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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 30 de setembro de 2020

AMOR E ENTUSIASMO - Edmilson Alves


O amor sem entusiasmo é ficar, é atender demandas de desejos, e, após a satisfação carnal ninguém se lembra com esteve na cama para atender instintos animais. O entusiasmo é no amor é o início de uma paixão que dura quase dois anos e se exauri em si. 

Mas, surge o amor companheiro em que os hormônios borbulham com menor intensidade, porém, há mais racionalidade e o casal terão objetivos comuns. Esse relacionamento, dependendo de ambos os temperamentos poderá demora muitos anos, formando uma família organizada e disciplinada. Todavia se os pode se os temperamentos forem antagônicos o circo pega fogo após juntar as escovas de dente. 

O amor pode ter a rapidez de um relâmpago em que surge no primeiro olhar, e, poderá perenizar-se quando encontra a alma que procura pra companhia de seu espírito. O alimento do amor é reciprocidade, compreensão, carinho, curando a solidão e harmonizando a emoção. O entusiasmo não é apenas, um encanto ou um delírio momentâneo, como acontece quando ouvimos a palavra de um eloquente orador, o delírio momentâneo é passageiro, enquanto, o amor poderá ser permanente, inebriando a vida de quem aprendeu a amar!

O amor é luz. É paixão que não sidera, mas, arde de fervor, embora refresque a alma quando está inquieta, em dúvida e aflita. O amor é um estado anímico, é uma plenitude mística e espiritual, similar ao entusiasmo motivado quando deparado com a verdade ou a felicidade.

terça-feira, 29 de setembro de 2020

PENSAR É F..... - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


A ninguém parece ser concedido o direito de ter um jeito próprio de ser. Logo eu, que me lembro dos meus mortos pelos seus jeitos de rir, como fico nisso tudo? Ou a gente de apruma na foto ou a vaia come de esmola, por meio de uma pressão eletrônica que não permite que o cão assista missa como se ouvisse música.

Ora, não tem mais essa, por falta de tempo e espaço, de que “não estou fazendo nada e você, também”. Ninguém tem o direito de ser antigo, sob pena de ser engolido pelo labirinto dos algoritmos.

A muvuca dos eventos com imagens se destina a nos fazer parecer o que não somos e ficamos sem saber de onde vem essa coisa.

De onde parte essa pressâo eletrônica que nos encurrala do jeito que o rei mandou? Ou a ordem veio do cão da Itaoca?

Fica cada vez mais claro que viver e´ mover com links, likes, Lifebuoy, sabão pavão, desde que prove lavar mais branco.

Ja´ me faço, em demasia, a pergunta: o que nós somos e, afinal de contas, o que estamos fazendo aqui?

Que diabo de medida desconhecida é essa que nos regula, para a gente pegar uma migalha de informacão sobre esse mistério?

Todo mundo quer falar ao mesmo tempo, porque a pós-verdade exige ignorar o obsoleto e a modernidade está na boca de cada um.

Uma ova que está e não há porto seguro à vista.

Como disse o bardo inglês: “Somos para os deuses (?) como insetos para meninos vagabundos: eles nos matam se divertindo”.

E aí, como fica essa parada?

Gostaria, também, de saber porque estou escrevendo sobre esse mundo idiota, num domingo melancólico, em que estou escapando do covid-19, esta praga que existe e ninguém vê.

Cerveja gelada todo mundo bebe.

Eu quero ver é quente.

segunda-feira, 28 de setembro de 2020

O QUE É QUE HÁ NO FUTEBOL DE CADA DIA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

É verdade que o futebol, na sua maneira de ser jogado, vem recebendo alterações que não eram vistas com freqüência.

Já se revirou tudo, misturou-se um bocado de coisas, mas essa ideia dos ingleses continua sendo reconhecida na sua essência.

Vejam o grau de exigência dos especialistas, dos entendidos da matéria, ex-jogadores, jogadores ou não.

Querem porque querem que se crie um grande time, jogando como o Flamengo de Jorge Jesus, assim, sem mais nem menos, num toque de Midas transformador.

Saber o que é futebol e, também, ensiná-lo, com competência, é função de quem se julga treinador de futebol.

Só que a transformação de uma equipe, por maior que ela seja, não é tarefa tão fácil e traz a uma série de exigências para que o sonho se concretize.

Por conta disso, é fácil perceber o esforço de se criar, no laboratório, um time que se coloque no ataque, pressione o adversário no seu próprio campo, recupere a bola, onde ela foi perdida, obedecendo a uma rotatividade de jogo e tendo a velocidade na base de suas ações.

Todo mundo fala pouco e ruim, produz um tremendo barulho e a conclusão é muita conversa mole travestida de solução

Vejo o Atlético Mineiro, de Sampaoli, jogando de maneira comum, sem sinais evidentes daquilo que foi prometido.

O Grêmio, de Renato Gaúcho, está é longe daquela equipe de futebol envolvente e se acomoda num joguinho de perde e ganha, como aconteceu no confronto com o Palmeiras.

O alviverde, de Luxemburgo, é outro alvo preferido dos que buscam a representação de uma equipe capaz de assumir um protagonismo no cenário atual.

Não tem brilho e os recursos do Luxa são os mais do mesmo, num futebol limitado, em cima de tênues vantagens durante o jogo.

Além do que os treinadores não têm esse poder todo que lhe atribuem, apesar de serem incensados, como se tudo fosse uma maravilha.

O pior de tudo é que estão naturalizando, com a maior desfaçatez, a ruindade em campo, a falta de disposição para jogar o aceitável.

É como se existisse um pacto para defender o produto futebol, num “me angana que eu gosto”, que chega a ser patético e abusivo.

Sem a emoção do torcedor nas arquibancadas, jogadores se contentam em fazer papéis menores e tudo acaba numa representação teatral amadora.

A cada partida, fico com a sensação de já ter visto aquele jogo sem graça, com jogadores acomodados em realizar tarefas que não custem maior esforço.

Quero me animar e o nosso futebol de cada dia é indispensável nesse processo, desde que jogado com mais comprometimento e imune ao festival de besteiras que assola o nosso terreiro.

domingo, 27 de setembro de 2020

A vida - Por Mário Quintana.


A vida são deveres que nós trazemos para  fazer em casa. Quando se vê, já são seis horas. Quando se vê, já é sexta-feira. Quando se vê, já terminou o ano. Quando se vê, já se passaram 50 anos. E agora é tarde demais para ser aprovado. 

Se me fosse dada, um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o relógio. Seguiria sempre em frente, e iria jogando pelo caminho, a casca dourada e inútil das horas.

Dessa forma eu digo : Não deixa de fazer algo que gosta devido a falta de tempo, a única falta que terá, será desse tempo que infelizmente não volta mais.

sábado, 26 de setembro de 2020

O Santo Vicente – por José Luís Lira (*)

   Na prestigiada revista “O Cruzeiro” que circulava em 24/09/1960, há 60 anos, a escritora Rachel de Queiroz escrevia sobre os trezentos anos do falecimento de São Vicente de Paulo, o santo da caridade, celebrado domingo, dia 27. Depois de tantos anos, a palavra de Rachel de Queiroz que se declarava agnóstica (impossibilidade de dizer com certeza se Deus existe ou não), escreveu uma das mais belas páginas sobre o extraordinário São Vicente de Paulo. A crônica de minha amada madrinha Rachel merecia ser transcrita na íntegra, mas, o espaço aqui não é suficiente então, transcrevo trechos. Com a palavra, a imortal Rachel de Queiroz:

 “...em 27 de setembro de 1660, morria em Paris um ancião. Camponês de nascimento, pastor na sua infância, prisioneiro de piratas e cativo de um alquimista árabe nos seus vinte anos, padre, postulante em Roma, confidente de S. Francisco de Sales e Santa Joana de Chantal, discípulo do Cardeal de Bérulle, preceptor daquele que foi depois o demoníaco e aventureiro Cardeal de Retz, esmoler da Rainha Margot, confessor “in extremis” de Luiz XIII, diretor espiritual de Ana d’Áustria (...), esmoler-geral das galeras do Rei, intermediário de paz nas lutas da Fronda, fundador das congregações dos Lazaristas e das Irmãs de Caridade - chamou-se em vida Vincent-de-Paul. É o nosso São Vicente de Paulo. Mas, nos altares onde subiu, não é representado junto a reis nem rainhas - mas como um padre velho que abriga sob a capa duas crianças desvalidas. Pois o que fez um santo do camponês de-Paul, não foi a convivência dos grandes - foi a sua heroica virtude da caridade...

    Há, na santidade de Vicente de Paulo um elemento que o aproxima especialmente de nós, no nosso século tumultuoso. É a sua condição de ativista, de homem atuante, de operário de Deus, que enfrenta o mal pegando-o pelos chifres, em vez de apenas o exorcizar. Com a sua energia de camponês, o seu bom senso popular, fez da caridade uma tarefa do corpo, além de uma exaltação da alma. S. Vicente é um santo que a gente entende, e, como o entende, ama-o melhor que aos outros, os que sobem às altas esferas da doutrina e do misticismo. S. Vicente, contemporâneo de Richelieu e de Luiz XIV, soube ensinar a um mundo ofuscado por esses dois que foram o alfa e o ômega do Grande Século, que além da grandeza política, além do orgulho nacional, além do poder e da pompa de Rei, existe uma glória maior, mais duradoura: a glória humilde de servir, de enxugar lágrimas e sarar dores.

   Trezentos anos se passaram. De Richelieu e Luiz, o Sol, que resta? Pedras mortas, páginas de livros. Mas a obra de Vicente de Paulo está aí, viva, palpitante, eterna, maior ainda que em vida do santo, multiplicada muitas vezes. Não há lugar perdido no Mundo, na Europa, na Ásia, na África, na América ou na Oceania, que não apareça nos mapas da caridade como parte de uma província Vicentina. Hospitais, orfanatos, escolas, asilos - qualquer forma de caridade elas revestem”.

    Rachel prova aquela imortalidade que o também imortal Victor Hugo, célebre escritor francês, afirmou ao ser eleito para a Academia Francesa de Letras, em 1841, “Verdadeiramente imortais são os santos católicos que quase 2000 anos depois de sua morte ainda recebem culto”.
São Vicente de Paulo, rogai por toda a humanidade!
 
   (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.


quinta-feira, 24 de setembro de 2020

ESTÓRIA DO DENTE DE LEITE - Por Antônio Gonçalo de Sousa.

O "dente de leite" tem vida curta. Em épocas passadas o mesmo só tinha alguma ênfase quando ficava mole. Era sinal de que deveria ser arrancado. Mas à época, não tinha estória de levar o portador ao dentista. 

A extração era feita à base de cordão que, amarrado ao canino, era puxado com força para que, em questão de segundos,  ficasse ali só  a falha, que era chamada pejorativanente de "porteira".

Em um ritual simples, cada vez que um dente de leite era extraído,  a oração ensinada pelos mais velhos era rogada em coro pelos presentes: " mourão mourão, pegue seu dente podre e me dê um são".

Após esse ato, o dono do dente arrancado jogava-o de costas em cima do telhado da casa,  na certeza de que um outro nasceria firme e forte para substituí-lo...

Burrice demais ou caráter de menos - José Newmanne Pinto.

 


Os radares do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, instituição oficial, pertence ao Ministério de Ciência e Tecnologia e respeitável constataram que nos 20 dias iniciais deste mês de setembro mais de 5.900 focos de queimadas, um recorde histórico. 

Enquanto isso na Amazônia, onde em setembro do ano passado foram registrados 19.900 focos de incêndio, em 20 dias este ano já foram contados 30 mil. 

Mas o presidente da República, Jair Bolsonaro, dá parabéns a seus assessores da área ambiental, particularmente o vice-presidente, Hamilton Mourão, e o ministro Ricardo Salles, por seu desempenho administrativo. 

É de perguntar se é um surto de excesso de burrice ou de falta de caráter. 

Mas é mais provável que sejam as duas coisas ao mesmo tempo.

quarta-feira, 23 de setembro de 2020

Brasil passa vexame na ONU - Por José Newmanne Pinto.

 


Cumprindo tarefa histórica de abrir assembleias-gerais da ONU, Brasil passou vexame no discurso do presidente Jair Bolsonaro. Em vez de se dirigir ao mundo, como se espera de um estadista, o chefe do Executivo repetiu a seus fanáticos as mentiras que fazem do País pária do mundo. 

Todos sabem que o desempenho do governo brasileiro no combate à pandemia foi o pior de todos, não o melhor, de que ele se gabou. Cometeu erro grosseiro de aritmética ao atribuir à ajuda emergencial aos pobres de cento e pouco dólares em mil, dez vezes, um zero à direita por mês e inculpou caboclos e índios por focos de fogo na Amazônia. 

Para completar, deu um show de sabujice ao fazer campanha eleitoral indireta de seu ídolo, Donald Trump, em campanha pela reeleição. Foi o discurso mais cínico do encontro. 

O mais cretino foi o do citado Trump. E o mais hipócrita do líder chinês, Xi Jipingng, que prometeu combater a poluição com metas a serem atingidas em 2060.

NÃO DESTRUA SEU CARATER - Por Edmilson Alves.

Não destrua o seu caráter, inda que sua índole seja de gente malvada. Mas, antes de proferir palavras levianas, julgue-se e reflita se você gostaria que lhe fizessem  o mesmo!  

A vida é o bem mais precioso da criatura e ninguém lucido e honrado jamais deve ser maculado por palavras ferinas de pessoas malvadas e sem escrúpulo! A palavra maldosa que saí de sua boca é similar a tiro de canhão que, após disparar um tiro  fere ou mata a dignidade de quem a possui!

Eu sinceramente não vou me preocupar com coisas fúteis, todavia,  a humanidade gosta de uma fofoca e uma mentira pra justificar também a sua ausência de caráter. O meu sentimento não vai mudar, exceto perceber que há inimigos sem que tenhamos dado nenhum  motivo. 

Estou cansado de pregar o verbo amar como instrumento de paz, mas, infelizmente, a humanidade não tem jeito, continua praticando crimes hediondos,  similar ao que fizera com Jesus!

terça-feira, 22 de setembro de 2020

Diários Associados - Inauguração da TV Pupi - Postagem do Antônio Morais.



Em 18 de Setembro de 1950, ocorria em São Paulo a inauguração da primeira emissora de Televisão do Brasil e da América do Sul, A TV Tupi! 

Tal emissora era de propriedade dos Diários Associados, grupo que pertencia ao grande empresário Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello, foto. 

Na ocasião foi proferido um discurso do próprio Chateaubriand seguido de um recital poético orquestrado por Luiz Gonzaga e o Cratense Cego Aderaldo. 

Vale mencionar que no início de suas transmissões, a TV Tupi contava com apenas três horas de programação diária, iniciando sempre a partir das 20h. 

Portanto, há 70 anos dois caririenses; um de Exu-PE e outro do Crato-CE abrilhantavam o Brasil na inauguração da sua primeira emissora de Televisão!

Luiz Gonzaga e Cego Aderaldo.

segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Coisa de dificil compreensão - Por Antonio Morais.


Eu, por mais de uma vez, fiz concurso para o Banco do Brasil. Quem não desejava ser nomeado e em seguida se casar com a moça mais bonita e filha do homem mais rico da cidade?  

Infelizmente não fui aprovado em nenhum deles. Mas, os que foram aprovados, além dos privilégios acima, tinham um supermercado exclusivo, "só seu", um clube social "único", uma casa de moradia, um carro para si e outro para esposa, pagos. Não existiam 72 prestações naqueles tempos.

Hoje, eu conheço balconista de uma "Casa de peças qualquer" que ganha mais do que um bancário do Banco do Brasil. 

Difícil encontrar, um deles que não tenha predileção pelo PT, por Lula, Dilma e não defenda os seus legados de crimes e  de ladroagens.. 

domingo, 20 de setembro de 2020

O bolsonarismo, segundo Felipe Moura Brasil - Direto ao Assunto.

O jornalista Felipe Moura Brasil, que apresenta o Papo com O Antagonista, acha que a gravidade da corrupção na gestão do Estado não deve ser medida pelo volume dos recursos furtados do erário, mas pelo simples furto em si. 

Considera assim muito graves todas as denúncias sobre desvios de verbas públicas para interesses privados, matreiramente tornados comuns por eufemismos pretensamente carinhosos como “rachadinhas”, pela famiglia Bolsonaro em seus gabinetes nos Legislativos fluminense e nacional. A definição foi dada no quarto vídeo da série Nêumanne entrevista, veiculada neste canal depois das feitas com Paulo Marinho, Modesto Carvalhosa, Walter Maierovitch e Eliana Calmon. 

“Numa nação conturbada pelas facções sempre há, sem dúvida, uns poucos, comumente muito poucos, que conservam seu discernimento livre do contágio geral.”

Como explicar o golpe republicano de 1889? – por Armando Alexandre dos Santos (*)

       O movimento monarquista vem encontrando, no Brasil atual, um clima favorável para sua expansão. Multiplicam-se os Círculos Monárquicos, realizam-se em sucessão os Encontros Monárquicos regionais e um número cada vez maior de jovens esperançosos e cheios de futuro acorrem a nossas fileiras. Uma pergunta que muitos deles fazem é como explicar a proclamação da República. Como foi possível que um Império estável e bem sucedido desabasse, de repente, de modo tão espetacular, a ponto de surpreender aos próprios republicanos?

   O declinar do Império acompanhou, passo a passo, o declinar da própria saúde de D. Pedro II, personalidade marcante, profundamente entranhado no imaginário e na mentalidade dos brasileiros. De tal modo ele representava, simbolizava e personificava toda uma ordem de coisas política, social e cultural que, por assim dizer, generalizou-se a ideia de que essa ordem não poderia sobreviver ao velho monarca.

     O que faltou foi uma maior explicitação e conscientização de que o regime monárquico transcende muito a pessoa de um monarca, por mais paradigmático e carismático que ele seja. Faltou uma fundamentação doutrinária que, expressa em termos acessíveis aos homens da época, representasse um “exorcismo” suficientemente poderoso para resistir às tentações e aos cantos de sereia das novidades republicanas. Faltou, igualmente, uma campanha de propaganda inteligente e bem articulada que chamasse a atenção da opinião pública para os grandes predicados pessoais da Princesa Isabel, que sem dúvida estava à altura de conduzir, após a morte de seu pai, os rumos nacionais.

   Com sua formação religiosa e sua fina sensibilidade feminina, ela teria sabido consolidar tudo quanto havia de bom no reinado de D. Pedro II, corrigindo de modo jeitoso os pontos que inegavelmente precisavam ser corrigidos. Ela teria sabido levar o indispensável trabalho de inserção condigna, na sociedade e na vida econômica do Império, dos libertos do cativeiro. Ela teria sabido promover a imigração, a expansão da fronteira rural, o crescimento populacional e, mais tarde, quando chegasse a hora adequada, a industrialização do Brasil – tudo isso de modo temperante, equilibrado e adequado ao modo de ser e à índole do povo brasileiro.

    A própria federalização do País, que já era anseio de muitos monárquicos antes de ser uma reivindicação republicana, e uma mudança no sistema eleitoral (já preconizada pelo próprio D. Pedro II, nas instruções escritas que deixou a sua filha quando esta, pela primeira vez, assumiu a regência do Império), poderiam se ter dado naturalmente. Em suma, com um terceiro reinado isabelino, todas as inevitáveis transformações políticas, econômicas, sociais, culturais, poderiam ter ocorrido numa linha geral de continuidade e sem rupturas traumáticas em relação ao passado.

    Os republicanos pareciam temer o terceiro reinado, que se tivesse ocorrido com esplendor e brilho teria por certo afastado para sempre suas pretensões. Daí se empenharem tanto na campanha sistemática para denegri-la e humilhá-la. Mostravam-na como beata de igreja, ignorante e pouco esclarecida; diziam ser ela influenciada e conduzida pelo Conde d’Eu, ao qual também denegriam de todas as formas. Não houve uma contrapropaganda articulada à altura. Essa foi, a meu ver, a principal razão da proclamação da República. Mas não foi a única. Voltaremos ao assunto.


(*)  Armando Alexandre dos Santos é Licenciado em História e Filosofia, Doutor em Filosofia e Letras, membro do Círculo Monárquico Barão de Rezende, de Piracicaba, no Estado de São Paulo, do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e da Academia Portuguesa de História. Artigo publicado na edição de 29 de agosto do “Jornal de Piracicaba”.Excertos de artigo publicado originalmente no Face Book Pro Monarquia.

sábado, 19 de setembro de 2020

A primavera está chegando -- por José Luís Lira (*)

 

   Passamos da metade do mês de setembro. Setembro da Independência do Brasil que daqui há dois anos será bicentenária. Setembro da primavera no Hemisfério Sul, onde está localizado o nosso Brasil e um dia antes da transição de estações, temos o dia da árvore. Nos caminhos que tenho percorrido, notadamente entre Guaraciaba do Norte e Sobral e vice-versa, tenho visto o pau d’arco embelezando as matas, as vias urbanas e rurais. Sua beleza dá uma certa nostalgia. É setembro ainda do Bispo Dom José Tupinambá da Frota que nasceu num mês de setembro e neste mesmo mês faleceu. 

    Os tempos que vivemos são diferentes. Um dos textos mais belos que li neste período foi “A primavera não sabia”, de Irene Vella, publicado, em francês, na primavera europeia, em março deste ano, e que o apresentador português Rui Unas emprestou sua voz e o fez viralizar. É uma beleza. O tempo presente se torna passado e se fala no florescer das árvores e das plantas com as pessoas em isolamento. O momento não é muito diferente. Embora o isolamento tenha sido amenizado no Brasil, a pandemia não passou. Perdemos pessoas amadas e muitas vezes nem sequer pudemos dar um último adeus... Mas, ainda assim, a primavera se aproxima. e eu sinto uma vontade de reler e até mostrar aos que não conhecem o poema de Olavo Bilac “As Velhas Árvores”, tão belo e sensato. Leiamos, recitemos:

“Olha estas velhas árvores, — mais belas,
Do que as árvores mais moças, mais amigas,
Tanto mais belas quanto mais antigas,
Vencedoras da idade e das procelas . . .

O homem, a fera e o inseto à sombra delas
Vivem livres de fomes e fadigas;
E em seus galhos abrigam-se as cantigas
E alegria das aves tagarelas . . .

Não choremos jamais a mocidade!
Envelheçamos rindo! envelheçamos
Como as árvores fortes envelhecem,

Na glória da alegria e da bondade
Agasalhando os pássaros nos ramos,
Dando sombra e consolo aos que padecem!”

 
    O momento é, também, de muitas queimadas, espalhadas Brasil afora. O pantanal e a floresta amazônica são preocupações constantes, mas, também próximo de nós vemos essa presença indesejada. Façamos nossa parte. Preservemos a natureza e vivamos a primavera dia 21 próximo, tenhamos responsabilidade pelo momento que vivemos para na próxima primavera lembrarmos dessa primavera, embora no Nordeste só distinguimos mais claramente as estações quente e fria, com aquela liberdade de ir e vir mais acentuada. Com nossos alunos em salas de aulas, todos os profissionais dando sua contribuição para que o projeto de quem nos criou, Deus, tenha continuidade.
 
   No texto que falamos, inicialmente, lembra que “... chegou o dia da libertação. As pessoas ouviram na televisão: ‘- O vírus perdeu!’. As pessoas saíram às ruas. Cantavam, choravam, abraçavam-se os vizinhos... sem máscaras, nem luvas...”. Ainda esperamos este dia e sei que as flores da primavera, o frescor do inverno, a temperança chegará quando for anunciada a vacina que nos dará uma nova liberdade. Durante este período penso que muito aprendemos e, com limitações, fomos reaprendendo determinadas coisas. Ao Senhor que é sempre da Vida, Nosso Deus, confiamos essas aflições e espero que a Luz d’Ele oriente a ciência com a cura e nós todos, com a paz que o mundo espera!
    Feliz Primavera a nós todos!


   (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

O mais novo advogado do Brasil - Por Antônio Morais.

 


A Lava Jato é uma conquista da sociedade brasileira. Também somos uma família que sempre, com muita fé em Deus, defendeu valores de ética e verdade.

Nunca ofendemos qualquer autoridade do país, mesmo quando discordávamos. Nunca insultamos ou ofendemos qualquer condenado quando juiz. Atos tem consequência e cada um responde pelos seus.

Moro consegue OAB e já pode advogar.

Sergio Moro conseguiu sua inscrição na OAB do Paraná e já pode advogar.

O cadastro na OAB já está ativo.

Sergio e Rosangela Moro.

sexta-feira, 18 de setembro de 2020

O matadouro Brasil - Por Antônio Morais.

O Brasil se transformou num enorme matadouro. Morre gente, até ontem, 17.09.2020, 135 mil brasileiros, morre negro, morre índio, morre mulher, morre médico, enfermeiro, morre bicho, morre a mata, morre o rio, morre a democracia e, o pior, morre a justiça. 

A politica é a arte de pagar a conta na mesma moeda - Por Antônio Morais.


Na politica, vez por outra,  paga-se a conta com a mesma moeda. Em 1982, o Partido Democrático Social - PDS tinha três legendas, podia lançar três candidatos a prefeito.

Algumas lideranças locais, inclusive o prefeito contavam com votos no diretório municipal do partido suficientes para indicar  os três candidatos, eliminando outros já na convenção.

Um dos convencionais traiu  a decisão  tomada por seu líder no dia anterior, e ocorreu um empate. Os convencionais decidiram  pela maioridade, como manda a lei.

A justiça, influenciada pelo governador de então Manuel Castro Filho anulou a convenção e determinou que fosse feito um sorteio, fato que possibilitou a participação no  pleito do senhor Walter Peixoto que inclusive se elegeu. A eleição do Walter também proporcionou  a Zé Adega  ser o candidato  vitorioso na eleição seguinte.

Naquela época  foi a favor, hoje  Zé Adega  alega a interferência do Governador do estado Camilo Santana na ação  que  resultou na retirada da legenda pelo partido  ao qual está filiado impossibilitando  de ser candidato.

Naquela vez foi  a favor, agora contra. A grita e o mimimi é porque quando  é a favor é democracia, quando é  contra é ditadura.

quinta-feira, 17 de setembro de 2020

Noticias - O Antagonista.

 Rosa Weber decidirá sobre arquivamento de investigações com base em delação de Cabral.

Como a Crusoé mostrou ontem, Dias Toffoli beneficiou ministros do Superior Tribunal de Justiça, do TCU, desembargadores, senadores, deputados, como o tucano Aécio Neves, e um ex-procurador-geral do Rio de Janeiro, ao arquivar as investigações abertas pelo ministro Edson Fachin com base na delação de Sérgio Cabral.

A defesa do ex-governador recorreu da decisão de Toffoli.

Luiz Fux, agora presidente do STF, declarou-se impedido e o recurso de Cabral para que as investigações avancem será, então, analisado pela vice-presidente da corte, ministra Rosa Weber.

As revelações do ex-governador, como mostrou Crusoé, anteciparam parte das acusações de Orlando Diniz sobre pagamentos para escritórios de advocacia com o objetivo de influenciar decisões no STJ. O ex-governador também detalhou como Diniz se valeu de dinheiro da Fecomércio para pagar um “mensalinho” a três ministros do TCU.

Moro consegue OAB e já pode advogar .

Sergio Moro conseguiu sua inscrição na OAB do Paraná e já pode advogar.

O cadastro na OAB já está ativo.

DECÊNCIA - Por Antônio Morais.

Ontem eu vi  um deputado bolsonarista, pilantra, malandro, canalha e corrupto faltar com o respeito e declara no plenário da Câmara Federal que o povo não interessa saber dos 89 mil reais depositados  na conta corrente  da  esposa do presidente não! 

O povo quer saber é dos 600,00 depositado  na dele. Vamos ser  nojento e seboso, mas  ter a coragem de se declarar é de um cinismo inigualável.

Sergio Fernandes Moro é mais.

DECÊNCIA.

É disso que o Brasil precisa. Faça a coisa certa sempre.

quarta-feira, 16 de setembro de 2020

Tchau, Toffoli, já vai tarde - Por José Newmanne Pinto.

Após ter dado demonstrações explícitas de ter participado de um nefasto acordão com os chefões dos Poderes Executivo, Jair Bolsonaro, e Legislativo, Davi Alcolumbre e Rodrigo Maia, o ex-presidente do STF Dias Toffoli acaba de se despedir do comando sobre a agenda da cúpula do Poder Judiciário. 

O presidente da República compareceu pessoalmente ao adeus, levando a tiracolo o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, e o advogado-geral da União, José Levy Amaral Júnior, marido de uma assessora do ministro do STF Gilmar Mendes. 

O que se espera depois dos resultados funestos realizados ou prenunciados é que o presidente, empossado nesta quinta-feira, 10 de setembro, no STF, Luiz Fux, cumpra seu compromisso com um diálogo sem subserviência como prometeu, para felicidade geral dos verdadeiros cidadãos de bem desta Nação abandonada à própria desgraça.

Moro ainda é o número 1 - Por o Antagonista.

Apesar dos ataques imundos dos bolsonaristas, que afetaram sua popularidade, Sergio Moro continua sendo a figura mais bem avaliada do Brasil: segundo a pesquisa da XP, ele é aprovado por 43% dos eleitores e rejeitado por apenas 22% – um saldo positivo de 21 pontos.

O saldo positivo de Jair Bolsonaro é bem menor: 9 pontos.

Lula, no outro extremo, é aprovado por 32% dos brasileiros e rejeitado por 39%, nesse ponto, só Fernando Haddad consegue ser pior do que ele.

terça-feira, 15 de setembro de 2020

O arroz está Caro? Não se afregele - Por Antônio Morais.

É compreensível e eu entendo a situação do presidente Bolsonaro. Na campanha prometeu uma coisa, depois de eleito entregou outra totalmente contrária.

Ele não pode mais apoiar Sergio Moro,  combater a corrupção, acabar com o foro privilegiado e exigir a prisão de corruptos simplesmente porque seria a condenação de seus filhos, milicianos amigos, atual e ex-esposas, e, dele próprio.

Bolsonaristas que se julgam traídos e enganados, não se "afregelem", não reclamem do preço do arroz. Há um estudo cientifico que comprova a eficácia da "cloroquina" como excelente reguladora do apetite. 

Portanto, quando você tiver vontade de degustar um arrozinho com uma filepa de queijo, uma porção de picanha de boi assada no espeto, você toma um comprimido da "cloroquina", o estoque armazenado é grande, tem como diabo e é barato.

segunda-feira, 14 de setembro de 2020

EXISTÊNCIA DO AMOR - Edmilson Alves

A perfeição da obra de Deus está presente em tudo, mas, a existência do amor é o mistério mais sublime! A vida é um mistério, o amanhã uma incógnita. O amor é sublime, mas, complicado. O verdadeiro mais complexo ainda, pois, provêm de varias e sucessivas encarnações. 

Não há horóscopos nem filósofos de sã consciência que tenha certeza do futuro!  O futuro é um vir a ser, e, o presente é um momento em construção do vir a ser!

O amor?

Deveria ser ensinado na escola, em cujos currículos lecionariam o autonhecimento. Mas, debalde os sonhos do idealista lucido sobre a pedagogia do amor que ninguém dá bolas para o currículo aguardando o destino!

O relacionamento pacífico moderno, quase não existe. Todos os amantes são bem intencionados e se apaixonam, ´porém, não entendem do amor e quando juntam as escovas de dente há tantos litígios que o circo pega fogo!


A crônica do domingo

As fitas verdes da Imperatriz
    O então Príncipe Dom Pedro de Alcântara – nosso futuro Imperador Dom Pedro I – lançou, na colina do Ipiranga, o famoso grito que fez do Brasil independente. Dias depois, nos salões completamente cheios do Paço de São Cristóvão, reclamava Sua Majestade que lhe trouxessem fitas verdes, pois queria que todos usassem o laço das cores representativas do Brasil livre. Vendo que ainda faltam alguns distintivos, virou-se alegremente para a Imperatriz Dona Leopoldina, perguntando-lhe:
   – Não haverá mais fitas verdes no Paço?

   Sorrindo, a esposa disse-lhe que não, mas, ainda assim dirigiu-se aos seus aposentos, para mais uma busca. Abriu e remexeu em quantas gavetas encontrou, mas nada de fitas verdes. Já desanimava, e se dispunha a voltar ao salão com as mãos vazias, quando os olhos caíram sobre sua cama, cujas fronhas ostentavam, a correr pelos ilhoses de bordado, fitas da cor procurada. Não se deteve a pensar; arrancou todas as fitas e voltou ao salão, ruborizada e feliz, para distribuir os distintivos. Em seu entusiasmo, chegou a exclamar:
– Não havia mais fitas, mas arranquei as dos travesseiros de minha cama!


   Imediatamente, sentindo o silêncio que se fizera, Sua Alteza corou. Viu que ninguém se sentia digno o suficiente da honra daqueles distintivos. No meio da indecisão, o primeiro a dar um passo à frente foi Embaixador Antônio de Menezes Vasconcelos Drummond. A Princesa Dona Leopoldina lhe estendeu a mão que segurava um laço verde, e sobre aquela mão e aquele braço, o Embaixador inclinou sua cabeça de patriota e beijou os dedos da nobre dama, agradecendo-lhe a honra:
– Obrigado, Majestade!

   Foi aquela a primeiríssima vez, após a Independência, que alguém lhe dava o tratamento de Majestade, reconhecendo-a como Imperatriz do Brasil.

(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de autoria de Leopoldo Bibiano Xavier).
Publicação original: Face Book Pró Monarquia

O Veto do Bolsonaro - Por Merval Pereira.

 'É um absurdo um presidente incentivar os políticos a vetarem sua própria sanção'.

Merval Pereira fala sobre a atitude do presidente de vetar parcialmente o perdão das dívidas das igrejas. 'O problema de Bolsonaro é que ele é dúbio em muitas coisas'. 

Ele acrescenta que Bolsonaro é um presidente sem noção do cargo que ocupa e das responsabilidades que tem.

domingo, 13 de setembro de 2020

Do saudoso Noventa, foto - Por Antônio Morais.

Um amigo lhe ofereceu uma bermuda de presente. Noventa olhou com um olhar de decepção, e, o amigo perguntou : O que foi? Não gostou?

A resposta  veio  no embalo : Vou guardar, no dia  que eu ver Dom Vicente, o professor Pedro Felício, o Coronel Filemon Teles e seu Cícero Pierre usando eu uso também.

Isso é roupa para malandro.

Moro contra-ataca - Por José Manuel Diogo, ISTOÉ.

Moro pede, Mello concede, Aras ajoelha e Bolsonaro vai ter que rezar. Quem julgou que o inventor da Lava Jato tava desaparecido se enganou. Moro está morto não! Ele ressuscitou das cinzas e do Covid pela pena dura do Ministro Celso de Mello que vai obrigar o Presidente Bolsonaro a depor pessoalmente ­ e não por escrito — no caso da troca do diretor da Polícia Federal no Rio de Janeiro.

Testemunha pode escrever, mas investigado vai ter que falar! Celso de Mello destacou, em sua decisão, que essa possibilidade de depoimento presidencial por escrito é coisa de testemunhas, quando os presidentes são investigados – que é o caso agora com Bolsonaro — Jair vai ter mesmo que depor em pessoa.

O inquérito foi aberto logo em abril, depois que Sérgio Moro pediu a demissão, precisamente porque  Bolsonaro estaria interferindo indevidamente na Polícia Federal. O ex-ministro entregou o cargo por não concordar com a demissão do então diretor-geral da PF, Maurício Valeixo, determinada por Bolsonaro.

Recorda o que falou o presidente nessa reunião? Vou-lhe lembrar — “E não dá pra trabalhar assim. Fica difícil. Por isso, vou interferir! E ponto final, pô! Não é ameaça, não é uma … urna extrapolação da minha parte. É uma verdade. Como eu falei, né? Dei os ministérios pros senhores. O poder de veto. Mudou agora. Tem que mudar, pô.” Interferiu? Vai ajoelhar!

Mas desta vez não vai dar só para um “ajoelhar e rezar” básico. Bolsonaro pode ter que chorar as pitangas porque como relator do caso, o ministro Celso de Mello também autorizou Sérgio Moro a enviar ao presidente perguntas a serem respondidas por ele. 

Tá imaginando?

sábado, 12 de setembro de 2020

Vem aí o XXX Encontro Monárquico Nacional



Caros monarquistas,

Temos a grande satisfação de enfim poder anunciar que muito em breve será realizada a edição de 2020 do evento que anualmente congrega veteranos e jovens monarquistas de todo o Brasil.

Sob o leitmotiv “Tradição vs. Nova Ordem Mundial”, o XXX Encontro Monárquico Nacional – outrora previsto para o início do mês de junho – será realizado, excepcionalmente este ano, em formato de videoconferência, face à pandemia do novo coronavírus e em respeito às medidas de distanciamento social em vigor em todo o nosso País.

Também serão celebradas, em São Paulo e no Rio de Janeiro, Missas em Ação de Graças pelo 82º aniversário natalício de Sua Alteza Imperial e Real o Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil.

As datas de realização de cada um dos atos, a programação detalhada das conferências do Encontro e o formulário de inscrição serão disponibilizados oportunamente.
Na grata expectativa desse tradicional e vivificante reencontro, cordialmente nos subscrevemos.

Saudações monárquicas,
Pró Monarquia / Secretariado da Casa Imperial do Brasil


Sacerdotes Católicos que ficaram no imaginário popular do Cariri

Padre Frederico Nierhoff

   Nascido em Gelsenkirchen, Alemanha, em 26 de janeiro de 1916, Padre Frederico foi o oitavo filho de um casal profundamente católico: Hermann e Adolfina Nierhoff. Iniciou ele seus estudos teológicos em Oberhundem, transferindo-se depois para a cidade de Lebenhan Grave, na Holanda. Ainda estudante de Teologia – curso feito na Congregação dos Missionários da Sagrada Família –  devido às incertezas da Segunda Guerra Mundial, o seminarista Frederico Nierhoff deixou a Alemanha, em 7 de março de 1938, com destino ao Brasil. Aqui  onde deu continuidade aos seus estudos, na cidade de Recife. Lá foi ordenado sacerdote, no dia 1º de maio de 1941. 

    Antes de residir em Crato, Padre Frederico Nierhoff exerceu atividades pastorais nas cidades de Picos e Pio IX (no Piauí), Saboeiro, Arneirós e Aiuaba (no Ceará). Em Crato, além de suas atividades no âmbito sacerdotal, Padre Frederico construiu escolas, postos de saúde e capelas, na zona rural, na então vasta Paróquia de São Vicente Ferrer. Era um homem de grande dinamismo e enorme capacidade de trabalho. 

   

Padre Frederico Nierhoff foi figura proeminente na cidade de Crato. Quando assumiu a Paróquia de São Vicente Ferrer – em 1948 – como segundo vigário, a igreja-matriz tinha proporções pequenas e acanhadas. Nos 20 anos em que administrou aquela paróquia (1948-1968), comprou imóveis vizinhos ao templo e ampliou a igreja. Também a casa paroquial foi remodelada e ampliada, possuindo um auditório, além de  ampla área anexa, destinada às crianças que se preparavam para a primeira comunhão. Construiu a Capela de São Miguel Arcanjo, hoje igreja-matriz da paróquia do mesmo nome.

    Deve-se, ainda, ao Padre Frederico a construção de um conjunto habitacional para pequenos agricultores do Sítio Malhada, zona rural de Crato.  Este conjunto recebeu o nome da mãe daquele sacerdote, Adolfina Nierhoff. Ainda hoje a comunidade do Sítio Malhada serve de modelo de assentamento rural com geração de emprego e renda.

     Nos anos 40 e 50 do século passado, o Cariri cearense era conhecido no Brasil como um dos maiores focos de tracoma, infecção que afeta os olhos e, se não for tratada, pode causar cicatrizes nas pálpebras e cegueira. Padre Frederico selecionou voluntários da zona rural de sua paróquia, para ajudar a "Campanha Federal Contra o Tracoma", iniciativa do Departamento Nacional de Saúde Pública. No início da década 60, essa moléstia tinha sido erradicada da zona rural do município de Crato.

    Tão logo chegou a Crato, Padre Frederico sentiu a importância do Lameiro como um local privilegiado, dotado de qualidade de vida e vocacionado ao lazer. Ali adquiriu um pequeno lote e denominou-o “Granja Betânia”. A partir da sua iniciativa, muitos cratenses começaram a comprar terrenos no Lameiro, construindo ali casas e bicas de banho, utilizadas geralmente nos fins de semana e feriados.

    Desgostoso com a redução da Paróquia de São Vicente Ferrer a um território de poucos quarteirões, no centro de Crato, Padre Frederico desligou-se, em 1969, da diocese de Crato e foi ser vigário de Custódia (Pernambuco).  Dali saiu para ser pároco e Vigário-Geral da diocese de Floresta (PE), onde, no dia 31 de outubro de 1975, sofreu um enfarte, enquanto dirigia um carro. Este, desgovernado, capotou ocasionando a morte do Padre Frederico. Sua repentina e inesperada morte foi muito lamentada em Crato, onde o Padre Frederico trabalhou com dedicação e carinho, junto aos mais necessitados e onde possuía muitos amigos.

Texto e postagem: Armando Lopes Rafael

A lei é para todos - Ministro Celso de Mello.

 


Celso de Mello determina que o presidente Bolsonaro preste depoimento presencial em inquérito sobre interferência na Policia Federal.

A decisão autoriza também que Sergio Moro acompanhe pessoalmente o interrogatório, podendo inclusive fazer perguntas.

Decisão coerente e corajosa.

sexta-feira, 11 de setembro de 2020

CELSO DE MELLO DETERMINA QUE BOLSONARO PRESTE DEPOIMENTO PRESENCIAL - O Antagonista.

O ministro Celso de Mello negou pedido de Jair Bolsonaro para prestar depoimento por escrito no inquérito que apura suposta interferência do presidente na Polícia Federal. Em decisão publicada nesta manhã, Celso disse que o presidente vai ter de ir pessoalmente à PF responder às perguntas dos investigadores.

Se preferir, claro, Bolsonaro pode ficar calado e “exercer o direito constitucional ao silêncio”, escreveu o ministro.

Segundo o decano, o presidente da República só poderia depor por escrito se fosse testemunha ou vítima. Nesse caso, Bolsonaro é investigado e “não dispõe de qualquer das prerrogativas” descritas no Código de Processo Penal para depoimentos de chefes do Executivo.

Diz a decisão: “Sendo assim, e em face das razões expostas, o Senhor Presidente da República – que, nesta causa, possui a condição de investigado – deverá ser inquirido sem a prerrogativa que o art. 221, § 1º, do CPP confere, com exclusividade, apenas aos Chefes dos Poderes da República, quando forem arrolados como testemunhas e/ou como vítimas (e não quando figurarem como investigados ou réus), a significar que a inquirição do Chefe de Estado, no caso ora em exame, deverá observar o procedimento normal, respeitando-se, desse modo, mediante comparecimento pessoal e em relação de direta imediatidade com a autoridade competente (a Polícia Federal, na espécie), o princípio da oralidade.”

O inquérito foi aberto depois que Sergio Moro deixou o Ministério da Justiça e acusou Bolsonaro de interferir na PF para beneficiar os filhos e aliados políticos.

“Não mediremos esforços para o fortalecimento do combate à corrupção”, diz Fux - O Antagonista.

 


Luiz Fux afirmou, no discurso de posse na presidência do STF, que sua gestão não medirá esforços “para o fortalecimento do combate à corrupção, que ainda circula de forma sombria em ambientes pouco republicanos em nosso país”.

“A sociedade brasileira não aceita mais o retrocesso à escuridão e, nessa perspectiva, não admitiremos qualquer recuo no enfrentamento da criminalidade organizada, da lavagem de dinheiro e da corrupção”, afirmou em seguida.

“Aqueles que apostam na desonestidade como meio de vida não encontrarão em mim qualquer condescendência, tolerância ou mesmo uma criativa exegese do Direito. 

Não permitiremos que se obstruam os avanços que a sociedade brasileira conquistou nos últimos anos, em razão das exitosas operações de combate à corrupção autorizadas pelo Poder Judiciário brasileiro, como ocorreu no Mensalão e tem ocorrido com a Lava Jato.”

Tem que começar impedindo que filhos e mulheres de ministros advoguem em seus tribunais.

FUTEBOL BRASILEIRO DEMITE UM TREINADOR POR SEMANA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

 


O Brasil é lembrado no mundo mais pelo exotismo do seu povo do que por qualidades outras não descobertas.

No futebol, temos hábitos diferentes e ruins, como ostentar cinco campeonatos mundiais sem ter, fora de campo, nenhum sinal de futebol organizado e profissional.

E daí? O negócio é tentar organizar o movimento, orientar o vendaval incontido das coisas esquisitas.

Gostaria de saber porque o nosso futebol parece se vangloriar de aparecer como o que mais demite treinadores no mundo.

Seria uma tese que não admite uma antítese, com desprezo por uma síntese, que, talvez, explicasse cientificamente essa tendência.

“Que nada, meu irmão, isso seria muita discussão para nossa pragmática conjuntura”, dirão os “entendidos”.

O garoto do placar tem mudado as placas que marcam a vida dos treinadores no Brasil, apontando para os números atualizados da máquina de moer técnicos.

Times da elite somam 16 trocas de treinadores no ano e uma demissão por semana.

E trazendo uma novidade: Roger Machado foi “prestigiado” e despachado do Bahia, por meio de comunicado do presidente Belinttani nas redes sociais.

Na verdade, esses fatos até perderam um pouco de sua antiga atração.

Pelo visto, o futebol brasileiro precisa de uma bússola que o oriente, a não ser que o exotismo seja a parte que interesse preservar.

quinta-feira, 10 de setembro de 2020

Estado Democrático de Direito - Por Antônio Morais.

 


Ontem, 09.09.2020, quem assistiu aos noticiosos da televisão teve a desventura de vê uma reunião da Câmara Federal em homenagem ao ex-presidente do STF Dias Toffolli.

Já estavam acomodados nos devidos lugares o presidente da Câmara, do senado e o homenageado quando entra correndo o presidente da república. 

Os quatro, com as caras mexendo, passaram a exaltar o "Estado Democrático de Direito". Jair Bolsonaro disse que o STF era o santuário da justiça. Deve entender que o brasileiro é trouxa e não foi testemunha das ofensas deferidas contra corte: "Chega, acabou, não haverá outro dia igual a esse, não cumprirei determinação do STF e tantas outras aberrações".

A passagem  de Dias Toffolli pela presidencia do STF ficará marcada por duas atitudes toscas do presidente Jair Bolsonaro : "Estou namorando o presidente do STF Dias Toffolli, e, aquela reunião entre o presidente e empresários quando na ausência de qualquer pauta o presidente Bolsonaro perguntou: Quem tem coragem de ir falar com Dias Toffolli no STF. Fazer pressão ao presidente da corte contra uma decisão do colegiado.

Atravessaram a praça,  e, sem  agenda marcada invadiram o STF, sentaram-se nas poltronas dos ministros numa pressão indevida, que até mesmo os empresários condenaram depois.

No programa Roda Vida, quando um repórter perguntou como o Dias Toffolli via aquela invasão ao STF, ele se limitou a chamar de "Gentil visita".

Haja subserviência.  Não vi nenhum mérito nesta homenagem.  Preferia que a homenagem fosse um reconhecimento da sociedade e não vinda  de membros do centrão.

Covardes e traidores - Por Antônio Morais.


Essa praga maligna por pouco não destruiu por completo a nação brasileira. Grande parte das gerações jovens foi pervertida, jogada aos vícios, a ignorância e a viver enganada, com migalhas sem trabalho e sem emprego.

Criou, instalou e administrou um sistema especializado em ladroagem onde todos em redor do poder podiam roubar.

Sergio Moro mostrou que era possível pela aplicação da lei punir bandidos de colarinho branco a começar por ele, o presidente o maior e mais poderoso ladrão. Cadeia que antes era para pobre, preto e puta passou a ser para todos. 

Jair Bolsonaro, o canalha, se elegeu presidente apropriando-se do legado do Sergio Moro e prometendo dar continuidade. 

Mais que nada. Depois que assumiu,  descobriu-se que Bolsonaro, seus filhos e amigos milicianos eram parte do tumor da corrupção existente. Tratou de usar o governo para destruir o juiz e o seu magnânimo trabalho. 

Bolsonaro, um covarde vil, contra o juiz Moro, contra a Lavajato e especialmente contra o Brasil.

O que se espera do futuro presidente do STF - Por Antônio Morais.


Ministro Luiz Fux, presidente do STF à partir  de amanhã, 10 de Setembro de 2020.

Amanhã o STF dará posse ao seu novo presidente, o ministro Luiz Fux. Espero, desejo e confio que ele respeite a "Corte Suprema" coisa que o atual presidente Dias Tofflli não fez.

Que não permita que o presidente da republica Jair Bolsonsaro diga em público que está namorando o presidente do STF como fez com Dias Toffolli. Que não dê liminares impedindo investigações de bandidos perigosos que de tão absurdas o colegiado precisou derrubar.

Que fique do lado da lei e da ordem jurídica, função única da "Corte Suprema". 

Por fim, zele por sua biografia. 

Sergio Moro é mais - Por Antônio Morais.

Sereno, sem alterar a voz em momento algum, exercendo uma educação própria dos grandes estadistas, mostrando um conhecimento jurídico invejável, respondendo cada pergunta de forma didática, para que o leigo que assistia, pudesse facilmente entender suas colocações e idéias. 

Sergio Moro, mostrou a seu público, na última live que fez, que é  atualmente, o homem mais preparado da história jurídica da América Latina. 

Sua calma, humildade sem fim, nos faz comparar sua atitude a uma conotação surreal da marca do gênio/cineasta espanhol, Luis Bunuel.  

Sua frieza, sobriedade, permeada numa educação sem limites, é sua grande logomarca. Sergio Moro, homem forte da lavajato que Bolsonaro trocou pelo CENTRÃO e tenta destruir. 

Nós te saudamos Moro, como nosso herói da honra e integridade exemplar, para presidir um país que almejamos e queremos para os nossos filhos e netos.

Deus te proteja com o seu manto sagrado neste longo caminho até a presidência em 2022.

terça-feira, 8 de setembro de 2020

A Hecatombe do Renan Calheiros - Por Antônio Morais.

 


De que valeu a renovação do Senado Federal na eleição de 2018. Das 54 cadeiras 46 foram renovadas. Onde anda esse pessoal novo? O que mudou no senado?

No inicio trocaram o presidente da casa, Renan Calheiros pelo "Batoré" numa eleição circense, vergonhosa onde num colegiado de 81 eleitores se apurou 82 votos, e, jamais houve satisfação ao povo por tão grave ocorrência. Num espetáculo melancólico o Batoré se converteu, depois de eleito, num Renan Calheiros piorado.

No discurso desesperado quando se viu derrotado Renan Calheiros, considerou a renovação como uma "hecatombe".

Não há caminhos a ser seguido pelo eleitor. Quebra sempre a cara entre o antes e depois de eleito. 

EXUMAÇÃO DE ESQUEMAS TÁTICOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generaqlista.


Numa crônica mais extensa, fiz comparação usando a música para explicar o que Guardiola produziu de revolucionário no futebol.

O treinador espanhol, depois de mapear esquemas, estilos e conceitos de jogo, fez exatamente o que João Gilberto fez na música brasileira com a bossa nova – uma decantação.

O nosso João, com a sua batida de violão revolucionária e seus acordes dissonantes, desacelerou o samba e criou harmonias maravilhosas que ganharam o mundo.

Os dois, Guardiola e João Gilberto, gênios da raça, trabalharam de maneira competente em cima do que já existia e criaram fórmulas novas.

Agora, o que ocorre no futebol brasileiro é uma coisa grotesca, que chega, às vezes, às raias do ridículo.

No jogo Flamengo e Atlético, num determinado momento da partida, o Domènec Torrent introduziu uma alteração para que o rubro-negro atacasse com cinco jogadores.

De imediato, numa explosão delirante, se anunciou que, naquele momento, se processava a revitalização do 3-5-2, a”pirâmide”, formação tática de 1920, usada no futebol brasileiro até 1960.

Ora, onde está a novidade de atacar com cinco jogadores, quando se realiza isso até com seis ou sete, dependendo das circunstâncias?

Se pedala mais um pouco e se chega a mais uma “novidade”: o “jogo posicional”, que nada mais é do que guardar posições na configuração de um time, método mais antigo do que a serra do Araripe.

Com o Carrossel Holandês de 1974, essa idéia de jogo foi abandonada em nome de uma ciranda organizada, na qual nenhum jogador tinha posição fixa.

Claro que, em períodos de saturação do tatiquês, pode-se eventualmente praticar o jogo posicional para organizar o movimento.

É bom esclarecer no entanto, que, o jogo posicional não significa um engessamento da ocupação de zonas pré-determinadas.

Para isso, a mobilidade de peças altera o sistema com deslocamentos, remanejamentos e simulações táticas.

Pessoal do futebol precisa de mais cuidado no que “descobre” e modular, mais cuidadosamente, o simancol.

Dilma desencasquetou - Por Antônio Morais.

Quando o presidente do STF Ricardo Lewandoski e o presidente do senado Renan Calheiros rasgaram a constituição e deram o jeito de cassar o mandato e não cassar os direitos políticos da ex-presidente Dilma Rousef  fizeram  um grande mal  para ela.

A ex-presidente  se candidatou  a senadora por Minas Gerais, sua terra natal e numa eleição de quatro candidatos tirou o quarto lugar. Não pode sair dizendo que foi impedida de se candidatar, passou vergonha.

Eu  estou torcendo muito para que anulem  tudo  que é condenação do Lula e ele se candidate. Certamente terá uma grande decepção. E, vai desencasquetar. Não terá mais em quem botar a culpar. Vai passar vergonha igual ou pior do que a Dilma. Quem viver verá.

Em defesa da família - Por Antônio Morais.

Em 2018, Bolsonaro e a terrivelmente evangélica Flordelis em defesa da família divulgaram uma "fake news" sobre um "Kit Gay" que não existia.

Hoje sabemos que o Bolsonaro ensinou os filhos a roubar, enquanto a Flordelis convenceu os filhos a matar o marido.

Isso sim são grandes exemplos de família.

segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Pela primeira vez, em quase 200 anos, Crato não realizará desfile no dia 7 de Setembro


Por conta do corona vírus chinês, que infectou milhões de pessoas pelo mundo, as comemorações do dia 7 de Setembro, nesta Mui Nobre e Heráldica Cidade de Frei Carlos Maria de Ferrara passarão em brancas nuvens...

   Verdade que nos últimos anos as comemorações cívicas lembrando a independência do Brasil tinham perdido o glamour que tiveram até a década 60 do século passado. A decadência que varre o atual Brasil já tinha introduzido até um desfile paralelo, o “Grito dos Excluídos”, inventado pela corrente da Teologia da Libertação, uma ala minoritária na Igreja Católica. Mesmo assim ainda havia a passeata das escolas. . Embora bem diferentes dos saudosos desfiles do passado.

À esquerda o Colégio Diocesano; ao fundo a antiga Cadeia Pública e Delegacia de Policia. O 7 de Setembro em Crato era uma grande festa cívica....

   A foto acima foi feita num dia 7 de setembro, nos anos 60. Naquela época, na cidade de Crato, a mais importante efeméride cívica brasileira,  era uma festa! Ao longo da Avenida Duque de Caxias terminava os desfile,  que recebia o Tiro de Guerra (TG 205), Grupo de Escoteiros, Colégios, Ginásios e Grupos Escolares cratenses. E a população entupia as ruas para participar da festa cívica.

    Naquelas manhãs sempre ensolaradas, ao som de tambores, taróis e cornetas, desfilavam ainda  os chamados carros alegóricos, uma atração à parte. Cada escola tinha sua baliza – cuja escolha sempre recaía numa bela jovem – que garbosamente, desfilava a frente dos pelotões. Na decoração das ruas predominava as cores verde-amarelas. Tudo feito de forma espontânea pelos educandários e as diversas camadas da população.

      Hoje, pela primeira vez desde 1823, não haverá o desfile de 7 de Setembro em Crato...