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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 31 de março de 2024

CAMINHOS - Por Antônio Morais.


Na estrada da vida, oportunizam-se vários caminhos. Convém-nos escolher o certo, o da solidariedade, da amizade, e, em especial, o do respeito e do amor ao próximo. 

Não jogue espinhos na estrada da vida. Na volta você poderá estar descalço.

A personificação - Por Antônio Morais.


O tempo é a matéria prima da vida. O passado não pode ser esquecido, más não devemos fazer dele o futuro. Vejo pessoas de boa condição sócio econômica no passado, cangando goma e contando vantagens, hoje em dia, por conta daquela condição que teve e já não a tem. 

Vejo também, aqueles que tiveram uma infância  bonita, humilde e simples, e, hoje, as custas de trabalho honesto e honrado tem dinheiro para comprar a nossa cidade, continuarem  simples, humildes e bons amigos.

Portanto nas rodopiadas que o mundo dá tudo vemos. A personificação da formação humana costuma resistir ao tempo. 

Aquele que transgride a regra está exposto a grande ruína. Quem busca a vida cômoda e menos austera sempre estará em angustia, porque uma ou outra coisa sempre lhe desagrada.

quinta-feira, 28 de março de 2024

AMARGURA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Os heróis sumiram, só existem vítimas. E elas são as culpadas.

Triste cenário formado por gente cínica e corrupta.

E haja papel higiênico para limpar a sujeira.

Quem disse que a safadeza diminuiu? 

O péssimo pode ficar pior.

O ritmo de jogo é ditado pelos  inventores da desordem.

Seguimos a fumaça e encontramos o fogo.

Difícil não é matar um leão por dia,  mas conviver, na marra, com as cobras.

Se fosse só feitiço, bastaria jogar flores ao mar. Mas, é coisa muito mais séria.

Sob domínio da violência na casa do "sem jeito".

Estamos debaixo de um pássaro cheio de merda.

E o pior: uma voz gigantesca nos aconselha a ficar em silêncio.

Aos divorciados - Postagem do Antônio Morais.


Mamãe não me fale mal do papai.
Papai não me fale mal da mamãe.
Não estraguem as imagens mais sagradas que tenho.
O ódio entre vocês para mim é tristeza, dor e solidão.
Juntos ou separados, vocês serão meus pais.

quarta-feira, 27 de março de 2024

Indiferença humana - Por Antônio Morais.



"Se as feridas do teu irmão não te causam dor a tua doença é maior do que a dele". Você não pode proibi a tristeza de bater na tua porta, mas pode impedir que ela entre e seja um hospede. Se benze, porque a tua felicidade vai ofender muita gente.

O PREÇO DO SUCESSO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O futebol é, hoje, uma atividade capitalista.

O clube, antes uma entidade associativa, virou uma rica indústria de entretenimento.

Os investimentos se tornaram estratosféricos. O negócio passou a se nutrir, mais do que antes, de resultados vitoriosos.

Para funcionar, tem que dar certo dentro das quatro linhas. Não há espaços para  o fracasso.

O Fortaleza fez crescer sua importância no cenário nacional e se tornou uma companhia de caros componentes.

O fastio de futebol que a equipe dirigida por Vojvoda demonstra não se coaduna com os altos custos para manter o negócio funcionando bem.

Quando o resultado é incompatível com o tamanho dos gastos no time, ocorrem preocupações que podem se transformar em desespero.

O Fortaleza não está em zona de desespero, mas precisa tomar cuidado com furos considerados, ainda, pequenos.

"Os pequenos furos afundam os grandes navios"

Algumas razões para a queda de produção da equipe podem ser claras. Outras, não.

Por isso, o diagnóstico necessita mais do que o papo simplista  de "falta de raça" ou "falta de sangue". 

Marcelo Paiva, CEO do leão, figura de posições sempre equilibradas, preferiu abraçar uma teoria da conspiração na base do "tudo e todos estão contra o Fortaleza".

Declaração que não bateu bem com com o seu estilo tranquilo.

O tricolor do Picí já atravessou períodos parecidos com o atual e deles emergiu.

É só lançar mão da competência, responsável pelo tamanho que o clube tem hoje

Os sons universais - Por Ariano Suassuna.


Resposta de Ariano Suassuna a um certo jovem tatuado, cara de hyppie, bolsinha de couro, óculos redondo, que perguntou em uma de suas aulas : "Ariano, você não acha que o rock é um som universal?"

"Meu filho, som universal só conheço três : Arroto, espirro e peido".

Tenho fé. E é com ela que eu vou até o fim - Por Antônio Morais


Eu ando apostando nos caminhos mais bonitos, nos abraços mais sinceros e nos amigos mais irmãos. 

Passei a colecionar só o que me faz melhor e subtrair o que em mim não acrescenta nada. Tenho fé. E é com ela que eu vou até o fim.

Apareça pelo Caráter - Por Antonio Morais.


Não é preciso mostrar beleza aos cegos, nem dizer verdades aos surdos. Basta não mentir para quem te escuta e não decepcionar os olhos de quem te vê.

A decepção não mata, mas faz muito sentimento bom morrer. O tempo desmascara as aparências, revela a mentira e expõe o caráter.

Justiça nomeada de favor e de encomenda - Postagem do Antônio Morais.



"Bom Juiz é aquele que me dar razão. Essa é a democracia implantada nos governos do PT no Brasil. Alguns juízes são absolutamente incorruptíveis, ninguém consegue induzi-los a fazer justiça.

Como disse um juiz da Suprema Corte, frente a frente, para o outro colega : "Vossa Excelência tem sempre por trás algum interesse que não é o da justiça".  Ministro Luiz Roberto Barroso para  o ministro Gilmar Mendes.

"Quando a politica penetra pela porta da frente dos tribunais e justiça sai pela porta dos fundos". E quando o dinheiro entra?

Verdades - Por Antônio Morais.


Se alguém jogar pedras no seu caminho, junte-as, forme degraus, suba a escada rumo a vitória. Alcançando-a pegue outra pedra, a maior delas, e, lá de cima, mire bem o crânio de quem lhe atirou primeiro. 

Essa é a regra da vida, não se engane. O resto é demagogia e hipocrisia barata de quem sobe no púlpito, prega uma coisa que jamais pratica quando dele desce. 

Pecado é você permitir que sua vida seja guiada por quem não tem nenhum interesse por sua felicidade.

E se fosse comigo? - Postagem do Antonio Morais.


O mundo seria um lugar melhor se as pessoas se perguntassem com mais frequência : "E se fosse comigo".

Se você espera recompensa por ser uma boa pessoa, então, você não é uma boa pessoa

Iniquidade - Por Antônio Morais.



Nas décadas de 50, 60 e 70 do século passado, passavam 10, 15 ou 20 anos sem haver um crime de morte em cidades pequenas do interior brasileiro.

Quando acontecia o criminoso era preso e, a mãe ou a esposa iam deixar a boia diariamente na cadeia, as escondidas, para que ninguém as visse e soubesse que elas eram parentas de um assassino e criminoso. O fato as envergonhava perante a comunidade. 

Outro dia, vi na Praça Central da cidade um homem de bermuda mostrando uma "tornozeleira eletrônica" como se fosse um troféu. 

Seguem o exemplo dado pelos bandidos de colarinho branco que quando são alcançados e presos pela justiça erguem o braço direito para o ar com um gesto igual ao de Dom Pedro I no dia  7 de Setembro de 1822 quando proclamou a independência do Brasil.

É a iniquidade dos bons costumes, da lei, da vida humana, de um povo e de uma pátria. 

terça-feira, 26 de março de 2024

191 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


Nesse nosso grupo de pouco mais de 100 membros tem mais  de 15 médicos. E, é dedicado a eles essa historinha de um deles. Aqui encontramos  os extremos :  de um lado  o erudito do médico e do outro  o populacho do paciente, do caboclo sertanejo.

Buchada com rapadura.

O doutor José Sávio Teixeira, médico na cidade de Cedro Ceará, passava os finais de semana em Várzea Alegre, onde às vezes, atendia alguns amigos dos seus pais.

Em um desses finais de semana, ele estava na sala da casa com alguns amigos, quando chegou Chico Porfírio e Pedro Marcelino, trazendo Imaculada numa rede gritando de dor. Arriaram a rede na sala  e pediram para que o doutor Sávio atendesse a doente.

O bom médico cumprindo a sua promessa de formatura foi logo examinando a paciente ali mesmo. Sem se descuidar de colocar máscara cirúrgica e luvas, o médico deu uma rápida olhada, se dirigiu a Chico, o esposo e perguntou:
Qual foi a alimentação dela ontem?
Cuma?
O que foi que ela comeu ontem?
"Bom! Tirando uma buchada cum rapadura, ela só cumeu uma jaca, um quilo de tripa de poico torrada e mei quilo de mudubim".

Dr. Sávio se dirigiu novamente ao Chico e falou: "Tudo indica que se trata de uma superdosagem de cálcio no esôfago retilíneo, de ação neurovegetativa retardada, prolongando-se pelas paredes internas, gastando hidrogenagem e ramificando-se até a ponta do osso ilíaco".

Chico Porfírio perguntou: Doutor! "Ainda qui má pregunte". "Foi pru causa dessa dosa de cal no isôfo, qui Imaculada vei da Carrapateira inté aqui se cagando toda"?

Pode jurar que foi. Mas, ela vai ficar boa, eu vou prescrever um soro reidratante e bastante água de coco. Mas, quando ela ficar boa, não deixe mais ela comer buchada com rapadura nem tripa de porco com jaca.

Orangotanguizaram a mídia e parangolezaram a justiça - Por Antônio Morais.


O dinheiro da corrupção institucionalizou a orangotanguização da mídia. Com raríssimas exceções quem pagar mais conta com a cobertura do jornalismo. 

O pior é que parangolezaram a justiça, trite de um pais cuja corte suprema é composta por juízes nomeados de favor. Vendidos,


O Pedreiro - Postagem do Antônio Morais.


Um velho pedreiro que construía casas há muito tempo, estava pronto para se aposentar. Ele informou ao chefe, do seu desejo de se aposentar e passar mais tempo com a família.

Ele ainda disse que sentiria falta do salario, mas realmente queria se aposentar. A empresa não seria afetada pela saída dele. Mas o chefe estava triste em ver um bom funcionário partindo, então ele pediu ao pedreiro para trabalhar em um ultimo projeto, como um favor.

O pedreiro não gostou, mas acabou concordando. Foi fácil ver que ele não estava entusiasmado com a ideia. Assim o pedreiro prosseguiu fazendo o trabalho de segunda qualidade e usando materiais inadequados.

Quando o pedreiro acabou o chefe veio fazer uma inspeção da casa construída. Depois de inspeciona-la, deu a chave da casa ao pedreiro e disse: Esta é a sua casa. Ela é o meu presente para você.

O pedreiro ficou muito surpreendido. Que pena. Se ele soubesse que estava construindo sua própria casa, teria feito tudo diferente.

O mesmo acontece conosco. Nós construímos nossa vida, um dia de cada vez, e muitas vezes fazendo menos que o melhor possível na sua construção. depois, com surpresa, nós descobrimos que precisamos viver na casa que nós construímos.

Se pudéssemos fazer tudo de novo faríamos tudo diferente.Mas agora não podemos voltar atras. Você é o pedreiro. Todo dia martela pregos, ajusta tabuas e constroe paredes.

A vida é um projeto que você mesmo constroe. Tuas atitudes e escolhas de hoje estão construindo a casa em que você vai morar amanha.

Portanto construa com sabedoria.

Liderança - Por Antônio Morais



LÍDER.

Pessoa a qual é visto pelo exemplo e não pelo status, cargo, poder ou autoridade que possui. Ser líder é saber os pontos fracos dos seus comandados e saber reconhecer os pontos fortes. É vivenciar cada dia e cada momento, reconhecendo que sozinho não conseguira realizar alguma conquista e ao mesmo tempo dividir as glorias e honras com sua equipe.

Há poucos anos eu disse que o Crato sofria pela ausência de lideres. Quase apanho. Onde estão os lideres? Quem lidera o município neste  momento politico decisivo para o seu desenvolvimento e crescimento de seu nobre povo?

Que cratense foi preparado, escolhido e apresentado por esse líder para  concorrer como representante ao legislativo  Estadual e Federal?

Sabe-se que cada vereador da urbe tem o seu candidato próprio, corre noticias que os secretários municipais idem. 

O prefeito tem seu candidato e os secretários outros. Por essa razão  há o estouro da boiada e há varias décadas o Crato não elege um Deputado Estadual. Os que têm mandato se elegeram com os votos  pingados  noutros municípios por aí a fora. Se o voto fosse distrital não  seriam eleitos.

Sem polemizar. Não temos  liderança politica  em Crato, e, o pior, o mal  corre a região. Querem ver? Criem o instituto do voto distrital.

Outro detalhe importante a ser  observado é que  em cada eleição  surge  um salvador da pátria, um novo líder  que não resiste ao mandato,  termina junto com ele.

segunda-feira, 25 de março de 2024

Coisas do Sr. Pedro Felicio Cavalcante - Por Jose Ronald Brito

Foto - Pedro Felício Cavalcante.

Quando o Coronel Adauto Bezerra assumiu o governo do Ceará em 1976, não ficou pregando aos quatro cantos as dívidas herdadas. Se os administradores que entregam o poder, sempre deixam, o Estado devendo, roubando ou não! Aqueles que os sucedem ficam só falando em pagar dividas, passam os quatro anos e não fazem nada.
Apesar das diferenças políticas, mas reconhecendo a respeitabilidade de um adversário político, o Cel Adauto solicitou o comparecimento do Sr. Pedro Felício, prefeito eleito do Crato a Fortaleza para uma audiência.
Á época eu trabalhava no gabinete do governador e quando o Sr. Pedro Felício chegou logo me reconheceu, pois eu morei grande parte da minha vida adolescência na casa de tio Vicente Bezerra, que foi a vida toda funcionário do Banco do político, o Caixeiral do Crato.
Acompanhei o Sr. Pedro até o governador, o assunto eu já sabia! O governador como político experiente já sabia das dificuldades que os novos gestores dos municípios iriam encontrar, então mandou o Banco do Estado do Ceará, criar uma linha de credito a juros módicos e pagável em dez anos.
Quando o Sr. Pedro Felício saiu da audiência, eu perguntei:
E aí Sr. Pedro, deu tudo certo?
E ele:
Com o Adauto sim, mas com o Banco não! Eu não vou fazer dividas para os outros pagarem.

Dois Padres - Por Antônio Morais.


Dois padres do interior costumavam cruzar-se de bicicleta na estrada, quando iam no domingo rezar a missa em suas respectivas paróquias.
Mas, um dia um deles está a pé. O outro pára e pergunta: Cadê sua bicicleta? Foi roubada, creio que no pátio da igreja - responde o outro padre.
Não brinca? Mas, olhe, tenho uma ideia: para saber quem foi, na hora do sermão, cite os 10 mandamentos. Quando chegar no "Não roubarás", faça uma pausa e percorra os fiéis com o olhar. O culpado com certeza vai se trair.
No domingo seguinte, os padres se cruzam, os dois de bicicleta. Ah! Então o sermão deu certo! - diz o padre que deu a ideia.
Mais ou menos - responde o outro padre. É que quando eu cheguei no "Não desejar a mulher do próximo", eu me lembrei de onde tinha deixado a bicicleta!

domingo, 24 de março de 2024

A síndrome do contraditório - Por Antônio Morais


Observo há muito tempo, com riqueza de detalhes, um fenômeno que venho notando nestes fóruns da internet frequentados, em sua ampla maioria, por uma garotada, creio que estudantes universitários, a julgar pelo teor das opiniões ali postadas.

Seus efeitos podem ser observados: É sempre a mesma coisa. Uma torrente de respostas aparece em seguida, separada por não mais que poucos minutos uma da outra. São, invariavelmente, gracinhas obscenas, daquelas do tipo feitas por adolescentes de 13 anos de idade.

Eu acompanho-as com um misto de curiosidade e repugnância, e noto que ninguém - absolutamente ninguém - sequer tenta refutar a argumentação do comentarista no post original.

Não exibem nem mesmo aqueles argumentos primários e dogmáticos que costumam brandir quando surge no fórum opinião de idêntico teor. Nada, absolutamente nada, só retardatices.

Chega a ser constrangedor. Trata-se, claramente, de uma reação de pânico: A simples menção de algum tema tem o poder de provocar curto-circuito na mente.

Não se compreende a reação da garotada nos embates: É a mesma reação de crianças de quem se tomou um brinquedo, um doce, um pirulito.

Escritos que ninguém lê - Por Antonio Morais.

De uma em uma, eu fui coletando e armazenando num arquivo. Cheguei aproximadamente 2.000 historinhas bestas sobre a verve da gente  alegre, feliz e bem humorada da Várzea-Alegre.  

Bestinhas, mas com o "pei pei" que são contadas, as vezes, fazem ri, além de resgatar figuras prestimosas  de nossa cidade.

Para ter uma ideia do interesse  dos conterrâneos por sua memória e história criei um grupo, uma pagina com um nome bem sugestivo : "Preciosidades antigas de Várzea-Alegre". 

Ali  todos podem postar, comentar, curti e exercitar  esses  benefícios que a internet   oferece.

Nele você tem  acesso a medição, quantas pessoas visitaram a pagina, quantas curtiram as fotos que as ilustram, quantos leram os textos e quantos comentaram.

Convidei para fazer parte do grupo - 271 conterrâneos varzealegrenses.

Aceitaram os convites 198 amigos. Estão em aberto 73 solicitações  e convites para participar.

Ontem postei a historinha de numero 435, bestinha como as outras, mas fiel  ao estilo do nosso estimado Zé Filipe. Duvido que  alguém tenha  levado  o nome  de nossa cidade além dele.

As fotos tem  uma média de 128 curtidas.  A maioria ilustra a postagem, mas nada tem a ver com a história.

Os textos são  lidos por uma média  menor que 20 pessoas.

Zero comentários. Um aqui, outro acolá.

Dados  oficiais do Face, mostram que é desanimador historiar  a memória  de nossos antepassados. Embora se saiba que povo sem passado é também um povo sem futuro.

Pecado, pense nisso - Por Antônio Morais


Pecado é você permitir que sua vida seja guiada por quem não tem nenhum interesse por sua felicidade. 

Transforme seu dízimo em uma cesta básica, e mate a fome de alguém...Vários Bispos e padres da Igreja Católica esquecem as feridas de Cristo e cuidam das hemorroides de Marx e seus  seguidores. 

Deus não precisa de dinheiro. 

Lembranças e saudades da infância - Por Dr. José Luciano de Brito Gonçalves.


Casal Dr. Luciano  Brito e Maria Isa com o neto Benjamin.

Em comentário que rebuscou a infância e juventude Dr. José Luciano de Brito Gonçalves declara : Minha infância foi muito boa, bonita e feliz, pois entre a Rua das Laranjeiras, hoje José Carvalho e a Rua Pedro ll o que tinha de meninos peraltas a participar das diversas fazes de brincadeiras......pião, triângulo, peteca, caminhão feito de madeira, impunhação, banhos no Rio Granjeiro, Rio das Piabas, coleções de figurinhas, carteiras de cigarro, gibis, jogos de bilas-ou-burias, pesqueiros, intrigas e desentrigas, disputas de apanhar sapotis, no Beco-de-Padre Lauro e por aí vai uma imensidão de felicidades de minha meninice.....kkkkk

BOM DEMAIS!!!
Dr. Luciano Brito.

É mesmo amigo. O meu neto mais velho está fazendo 15 anos. Quando ele fez dois anos eu fiz dois presentes pra ele : "Uma arapuca e um badoque". Mandei confeccionar um pequeno embornal,  o abasteci com balas feitas de barro e uma "quicé" para proteção do caçador. Fomos para o mato armar a arapuca.

No dia seguinte, foi o dia que eu vi meu neto mais feliz, quando chegamos no local, na arapuca tinha preso um Crispim. Os olhos dele brilhavam de alegria como nunca mais os vi brilhar. E, olhe que ele é uma criança criada com todos os apetrechos, ferramentas e dengos oferecidos pela modernidade. 
Mas, nada, até hoje, foi capaz de superar a felicidade e a alegria da arapuca, do badoque e do embornal.

O prejuízo do seu neto Benjamin está em ver o rio que o avô  tomou  banho em águas límpidas  totalmente destruído e degradado pela ação do próprio homem.

Antônio Morais.

Visão deturpada - Por Antônio Morais.


Abrahan Lincoln:

"Não se pode fortalecer o fraco enfraquecendo o forte. Não se pode trazer prosperidade desencorajando a iniciativa. Não se pode ajudar o recebedor de salario prejudicando o pagador de salario". 

O europeu, o americano do norte, o japonez e outras nacionalidades civilizadas e desenvolvidas do mundo quando  se vê  um  concidadão bem sucedido  decide : Vou  tomar como exemplo,  vou me esmerar para  ser um igual.

Já o brasileiro, quando  vê alguém economicamente  acima dele  decide : vou  fazer tudo para destruí-lo e  deixá-lo igual a mim.

O direito de pensar - Por Antonio Morais.



A vida se encarrega de por tudo no seu devido lugar. Mas eu estou mandando algumas pessoas à merda, para ir adiantando o serviço.  Embora saiba que riscar do mapa quem pensa diferente não tem nada a ver com democracia. 

Que tempos, que costumes - Por Antonio Morais


Lampião em Várzea-Alegre.
Todo matuto tem horror aos que em razão do oficio, são severos na aplicação das leis. Conta-se que um dos muitos fiscais do consumo que vivia a percorrer a terra e que, de posse de um mandato de segurança e um ordenado fabuloso, foi esbarrar em Várzea-Alegre. Um conterrâneo não podia transportar um saquinho de arroz num jumento que era taxado de contrabandista e intimado a recolher o imposto. A derramar o terror pelo sertão, andava também o rei do cangaço, o famigerado Lampião, o qual havia se hospedado em Juazeiro do Norte com honras de capitão da legalidade. Que tempos.

O nosso matuto, fazendo uma negociação clandestina, enforcava na algembrada de sua casa, uma garrafa que, vista de certa distancia, era um chamariz para os compradores da teimosa. Pois bem, atraído a um destes recantos da fraude e da sonegação do imposto, é que foi até ali um senhor desconhecido. Quem era? Pelos modos, o homem era grande, porque se apresentava altivo, arrogante e de sobrolho carregado. Trazia um bonito chapéu, lenço perfumado, e vários anéis nos dedos. Chega. E como galã de cinema se apeia. E com esses ares de grão-senhor vai logo entrando de bodega adentro. Não diz bom dia. Não dá confiança a ninguém. No interior da casa, porque se deparasse com duas garrafas de qualquer droga, as quais descansavam em cima de um balcão feito com vigor de pau darco, indaga com voz de autoridade: O senhor tem aguardente? Tenho Nhor sim, responde com voz soturna o pobre homem.

Ah! Ao falar em corda na casa de enforcado, um estranho frio invade a alma do bodegueiro. Todo o seu ser tremeu como se lhe tremesse a própria terra. E desmaiado, voz difícil, começa a defender-se: Meu amigo, tenha pena dos meus filhinhos, isso aqui que o Senhor está vendo não é bodega, eu só tenho, acredite, essas duas garrafas e esta cestinha de cigarros, porque a roça que botei na quebrada da Serra Negra a lagarta comeu. Não me multe, Senhor Fiscal.

O interlocutor estranho que já estava de boca aberta em sinal de grande pasmo desata uma bruta gargalhada. Depois, olhando o suplicante sem lhe desfitar os olhos, lhe diz: Quem o Senhor pensa que eu sou? Não rapaz, eu não sou fiscal. Eu sou Lampião.

Lampião!?

O homem ri fazendo uma ligeira contração nos músculos faciais. E voltando a vida, faz camaradagem com Lampião com quem conversa animadamente, graceja, bebe e fuma cigarro sem selo.

L E A L D A D E - Por Edmilson Alves



Enquanto a soberba é o atrevimento dos homens maus, a lealdade é a virtude dos homens bons. Lealdade é o sentimento que abre portas da vida e coração.

A vida é um projeto que sozinho é uma ilha. É uma obra inacabada. A criatura é um ser social e necessita viver em gregário, porém, há muitos conflitos entre humanos.

A lealdade surge como milagre nos atributos sociais, curando feridas, suavizando desavenças, adocicando amarguras de corações amargurados.

Quem é leal, é afável e doce com os amigos, a família e o núcleo social.
A lealdade alimenta tudo o que existe de melhor no ser humano.

O homem leal se redime após reconhecer o próprio erro. A lealdade é capaz de perceber seus limites e imperfeições!
Compreende que as ilusões das aparências é a esterilidade das virtudes.

Lealdade é virtude inquestionável e de grande valor pra evolução humana.
Lealdade é sinônimo de verdade, pois ser leal é, antes de tudo, verdadeiro. Lealdade é um atributo do caráter que enriquece qualquer relação humana.

Lealdade é acima de tudo uma busca pra novos caminhos, pra exauri as rotas obsoletas.

sábado, 23 de março de 2024

PAISAGEM - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

No Brasil, naturalizamos o que não presta e tudo vira paisagem.

A dor, a miséria e as injustiças frequentam o nosso dia a dia além do suportável.

Quem tem posição, cor e prestígio paira acima das tragédias humanas.

Num dia de abril de 2019, em Guadalupe, zona norte do Rio, o músico Evaldo Rosa dos Santos ia para um chá de bebê e o seu carro foi atingido por 82 disparos de fuzil em operação ilegal de militares do Exército.

Na verdade, foram 257 tiros durante a ação. Por engano.

No último dia 29, o ministro Carlos Augusto Amaral, do Superior Tribunal Militar votou por reduzir a pena dos militares envolvidos na execução do músico.

O relator do caso, brigadeiro Carlos Augusto, defendeu que o homicídio seja entendido como culposo - quando não há intenção. 

O revisor do caso no STM, José Coelho Ferreira, apoiou a tese.

Na ação, os tiros sobraram para o catador Luciano Macedo, que morreu dias depois. Por engano, claro.

Apenas 257 tiros disparados, sem a "menor" intenção de matar. Pode?

Quando sairmos

de casa para um chá de bebê ou outra comemoração, digamos logo adeus, invés do até logo.

A barbárie como paisagem faz tudo virar estatística no mundo da violência.

A vala do esquecimento já está reservada para mais uma barbaridade.

VIDA PERTENCE A QUEM APRENDEU A VIVER - Por Edmlson Alves



A lágrima do orvalho é a saudade, o amor correspondido é igual a uma flor em que seu néctar produz mel, fazendo abelhas viverem e sobrevierem. 
O amor foge do frio pra aquecer com calor o corpo do amante.
O amor similar às abelhas retorna às colmeias, com a certeza de que tem companhia, e, unidas se perpetuarão no tempo.
A abelha pode afirmar, com certeza, segue seu faro, segue muitos caminhos sem perderem o rumo e, retorna à comédia, seu habitat, seu amor verdadeiro.
Não negue o amor a um coração que poderá ser seu. 
Não busca o sabor do beijo da boa que não lhe pertence, e, não lhe pertencerá.
O beijo só tem sabor quando boca tem o néctar e amor correspondido.
Uma uva madura jamais volta a ser verde. Uma mente aberta jamais volta a ser limitada e preconceituosa.
Isto se chama VIDA

AS REFLEXÕES TE AJUDARÃO A CONSEGUIR TUDO O QUE QUISERES - Por Edmilson Alves







Para atingir resultados, as nossas formas de pensar, agir e sentir são alteradas através de exercício do corpo-mente, que nos propõe um estado de relaxamento profundo.

Aprenda as reflexões para conseguir tudo o que quiser: Vá para um local calmo, de preferência com pouca iluminação, onde você possa se sentar ou deitar de forma confortável e fechar os olhos, mergulhando para dentro de si mesmo.

Agora, procure aquietar a sua mente, preste atenção somente na sua respiração, fazendo respirações longas, inspirando pelo nariz, expirando pela boca.
Se surgir algum pensamento em sua mente, por motivos excepcionais, esqueça.
Afaste-se de qualquer pensamento preestabelecido da sua cabeça.

O importante é focar em sua respiração pelo diafragma, quanto mais profunda melhor é o resultado.
Você vai se sentir muito calmo e relaxado, sem estresses, sem pavores.
Nesse estágio é mantido contato com o DIVINO (cósmico), através da inspiração.

Não se sinta apequenado se ignorantes no assunto, dissesse que é difícil. Mas, o que é fácil?
O difícil agente consegue hoje. O impossível amanhã!
Pra caminhar é necessário o primeiro passo...

Importar-se com a opinião dos outros, geralmente, fofoqueiros, é apequenar o seu caráter!.

ENIGMAS DO VERBO SONHAR - Por Edmilson Alves


A noite vadia, em meus sonhos, insiste em me trazer você a meus pensamentos! Tarde da noite, sonhando, acredito que, em algum lugar, você está me esperando.

A expectativa, em meu sonho é de que, você vem vindo ao meu encontro. Sonhando em meu quarto, falo sozinho quando, estou sonhando.

No silêncio surdo, sem voz, fico mudo, ninguém me escuta. Só minha alma é minha companheira, mesmo assim, viaja. Viajando sai de mim em busca de meus sonhos.

Fico no meu quarto, falando sozinho, em meu sonho, e, acordo fingindo que você esteve comigo...

Quando agente ama, ate finge que está sonhando. Pra rever o que se passou no sonho, será o amor que sonhamos.

São tantos desafios, mesmo sonhando. São anelos com atributos superficiais, porque estão, apenas, em meus sonhos, quando estou sonhando imagino fantasias, engôdos, porque estou sonhando...

Na vida real... Eu não sei. Sei? A cintilação da luz não oculta o amanhecer, mas, oculta o frenesi que, geralmente, sinto em meus sonhos, são delírios que sinto por você!

sexta-feira, 22 de março de 2024

Verdades - Por Chico Anísio.


Se pobres votam na esquerda, então convém aos políticos de esquerda multiplicarem o número de pobres para se perpetuarem no poder.

Como enfrentar o sistema - Por Antonio Morais.



Meu primeiro voto para prefeito foi para o senhor Lourival Frutuoso de Oliveira na eleição de 1972. Desde lá até a última eleição de 2016 votei sempre em quem venceu. Acertei sempre o vencedor, mas, perdi alguns votos no que esperava das ações do vencedor.

Como observador vi todo tipo de movimento das lideranças para se manterem no puder. Vi grandes lideranças serem derrotados por figurantes que se candidataram apenas para manterem o partido vivo. 

No sobe e desce já vi de tudo. O que ainda não vi foi pessoas de "fora dos grupinhos" que sempre mandam terem a devida coragem de se candidatar a levarem suas proposituras a frente.  

São apenas ameaças. Fazem o "rapapé" barganhando a defesa dos próprios interesses, então, lhe oferecem uma vice, uma secretaria ou coisa semelhante e o movimento acaba. 

O PT, por exemplo, há 25 anos tem sido o "contra peso" da eleição. Nunca lançou um candidato a prefeito, mesmo sabendo do potencial eleitoral que o partido tinha.

Preferiu o PT um ou dois vereadores, uma secretaria e meia duzia de bons empregos e coadjuvar esse o aquele que no puder estiver. 

Assim  foi por 6 administrações municipais. Está sempre de apoio em quem está no governo, seja João, seja José.

Já é tempo de um conterrâneo independente, corajoso e determinado decidir encarar o sistema. Para as ovelhas tomarem uma direção carece que a primeira tome a dianteira.

Verdades - Por Roberto Campos.


Os comunistas sempre souberam chacoalhar as arvores para apanhar os frutos no chão. O que não sabem é plantá-las.

Não foi o sitio nem o triplex - Postagem do Antonio Morais.



"Não foi o sítio nem o triplex, a Petrobras ou o BNDES.  Primeiro o PT jogou mulheres contra homens, acusando-os de machistas e misóginos, e os dividiu em dois grupos.

Depois foram negros contra bracos, acusando-os de racistas e preconceituosos, e viraram quatro grupos. Pobres contra ricos, acusando-os de elitistas e conservadores, e a divisão foi a oito grupos. Homo contra héteros, acusando de homofóbico e covardes, e viraram dezesseis grupos. Após foram os filhos contra os pais, e, os empregados contra os patrões sucessivamente.

Aí ficou fácil dominar, pois ninguém já se entendia com mais ninguém. E a motivação para essa ação deliberada e criminosa se apresentava, com aparente Inocência, pelo nome de politicamente correto.

Agora para retornamos a ser um povo unido, vai levar gerações. O prejuízo é incalculável.

Esse foi, sem sombra de dúvidas, o mais grave, dos crimes cometidos por Lula".

Aderbal Neves Calmeto.

É O SEGUINTE - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Triste quando as lendas do futebol chegam ao crepúsculo na poeira dos campos anônimos.

Saudade simboliza um retorno ao território dos afetos.

Um açude seco parece a boca aberta de um morto.

Somente uma liga única e sólida pode transformar o futebol brasileiro.

A estatística serve para esclarecer e para encobrir.

O vício em se manter plugado não difere da dependência da droga.

Se existe uma coisa que se organiza no País é o crime.

Para as pessoas, o mais importante é rivalizar.

Hoje, se estraga a música dando-lhe qualidade e inteligência.

Não sei se um homem consegue fugir de quem ele é.

Para os esquecidos: anotar cada pensamento, antes que ele se evapore.

quinta-feira, 21 de março de 2024

190 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


Eu sou um saudosista inveterado, irremediável. Isso não me causa  prejuízo algum.

Outro dia eu me encontrei com um ex-colega do colégio na gloriosa praça Siqueira Campos, Crato, e, contei uma historinha besta do nosso tempo.

Ele me olhou bem nos olhos e perguntou : Tu ainda lembras disso?  Entendi como  deboche, mas, não me ofendi. Na minha singeleza e humildade  tentei compreender. Não revidei, respondi apenas : Lembro-me, a saudade é a memória do coração. E, a memória costuma guardar as coisas boas e felizes.

Quem pode esquecer o padre Frederico Nierhoff? Quem pode esquecer as missas do monsenhor Rubens na Sé Catedral? Quem tem a capacidade de não lembra o filme "Os Girassóis da Rússia no Cine Educadora, Jango no Cassino, Dr. Jivago no Moderno?  Quem assistiu aula de química com o padre Davi, francês com Monsenhor Raimundo Augusto e Português com Vieirinha pode esquecer?

Quem tomou um sorvete de mangaba  na Lanchonete do Bantim? Quem participou da festa da cebola no Crato Tênis Clube? Quem viu o "Votoran" jogando  na Quadra Bicentenário? Noventa com o a sua carroça cheia de mercadorias atravessando a Rua? A feira do Crato?  Há como esquecer?

E, por fim, quem namorou, casou e viu a esposa  gravida a espera  do primeiro filho! Quem poderia esquecer as santas mãos do Dr. Hélder entregando o filho todo lambuzado e sujo do jeito que nasceu  para o acalento da mãe? Pode ter  algo mais precioso,  mais sublime e mais divino do que isso? Tem como não lembrar?

Por essas razões, meu amigo, eu sou um saudosista, e não só isto, sou um eterno devedor de gratidão  por todas essas graças  que  Deus me concedeu. 

189 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.


Um casal começou a namorar nos tempos de escola, na adolescência. 
Era conhecido como exemplo de fidelidade. Um fazia a alegria do outro.

Um dia, numa festa de vaquejada o marido sofreu uma queda e foi a óbito. 

Quem poderia levar a noticia a viúva! Ninguém se atreveu. 

Um doidinho disse eu dou! E imediatamente partiu na direção da casa da mulher levando a noticia.

Abordou a senhora dizendo : O cavalo do seu esposo caiu com ele, mas, a senhora não se preocupes que José meu irmão vem ali trazendo a noticia que ele morreu.

188 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.

 

O grande e notável Ariano Suassuna gostava muito de falar histórias de doidos. Dizia que o doido  quando não  conhece  a história inventa.

Assim é que uma irmã levou um irmão abilolado para fazer uma perícia médica de renovação do auxílio  doença.

O médico olhou para o rapaz e perguntou : 

Como é o seu nome!

Pedro.

Nome do seu pai!

Vicente.

Nome da sua mãe! 

Teresa.

Tudo rigorosamente certo.

A irmã colocou as mãos na cabeça e pensou : Agora lascou!

Veio a pergunta salvadora :

Quantos anos você tem!

Sete, vou fazer seis no ano que vem.

187 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.

A melhor, mais bonita e prazerosa experiência que vivi foi ser avô. 

Tenho quatro netos, Ana Thays uma mocinha já na universidade nem faz empenho dos dengos do avô, João Pedro com quinze anos também não acha mais graça nas minhas brincadeiras, fica o tempo todo passando o dedo pra lá e pra cá no telefone a mandar e receber mensagens dos colegas e amigos.

Sobra-me o Aluísio de seis anos, foto ao lado, e Flora a caçula de dois anos. 

Esses eu ainda consigo iludir com minha lhaneza de avô coruja.

Porém, da última vez que encontrei o Aluísio ele já estava com um tal de Tablet e, disse Vô sabe que o meu Tablet tem uma senha?

Perguntei-lhe: qual é a senha do teu tablet?

Ele respondeu é a senha do meu pai.

Então, perguntei-lhe novamente: e qual é a senha do teu pai?

Ele respondeu: a minha.

Tá vendo.

186 - O Crato de Antigamente - Por Antônio Morais.


O Crato é muito rico de humor, cultura e folclore. Cidade da cultura e município modelo, povo bem humorado e extremamente feliz.

Na década de 70 do século passado, um casal do sitio "Pai Mané" tinha todas as razões para fazer uma grande festa. Bodas de ouro do casal, 15 anos da filha caçula e casamento da filha do meio.

Perdeu-se a conta do que foi abatido para o lauto jantar: galinha, porco, bode, carneiro, guiné e peru, além de um sanfoneiro e em cada canto da sala um pote de aluá de jenipapo.

Lá pras quatro da manhã quando a rela bucho terminou, Zefinha, a filha caçula sentiu-se mal. Você sabe como é perigoso comida leve : buchada, fussura e sarapatel em excesso altas horas da noite.

Resolveram levá-la ao médico no Crato. Meio de transporte uma rede num pau de porteira com um caboclo na frente e outro atrás. 

Quando passavam pela bodega do seu Valdomiro, na Ponta da Serra, ele perguntou:

Quem está doente?
O pai respondeu - minha filha.
E o que foi?
Foi comida!

O bodegueiro encerrou a conversa com outra pergunta :  "Pegaro o caba"?

quarta-feira, 20 de março de 2024

A Universidade de Stanford - Por Armando Lopes Rafael.




Malcolm Forbes conta que uma senhora, usando um vestido de algodão já desbotado, e seu marido trajando um velho terno feito à mão, desceram do trem em Boston, EUA, e se dirigiram timidamente ao escritório do presidente da Universidade Harvard. Eles vinham de Palo Alto, Califórnia e não haviam marcado entrevista. A secretária, num relance, achou que aqueles dois com aparência de caipiras do interior, nada tinham a fazer em Harvard.
Queremos falar com o presidente – disse o homem em voz baixa.
Ele vai estar ocupado o dia todo – respondeu rispidamente a secretária.
Nós vamos esperar.
A secretária os ignorou por horas a fio, esperando que o casal finalmente desistisse e fosse embora. Mas eles ficaram ali, e a secretária, um tanto frustrada, decidiu incomodar o presidente, embora detestasse fazer isso.
Se o senhor falar com eles apenas por alguns minutos, talvez resolvam ir embora – disse ela.
O presidente suspirou com irritação, mas concordou. Alguém da sua importância não tinha tempo para atender gente desse tipo, mas ele detestava vestidos desbotados e ternos puídos em seu escritório. Com o rosto fechado, ele foi até o casal.
Tivemos um filho que estudou em Harvard durante um ano – disse a mulher. Ele amava Harvard e foi muito feliz aqui, mas, um ano atrás ele morreu num acidente e gostaríamos de erigir um monumento em honra a ele em algum lugar do campus.
Minha senhora – disse rudemente o presidente – não podemos erigir uma estátua para cada pessoa que estudou em Harvard e morreu, se o fizéssemos, este lugar pareceria um cemitério.
Oh, não – respondeu rapidamente a senhora. Não queremos erigir uma estátua. Gostaríamos de doar um edifício à Harvard.
O presidente olhou para o vestido desbotado da mulher e para o velho terno do marido, e exclamou:
Um edifício! Os senhores têm sequer uma pálida ideia de quanto custa um edifício? Temos mais de sete milhões e meio de dólares em prédios aqui em Harvard.
A senhora ficou em silêncio por um momento, e então disse ao marido:
Se é só isso que custa para fundar uma universidade, por que não termos a nossa própria? O marido concordou.
O casal Leland Stanford levantou-se e saiu, deixando o presidente confuso. Viajando de volta para Palo Alto, na Califórnia, eles estabeleceram ali a Universidade Stanford, em homenagem a seu filho, ex-aluno da Harvard.
A única instituição que se confunde com o Homem, é seu caráter!
Por isso não generalize, nem emita pareceres e conceitos precipitados sem conhecer toda a verdade.

Moral da História: Nunca julgue as pessoas pela aparência.

O protesto do mel de cana-de-açúcar - Por Norma Novais Miranda.

Os nossos patrões não aguentaram a cobrança de tantos impostos para um produto tão barato. A nobreza dos engenhos "só nós sentia".

para me deixar assim num ponto cheiroso e efervescente, muita coisa se mexia : o corte da cana, os "cambiteiros", o transitar de burros, o espalhar do bagaço, os tanques de garapa, o curral com os chocalhos tinindo vida rural...Tudo era movimento.

Ninguém pôde fazer nada para que eu seguisse fervendo, tornando-me rapadura.

Na certa, os homens de Brasília e de outras terras não gostam de comer rapadura quente na casca do pau da lenha.

Eu, enquanto mel, achava bonito me derramarem na gamela para fazer mexido. Também, achava uma beleza as rapaduras se desprendendo das caixas em cima do bagaço.

Já não caia na gamela efervescendo-me. Evaporou-se o meu cheiro inebriante exalado do fundo do tacho. O mestre já não precisa dar o ponto para se obter a melhor rapadura, e, nem o tocador de fogo se esforçará para colocar o bagaço seco na boca da fornalha.

Patativa já dizia que os "ingem de pau" iriam se acabar. O engenho de ferro também, sábio poeta nosso.Aquela beleza da cana "pendurada". E eu choro um choro amargo de não puder fabricar a doce rapadura.

Os engenhos de pé de serra de Porteiras e muitos de Barbalha foram para a sepultura. Para o investidor sabido vale mais a cana, o açúcar, o álcool e outros negócios mais sofisticados e não artesanais.

Mas, achei mais que luto rural os trabalhadores e os patrões chorarem porque não teriam mais moagem. E a vida desses homens que aprendenram a acordar cedo e só sabiam o manejo do engenho ou de alguma rocinha feita com enxada? E as famílias deste povo de engenho?

Eu, como mel, esfriei no fundo do meu tacho e neste achado de falar, quero esquentar ferver as consciências dos que fizeram a destruição dos engenhos em nome do que se chama progresso ou coisa parecida.

A saudade, a memória, o aperreio de vida, a aventura desastrosa de ir para São Paulo... tudo torna-se uma loucura só nossa, amamos os engenhos.

Na verdade, no meu protesto como mel, que agora se deixa queimar de indignação, os engenhos tornaram-se uma bagaceira por parte dos poderes públicos e de tudo e todos que contribuíram para nossa sucumbência.

O verde vale continua fértil e majestoso. Talvês desgostoso de não escutar mais os apitos dos engenhos, o meu cheiro e o do bagaço fresco. 

O verde vale já não vale tanto. Deixou que o seu doce amor, a rapadura se acabasse. 

E eu, mel, como não fervo mais, sou uma frieza sócio-econômica e histórica que se cala nos engenhos abandonados.

terça-feira, 19 de março de 2024

CARATER, HONRADEZ E PRINCIPIOS - POR ANTONIO MORAIS



Dr. Francisco Feitosa Vilar - Dr. Francisquinho Feitosa


Prezado Amigo Eleitor.

Aproxima-se o dia 03 de Outubro, quando você deverá comparecer às urnas para cumprir a obrigação cívica de votar.
É difícil escolher candidatos, quando se poe a consciência acima dos interesses. Acredito, porém, em suas virtudes de brasileiro e digno cearense. Apelo para sua compreensão e generosidade.
Sou candidato a vereador, sou pobre e nada tenho para oferecer além de um passado limpo e uma vida de trabalho que, se divide em obter recursos para subsistência e ajudar aos que me procuram nas horas difíceis.
Lembre-se do meu nome. Ajude-me a ter uma oportunidade para defender os interesses do Povo, na Câmara de Vereadores de Fortaleza. Não decepcionarei.
Cordialmente
Francisco Feitosa Vilar.

Comentário do Blog do Antônio Morais :

A mensagem acima fazia parte  da campanha do Dr. Francisquinho Feitosa a vereador pela cidade de Fortaleza.  Essa sua proposta era o fiel e mais puro desejo de servir aos seus semelhantes. Fica aqui minha gratidão, reconhecimento e agradecimento a sua memória e aos seus familiares.

O Povo de Várzea-Alegre é um eterno devedor de sua bondade e humanismo. Décadas depois a história se repete com o filho  Dr. Moacir Bitu.


Antônio Morais


Lula é uma fantasia coletiva de metade dos brasileiros - Por Mário Sabino, o Antagonista.

Um dos fundadores do PT o achava 'meio farsante', 'um oportunista'. O intrigante é como tanta gente do PT e de fora do PT acredita em Lula.

Depois que Lula fez exatamente o que disse que faria, presentear o seu advogado de defesa com uma cadeira de ministro do Supremo Tribunal Federal, muita gente espantou-se (ou fingiu espanto) por ele ter contrariado o que afirmara na campanha: que não nomearia um chapa seu para a mais alta corte do Judiciário, como fez Jair Bolsonaro (“nomear” é o verbo que corresponde à realidade, “indicar” é o verbo da fantasia constitucional brasileira).

Não há por que espantar-se com Lula. Nunca existiu princípio de impessoalidade para ele. Nem como líder sindical, nem como chefão de partido, nem como presidente da República. 

Lula é uma pessoa cuja única finalidade está em si mesmo — em atender, acima de tudo, às suas próprias conveniências.

segunda-feira, 18 de março de 2024

Um avô pra lá de bobo - Por Antônio Morais.



Tenho quatro netos, não tenho predileção a mais por nenhum deles. Amo-os de maneira igualitária.

O Aluísio, foto, foi condecorado, recebeu certificado da escola, está todo fiota na foto que me enviou. 

Outro dia, ele me ligou, e, vejam só, para fazer uma  pergunta : Vô, o que é  duas motos na frente de uma igreja? 

Essa é para os de Várzea-Alegre.

Não tive dúvidas, respondi : "par de Mota".

E ele todo  inocente, aos seus nove anos  gritou - Acertou.

O padre Mota era o vigário  da paróquia de São Raimundo à época.


Ludíbrio, desprezo e escárnio - Por Antônio Morais.


Essa vai pra todos os juízes, políticos e funcionários públicos dos três poderes, que recebem auxílio moradia, sem precisar, enquanto milhões de brasileiros, não tem sequer um barraco pra morar! Por trás de cada olhar, existe uma história que ninguém conhece. Mas que a maioria se acha capaz de julgar. 

Serve também a foto para mostrar a falta  de caráter de políticos  populistas, mentirosos  que ludibriam e vivem glamorizando a pobreza sem nada fazer para contê-la, se não, para tirar proveito dela na manutenção de seus mandatos.