenas a condição carcerária do condenado. Mudou também o status político do condenado, convertendo-o numa espécie de míssil-companheiro.

Ao premiar Palocci, o TRF-4 reconheceu a utilidade de sua delação como matéria prima para a produção de provas contra personagens que a militância do PT celebra como “heróis do povo brasileiro”. A Procuradoria vai recorrer. Mas o colaborador não seria brindado com um regime semiaberto se sua delação fosse vazia, como alega o petismo.

A novidade é ruim para Lula, que já está em situação precária. É péssima para Dilma Rousseff, cuja descida pelos nove círculos do inferno mal começou. É desastrosa para o PT, que transformou a defesa dos seus líderes encrencados num processo de apodrecimento partidário.

Os dois principais alvos da delação de Palocci são Lula e Dilma. Ambos afirmam que não cometeram nenhum crime. O que há, segundo sustentam, é apenas um complô de investigadores mal intencionados, mancomunados com juízes parciais, uma imprensa golpista e delatores desqualificados. Palocci subverteu esse enredo.

Petista de quatro costados, Palocci cavalga uma biografia alentada: redator da “Carta ao Povo Brasileiro”, ex-ministro de Lula, elo entre o PT e o Departamento de Propinas da Odebrecht, gerente da caixa registradora das campanhas de Dilma, ex-ministro de madame…

Cada vez que o PT tenta desqualificar Palocci, é como se o partido cuspisse na sua própria imagem refletida no espelho. O míssil tem potencial para converter em ruínas o que restou do petismo.

quarta-feira, 28 de novembro de 2018

O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.


Foto - Residência do casal Ideltrudes Matias e Chagas Bezerra, em Crato, Presidente da Republica Jânio Quadros, Governador do Estado do Ceará Paulo Sarasate, Dr. Geraldo Lobo e o Deputado Filemon Teles presidente a Assembleia Legislativa do Ceará.

1958 - Eleições municipais no Crato. A residencia do Coronel Filemon Teles, respeitado chefe politico, estava apinhada de eleitores, principalmente aqueles residentes na zona rural do Município. Muito deles, depois de cumprido o "dever cívico" do voto, já regressavam às suas casas.

Na época era bastante comum o eleitor, numa artimanha politica, mormente os residentes nos sítios e povoados, votar uma, duas ou mais vezes, usando títulos de eleitores já falecidos e daqueles que não mais residiam na área do município. Verificada a semelhança fisionômica, pois o título trazia fotografia, conhecido cabo eleitoral da UDN entrega ao não menos popular Rodrigues Jamacaru, um dos títulos fantasmas,com a instrução para votar na seção eleitoral que funcionava, na época, no prédio da Estatística .

De posse do título, Jamacaru, pressuroso, tenta o voto duplo. Todavia, levou azar, pois na porta da seção estava o  Diomedes Pinheiro, fiscal do PSD e amigo leal do Prof. Pedro Felício Cavalcante. Ao regressar ao comitê do partido, recebeu nova instrução: Volte e tente despistar o  Diomedes - disse o cabo eleitoral.

Jamacaru, fiel escudeiro do Coronel Filemon, partiu para nova investida. Foi chegando e avisando: corra, seu Diomedes, que a sua esposa caiu no banheiro e quebrou as duas pernas. Como um raio saiu Diomedes Pinheiro, enquanto Rodrigues Jamacaru, tranquilamente, em dose dupla, cumpriu mais uma vez o dever cívico do voto.

Ao regressar e contar o episodio,foi observado, a certa distancia, sem ser notado pelo Coronel Filemon - nosso querido tio Filé que, ao final sentenciou:

Compadre Rodrigues, você não fez direito. Não agiu como devia. Era para quebrar uma perna nessa eleição e deixar a outra para a próxima.


PROJETO IMPEDE PENA DE PRISÃO PARA CORRUPTOS - Por Claudio Humberto.


Parlamentares que malandramente tentam votar ainda este ano a reforma da Lei de Execução Penal tentam aprovar a regra que impede a condenação à prisão de acusados dos crimes considerados de “menor potencial ofensivo”. 

Seriam enquadrados na nova regra os crimes que preveem pena de até três anos. O que eles não contam é que corrupção está entre os crimes em que a prisão seria dificultada.

SUSPENSÃO DE PENA.

Entre os truques da reforma da Lei de Execução Penal está a previsão de suspender eventuais sentenças contra corruptos ou sua comutação.

Mais de 50 deputados federais são investigados e mais de cem citados na Lava Jato, todos sujeitos a julgamento e condenação por corrupção.

‘O que se pretende é que Lula morra’, diz Gleisi - Por Josias de Souza.


A longevidade da prisão de Lula inquieta a cúpula do PT, produzindo ajustes na retórica oficial da legenda. Conforme já comentado aqui, o discurso que vendia Lula como herói da resistência vai sendo gradativamente substituído por uma pregação que o apresenta com um personagem frágil, cuja saúde estaria debilitada. Em discurso na tribuna do Senado, Gleisi Hoffmann, a presidente do PT, insinuou que a vida do prisioneiro corre risco.

“O que querem é acabar com o Lula, o que querem é que Lula não sobreviva”, declarou Gleisi, antes de apontar o dedo para o futuro presidente da República e seu ministro da Justiça: “Eu quero dizer desta tribuna: o que se pretende é que Lula morra. É isso que estão fazendo. É esta a promessa de Jair Bolsonaro na Avenida Paulista: deixá-lo apodrecer na prisão. E esta é ação do senhor Sergio Moro, que não tem outra coisa na vida a fazer senão a sua vingança, o seu ódio contra Luiz Inácio Lula da Silva.”

Em meio a ataques dirigidos ao delator-companheiro Antonio Palocci, ex-ministro dos governos de Lula e Dilma Rousseff, Gleisi emendou: “Que fique bem claro: se algo acontecer a Lula, a responsabilidade é dessa Operação Lava Jato, que não tem nenhuma – nenhuma! – responsabilidade com a verdade, com as provas e com o devido processo legal.”

O discurso foi proferido nesta terça-feira (27), mesmo dia em que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal decidiu que julgará antes do final do ano o mais recente pedido de liberdade protocolado pela defesa de Lula. Nele, os advogados sustentam que Sergio Moro “revelou clara parcialidade e motivação política” ao condenar Lula. Alega-se que a hipotética falta de isenção do ex-juiz da Lava Jato ficou patente no instante em que ele aceitou o convite para ser ministro da Justiça da gestão Bolsonaro.

Moro dá de ombros para a acusação. Declara que Lula está preso porque cometeu crimes. Reitera que a sentença condenatória foi ratificada pelo TRF-4, que elevou a pena para 12 anos e um mês de prisão. ''Não posso pautar minha vida por um álibi falso de perseguição política'', afirmou Moro sobre o fato de ter migrado da Lava Jato para a Esplanada dos Ministérios.

O julgamento do recurso de Lula pode ser marcado para os dias 4, 11 ou 18 de dezembro. A hipótese de o preso ser libertado é considerada remota até pela oligarquia petista. Daí a mudança de tom. Tenta-se transformar o “Lula livre” numa espécie de causa humanitária. Preso desde 7 de abril, Lula deve passar o Natal, o Ano Novo e até o Carnaval na cadeia.

terça-feira, 27 de novembro de 2018

O Antagonista - Por o Antagonista.


Petistas temem prisão de Dilma.

Depoimentos inéditos da delação de Antônio Palocci devem atingir Dilma Rousseff.

Diz a Folha:
“As informações que circulam entre investigadores e advogados preocupam integrantes do PT que acompanham o assunto de perto. 
Há o temor de que ela seja alvo de alguma medida cautelar mais drástica”.


63% aprovam escolhas de Bolsonaro, diz pesquisa XP.

A pesquisa XP/Ipespe divulgada hoje mostra que 63% dos entrevistados aprovam a montagem do governo de Jair Bolsonaro e as primeiras medidas anunciadas pela equipe do presidente eleito.
Apenas 26% desaprovam; e 11% não sabem ou não responderam.

Renan assume papel de ‘bedel’ de Sergio Moro - Por Joaias de Sousa.



Recuperando-se em casa de uma pneumonia, Renan Calheiros aproveitou o tempo ocioso para assumir no Twitter o papel de bedel de Sergio Moro. Após ler no UOL notícia sobre a decisão do futuro ministro da Justiça de criar duas novas secretarias, Renan escreveu:

"Vejo com preocupação matéria no UOL dizendo que Moro vai criar secretarias nacionais para delegados por MP (medida provisória) ou decreto regulamentador, sem conversar com o Legislativo. Decreto, só quando a MP vira lei. Decreto Regulamentador sem lei é Decreto-lei!”

Na mesma entrevista em que apresentou os nomes de seus novos auxiliares e os ajustes no organograma de sua futura pasta, Moro contou aos jornalistas que havia telefonado para o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. Pediu ao deputado que retirasse da pauta de votações o mais recente “avanço” legislativo proposto por Renan Calheiros.

Sem citar o nome de Renan —cliente de caderneta da Lava Jato, com 14 processos no Supremo—, Moro criticou o projeto subscrito pelo senador. Prevê alterações legais que suavizam punições e antecipam a saída de presos, inclusive os condenados por corrupção.

“Eu não penso que se resolve o problema da criminalidade simplesmente soltando os criminosos”, disse Moro aos repórteres. “Claro que a superlotação é um problema, isso tem que ser trabalhado, mas simplesmente abrir as portas das cadeias não é a melhor solução, na minha opinião, isso tem que ser enfrentado de uma outra maneira.”

Rodrigo Maia ficou de consultar os líderes partidários sobre o pedido de adiamento feito por Moro. A intervenção do futuro titular da pasta da Justiça lançou um facho de luz sobre uma proposta que Renan e outros encrencados do Congresso preferiam aprovar na surdina, bem longe dos refletores.

segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Por que é preciso vigiar os poderosos. O tempo todo



Jair Bolsonaro bateu o pé e o "Mais Médicos" desmoronou. Cuba tirou o monossilabo da vereda, fez bunda de ema, correu. A Dilma Rousseff que se entenda com a justiça brasileira.
Ele disse com todas as letras o que era óbvio: “Não podemos admitir escravos cubanos no Brasil.” A ditadura de Cuba exigiu que os médicos do país que atuaram aqui partissem imediatamente, mas muitos querem ficar.
Alguns trabalham vendendo perfumes, outros estão lavando tapetes, como revela a Crusoé.
“Antes (em Cuba) eu vivia em uma situação de escravidão. Agora (no Brasil) eu sou livre e minha filha nasceu livre. Isso não tem preço”, diz Carlos Macias.
A realidade derrotou mais uma vez a mirabolante farsa petista.
A ditadura cubana rompeu o Mais Médicos porque Jair Bolsonaro prometeu abrir a caixa-preta do BNDES.
Como se sabe agora, Cuba ofereceu o programa Mais Médicos ao governo de Dilma Rousseff em troca do pagamento de suas dívidas no Porto de Mariel.
O Brasil pagou Cuba para que Cuba devolvesse o dinheiro emprestado pelo BNDES para a obra da Odebrecht.
Isso mostra outra vez que é preciso vigiar os poderosos.
O tempo todo.
Mas nem toda a imprensa está vigilante como deveria.
Pense que diferença faria se todos estivessem vigilantes há exatos quatro anos.
Às vésperas da reeleição de Dilma Rousseff, em outubro de 2014, as verdadeiras intenções da ex-presidente não eram plenamente conhecidas.

As primeiras medidas de Moro contra o crime - Por o Antagonista.



Sérgio Moro deve enviar mesmo ao Congresso, logo que assumir o ministério, várias propostas que visam a combater a impunidade que alimenta a criminalidade.

Entre elas, o fim da progressão de pena a presos ligados a organizações criminosas, regras mais duras para que crimes prescrevam e rigor para a comunicação de presidiários.

Tem um lá em Curitiba que continua a fazer reuniões políticas.

Haddad, a estrela que virou bolota - Por O Antagonista.



Fernando Haddad disse também na sua entrevista à Folha que, se não tivesse sido condenado injustamente (a luta continua, companheiros), Lula venceria a eleição presidencial.

A colunista que fez a entrevista não perguntou por que, então, Haddad escondeu Lula no segundo turno e a estrela do PT virou uma bolota, na estratégia de campanha mais esquizofrênica da história política brasileira.

Resposta: porque mais da metade dos brasileiros queria ver Lula na cadeia e não votaria — como não votou — no poste de um presidiário.

Haddad é uma estrela que virou bolota.

Dia Mundial de Ação de Graças - Edmilson Alves


É um dia de agradecimento, agradecendo á vida que vivemos. Agradecendo ao Sol, a Lua e tudo que ilumina. Iluminado caminhos desde que nascemos.
É a luz que ilumina o amor de quem ama. O perdão de quem perdoa, florescendo paz nos corações da humanidade.
Dia Mundial de Ação de Graças precisa ser celebrada, necessita ser lembrada para os homens que são esquecidos, desligados do mundo, lembrarem-se de que Deus existe.

O homem que demonstra gratidão é leal com a própria vida. É leal com a família, com a sociedade e com o mundo.
Gratidão é o reconhecimento do que é bom!
Seja grato pelo que possui pelo que já conquistou e pelo que falta, ainda, conquistar.
Gratidão é o reconhecimento (a alguém) por uma ação e/ou benefício recebido!
É reconhecer a influência de outros em sua trajetória que o auxiliou na conquista de seus sonhos, e objetivos.
Mas quem é grato? Após enfrentar obstáculos no meio da estrada e supera-los, há uma tendência humana para esquecer a ajuda inicial e os favores recebidos.
Dia mundial de Ação de Graças visa avivar na memória humana que apesar de difícil, é louvável ser humano.

domingo, 25 de novembro de 2018

Palocci volta a acusar ex-presidente Lula

 Ex-ministro disse à PF que petista montou esquema para construção de navios-sonda

Curitiba – Em delação premiada à Polícia Federal, o ex-ministro Antônio Palocci relata suposta atuação criminosa do ex-presidente Lula para viabilizar o projeto de nacionalizar a indústria naval e arrecadar recursos para “quatro ou cinco” campanhas do PT, a reboque da descoberta do pré-sal. Novos trechos foram divulgados pela PF.

Segundo ele, Lula e Dilma teriam determinado indevidamente a cinco ex-dirigentes dos fundos de pensão do Banco do Brasil (Previ), da Caixa Econômica Federal (Funcef) e da Petrobras (Petros), indicados aos cargos pelo PT, que capitalizassem o “projeto sondas”.

A operação financeira, que resultou na criação da Sete Brasil, em 2010, buscava viabilizar a construção no Brasil dos navios-sonda, embarcações que perfuram poços de petróleo para a Petrobras explorar o pré-sal. A estatal anunciara em 2008 que precisaria de 40 equipamentos – no mundo, existiam menos de 100.

“Dentro desse investimento, tinha todo ilícito possível”, afirmou o ex-ministro. As “ordens” de Lula eram cumpridas, diz o ex-ministro. Os presidentes dos fundos, segundo ele, “eram cobrados a investir sem analisar”.

A PF levantou dados que corroborariam a delação ao indicar que prazos, estudos técnicos detalhados e apontamentos de riscos e prejuízos foram ignorados. O delator afirma que “todos” sabiam que estavam “descumprindo os critérios internos” dos fundos “e também gerando propinas ao partido.” Cinco ex-dirigentes são citados: Sérgio Rosa e Ricardo Flores (Previ), Guilherme Lacerda (Funcef) e Wagner Pinheiro e Luís Carlos Affonso (Petros).

Palocci cita “reuniões” de Lula com os representantes dos fundos. A delação forneceu à PF pistas para confirmação dos encontros, alguns em “reuniões oficiais” com atas. Palocci afirmou ter alertado Lula sobre os riscos, por não serem “atas de reuniões, mas sim relatos de ilícitos”. O ex-ministro disse ter sido procurado por ex-dirigentes dos fundos, que demonstraram “preocupação”.

 “Eles pediam para que eu ajudasse a tirar a pressão do Lula e da Dilma para que eles pudessem ter tempo de avaliar o projeto e fazer (os investimentos) de forma adequada.” Segundo ele, “o presidente reagia muito mal”. “Ele (Lula) falava ‘quem foi eleito fui eu, ou eles cumprem o que eu quero que façam ou eu troco os presidentes’”.

A Previ afirmou, em nota, que o “investimento em FIP Sondas foi realizado de acordo com as normas regulatórias vigentes e estava em consonância com a política de investimentos” da fundação. A Petros informou que “não teve acesso à delação e não comenta investigações em andamento”.

Em nota, o advogado de Lula, Cristiano Zanin, diz que Palocci  “mais uma vez mente, sem apresentar prova” para “obter generosos benefícios”.

sábado, 24 de novembro de 2018

Recados ao rapaz do xéroz - Blog Humor.


Memorando do Gerente de Relações Humana para as secretárias de uma grande empresa: "Recomendamos a todas as mulheres da empresa, que ao solicitar xerox através de bilhetes, o façam com propriedade e com frases completas.

A grande maioria dos bilhetes recebidos têm causado alguns problemas aos nossos colegas de trabalho, colocando em risco, inclusive, a paz nos seus lares, quando por acaso esquecem os bilhetes nos bolsos de suas roupas.

Como exemplo, abaixo transcrevemos algumas dessas solicitações de cópias :

01 - "Márcio, seja bonzinho ...Faça igual a última vez" ... Please !

02 - "Zeca, hoje eu tenho que ser a primeira porque estou mais necessitada "!

03 - "Toninho, tira o mais rápido possível, porque o gerente também vai querer" !

04 - "José, por favor, devagar, com carinho, porque quero bem feito" .

05 - "Zeca, cuidado! É comprido e largo.... Posicione direito para que não fique nada de fora".


De repente, o Lula fortão deu lugar ao fraquinho - Por Josias de Souza.



Na Presidência, Lula se definiu como uma “metamorfose ambulante”. Pois opera-se neste exato momento uma dessas transformações capazes de virar o personagem do avesso. Aquele Lula fortão da campanha eleitoral, que se imaginava investido do privilégio de negar ao Judiciário a prerrogativa constitucional de condená-lo por corrupção, deu lugar a um Lula fraquinho, que sente o peso da cadeia longeva.

Na mais recente visita dos companheiros Fernando Haddad e Gleisi Hoffmann, Lula fez um pedido: “Não fica dizendo que eu estou muito bem, senão o povo acredita.” Depois, numa entrevista de porta de cadeia, Haddad disse aos jornalistas: “Ninguém passa incólume 230 dias” na prisão (assista lá embaixo). Na véspera, a Comissão de Direitos Humanos do Senado havia aprovado, sem alarde, um requerimento inusitado.

De autoria do senador Paulo Rocha, do PT, o requerimento prevê a formação de um grupo de senadores para visitar Lula na cadeia com o propósito de avaliar as suas  condições físicas e psicológicas. Alega-se que Lula estava abatido na audiência em que foi inquirido pela juíza Gabrierla Hardt no processo sobre o sítio de Atibaia. Por sorte, a audiência foi gravada. E as imagens mostraram um Lula em ótima forma.

Lépido, Lula tentou transformar a audiência num comício. Mas a substituta de Sergio Moro cortou suas divagações, lembrando o que estava em jogo no caso do sítio: corrupção e lavagem de dinheiro. O único distúrbio que atormenta Lula é a síndrome das condenações que ainda estão por vir.

A conversão do fortão em fortinho é prenúncio de um pedido de abertura da cela por razões humanitárias. Manipulam-se os fatos com tão desenvoltura que Lula terá de recitar o CPF e o RG diariamente diante do espelho para ter a certeza de que é ele mesmo quem está preso em Curitiba, não um impostor.


Dilma já não pode ostentar a pose de flor do lodo - Por Josias de Souza.


O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, complicou a rotina de Dilma Rousseff (conheça os detalhes aqui). Ao enviá-la para o banco dos réus junto com os companheiros Lula, Palocci, Mantega e Vaccari, o magistrado obrigou a ex-gerentona a ajustar sua coreografia. A pose de flor do lodo perdeu o prazo de validade.

Arma-se sobre o penteado de Dilma uma tempestade semelhante à que dispara trovões e raios que o partam na direção do seu mentor e padrinho político. Como o eleitor mineiro sonegou a Dilma um mandato de senadora, ela também será moída na primeira instância do Judiciário.

Tomado pelo peso da pena, o doutor Vallisney segue o padrão Moro de suavidade. É por sua determinação, por exemplo, que Geddel Vieira Lima expia os pecados na penitenciária brasiliense da Papuda. Hóspedes da carceragem de Curitiba, Lula Palocci e Vaccari sabem o que isso significa. Dilma, ainda não.

Diferentemente de Lula, já condenado e ainda enroscado em meia dúzia de processos, Dilma desce ao moedor do Judiciário pela primeira vez. Estreia em grande estilo, num caso que ficou conhecido com “quadrilhão do PT”. Nele, os réus são acusados de desvios de R$ 1,485 bilhão.

Nos próximos dias, Dilma deve se integrar à cenografia de Lula, trocando a pose de flor inocente pela de perseguida política.

sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Paulo Guedes fecha sua equipe longe do balcão - Por Josias de Souza.



Pode-se dizer muita coisa da composição da equipe de Jair Bolsonaro. Só não se pode afirmar que ele não tenha cumprido o compromisso de retirar a área econômica do governo da zona da gandaia, aquele espaço onde ficam situados os ministérios, as estatais e outros organismos a serviço do clientelismo e do fisiologismo. Bolsonaro prometera dar plena liberdade a Paulo Guedes, futuro ministro da Economia, para se cercar de auxiliares técnicos. E isso está sendo feito.

O Posto Ipiranga de Bolsonaro, ele próprio um técnico, colocou gente com experiência de mercado no Banco Central, no BNDES, no Banco Brasil e na Caixa Econômica Federal. Parece pouca coisa. Mas faz uma diferença monumental. Nos 13 anos de poder petista, estatais e bancos públicos viraram mercadoria oferecida no mercado das barganhas políticas. O Banco do Brasil estrelou o escândalo do mensalão. A Petrobras, a Caixa, o BNDES e outros ghichês foram arrastadas para dentro dos processos da Lava Jato.

Na presidência-tampão de Michel Temer, a blindagem da área econômica foi apenas parcial. A Caixa Econômica, por exemplo, foi submetida ao comando do Partido Progressista, campeão no ranking do petrolão. Foram ignoradas as investigações que revelavam que o roubo na Caixa vinha de longe. Participaram do saque, entre outros, os presidiários Eduardo Cunha e Geddel Vieira Lima. Quando se fala em assalto e bancos, imagina-se que a coisa acontece de fora para dentro. Nos bancos públicos, o assalto aconteceu de dentro para fora.

Nesse contexto, é um alívio perceber que o pedaço econômico do novo governo está assentado em terreno técnico. Diz-se que Paulo Guedes e sua turma são ultraliberais. Mas foi esse o ideário que a maioria do eleitorado escolheu nas urnas de outubro. É melhor que o país possa discutir a qualidade do projeto sem o inconveniente de flagrar partidos tirando lascas do patrimônio público.


A caixa-preta do Mais Médicos - Por O Antagonista.


A ditadura cubana rompeu o Mais Médicos porque Jair Bolsonaro prometeu abrir a caixa-preta do BNDES.

Merval Pereira:

“No desdobramento dos telegramas que a Folha de S. Paulo revelou sobre como o programa foi montado, há uma parte da troca de mensagens altamente reveladora de uma triangulação financeira envolvendo o BNDES.

Segundo relato do Itamaraty, os cubanos alegaram que ‘o incremento das importações brasileiras de Cuba decorrente da contratação de serviços médicos poderia dar mais sustentabilidade às relações comerciais bilaterais e, consequentemente, mais recursos para que o lado cubano tenha condições de honrar, no futuro, dívidas que estão sendo contraídas por conta do financiamento brasileiro em diversas áreas, notadamente de infraestrutura, com a ampliação e renovação do Porto de Mariel’.

Os cubanos propuseram ‘um mecanismo de compensação’ para pagamento dos financiamentos, e o Brasil sugeriu que fosse feito através de uma conta bancária brasileira. Como se vê, a proposta era de que Cuba pagasse os empréstimos do governo brasileiro com o dinheiro que o próprio governo brasileiro lhe pagaria pelo programa Mais Médicos.

Toda a negociação, segundo os relatos oficiais, foi feita em termos comerciais, e não de ‘ajuda humanitária’, como o programa era vendido. Por isso, prevendo que o novo governo de direita, que derrotara o PT, faria uma investigação sobre o programa, os cubanos apressaram-se a rompê-lo unilateralmente.”

SEU BISINHO RENASCEU - Por Edmilson Alves


Pra renascer hoje e sempre precisa de merecimento.
Renascer pra o amor, renascer pra vida, seja de que jeito for.

É MÉRITO DE SEU BIZINHO. 

O que ajuda a renascer e o arredor, circunvoando , com pessoas do amor que ajudam a viver.
Estou falando de meu sogro que perdeu perna esquerda, com CENTO E UM ANOS DE IDADE!.
Visitando Várzea Alegre, sua querida cidade, perna esquerda ele perdeu, mas, não perdeu a vaidade.
Lúcido com sensibilidade continuou amando o Sol, amando a DEUS, amando o Amor.
Hoje chegou de Várzea Alegre sua terrinha querida, 
Repleta de alegria, ele chegou.
Transbordado de bondades, apertou à mão de quem estava presente.
Foi um presente de DEUS, ele está voltando, feliz e recuperado.
Faça chuva, faça Sol, ele está bem vivinho...
Esbanjando alegria pra quem estiver tristinho

Amando a luz ele também ilumina. 
Faça chuva, faça sol, que ele quer viver.
Vivendo sem a escuridão de quem sente solidão,
Ele está alegre, igual, à querida cidade,  Várzea Alegre.


quinta-feira, 22 de novembro de 2018

O FUTEBOL E O POVO - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo do Sistema Verdes Mares·



O futebol procura as pessoas como a bola procura os craques.
Ainda é assim?
Há algum tempo atrás, essa paixão andava em nossa direção, através dos minúsculos espaços das calçadas, campinhos, grandes campos de terra, beiras de praia e quadras de futebol de salão maltratadas e esquecidas.
Hoje, existem as divisões de base dos clubes e as escolinhas pagas, mas parece não ser a mesma coisa.
Para exercícios diários, muitos estão deixando a prática do futebol em favor de outras modalidades.
Antes de ser iniciada a Copa do Mundo na Rússia, uma pesquisa revelou um diminuído interesse do torcedor brasileiro pela competição. Até a bola rolar, reconheçamos.
Mas, outra coisa nos chamou a atenção: o torcedor esqueceu rápido o fracasso. Antes, não era assim.
Está provado que o melhor lugar de se assistir futebol é no estádio. Com a capacidade diminuída desses equipamentos, os lugares foram sendo negados ao povo de maneira paulatina.
Quer dizer: o futebol, dessa forma, não caminha em direção aos seus aficionados.
Não é raro ouvir pessoas desalentadas com o futebol, afirmando que não pisam em estádios há um bom tempo.
Então, ainda somos ou não, o país do futebol?
Enquanto os responsáveis pela direção do nosso futebol se preocuparem apenas com grana e posição política, essas inquietações vão aumentar.

Gabriela Hardt fica à frente da Lava Jato até abril - O Antagonista.



Em despacho publicado na última quarta-feira, a juíza Gabriela Hardt informou que foi designada para responder pela titularidade plena da 13ª Vara de Curitiba até 30 de abril de 2019.

A juíza poderá, então, sentenciar as ações do sítio de Atibaia e do prédio comprado pela Odebrecht para o Instituto Lula.

Nabhan quer acabar com ‘favelas rurais’ do MST - Por O Antagonista.



O pecuarista Luiz Antônio Nabhan Garcia disse nesta quarta-feira que será o secretário especial de Assuntos Fundiários do governo Jair Bolsonaro.

A O Globo, Nabhan diz que sua principal missão será acabar com os assentamentos do MST, que ele chama de “favelas rurais”.

“Haverá uma reforma agrária começando pela reestruturação dos assentamentos que se transformaram em favela rural. Os assentamentos que são improdutivos, que são onerosos, e que se transformaram em favela rural, nós vamos ter o desafio de transformá-los em pequenos produtores de agricultura familiar.”

Nabhan disse também que não vai manter “nenhum tipo de diálogo” com quem invade propriedade.

“Não adianta o MST dizer que é movimento social e invadir propriedade. Quem invade propriedade comete um crime, e quem comete um crime não pode ser beneficiado com nada.”

As voltas que o mundo dá: na terra onde foi lançado o "Manifesto Republicano"

Simpatizantes da monarquia fazem ato contra a República em Itu: 'Não tem o que comemorar'
Fonte: G1

Grupo fez protesto no dia em que é comemorada a Proclamação da República. 'É uma data que os monarquistas detestam', diz o líder do movimento.
 Simpatizantes da monarquia fazem passeata contra a República em Itu — Foto: Priscila Mota/TV TEM

   Um grupo de defensores da monarquia fez uma passeata na manhã desta quinta-feira (15), dia em que é comemorada a Proclamação da República, para pedir o fim do sistema de governo atual e o retorno da família imperial ao poder. Ironicamente, o local escolhido para a passeata foi Itu (SP), cidade conhecida como "Berço da República" por ter sediado, em 1873, a primeira Convenção Republicana do Brasil.

    "A caminhada acontece hoje porque é uma data que os monarquistas detestam. A ideia de sair é justamente um ato de protesto contra a Proclamação da República. É um dia que não se tem o que comemorar", afirma César Jaques, líder do movimento.

    O encontro é organizado pelo "Movimento Itu, Fidelíssima do Império", um grupo de monarquistas da cidade que tenta divulgar os ideais monárquicos com o objetivo de restaurar a monarquia no país.

    Cerca de 30 pessoas caminharam pela manhã no Centro Histórico da cidade, na “1º Caminhada Histórica e Cultural de Itu”. O início do encontro aconteceu na Praça Dom Pedro I, em frente à Residência da Família Caselli (Casa Imperial), local que abrigou a família real na época no Império.

     Segundo o líder do movimento, a caminhada tem o objetivo lembrar a relação histórica de Itu com o império. "A cidade recebeu o título de 'Fidelíssima do Império', pela lealdade ao nosso imperador através do Alvará Imperial de 17 de Março de 1823."

   Entre os argumentos do grupo estão os altos índices de desenvolvimento humano que os países de monarquia parlamentarista registram, como o Reino Unido. Além disso, os simpatizantes acreditam que o sistema republicano é burocrático e de fácil corrupção.

   "Você vai ver que as monarquias são melhores, é só olhar os índices de desenvolvimento humano. A agilidade com que se resolvem situações como corrupção e outros problemas que a República tem. A gente acredita na restauração da monarquia para o país se solidificar."

    Questionado sobre o caráter ultrapassado que o tipo de governo representa, o líder do movimento também explica que o grupo acredita na monarquia parlamentarista constitucional, onde a posição do monarca fica estabelecida na constituição local.

    Nesse sistema de governo pedido pelo grupo, o monarca governa de acordo com a lei, ao invés de tomar decisões de acordo com a livre vontade. Além da figura soberana, o poder legislativo é atribuído a um parlamento eleito e as funções de chefe de governo ficam com um primeiro-ministro, também eleito.

    "Temos embasamento para sustentar a afirmação de monarquista, sabemos o que queremos para o país. Hoje os países monarquistas se atualizaram e não pararam no tempo, não queremos absolutistas. Dá para apostar no governo parlamentarista constitucional", explica.

    O grupo monarquista também explica que a família imperial brasileira, descendente de figuras como Princesa Isabel e Imperador Dom Pedro II, aceita o poder "desde que sejam aclamados pela população".

     "Eles não querem o golpe, querem aclamação popular. Tem que ter plebiscito para ter sucesso da volta da monarquia. A monarquia funciona e funcionaria no país", acredita.

*Colaborou sob a supervisão de Geraldo Jr.

Querer grandeza -- por Ernesto Araújo (*)




    Uma equivocada interpretação das tradições diplomáticas brasileiras tenta impor-nos, há muitos anos, a visão de que o Brasil é simplesmente um país grande: desistimos de ser um grande país. No universo da diplomacia pós-moderna, que infelizmente nos apressamos a copiar a partir de modelos externos, não existe grandeza. Não existe vontade ou paixão. Não existe orgulho.

    O desejo de grandeza é o que de mais nobre pode haver numa nação que se coloca diante do mundo.

     Mas alguém decidiu definir a presença do Brasil no mundo por sua adesão aos “regimes internacionais”, por sua obediência à “ordem global baseada em regras”. O Brasil assim concebido quer ser apenas um bom aluno na escola do globalismo. Não quer nem mesmo ser o melhor aluno, pois isso já seria destacar-se demais, já envolveria um componente de vontade e grandeza que repudiamos.

    Quando eu era criança, pela metade dos anos 70, ficava horas folheando um livro chamado “Atlas das Potencialidades Brasileiras” cheio de mapas de reservas energéticas e minerais, produção industrial e agrícola, etc. O subtítulo do livro dizia: “Brasil Grande e Forte”. Hoje, querem colocar nas mãos das crianças livros sobre sexo, mas se vissem uma criança lendo um livro chamado “Brasil Grande e Forte” prenderiam os pais e mandariam a criança para um campo de reeducação onde lhe ensinariam que o Brasil não é nem grande nem forte, mas apenas um país que busca a justiça social e os direitos das minorias.

    Antes fosse. Se houvesse uma alternativa excludente entre grandeza e força, de um lado, justiça social e direitos das minorias, de outro, seria até válido optar por estas últimas. Mas não há excludência. O que há é uma ideologia manipuladora que cria uma histeria permanente sobre justiça social e minorias, sem fazer absolutamente nada concreto nem pelas minorias nem pela maioria, sem nenhum compromisso em melhorar a vida real de ninguém, e que veste o manto da justiça social para roubar e tentar sair com o produto do roubo, desrespeitando tanto a justiça social quanto a justiça propriamente dita. Essa ideologia faz de tudo para destruir qualquer poder mobilizador autêntico que ela não controle, e por isso dedica-se a sufocar o desejo de grandeza associado ao sentimento nacional.

     A grandeza mobiliza e organiza um povo, cria sentido e gera energia humana, sabidamente a mais preciosa forma de energia. Nada pior para os planos da ideologia esquerdista. A esquerda não tem o menor interesse em justiça social, mas utiliza esse conceito para contaminar a água da nação, para criar pessoas raivosas e ignorantes e assim desmobilizar o povo, proibi-lo de ter ideais, separá-lo de si mesmo, desligar a energia criativa. Justiça social, direitos das minorias, tolerância, diversidade nas mãos da esquerda são apenas aparelhos verbais destinados a desligar a energia psíquica saudável do ser humano.

     A aplicação dessa ideologia à diplomacia produz a obsessão em seguir os “regimes internacionais”. Produz uma política externa onde não há amor à pátria mas apenas apego à “ordem internacional baseada em regras”. A esquerda globalista quer um bando de nações apáticas e domesticadas, e dentro de cada nação um bando de gente repetindo mecanicamente o jargão dos direitos e da justiça, formando assim um mundo onde nem as pessoas nem os povos sejam capazes de pensar ou agir por conta própria.

     O remédio é voltar a querer grandeza. Encha o peito e diga: Brasil Grande e Forte. Milhares de pequenos esquerdistas imediatamente te atacarão como formigas quando você chuta o formigueiro, mas se você resistir e não recuar eles ficarão desorientados e se dispersarão na sua insignificância, deixando aberto o campo para construirmos um país de verdade.

(*) Ernesto Araújo, diplomata de carreira. Convidado pelo Presidente-eleito Jair Bolsonaro para o exercer o cargo de Ministro das Relações Exteriores do Brasil no governo que terá início em 1º de janeiro de 2019.

PT TRAMA ALEGAR ATÉ ‘INSANIDADE’ PARA SOLTAR LULA - Claudio Humberto.



Políticos do PT têm procurado jornalistas para “plantar” a informação de que andam preocupados com a saúde mental do presidiário, citando alterações de humor, abatimento e até supostas “falhas de memória”. 

O objetivo, que mal disfarçam, seria criar um ambiente para arrancar dos tribunais a decisão “humanitária” de transferir para o regime de prisão domiciliar o petista condenado por corrupção e lavagem de dinheiro.

O temor dos apoiadores do reeducando é que os processos pendentes de julgamento, cinco no total, possam resultar em novas condenações.

Lula e seus apoiadores já acham que Sérgio Moro pode não ter sido seu juiz mais rígido. A substituta Gabriela Hardt é ainda mais dura.

quarta-feira, 21 de novembro de 2018

Do Crato para o mundo - Por Antonio Morais


Aderaldo Ferreira de Araújo, o Cego Aderaldo, nasceu no dia 24 de junho de 1878 na cidade do Crato – CE. Logo após seu nascimento mudou-se para Quixadá, no mesmo estado. Aos cinco anos começou a trabalhar, pois seu pai adoeceu e não conseguia sustentar a família. Tomou conta dos pais sozinho. Quinze dias depois que seu pai morreu ( 25 de março de 1896 ), quando tinha 18 anos e trabalhava como maquinista na estrada de Ferro de Baturité-CE, sua visão se foi depois de uma forte dor nos olhos. Pobre, cego e com poucos a quem recorrer, teve um sonho em verso certa vez, ocasião em que descobriu seu dom para cantar e improvisar.

Ganhou uma viola a qual aprendeu a cantar. Mais tarde começou a tocar rabeca. Algum tempo depois, quando tudo parecia estar voltando à estabilidade, sua mãe morre. Sozinho começou andar pelo sertão cantando e recebendo por isso. Percorreu todo o Ceará, partes do Piauí e Pernambuco. Com o tempo sua fama foi aumentando. Em 1914 se deu a famosa peleja com Zé Pretinho ( maior cantador do Piauí ). Depois disso voltou para Quixadá mas, com a seca de 1915, resolveu tentar a vida no Pará. Voltou para Quixadá por volta de 1920 e só saiu dali em 1923, quando resolveu conhecer o Padre Cícero. Rumou para Juazeiro onde o próprio Padre Cícero veio receber o trovador que já tinha fama. Algum tempo depois foi a vez de cantar para Lampião, que satisfez seu pedido – feito em versos – de ter um revólver do cangaceiro.

Tentando mudar o estilo de vida de cantandor, em 1931, comprou um gramafone e alguns discos que usava para divertir o povo do sertão apresentando aquilo que ainda era novidade mesmo na capital. Conseguiu o que queria, mas o povo ainda o queria escutar. Logo depois, em 1933, teve a idéia de apresentar vídeos. Que também deu certo, mas não o realizava tanto. Resolveu se estabelecer em Fortaleza em 1942, onde veio abrir uma bodega na Rua da Bomba, nº 02. Infelizmente o seu traquejo de trovador não servia para o comércio e depois de algum tempo fechou a bodega com um prejuízo considerável.

Desde de 1945, então com 67 anos, Cego Aderaldo parou de aceitar desafios. Mas também, já tinha rodado o sertão inúmeras vezes, conseguindo ser reconhecido em todo lugar, cantara pra muitas pessoas, inclusive muitas importantes, tivera pelejas com os maiores cantadores.

Cego Aderaldo morreu em Fortaleza aos 89 anos, sem nunca ter casado, criando porém 24 filhos adotivos.

SUPERMINISTRO DE INFRAESTRUTURA PODE SER GENERAL - Claudio Humberto.



O general da reserva Oswaldo Ferreira, líder da equipe que elaborou o programa de governo de Jair Bolsonaro, é hoje um dos mais cotados para um “superministério” englobando, além do setor elétrico, áreas como transportes, logística e telecomunicações. 

O general, que chefiou o elogiado Departamento de Engenharia do Exército, propõe a criação no Planalto de um órgão central de Infraestrutura, acima de ministérios, que permitisse ao presidente Jair Bolsonaro, sempre, a última palavra.

Ao lembrar de Aécio, STF mantém PSDB no lodo - Por Josias de Sousa.


Ao desarquivar nesta terça-feira um dos inquéritos protagonizados por Aécio Neves, o Supremo levou o PSDB a cultivar novamente o seu Mister Chongas.

Com um voto de desempate de Ricardo Lewandowiski, a Segunda Turma do Supremo ressuscitou inquérito que Gilmar Mendes arquivara em junho. Nele, apura-se a suspeita de que Aécio recebeu propina desviada da estatal elétrica Furnas e depositada numa conta aberta no principado de Liechtenstein. O que fez o PSDB? Chongas. A Procuradoria obteve 60 dias de prazo para apalpar dados bancários obtidos no estrangeiro. O que disse o tucanato? Chongas.

O Supremo devolveu Aécio às manchetes num instante em que o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, organiza um congresso para virar o partido do avesso, remodelando-o para o futuro. Os tucanos falam em renovação com a cabeça na lua e os pés no lodo. Ainda conservam na Executiva Nacional do PSDB o encrencado Aécio e o condenado Eduardo Azeredo, que puxa em Belo Horizonte uma cada de duas décadas.

terça-feira, 20 de novembro de 2018

MELANCOLIA E DEPRESSÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.



Dizem que a ignorância é a mãe da felicidade.
Por isso, só se pode ser feliz ignorando os problemas da vida, que não são poucos para nós, pobres mortais.
Se penso, logo fico doido. 
Numa conversa sobre o tempo, vejam em que reflexão o ignorante aqui foi se meter.
Alguém afirmou, contrariando o estabelecido, que a melancolia não é nada do que dizem.
Vou logo adiantando que não sei quem foi, quando foi e aonde foi.
A explicação é a sequinte:
melancolia seria uma manifestação artística e poética, elevação do espírito e totalmente diferente da depressão, que é uma doença.
Em crônicas que escrevi e músicas inesquecíveis que ouvi, a palavra melancolia sempre significou acabrunhamento, tristeza. Em resumo: “estar pra baixo”.
João Gilberto, em Chega de Saudade, canta: “...a melancolia que não sai de mim, não sai de mim, não sai.”
Se é verdade que quem pensa muito fica doido, vou dar uma trava nesse assunto e deixar que os especialistas dissipem as dúvidas no ar.
Estou precisando de minha cabeça em estado saudável para outras coisas.
Se penso, logo desisto.
Ah! Tem até quem faça o elogio do tédio.
Basta.

Como surgiu a nação chamada Portugal -- por Armando Lopes Rafael (*)


Batalha de Ourique, 25 de julho de 1139. Neste dia nasceu Portugal

      Faz alguns anos. Entre 2001/2002. O Prof. Vladenir Menezes, então diretor da Faculdade Leão Sampaio (hoje Centro Universitário Doutor Leão Sampaio – UNILEÃO) – da cidade de Juazeiro do Norte – convidou-me para lecionar a disciplina História do Brasil num curso superior existente naquela instituição. Ali demorei apenas um ano, porquanto não me seduziu o papel de professor nos tempos, digamos,  medíocres, em que vivemos.

        O Prof. Vladenir deu-me liberdade para eu elaborar a grade curricular da disciplina. O que fiz com muito empenho, buscando novo enfoque, evitando a mesmice da pregação, em sala-de-aula,  de luta de classes, “preferência opcional” pelo ideário marxista, e outros equívocos,  que viriam a ter seu apogeu quando o lulopetismo chegou ao poder, no Brasil, a partir de 2003.

         Minhas primeiras aulas ministradas versaram sobre um fato histórico antecedente à “descoberta do Brasil”. Um fato que teve profunda influência na formação do Brasil, desde os primórdios do Brasil-Colônia, passando pelo Brasil-Império, até desaguar no golpe militar que nos impôs a forma de governo republicana, em 1889. 
       Refiro-me a um episódio   do qual resultou o surgimento da nação portuguesa.  Fato desconhecido pela quase totalidade de professores e alunos dos cursos de História, no Brasil. Trata-se da "aparição" de Nosso Senhor Jesus Cristo ao Conde Dom Alfonso Henriques, na véspera da Batalha de Ourique, cujos registros se encontram nos Tombos da Torre de Belém e foram transformados em versos por Camões, no célebre poema “Lusíadas”.


A visão  do Conde Dom Alfonso Henriques, primeiro Rei de Portugal, 
na noite-véspera da Batalha de Ourique

        Dias atrás, para minha alegria, li um artigo escrito pelo futuro Ministro das Relações Exteriores do Governo Bolsonaro – o Embaixador Ernesto Araújo – sobre esse episódio. Transcrevo, para os que me lerem, o texto do futuro Chanceler brasileiro, um homem culto,  corajoso, autêntico intelectual, como há muito não se via à frente do Itamarati. Confiram abaixo:

“Antes da batalha (por Ernesto Araújo)

     Na noite antes da batalha de Ourique, em 25 de julho de 1139, Nosso Senhor Jesus Cristo apareceu numa visão a Dom Afonso Henriques, então ainda conde de Portugal, que se preparava para enfrentar cinco reis mouros contra ele coligados. Conta Afonso Henriques, num relato possivelmente autêntico, registrado alguns anos depois:

“E subitamente vi, à parte direita, contra o nascente, um raio resplandecente, indo-se pouco a pouco clarificando; cada hora se fazia maior. E pondo de propósito os olhos para aquela parte, vi, de repente, no próprio raio, o sinal da cruz mais resplandecente que o sol, e um grupo grande de mancebos resplandecentes, os quais, creio que seriam os Santos Anjos. Vendo, pois, essa visão, pondo à parte o escudo e a espada, me lancei de bruços e, desfeito em lágrimas comecei a rogar pela consolação de seus vassalos, e disse sem nenhum temor.

"– A que fim me apareceis, Senhor? Quereis, porventura, acrescentar fé a quem já tem tanta? Melhor é, por certo, que vos vejam os inimigos, e creiam em vós, que eu, que desde a fonte do Batismo vos conheci por Deus verdadeiro, filho da Virgem e do Padre Eterno, e assim Vos reconheço agora.
"A cruz era de maravilhosa grandeza, levantada da terra quase dez côvados. O Senhor, com um tom de voz suave, que minhas orelhas indignas ouviram, disse:

"– Não te apareci deste modo para acrescentar tua fé, mas para fortalecer teu coração neste conflito. E fundar os princípios de teu reino sobre pedra firme. Confia, Afonso, porque não só vencerás esta batalha, mas todas as outras em que pelejares contra os inimigos de minha Cruz. Acharás tua gente alegre e esforçada para a peleja; e te pedirá que entres na batalha com o título de rei. Não ponhas dúvida, mas tudo quanto pedirem, lhes concede facilmente. Eu sou fundador e destruidor dos reinos e impérios, e quero em ti, e em teus descendentes, fundar para Mim um império por cujo meio seja Meu Nome publicado entre as nações mais estranhas.”

Afonso Henriques foi proclamado Rei no campo de batalha e triunfou. Graças à sua fé e sua espada estamos aqui, e conhecemos o nome do Salvador. “E aquele que conhece o meu nome, eu também conheço o seu nome”, diz um texto cristão dos primeiros séculos.

***   ***   ***

        Ouso dizer que, naquele 25 de julho de 1139, quando Nosso Senhor Jesus Cristo previu: “(Que) seja Meu Nome publicado entre as nações mais estranhas”, já estava nos planos da Divina Providência a extensão do que seria o imenso Império Português, o qual,  no século XVI, abrangeria também o Brasil, várias nações da África (Angola, Moçambique, Guiné, Cabo Verde), pequenas porções da Índia e até um país o Sudeste Asiático: Timor Leste.

(*) Armando Lopes Rafael é historiador.