As fitas verdes da Imperatriz

Sorrindo, a esposa disse-lhe que não, mas, ainda assim dirigiu-se aos
seus aposentos, para mais uma busca. Abriu e remexeu em quantas gavetas
encontrou, mas nada de fitas verdes. Já desanimava, e se dispunha a
voltar ao salão com as mãos vazias, quando os olhos caíram sobre sua
cama, cujas fronhas ostentavam, a correr pelos ilhoses de bordado, fitas
da cor procurada. Não se deteve a pensar; arrancou todas as fitas e
voltou ao salão, ruborizada e feliz, para distribuir os distintivos. Em
seu entusiasmo, chegou a exclamar:
– Não havia mais fitas, mas arranquei as dos travesseiros de minha cama!
Imediatamente, sentindo o silêncio que se fizera, Sua Alteza corou. Viu
que ninguém se sentia digno o suficiente da honra daqueles distintivos.
No meio da indecisão, o primeiro a dar um passo à frente foi Embaixador
Antônio de Menezes Vasconcelos Drummond. A Princesa Dona Leopoldina lhe
estendeu a mão que segurava um laço verde, e sobre aquela mão e aquele
braço, o Embaixador inclinou sua cabeça de patriota e beijou os dedos da
nobre dama, agradecendo-lhe a honra:
– Obrigado, Majestade!
Foi aquela a primeiríssima vez, após a Independência, que alguém lhe
dava o tratamento de Majestade, reconhecendo-a como Imperatriz do
Brasil.
(Baseado em trecho do livro “Revivendo o Brasil-Império”, de autoria de Leopoldo Bibiano Xavier).
Publicação original: Face Book Pró Monarquia
Prezado Armando - Comportamento digno de admiração, distinção e louvor. Diferentemente das figuras dessa apodrecida republiqueta muito bem inspirada nos exemplos das "Flordeliz" e cia.
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