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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 31 de agosto de 2022

A Princesa Redentora da raça negra - Por Antônio Morais.

Em 1888 a Princesa Isabel, sendo novamente regente, assinou a Lei Áurea. Tendo provocado a queda do gabinete Cotegipe, a Princesa chamara o Conselheiro João Alfredo Corrêa de Oliveira, que era abolicionista, à presidência do Conselho. 

 Este fizera votar a Lei Áurea e a apresentara para a assinatura da Princesa Isabel. O Conde d’Eu, nessa ocasião, teve um momento de hesitação : “Não o assine, Isabel. É o fim da monarquia”. Ao que ela respondeu: “Assiná-lo-ei, Gaston. Se agora não o fizer, talvez nunca mais tenhamos uma oportunidade tão propícia. 

O negro precisa de liberdade, assim como eu necessito satisfazer ao nosso Papa e nivelar o Brasil, moral e socialmente, aos demais países civilizados”. Depois da assinatura realizou-se grande festa no Rio de Janeiro, com grandes aclamações do povo. 

Estando a Princesa Isabel junto ao barão de Cotegipe na janela do palácio — o barão a estimava, embora estivessem em desacordo na questão da escravidão — ela perguntou-lhe: “Então, Senhor barão, V. Excia. acha que foi acertada a adoção da lei que acabo de assinar?”. Ao que o barão, com muito carinho, respondeu: “Redimistes, sim, Alteza, uma raça, mas perdestes vosso trono”. D. Pedro II nesse momento estava em Milão, muito doente e com a perspectiva iminente de morte. Mas a 22 de maio ele sentiu certa melhora, e a Imperatriz teve a coragem de lhe dar a notícia da Abolição. “Enchendo-se de coragem, deu-lhe com brandura a grande nova. O Imperador abriu lentamente os olhos emaciados e depois perguntou como quem ressuscitava: ‘Não há mais escravos no Brasil?’. ‘Não – respondeu a Imperatriz – a lei foi votada no dia 13. A escravidão está abolida’. ‘Demos graças a Deus. Telegrafe imediatamente a Isabel enviando-lhe minha bênção e todos os agradecimentos para o País’. 

Houve um momento de silêncio. A emoção dos presentes era grande. Virando-se lentamente, o Imperador acrescentou, numa voz quase sumida: ‘Oh! Grande povo! Grande Povo!’ O telegrama que foi mandado à Princesa Isabel tinha o seguinte teor: ‘Princesa Imperial. Grande satisfação para meu coração e graças a Deus pela abolição da escravidão. Felicitação para vós e todos os brasileiros. Pedro e Tereza’”.

Denizard Macedo, um ilustre cratense – por Armando Rafael

Na foto acima, uma vista da cidade de Crato em 1921, ano do nascimento de Denizard Macedo

   José Denizard Macedo de Alcântara (foto ao lado) nasceu em Crato em 1° de setembro de 1921. Naquele dia a população cratense festejava Nossa Senhora da Penha, a padroeira da cidade. Fez seus primeiros estudos na sua cidade natal, no Externato Santa Inês e Ginásio do Crato. Depois estudou no Liceu do Ceará, em Fortaleza. Obteve graduação em Ciências Econômicas, tendo feito o doutorado nesta área.

    Denizard Macedo foi professor em várias instituições de Fortaleza, dentre elas da Escola Preparatória de Cadetes, do Colégio Militar do Ceará, Instituto de Educação, Faculdade Católica de Filosofia, Escola de Serviço Social e de numerosos colégios de segundo grau. Incursionando na política foi eleito vereador por Fortaleza. Foi também jornalista, ensaísta, historiador, conferencista e geógrafo. Pertenceu à Sociedade Cearense de Geografia e História, Instituto do Ceará e Academia Cearense de Letras, onde ocupou a cadeira de n° 34, substituindo outra cratense, J.de Figueiredo Filho.

      Denizard Macedo foi Secretário da Cultura do Ceará no Governo de Adauto Bezerra. Escreveu as seguintes obras: A Universidade na Defesa Nacional; Fundamentos da Administração Cearense; A Conjuntura Histórico-Geográfica da Industrialização Brasileira; Racionalização da Competência Administrativa do Município; Geografia da América; Cultura e Universidade; Vida do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro; Ascensão e Declínio do Magistério Brasileiro; Ensino de Filosofia no Ceará e Retrato da História da Independência.

       Católico sincero, possuidor de sólida formação religiosa, era monarquista convicto, apesar da proibição da República brasileira – durante cem anos – de qualquer divulgação pública sobre esta forma de governo. Para quem não sabe: os monarquistas foram os últimos anistiados políticos da República brasileira, fato só acontecido com o advento da atual Constituição Federal, promulgada em 1988. Denizard Macedo faleceu em 1983, quando os monarquistas ainda viviam proscritos, mas, atendendo a um pedido dele – formulado muitos anos antes – o caixão que levou seu corpo ao cemitério foi coberto com a Bandeira do Brasil Império.

        Fortaleza homenageou a memória de Denizard Macedo dando seu nome a uma escola municipal, no bairro Quintino Cunha. Em Crato existe uma rua com o nome dele. No Instituto Cultural do Cariri uma cadeira das cadeiras daquele sodalício foi denominada de José Denizard Macedo Alcântara.
Texto e postagem: Armando Lopes Rafael
 

terça-feira, 30 de agosto de 2022

Teresa de Lizieux, Santa Tersinha de Jesus - Postagem do Antônio Morais.


Foto de Santa Teresinha tirada por sua irmã Celina.

Teresa de Lisieux, nascida Marie-Françoise-Thérèse Martin, conhecida como Santa Teresinha do Menino Jesus e da Santa Face, foi uma freira carmelita descalça francesa conhecida como um dos mais influentes modelos de santidade para católicos e religiosos em geral por seu "jeito prático e simples de abordar a vida espiritual". 

Juntamente com São Francisco de Assis, é uma das santas mais populares da história da Igreja. O papa Pio X chamou-a de "a maior entre os santos modernos".

Teresa recebeu cedo seu chamado para a vida religiosa e, depois de superar inúmeros obstáculos, conseguiu, em 1888, com apenas quinze anos, tornar-se freira para juntar-se às suas duas irmãs mais velhas na comunidade carmelita enclausurada em Lisieux, na Normandia. 

Depois de nove anos, tendo ocupado funções como sacristã e assistente da mestra das noviças, Teresa passou seus últimos dezoito meses numa "noite de fé" e morreu de tuberculose com apenas vinte e quatro anos de idade.

O impacto de sua "A História de uma Alma", uma coleção de seus manuscritos autobiográficos publicados e distribuídos um ano depois de sua morte foi tremendo e ela rapidamente tornou-se um dos santos mais populares do século XX. Pio XI fez dela a "estrela de seu pontificado", beatificando-a em 1923 e canonizando-a dois anos depois. 

Teresa foi também declarada co-padroeira das missões com São Francisco Xavier em 1927 e nomeada co-padroeira da França, com Santa Joana d'Arc em 1944. 

Em 19 de outubro de 1997, São João Paulo II proclamou Teresa a trigésima-terceira Doutora da Igreja, a pessoa mais jovem e a terceira mulher a ter recebido o título na época.

Além de sua popular autobiografia, Teresa deixou também cartas, poemas, peças religiosas e orações. Suas últimas conversas foram também preservadas por suas irmãs. Pinturas e fotografias - a maioria de autoria de sua irmã Céline - ajudaram a aumentar ainda mais a popularidade de Teresa por todo o mundo.

De acordo com um de seus biógrafos, Guy Gaucher, depois de morrer "Teresa foi vítima de um excesso de devoção sentimental que acabou por traí-la. Foi vítima também de sua linguagem, que era a do fim do século XIX e que fluía da religiosidade de sua época". A própria Teresa disse, em seu leito de morte: "Eu amo apenas simplicidade. Tenho horror a pretensão". 

Ela também se manifestou contra o estilo de escrita de algumas vidas de santos publicadas na época, "Não devemos dizer coisas improváveis ou coisas sobre as quais nada sabemos. Devemos enxergar suas vidas reais e não imaginárias".

A profundidade de sua espiritualidade, que ela qualificou como "toda de confiança e amor", inspirou muitos crentes. Confrontada com sua própria pequeneza e irrelevância, confiava em Deus para ser sua santidade. Queria ir para o céu de uma forma completamente diferente: "Quero encontrar um elevador que me eleve até Jesus" e o elevador, escreveu Teresa, eram os braços de Jesus retirando-a de toda a sua pequeneza.

A Basílica de Lisieux é o segundo mais popular destino de peregrinação na França depois do Santuário de Lourdes.

Quadro eleitoral está consolidado - Por Antônio Morais.

As pesquisas de hoje mostram a mesma avaliação das anteriores. O presidente Bolsonaro usou todos os cartuchos possíveis e em nada mudou. 

Baixou o preço dos combustíveis, aumentou o auxílio Renda Brasil, criou o auxilio caminhoneiros, furou a teto de gastos e nada modificou. 

O quadro  continua inalterado.

Resta agora mirar os canhões para o passado de Lula e do PT, apelar para o tema que lhe elegeu em 2018 : "A corrupção do Lula e do PT e um combate firme a corrupção".

Duvido que dê certo porque depois de eleito Bolsonaro tratou de fazer o contrário do que prometia fazer para se eleger. "Acabou com a Lava Jato, destruiu as ferramentas de combate a corrupção, interferiu na policia federal para impedir que denuncias fossem investigadas e se aliou ao Centrão".  Bolsonaro  não teve a postura de  um presidente  da república, se expôs  e fez muita  bobagem. 

Isso ficou muito claro no seu governo. Certamente o eleitor não vai na sua conversa fiada. 

O quadro está consolidado e dificilmente haverá mudança.  A sorte é que o Geraldo Alckmin  que era  vice do Mário Cocas é o vice do Lula.  

Entenda o que quis dizer.

Quem diria? - Cláudio Dantas.

No debate presidencial de hoje, na Band, a corrupção voltou a ser tema central. Notícia especialmente ruim para Lula, que não teve trégua durante toda a noite. Logo que chegou à emissora, Jair Bolsonaro disse que não apertaria a mão de ladrão, ganhando as manchetes dos sites e subindo rapidamente nos trending topics do Twitter.

Em sua primeira intervenção, o presidente falou em cleptocracia e lembrou a delação do ex-ministro Antonio Palocci, que contou sobre os pacotes de propina que entregava ao petista. 

Lula, para surpresa da militância, ficou sem reação, assumiu posição defensiva e mudou de assunto.

Ao farejarem o medo do líder das pesquisas, todos os demais presidenciáveis passaram a investir no tema. Ciro Gomes falou que Lula “se corrompeu mesmo”, Simone Tebet disse que “nunca terá ministros envolvidos em escândalos” e Felipe D’Ávila lembrou que o petrolão é considerado o “maior esquema de corrupção do mundo”.

Foi um massacre. Até então blindado pela imprensa simpática, Lula achava que passaria incólume apenas ostentando a sentença do Supremo que anulou suas condenações com base em filigranas jurídicas. Ao descer para o play, demonstrou não estar preparado para o jogo.

segunda-feira, 29 de agosto de 2022

Bispo de Petrópolis comenta livro sobre a Princesa Isabel – por Armando Lopes Rafael


Lançado recentemente, o livro “Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a autobiografia de Dona Isabel do Brasil” da lavra dos historiadores Fátima Argon e Bruno Antunes de Cerqueira, já pode ser considerado um clássico dentre os muitos livros escritos sobre a Princesa Isabel. 


   O Bispo Diocesano de Petrópolis, Dom Gregório Paixão, monge beneditino, é um dos mais cultos bispos brasileiros, por todos reconhecido. Ele  publicou uma nota – no seu facebook – sobre o capítulo “Entre o Céu e a Terra”, constante do livro acima citado. Antes de publicar o comentário do bispo, permita-me fornecer algumas informações sobre Dom Gregório Paixão.

   Ele nasceu em Aracaju, Sergipe, em 3 de novembro de 1964. Cursou Filosofia e Teologia na Escola Teológica da Congregação Beneditina do Brasil, vinculada ao Pontifício Ateneu de Santo Anselmo, de Roma. Dom Gregório é Doutor em Antropologia pela Universidade de Amsterdã, na Holanda. Poliglota, foi Diretor do famoso e tradicional Colégio São Bento da Bahia e da Faculdade São Bento, assim como da Revista Análise e Síntese. Lecionou Língua Grega, Homilética e Antropologia. Possui mais de 20 livros publicados.

   É músico e pintor, tendo cursado Piano e Órgão de Tubos no Instituto de Música da Universidade Católica do Salvador, onde foi aluno da famosa pianista Zélia de Araújo Vital. Estudou Artes Plásticas no atelier do renomado pintor Waldo Robatto, em Salvador.

   Agora transcrevo o que publicou este bispo sobre o livro biográfico da `Princesa Isabel. A conferir.

"Apraz-me destacar um ponto crucial da vida de D. Isabel: sua religiosidade. Esse tema foi, não poucas vezes, tratado com descaso e preconceito por alguns historiadores que, sob um olhar ideologizado — como hoje costumamos falar — julgaram a aparência, sem uma leitura correta da alma oitocentista e sem perceber o valor recôndito de quem sonhara com uma “política do coração”. 

Alegrias e Tristezas. Estudos sobre a autobiografia de Dona Isabel do Brasil” é, portanto, uma parábola verídica, num tempo determinado, sobre uma pessoa específica, nos convidando a penetrar nas histórias misteriosamente sentidas, publicamente vistas e profundamente vividas. Desse modo, Fátima Argon e Bruno Cerqueira dão-nos a conhecer uma vida que construiu histórias, muito além das visíveis narrativas epistolares, centelha de uma existência madura que nunca cessou de nos instigar e ensinar, entre lágrimas e risos.

Parabenizo aos nossos escritores pela iniciativa e convido a todos para saborearem o que tive privilégio de experimentar por primeiro. Tenho certeza de que muitos poderão desfrutar da alegria de penetrar na história de uma mulher inteligente, virtuosa e cônscia de seu papel de cidadã, cristã e política, escrevendo suas memórias com a saudade de sua gente e da terra onde fora proibida de viver. 

Somos gratos a Fátima Argon e Bruno Antunes de Cerqueira por nos apresentar, com profunda clareza, o coração de D. Isabel... suas escolhas... suas alegrias e não poucas tristezas... dando-nos oportunidade para aprendermos com sua existência que “as palavras ensinam, mas os exemplos arrastam”.

Os melhores lances do debate na Band - Por O Antagonista.

 


01 - O melhor lance do debate foi uma resposta na lata de Ciro Gomes a Lula.

O petista disse ao pedetista: “Eu não saí do Brasil para não votar no Haddad.”

Ciro respondeu: “Você estava preso”.

02 - Bolsonaro: "Não vou apertar mão de ladrão".

Questionado sobre a mudança na disposição dos candidatos no palco do debate na Band, Jair Bolsonaro disse não se importar e negou que tenha pedido a troca. “Não tem problema ficar do lado dele. Não vou apertar mão de ladrão”, afirmou.

12 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.


Forçado a ser algo que ele nunca quis ser, forçado a ter uma vida que ele nunca gostaria de ter. Casar com uma mulher que nunca se casaria. Sempre vestir um personagem. O personagem Imperador D. Pedro II do Brasil, um homem austero, ponderado, sério, justo e magnânimo.

Finalmente podia em alguns momentos deixar saltar a vida de Pedro d’Alcântara, o menino, o homem, inseguro, emocional, sentimental, romântico, sensível, sofrido, humano.

A Partir desse momento, D. Pedro II do Brasil e Pedro d’Alcântara, poderiam viver em uma só pessoa, poderiam existir em momentos diferentes, em situações diferentes, mas poderiam aparecer.

Era uma grande vitória para Pedro. Mas como todo humano, vestir um personagem integralmente é um fardo insuportável, porém saber exatamente quando vesti-lo e quando poder se desarmar, é uma tarefa que foge ao controle ao longo do tempo de qualquer pessoa.

Inúmeras ações e posturas iriam ser contraditórias e não se definir ao longo de toda vida de Pedro. A confusão de saber quem realmente é, o deixava muitas vezes extremamente impulsivo e emocional. 

Certos rumos do próprio futuro do Império, foram escritos em meio a essa grande dúvida. Ser ou não ser.

Continua na próxima postagem.

JÁ SOUBE DAS ÚLTIMAS SOBRE OS GÊNIOS? - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


O Millôr Fernandes "matou a pau", quando afirmou: "Como são admiráveis as pessoas que não conhecemos bem”.

Vem outro arremate (não sei de quem) e diz: "Se de perto ninguém é normal, imaginem de muito perto."

Eis o quero  dizer com essas tiradas: as nossas admirações no campo das artes nos parecem ser de caráteres sem jaça, sem nódoas. Intocáveis, acrescento.

Só que tem o seguinte: por maior que seja a obra do artista, isso não o absolve dos pecados humanos, dos seus erros.

Creio que me fiz entender. Se não, paciência.

Por que estas maquinações estão a mexer com os meus neurônios?

Tem aquela sentença segundo a qual mesmo os gênios dizem e fazem besteiras.

Assisti um filme na Netflix em que um homem e uma mulher travam um diálogo.

O homem diz, desanimado, que "a inteligência é um empecilho."

A mulher afirma: "O que conta não é a inteligência e, sim, o coração”.

O homem vai mais adiante, assegurando o seguinte: "Muitos escritores eram burros."

E continuou: "Dostoievsky vendeu o casaco da mulher para jogar. Achou que ganharia. Só que não entendia de probabilidades.

Tolstoi proibiu camponeses de serem vacinados.

Louis Ferdinand Céline fugiu para a Alemanha com o último nazista lunático.

Hemingway achava que era boxeador. Todos burros.

Sem contar os filósofos.

Pior: Heideger era nazista. Sartre virou stalinista. Ao final, elogiava Pol Pot. Althuser estrangulou a esposa.

Foram tão idiotas quanto os políticos.

Embaraçoso ouvir isso sobre gênios da raça.

Que bafo!

Lembranças de um Crato que desapareceu - Postagem do Armando Lopes Rafael.

 Geraldo Duarte é um advogado, administrador, dicionarista e cronista nas horas vagas, residente em Fortaleza. Geraldo Duarte tem um declarado amor à cidade de Crato, embora não tenha nascido na Cidade de Frei Carlos. Anos atrás, ele publicou, no "Diário do Nordeste", uma crônica de reminiscências transcrita abaixo.

Senador, foguetes e gargalhadas – Por Geraldo Duarte

                                                                Senador Wilson Gonçalves

Anos 1960. Acirradas disputas dos cratenses pertencentes a UDN e ao PSD. O advogado paraibano Wilson Gonçalves (1914 - 2000) fez-se chefe político na terra natal do Padre Cícero. Lá foi interventor municipal (1943-1945)e depois foi eleito  deputado estadual, vice-governador do Ceará e senador da República.

Hermes Lucas, era tio do jornalista e escritor Oswaldo Alves de Sousa, autor de “Combatendo Pelo Crato” e “Tipos e Ditos Populares do Crato de Ontem e de Hoje e Outros Temas” (Osvaldo era integrante da UDN, portanto contrário  ao Dr. Wilson que pertencia ao PSD).

Osvaldo é sobrinho de  Hermes Lucas, que era filiado ao PSD, boêmio e conhecido por sua presença de espírito. Também com muita presença de espírito  era um irmão de Hermes, chamado Jorge Lucas, personagem muito conhecido em Crato.

Um sacerdote, buscando Hermes, encontrou com Jorge, e indagou onde  encontraria seu irmão, pois há dois dias o procurava, deixava recados e nenhum êxito. Resposta rápida. “Arme uma arapuca ali, na Praça Siqueira Campos, bote uma rapariga dentro que ele cai.”.

Rapaz afrodescendente, educado e trabalhador enamorou-se da filha de um comerciante. Este, sabendo da amizade do namorado da filha com Jorge, pediu-lhe que interviesse, em face de achar o namoro “desigual”. Ouviu de pronto: “Se você soubesse quanto o jovem é bom, não reclamava e pintava os seus filhos de preto.”.

Todas as vezes que Wilson Gonçalves chegava ao Crato, Hermes, fiel liderado, posicionava vários fogueteiros em pontos estratégicos do itinerário do parlamentar e o foguetório estrondava durante minutos em sua passagem.

Um adversário descobriu que Hermes colocava uma pessoa, a um 1 km da então entrada da cidade, para que, avistando a comitiva, disparasse um rojão, como senha para os correligionários, no centro da cidade, replicarem o foguetório.

Assim, certo dia, um oponente pôs alguém para duas horas antes da chegada de Wilson Gonçalves, soltar o fogo de artifício, fingindo o aviso. Como de praxe, ouvido o sinal, estampidos ecoaram, mas a autoridade não apareceu.

Dizem que, horas depois,  no silencioso trajeto do senador adentrando na cidade, ouviram-se gargalhadas dos opositores. 

De tão queridos, Hermes e Jorge Lucas nominam hoje ruas do Crato.

domingo, 28 de agosto de 2022

Moro rebate Lula: “Não existe uma corrupção do bem e uma do mal” - O Antagonista.

 

Para Sergio Moro, o ex-presidente Lula se esquivou das perguntas de William Bonner e Renata Vasconcellos sobre corrupção nos governos petistas durante a entrevista concedida na quinta-feira ao Jornal Nacional. 

“Quem recebe suborno, em qualquer circunstância, comete um crime e deve ser punido. Não existe uma corrupção do bem e uma do mal”.

Durante sua entrevista, Lula  disse que “a corrupção só aparece quando você permite que ela seja fiscalizada” e que nunca teve nada a ver com as indicações na Petrobras. Moro rebateu o discurso do petista:

“As investigações só foram adiante porque a gente teve um grande apoio da sociedade civil e da população”.

Moro disse ainda não dá para “esperar nada” de um eventual novo mandato de Lula na questão do combate à corrupção.

“É um governante que não reconhece os erros e os crimes praticados durante o seu governo. Como se espera que ele vai evitar a repetição dos mesmos fatos? 

Quem não reconhece erros, não demonstra arrependimentos”.

sábado, 27 de agosto de 2022

Frei Carlos Maria de Ferrara - Postagem do Armando Lopes Rafael.

 O capuchinho que fundou Crato
Armando Lopes Rafael (*)


    A poetisa Adélia Prado escreveu que a memória se contrapõe ao tempo, pois o tempo leva os fatos a serem esquecidos, e a memória os traz de volta, eternizando os momentos...

   Na memória coletiva de Crato persiste uma lacuna: a de realçar, com mais destaque, o protagonismo de Frei Carlos Maria de Ferrara, um humilde Filho de São Francisco, que aqui viveu. A memória, oral ou escrita, é a fonte primária da História, uma ciência cem por cento humana, porquanto feita unicamente pela ação do homem.  Ademais, já dizia o Prof. João Marcelo Sena: “A História não é um filme que passou. É uma película que pode constantemente ser editada e reinterpretada”. Coincidindo com um pensamento da historiadora portuguesa Ana Isabel Baescu quando afirmou: “A história, enfim, é um eterno fluir, e como compreender o presente sem o passado?”

   Fascinante a vida desse Carlos. Nascido, segundo as fontes, em 1706 “numa família abastada, em Ferrara”, cidade situada na região da Emília-Romanha, Norte da Itália. Naquela urbe, localizada próxima à margem sul do Rio Pó – o maior rio italiano – o menino Carlos nasceu e viveu sua infância e adolescência. Lá, rezou na Catedral de São Jorge; frequentou a igreja de San Cristoforo Alla Certosa; visitou outros vetustos templos de Ferrara, uma cidade quase totalmente cercada por 9 quilômetros de antigas paredes de tijolos, construídas entre 1492 e 1520. Bela Ferrara! Pontilhada de edifícios históricos, como o Castelo Estense, o Palazzo dei Diamanti, alguns soberbos espaços públicos como é o caso do Parco Massari.

         Ocorre-me lembrar aqui, uma decisão tomada por um pensador católico brasileiro, Plínio Corrêa de Oliveira (1908-1995), quando optou, ainda adolescente, por deixar as glórias do mundo e seguir o chamado vocacional. Plínio resumiu sua decisão nesta frase: “Quando ainda muito jovem, considerei enlevadas as ruínas da Cristandade. A elas entreguei meu coração. Voltei as costas ao meu futuro e fiz daquele passado carregado de bênçãos o meu porvir!”. O mesmo ocorreu, dois séculos antes da decisão de Plínio, com Carlos de Ferrara.  

A vocação

    Foi em Ferrara, no primeiro quartel do século XVIII, que Carlos tomou a decisão mais séria de sua vida: seguir sua vocação religiosa, dizendo sim ao chamado de Deus. Ele optou pelo carisma Capuchinho, um ramo da primeira ordem de São Francisco de Assis. Aceitou, plenamente, o modus vivendi dessa ordem religiosa que determinava àquela época: “Curai os doentes, ressuscitai os mortos, purificai os leprosos, expulsai os demônios! Recebestes de graça, dai também de graça”.  E passou a viver na pobreza, conservar a  castidade, seguir à risca o que lhe era imposto por seus superiores,  naquilo que seus confrades  chamavam a “santa obediência”.  

     Para vestir, Carlos recebeu um rústico hábito marrom, com um pequeno capuz à cabeça, em italiano: capuccino (capuz pequeno). Para calçar, um par de rústicas e desconfortáveis sandálias de couro. A partir daí o jovem Carlos não teve mais vaidades, a começar pela aparência do rosto, pois lhe foi imposto o uso de barba longa, obrigatória  entre os frades capuchinhos. Em 21 de agosto de 1723, aos 17 anos,  Carlos vestiu o hábito religioso. Depois disso, ainda viveu na Europa por cerca de treze anos.

Brasil: palco da atuação desse frade

   Um dia seus superiores resolveram enviá-lo para o distante e desconhecido Brasil, à época uma colônia de Portugal. Segundo pesquisas do Pe. Antônio Gomes de Araújo (baseadas nos Arquivos da Propaganda Fidei, América Meridionalis, volume II, folha 425) o Bispo de Módena, na Itália, examinou – em agosto de 1736 – o Frei Carlos Maria de Ferrara, destinado à Missão de Pernambuco, no Brasil. E achou-o instruído e capaz para a missão. E o jovem frade atravessou o Mar Mediterrâneo; depois, cruzou o Oceano Atlântico, numa viagem de quase três meses, até avistar o litoral pernambucano, a “Terra dos Altos Coqueiros, de belezas soberbo estendal”... O mesmo Pe. Gomes escreveu – citando os arquivos capuchinhos – que Frei Carlos Maria de Ferrara chegou ao Recife em 15 de agosto de 1736.

    Frei Carlos permaneceu pouco tempo na aprazível capital pernambucana. Logo, seus superiores o destinaram a aldear tribos indígenas no sopé da Chapada do Araripe, distante mais de 600 kms de Recife, numa época que não existiam estradas, meios de transportes ou comunicação entre o litoral e o inóspito interior nordestino. E o frade se lançou a pé, atravessando as léguas tiranas da zona da Mata, do Agreste e do Sertão, levando quase dois meses, até chegar à Chapada do Araripe.

O fundador da Missão do Miranda

   Os antigos chamavam essa Chapada de “Serra do Araripe”. No entanto, as serras são acidentes geográficos com partes altas, seguidas de saliências. Já as chapadas são relevos com topos planos formados em rochas sedimentares. A Chapada do Araripe é uma imensa formação arenítica servindo de divisa entre os Estados do Ceará, Pernambuco e Piauí. Segundo antiga tradição oral, essa imponente Chapada teria sido batizada de “Araripe”, pelos indígenas habitantes do seu entorno. “Araripe” na língua indígena significaria poeticamente: “lugar onde nasce o dia”.

    Arrimados em pesquisas do Pe. Antônio Gomes de Araújo, sabe-se que:  “Aos 18 de dezembro de 1737, o Superior Missionário, Reverendíssimo Padre Frei Carlos Maria de Ferrara começou a zelar no ensino aos índios e a unir as nações indígenas”. Inicialmente, a missão funcionou no local onde hoje é o bairro Mirandão, na cidade de Crato. Por exiguidade de água, naquele recanto, transferiram a missão para novo espaço,  onde hoje é a Praça da Sé – o chão mais sagrado de Crato – que ficava próximo ao então caudaloso Rio Granjeiro. Naquele lugar, Frei Carlos ergueu – em 1740 – uma capela de taipa, coberta de palha. No entanto, já em 1742, construiu – em substituição a antiga, rústica e pobre capelinha –  uma nova capela de pedra e cal dedicada  à Santíssima Trindade, à Nossa Senhora da Penha e a São Fidelis de Sigmaringa.

   Sabe-se que Frei Carlos deve ter chegado ao paradisíaco Vale do Cariri, por volta de 1737. Padre Antônio Gomes de Araújo deixou escrito: “A notícia mais antiga, até agora revelada, referente à missão do Miranda, sua igrejinha e Frei Carlos, traz a data de 30 de julho de 1741”. Está num livro de batizados e casamentos da Paróquia da Vila do Icó, a cuja jurisdição esteve subordinado o Cariri até 1748. Segundo o mesmo Pe. Antônio Gomes de Araújo, estavam aldeados na Missão do Miranda de Frei Carlos membros das tribos Cariris, Cariús, Quixeriús, Curianês, Calabassas e Icozinhos, como consta na página 304,  do livro “Informação Geral da Capitania de Pernambuco em 1749”, volume, publicado no Rio de Janeiro em 1908. Por aí se vê como era ampla a autoridade e poder pessoal de Frei Carlos Maria de Ferrara a governar tantos índios, instruindo-os na Boa Nova de Cristo.

     O frade só deixaria o Vale do Cariri em 1750, para ocupar o cargo de Prefeito dos Capuchinhos de Pernambuco, em Recife. Lá permaneceu até 1753. Naquele ano foi  transferido para o Rio de Janeiro, a  Capital da Colônia,   para exercer as funções de Prefeito dos Capuchinhos naquela importante cidade, a partir de 1754. O Rio de Janeiro  seria a última localidade a receber os frutos do ideal de  Frei Carlos. Por onde ele passou – Itália, Recife, Missão do Miranda (hoje cidade de Crato) e no Rio de Janeiro –  o humilde frade capuchinho foi tido como uma pessoa que irradiava santidade. A santidade é plasmada na simplicidade dos pequenos gestos, que embutem os sinais da prática da caridade. A santidade nem sempre é construída com  grandes gestos. Quase sempre é adquirida com pequenas  atitudes do cotidiano. Nestas, prevalecem o amor  e a sinceridade. 

      No Rio de Janeiro, Frei Carlos faleceu em 1774, com a idade de 68 anos. Nas anotações dos arquivo dos Capuchinhos pode-se ler, ainda hoje,  a anotação que transcrevo abaixo:

“Religioso doce, prudente, virtuoso e nosso Prefeito por vinte anos, vindo de Pernambuco onde também era prefeito. A sua doença foi muito prolongada, porque alguns anos antes da morte teve um esturpor que o privou do movimento das mãos e braços: pouco a pouco, com o favor de Deus e assistência de um bom médico, Romano Sciala, começou a cobrar o perdido, de sorte que já dizia Missa. Mas como os achaques fazem trégua e não paz,  finalmente acabou a vida, tendo-se disposto muito bem para a última passagem. Seu enterro foi assistido por várias pessoas nobres desta cidade, com demonstrações de grande sentimento”

    (*) Armando Lopes Rafael é historiador. As palavras acima foram proferidas no evento promovido, em 19-08-2022, pelo Instituto Cultural do Cariri, em homenagem a Frei Carlos Maria de Ferrara.

Padre Cicero, o monarquista - Postagem do Antônio Morais.


Da janela de sua casa, ele falou aos seus fiéis : Não se preocupem meus filhos, a Monarquia voltará e seremos novamente um pais próspero.

"O Comunismo foi fundado pelo demônio. Lúcifer é o seu chefe e a disseminação de sua doutrina é a guerra do diabo contra Deus.

Conheço o comunismo e sei que é diabólico. É a continuação da guerra dos anjos maus contra o criador e seus filhos."

Padre Cicero Romão Batista.

Gastos Públicos: Monarquia X República –1ª Parte – por Geraldo Helson Winter (*)

 

   Monarquia Constitucional é uma forma de Governo moderna e eficaz. O nosso objetivo é publicar artigos e notícias com a finalidade de tirar dúvidas acerca do tema, mostrar caminhos e soluções para os diversos problemas enfrentados pela Nação, propor ideias para reforma política, conseguir adeptos a causa, desmitificar e recuperar a história deturpada ao longo dos anos. Convidamos todos a conhecer um novo caminho para o país.

     Durante quatro séculos o Brasil se beneficiou da forma de governo monárquica e isto lhe assegurou dimensões continentais, povoamento, desenvolvimento e prestígio internacional. 

    O contraste entre gastos da Monarquia e da República brasileiras também é gritante, apesar da arrecadação, na época da Monarquia, ter crescido 15 vezes nesse período, o salário de Dom Pedro II e de sua família nunca ultrapassou 67 contos de réis. O Marechal Deodoro da Fonseca, entretanto, já no dia 16 de novembro de 1889 assinou decreto dobrando renda destinada ao Chefe de Estado para 120 contos de réis mensais. Com os 67 contos de réis D. Pedro II conseguia manter a Família Imperial, palácios e servidores, além de destinar às vítimas da Guerra do Paraguai 30% da todos os seus rendimentos. Pagava também de seu bolso pensão a necessitados e enfermos, viúvas e órfãos, num total de 409 pessoas. Quando, em 1871, partiu para sua primeira viagem ao Exterior, recusou vultuosa verba oferecida pela Assembleia Geral, além de aumento na dotação da Princesa Isabel, por assumir pela primeira vez a Regência. Na ocasião a Assembleia Geral ofereceu um navio de guerra, com escolta de outros três, para viagem do Imperador, que recusou e preferiu seguir viagem em navio de carreira.

    De lá para cá, o Brasil republicano cai cada vez mais pelas tabelas. No índice da Transparência Internacional sobre percepção da corrupção, irmã gêmea da roubalheira institucional, nosso país encontra-se em 72º lugar. E quem vem entre os mais honestos? Os primeiros lugares são ocupados por Monarquias: Dinamarca, Nova Zelândia, Suécia, Noruega, Holanda, Austrália, Canadá, Luxemburgo e Inglaterra, entre outros. Dois pequenos fatos mostram que as Monarquias são mais bem avaliadas: quando um incêndio destruiu, em 1992, parte do Palácio de Windsor, a Rainha Elizabeth II fez questão de pagar a reforma com seus próprios recursos; o Rei da Espanha, Juan Carlos, em 1991, doou ao patrimônio público um palácio que recebera de presente do Rei Hussein da Jordânia.

    Em suma, Monarquias e Repúblicas evidenciam diferenças de mentalidade diametralmente opostas: enquanto Monarcas visam exclusivamente ao bem de seu povo, Presidentes aproveitam seus mandatos para cobrir os gastos da última eleição e garantir a próxima.

(*) Excertos de um artigo de Geraldo Helson Winter, publicado na edição de número 37 do boletim “Herdeiros do Porvir”.


Gastos Públicos: Monarquia X República –2ª Parte – por Geraldo Helson Winter (*)

    Apesar de as Monarquias serem mais austeras do que as Repúblicas, existe a falsa impressão de que são mais dispendiosas. Um dos motivos é o pomposo cerimonial da Monarquia inglesa, que devido a seu aparato é a mais cara do entre todas as Monarquias. Mas, ainda assim, seu custo é incomparavelmente menor do que o de uma República. O custo anual da Monarquia inglesa é de US$ 1,20 para cada súdito, o da sueca e da belga US$ 0,77, o da espanhola US$ 0,74, o da japonesa US$ 0,41, o da holandesa US$ 0,32. Em sentido contrário, a República dos Estados Unido onera cada contribuinte em quase US% 5 dólares.

     Voltando à Inglaterra, os cofres britânicos desembolsaram 37,4 milhões de líbras para financiar a Monarquia. Em compensação, as propriedades da Coroa, que pertencem à Rainha e são administradas pelo governo, renderam ao país no ano passado 184,8 milhões de líbras. A razão de as Monarquias serem muito mais austeras reside em dois fatores fundamentais: uma é a moralidade elevada dos monarcas e o outro é o mecanismo de transmissão do poder. O primeiro fator denota a sadia formação da consciência moral da pessoa e o segundo denota a sólida formação da estrutura política e social de um país.

   Na República, o declínio vertiginoso da moralidade é sistematicamente alimentado pela engrenagem de transmissão do poder. A transmissão do poder eleitoral e transitório abre espaço a todo tipo de oportunismo, levando governantes medíocres a se preocuparem apenas com interesses pessoais ou, quando muito, com interesses de seu partido, em notório prejuízo do povo e do bem comum.

    Por outro lado, na República muitas famílias precisam ser sustentadas. O Jornal Miami Herald fez uma pesquisa em 1992 e constatou que os Estados Unidos naquele ano tiveram um gasto de mais de US$ 20 milhões em pensões de seus ex-presidentes ou de suas viúvas, sem contar as despesas com a proteção oferecida pelo Serviço Secreto, estimadas na época em US$ 18,5 milhões. No Brasil a República não é diferente. Os ex-presidentes brasileiros têm, por lei, direito a empregar oito servidores às custas do erário, além de utilizar dois carros oficiais com motoristas.

(*) Excertos de um artigo de Geraldo Helson Winter, publicado na edição de número 37 do boletim “Herdeiros do Porvir”.

O Servo de Deus Padre Cícero Romão Batista -- por Armando Lopes Rafael (*)

     O anúncio foi feito pelo Bispo de Crato, Dom Magnus Henrique Lopes. E foi recebido pelos fiéis, presentes à missa campal, em memória do Padre Cícero – em Juazeiro do Norte, no último dia 20 de agosto de 2022 – em meio às palmas, espocar de fogos, toque de sinos nos campanários e lágrimas, muitas lágrimas de alegria, por parte da multidão. Transformava-se em realidade um sonho guardado no recôndito dos corações dos devotos residentes na Nação Romeira, vasto território que se espalha pelo Nordeste brasileiro. Afinal, a Santa Sé – com a aprovação do Papa Francisco – autorizava o início do Processo de Beatificação do Padre Cícero Romão Batista.

   Este sacerdote católico foi em vida – e continua sendo depois da sua morte, há quase noventa anos –, a personalidade mais venerada pelas populações do Nordeste brasileiro.  Dentre as personalidades nascidas no Cariri, Padre Cícero tornou-se a mais conhecida em todo o Brasil. Para os seus afilhados humildes e pobres, espalhados pelos territórios da zona da mata, agreste e sertão e, em menor escala, noutras regiões do Brasil, ele é o “Meu Padim Ciço”.  Aquele a quem os fiéis católicos podem recorrer nos momentos de sofrimentos e dificuldades. Para esta porção do Povo de Deus, Padre Cícero é o “Santo dos Pobres”, o “referencial” presente da Boa Nova que Jesus Cristo anunciou à humanidade, nos anos que esteve encarnado aqui na Terra, através dos seus ensinamentos, atos e parábolas.

   O Papa Francisco não apenas veio ao encontro de um anseio de muitas gerações de nordestinos. Fez mais. Oficializou, num gesto concreto, o reconhecimento da santidade de Padre Cícero. Ratificou uma carta, enviada à Diocese de Crato em 2015, assinada pelo Cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, onde consta o parágrafo abaixo:

    É inegável que o Padre Cícero Romão Batista, no arco de sua existência, viveu uma fé simples, em sintonia com o seu povo e, por isso mesmo, desde o início, foi compreendido e amado por este mesmo povo. A sua visão perspicaz, ao valorizar a piedade popular da época, deu origem ao fenômeno das peregrinações, que se prolonga até hoje, sem diminuição tanto no número como no entusiasmo das multidões que acorrem, anualmente, a Juazeiro. Essa amada Diocese tem procurado incorporar este movimento popular com um grande esforço de evangelização, orientando-o para o Cristo redentor do ser humano. Integrando seu aspecto popular e devocional em uma catequese renovada, fortalece e anima o romeiro em sua vida cotidiana, tornando-o sempre mais consciente do seu batismo e ajudando-o a viver sua vocação específica de cristão no mundo”.

   E, a partir de agora, o Padre Cícero Romão Batista passará a ser chamado de “Servo de Deus”, título que a Igreja Católica dá a uma pessoa cujo processo de canonização foi oficialmente aberto.

(*)Artigo publicado na edição do jornal "O Povo", de Fortaleza, de 27 de agosto de 2022.

A Tebet o que é de Tebet - Cláudio Dantas, o antagonista.

 


A campanha de Simone Tebet começou realmente hoje na sabatina do Jornal Nacional. Desconhecida do grande público e desprezada em seu próprio partido, a emedebista surpreendeu com a combinação de três fatores essenciais para uma eleição: experiência política, capacidade técnica e emoção autêntica.

Curiosamente, saiu-se bem melhor sob a pressão do enorme público da Globo do que em entrevistas recentes a emissoras de rádio e portais. Tirou proveito da atuação recente na CPI da Covid e da trajetória política sem denúncias de corrupção.

Com menções pontuais à pandemia e a escândalos do passado, conseguiu desferir golpes em Jair Bolsonaro e Lula, os dois líderes das pesquisas. Também cutucou Ciro Gomes, seu concorrente direto, ao explicar como, caso seja eleita, financiará projetos de estímulo econômico, desenvolvimento da educação e de assistência social.

Em vez de fórmulas populistas, equações matemáticas feitas por uma equipe de economistas liberais, com visão moderna do Estado. Menos bolsa, mais emprego.

sexta-feira, 26 de agosto de 2022

A mesma lenga lenga - Por Antônio morais.



Eu não assistir a entrevista do Lula no Jornal Nacional. Eu não acredito mais no discurso piedoso, mentiroso e chorão do Lula.

Certamente ele não pode confirmar para os brasileiros a devolução de bens da presidência da republica surrupiados do Palácio do Planalto. 

Lula não tem como explicar o comboio que trouxe esse material para São Paulo, o deposito no Banco do Brasil e o pagamento dos alugueis feitos pelas empreiteiras. 

Eu conheço o Lula, não perco tempo com ele, quem quiser se enganar pela quinta vez que o faço. Não tenho predileção  por  corrupto.  Continua o mesmo covarde de sempre, antes botava a culpa  na finada Marisa, agora  reconhece corrupção  no governo da Dilma.

Lula  é o lixo que não há como ser reciclado.  

11 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.



A amizade cada vez mais íntima com seu marido, o amor que suas próprias filhas cultivavam cada vez mais por sua preceptora. Ver aquela mulher causadora de tantas preocupações, cuidando e convivendo com suas 2 filhas; e com seu marido, provavelmente era um sentimento insuportável para Dona Teresa Cristina.

O Palácio Imperial de Petrópolis , a mansão de veraneio , estava pronto e toda a família , inclusive a Condessa viajavam frequentemente para agradável cidade .
Petrópolis se tornou a segunda maior paixão de Pedro . Estar naquele lindo lugar e ainda ao lado de sua amada Condessa .

Foram momentos inesquecíveis para ambos e relatados em suas cartas , cartas essas , que foram escritas por toda a vida, sempre cheias de amor, amizade e cumplicidade.
Os encontros no Corcovado, trocavam juras de amor, “ como testemunha, a paisagem exuberante e os som do vento batendo nas frondosas árvores " trecho do diário de Pedro II.

A vida parecia ter chegado para Pedro. Um menino órfão, em meio sempre de muita pressão psicológica.

Continua na próxima postagem.

quinta-feira, 25 de agosto de 2022

Sabedoria prodigiosa - Por Antonio Morais


Com base nesse razoado conceito, peço permissão para contar a historia de uma velhinha de 95 anos que diariamente passava pela casa do Rei e falava para o mesmo: Deus te proteja, te dê saúde e muitos anos de vida. 

Todo dia era a mesma cantilena. Um dia o Rei procurou saber da velhinha porque desejava sempre proteção, saúde e vida muito longa! 

A velhinha respondeu: O seu avô não valia um tostão, seu pai não valia um vintém, você não vale nada! Estou muito preocupada com o próximo.

A Corte dos padrinhos - Ministra Eliana Calmon.


Ministra Eliana Calmon.

Desembargadores, Juízes e Políticos - como funciona a troca de favores.
Entrevista direta no fígado: Esta Ministra deveria ser cogitada para ir para o Supremo. Vejam sua franqueza e coragem  A ministra Eliana Calmon, a corregedora do CNJ: "Eu sou uma rebelde que fala".
A corte dos padrinhos.
A nova corregedora do Conselho Nacional de Justiça diz que é comum a troca de favores entre magistrados e políticos. 
Em entrevista a VEJA, Eliana Calmon mostra o porquê de sua fama. Ela diz que o Judiciário está contaminado pela politicagem miúda, o que faz com que juízes produzam decisões sob medida para atender aos interesses dos políticos, que, por sua vez, são os patrocinadores das indicações dos ministros. 
Por que nos últimos anos pipocaram tantas denúncias de corrupção no Judiciário? Durante anos, ninguém tomou conta dos juízes, pouco se fiscalizou. A corrupção começa embaixo. Não é incomum um desembargador corrupto usar o juiz de primeira instância como escudo para suas ações. Ele telefona para o juiz e lhe pede uma liminar, um habea s corpus ou uma sentença. Os juízes que se sujeitam a isso são candidatos naturais a futuras promoções. Os que se negam a fazer esse tipo de coisa, os corretos, ficam onde estão. 
A senhora quer dizer que a ascensão funcional na magistratura depende dessa troca de favores? O ideal seria que as promoções acontecessem por mérito. Hoje é a política que define o preenchimento de vagas nos tribunais superiores, por exemplo. Os piores magistrados terminam sendo os mais louvados. O ignorante, o despreparado, não cria problema com ninguém porque sabe que num embate ele levará a pior. Esse chegará ao topo do Judiciário. 
Esse problema atinge também os tribunais superiores, onde as nomeações são feitas pelo presidente da República? 
Estamos falando de outra questão muito séria. É como o braço político se infiltra no Poder Judiciário. Recentemente, para atender a um pedido político, o STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. 
A tese que a senhora critica foi usada pelo ministro Cesar Asfor Rocha para trancar a Operação Castelo de Areia, que investigou pagamentos da empreiteira Camargo Corrêa a vários políticos. 
É uma tese equivocada, que serve muito bem a interesses políticos. O STJ chegou à conclusão de que denúncia anônima não pode ser considerada pelo tribunal. De fato, uma simples carta apócrifa não deve ser considerada. Mas, se a Polícia Federal recebe a denúncia, investiga e vê que é verdadeira, e a investigação chega ao tribunal com todas as provas, você vai desconsiderar? Tem cabimento isso? Não tem. A denúncia anônima só vale quando o denunciado é um traficante? Há uma mistura e uma intimidade indecente com o poder. 
Existe essa relação de subserviência da Justiça ao mundo da política? 
Para ascender na carreira, o juiz precisa dos políticos. Nos tribunais superiores, o critério é única e exclusivamente político. Mas a senhora, como todos os demais ministros, chegou ao STJ por meio desse mecanismo. 
Certa vez me perguntaram se eu tinha padrinhos políticos. Eu disse: “Claro, se não tivesse, não estaria aqui”. Eu sou fruto de um sistema. Para entrar num tribunal como o STJ, seu nome tem de primeiro passar pelo crivo dos ministros, depois do presidente da República e ainda do Senado. O ministro escolhido sai devendo a todo mundo. 
No caso da senhora, alguém já tentou cobrar a fatura depois?
Nunca. Eles têm medo desse meu jeito. Eu não sou a única rebelde nesse sistema, mas sou uma rebelde que fala. Há colegas que, quando chegam para montar o gabinete, não têm o direito de escolher um assessor sequer, porque já está tudo preenchido por indicação política. 
Há um assunto tabu na Justiça que é a atuação de advogados que também são filhos ou parentes de ministros. Como a senhora observa essa prática? 
Infelizmente, é uma realidade, que inclusive já denunciei no STJ. Mas a gente sabe que continua e não tem regra para coibir. É um problema muito sério. Eles vendem a imagem dos ministros. Dizem que têm trânsito na corte e exibem isso a seus clientes. 
E como resolver esse problema?
Não há lei que resolva isso. É falta de caráter . Esses filhos de ministros tinham de ter estofo moral para saber disso. Normalmente, eles nem sequer fazem uma sustentação oral no tribunal. De modo geral, eles não botam procuração nos autos, não escrevem. Na hora do julgamento, aparecem para entregar memoriais que eles nem sequer escreveram. Quase sempre é só lobby . 
Como corregedora, o que a senhora pretende fazer?
Nós , magistrados, temos tendência a ficar prepotentes e vaidosos. Isso faz com que o juiz se ache um super-homem decidindo a vida alheia. Nossa roupa tem renda, botão, cinturão, fivela, uma mangona, uma camisa por dentro com gola de ponta virada. Não pode. Essas togas, essas vestes talares, essa prática de entrar em fila indiana, tudo isso faz com que a gente fique cada vez mais inflado. Precisamos ter cuidado para ter práticas de humildade dentro do Judiciário. É preciso acabar com essa doença que é a “juizite”. 

A música e sua história - O mundo é um moinho - Cartola.

Cartola fez esta musica quando soube que sua filha era prostituta: O mundo é um moinho! É de cortar coração a dor do filho cantando a pedido do pai.

Ainda é cedo, amor
Mal começastes a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar

Presta atenção, querida
Embora eu saiba que está resolvida
Em cada esquina cai um pouco de tua vida
Em pouco tempo não serás mais quem és

Ouça-me bem, amor
Presta atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões a pó

Presta atenção, querida
De cada amor tu herdaras só o cinismo
Quando notares esta a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés.


quarta-feira, 24 de agosto de 2022

10 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.

Pedro poderia pensar em outros assuntos, em amor por exemplo. Em sentir amor por alguém, se apaixonar, desejar alguém. Mas o que lhe esperava era um sentimento que ele nunca tinha imaginado. 

Uma amiga, uma amante, um amor que ultrapassaria barreiras físicas e cronológicas. Considerada por ele mesmo sua alma gêmea, sua fonte de energia e interesse.

Uma nova mulher surgia; desta vez para sempre. Uma nobre, filha de visconde, seu nome era Luísa, a Condessa de Barral. Foi convidada para ser preceptora das filhas, do Imperador.

Em meio a todo uma convivência, Pedro e Luísa se tornaram grandes amigos. O Imperador admirava muito mulheres como ela. Cultas, informadas e inteligentes. 

Os laços foram cada vez ficando mais intensos, um sentimento e uma identificação mútua cresciam. Uma mistura de amizade, admiração e desejo.

A Condessa também se tornou dama de companhia da Imperatriz Teresa Cristina, porém Dona Teresa não era muito próxima de Luísa, sabia que tinha algo “errado” uma proximidade incomum com Pedro, que ainda não era um caso amoroso ou sexual, mas uma amizade e identificação mútua em interesses e gostos muito intensa.

Continua na próxima postagem.

Hino de Nossa Senhora da Penha - Por Antonio Morais

Postagem dedicada a  todos os cratenses espalhados pelo mundo que ainda tem a capacidade  de sentir saudades de Nossa Senhora da Penha.

A União faz a força - Postagem do Antônio Morais.



Ao Dr. Antônio Roberto.

Psicólogo e psicoterapeuta

Dr. espero que possa me ajudar:

Peguei meu carro e saí pra trabalhar, deixando meu marido em casa vendo televisão, como sempre. Rodei pouco mais de 1 km quando o motor morreu e o carro parou. Voltei pra casa, para pedir ajuda ao meu marido. Quando cheguei, nem pude acreditar, ele estava no quarto, com a filha da vizinha! Eu tenho 32 anos, meu marido 34, e a garota 20. Estamos casados há 10 anos, ele confessou que eles estavam tendo um caso há 6 meses. Eu o amo muito e estou desesperada. Você pode me ajudar?

Antecipadamente grata.

Laura.


Resposta.

Cara Laura.

Quando um carro para depois de haver percorrido uma pequena distância, isso pode ter ocorrido devido a uma série de fatores. Comece por verificar se tem gasolina no tanque. Depois veja se o filtro de gasolina não está entupido. Verifique também se tem algum problema com a injeção eletrônica. Se nada disso resolver o problema, pode ser que a própria bomba de gasolina esteja com defeito, não proporcionando quantidade ou pressão suficiente nos injetores. A pessoa ideal para ajudá-la seria um mecânico. Você jamais deveria voltar em casa para chamar seu marido. Ele não é mecânico. Você está errada. Não repita mais isso.

Espero ter ajudado.

Dr. Antônio Roberto

Eita raça unida o tal de homem!

terça-feira, 23 de agosto de 2022

09 - Era do Império - Por EQUIPE PEDRO II DO BRASIL.


As princesas Isabel e Leopoldina.

Ao longo do tempo, Pedro, foi consolidando o status de governante do Brasil, em meio à inúmeras ocupações, problemas, Revoluções Liberais, Guerras, decisões...O Império Brasileiro parecia crescer e realmente estava crescendo e se consolidando em uma economia mais forte e estável.

Pedro estava cumprindo a tarefa que o foi destinado, ser um “Imperador Modelo”. Ponderado, Racional e Fiel a Constituição.

Mesmo não apaixonado por sua esposa; como marido e imperador, seu papel foi cumprido. Dia 15 de novembro de 1846, nasceu a primeira filha do casal imperial, Isabel Cristina. De alguma forma sua obrigação foi feita. Ter uma herdeira de seu trono. Logo após em 1847, nascera mais uma menina, a princesa Leopoldina, as duas irmãs eram bastante companheiras e amigas uma da outra durante toda a juventude.

Ao longo do tempo ele começou a admirar Dona Teresa Cristina, uma companheira fiel e carinhosa, uma dona de casa cheia de predicados, a paixão pela música, seu talento ao piano e no canto, uma mãe zelosa e muito dedicada. A Imperatriz foi ganhando a admiração e a cumplicidade de Pedro.

De alguma forma a rotina parecia mais calma, mas previsível.

Continua na próxima postagem.

Ladainha de São Raimundo Nonato - Postagem do Antônio Morais.

Este vídeo  foi gravado  na residência  do meu pai, no dia 30 de Abril  de 1998, data de seu aniversario, dois meses antes de seu falecimento.  

A missa foi celebrada pelo Padre José Mota Mendes  nos moldes  antigos com as  ladainha primeira e segunda.  

Banda de música do Crato já regida pelo maestro Bonifácio e o coral de Nossa Senhora da Penha com a regência  da maestrina Miralva. Coral do qual eu e minha esposa Nair faziamos parte. Com a participação  do Maestro Mestre Chagas.


"Deus, vindi em nosso auxilio"!


Lula nem faz ideia de quem foi JK - Postagem do Antonio Morais.


O presidente Juscelino Kubitschek foi o que o brasileiro gostaria de ser. O presidente Lula é o que a maioria dos brasileiros é. Incapaz de folhear biografias, sem paciência nem disposição para estudar a História do Brasil, Lula não faz idéia de quem foi o antecessor. Mas gosta de comparar-se a JK. Primeiro, apresentou-o como exemplo a seguir. Não demorou a descobrir-se, como reiterou no fim de semana, bem superior ao modelo e infinitamente melhor que todos os outros. Sedutor, inventivo, culto, cosmopolita, generoso, amante do convívio dos contrários, Juscelino não gostaria de ser comparado a um chefe de governo falastrão, gabola, provinciano, que odeia leituras, inclemente com adversários, a quem culpa por tudo, e misericordioso com bandidos de estimação, a quem tudo perdoa. Ambos nasceram em famílias pobres, ultrapassaram as fronteiras impostas ao gueto dos humildes e alcançaram o coração do poder. Esse traço comum abre a diminuta lista de semelhanças, completada pela simpatia pessoal, pelo riso fácil e pela paixão por viagens aéreas. Bem mais extensa é a relação das diferenças, todas profundas, algumas abissais.
O pernambucano de Garanhuns é essencialmente um político: só pensa nas próximas eleições. O mineiro de Diamantina foi um genuíno estadista: pensava nas próximas gerações. Lula ama ser presidente, mas viveria em êxtase se pudesse ser dispensado de administrar o país. Bom de conversa e ruim de serviço, detesta reuniões de trabalho ou audiências com ministros das áreas técnicas e escapa sempre que pode do tedioso expediente no Palácio do Planalto. JK amava exercer a Presidência, administrava o país com volúpia e paixão ─ e a chama dos visionários lhe incendiava o olhar ao contemplar canteiros de obras que Lula visita para palavrórios eleitoreiros. Lula só trata com prazer de política. JK tratava também de política com prazer. O país primitivo dos anos 50 pareceu moderno já no dia da posse de JK. Cinco anos depois, ficara mesmo. O otimista incontrolável inventou Brasília, rasgou estradas onde nem trilhas havia, implantou a indústria automobilística, antecipou o futuro. Cometeu erros evidentes. Compôs parcerias condenáveis, fechou os olhos à cupidez das empreiteiras, não enxergou o dragão inflacionário. Mas o conjunto da obra é amplamente favorável. Com JK, o Brasil viveu a Era da Esperança.
O país moderno deste começo de milênio pareceu primitivo no momento em que Lula ganhou a eleição. Seis anos e meio depois, ficou mesmo. As grandezas prometidas em 2002 seguem estacionadas no PAC. As estradas federais estão em frangalhos. A educação se encontra em estado pré-falimentar. O sistema de saúde é lastimável. A roubalheira federal atingiu dimensões amazônicas. Mas Lula está bem no retrato, reiteram os institutos de pesquisa.Talvez esteja. Primeiro, porque milhões de brasileiros inscritos no Bolsa-Família são gratos ao gerente do programa que os reduziu a dependentes da esmola federal. Depois, e sobretudo, porque o advento da Era da Mediocridade tornou o país mais jeca, mais brega, muito menos exigente, muito menos altivo. Nos anos 50, o governo e a oposição eram conduzidos pelos melhores e mais brilhantes. O povo que sabia sonhar sabia também escolher melhor. Mereceu um presidente como JK. No Brasil de Lula, mandam os medíocres. O grande rebanho dos conformados tem o pastor que merece.
Augusto Nunes.

segunda-feira, 22 de agosto de 2022

Monarquia Brasil já - Postagem do Antônio Morais.

 

"A tarefa de transformar o Brasil em um Estado-nação em pleno funcionamento coube a um garoto de 14 anos. D. Pedro II dedicou-se nos próximos cinquenta anos a enfrentar esse formidável desafio. 'Durante o que é agora uma longa vida', ele refletiu em novembro de 1891, 'apliquei todas as minhas forças e toda a minha devoção para assegurar o progresso e a prosperidade de meu povo'. 

Diligente, paciente e, acima de tudo, perseverante, ele evitava iniciativas ousadas e confrontos. Primeiramente o imperador estabeleceu um domínio irrefutável sobre os assuntos públicos, e sua integridade e imparcialidade eram respeitadas por todos. 

Mais do que isso, a identidade pública que ele desenvolveu incorporava os valores que o círculo de governo no Brasil desejava para o país. Ele era, ao mesmo tempo, o imperador modelo e o cidadão modelo. Tanto literal quanto metaforicamente, sobrepujava seus compatriotas. 

As realizações de D. Pedro II no âmbito nacional e a elevada reputação que desfrutava no exterior convenceram os brasileiros de que os objetivos que ele defendia criariam um país tão poderoso e civilizado quanto a França, Grã-Bretanha e Estados Unidos"

O Cruzeiro, origem e razão - Por Antônio Morais

Você conhece a historia do Cruzeiro do Beco de Zé Bitu? Poucos conhecem a origem e a razão de sua existência e sua historia. As missões percorriam os povoados brasileiros construindo marcos/cruzeiros onde deveriam ser construídas as igrejas. 

Em Várzea-Alegre, deveria ser construída nossa matriz no lugar indicado pelo cruzeiro. Porém, em atendimento a um pedido de Maria Teresa de Jesus, esposa de Papai Raimundo e por determinação do seu filho Major Joaquim Alves a igreja foi construída no local onde está, ou seja onde ficava a casa de papai Raimundo. 

 O Cruzeiro ficou como marco da historia das missões e chamam-no de isolado, talvez porque a própria historia tratou de assim fazer.