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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 30 de novembro de 2023

O ORGULHO QUE TÍNHAMOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O torcedor brasileiro tem chorado as derrotas da seleção brasileira, quando se pensava que ele não estava nem aí para a canarinha.

Mais do que isso, esfrega sal na ferida dos derrotados.

Primeiro no treinador Fernando Diniz. Depois, o sal se destina aos jogadores ‘estrangeiros' da seleção.

O torcedor de faixa etária mais avançada é o mais saudoso de um tempo que o Brasil era pobre, não passando de uma grande floresta, mas tinha um grande futebol.

De fato, a partir do bi mundial, em 1962, e a conquista do tri, no México, nosso futebol passou a ser nossa grande excelência e orgulho internacional.

Com o tempo, esse orgulho foi obliterando nossa visão para os erros da cartolagem e o reconhecimento de que jogadores de outros países eram tão bons de bola como os nossos.

Abiscoitamos mais dois  mundiais, nos tornamos uma forte economia no Mundo e, hoje, perdemos para seleções de segunda e, até, de terceira linha.

A nossa combalida autoestima foi para o vinagre.

Quando a classe dirigente entender, entre outras questões importantes, que exportar jogadores não é símbolo de riqueza, se terá dado um passo importante

para recuperação do nosso prestígio futebolístico.

Por enquanto, paciência. Muita paciência. 

quarta-feira, 29 de novembro de 2023

306 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


A esposa de Zé Vieira do Chico, passou oito meses confeccionando um coxim para oferecer de presente ao esposo no dia do seu aniversário. O capricho e a paciência da esposa foram de fazer inveja a Noé.

Ela amarrava os pontos nos momentos que o marido não estava em casa, para que fosse uma surpresa,. E assim era um trabalho demorado.  Quando terminou, guardou até o dia do aniversário e finalmente chegou o dia da entrega.

No momento dos cumprimentos  falou :  Zé você tenha muito cuidado com esse coxim, porque ele ficou bonito, mas me deu muito trabalho.

Zé Vieira foi pra feira e foi só no que deu. Furtaram o presente.

Quando chegou em casa mais desconfiado do que cigano com a calça descosturada, a mulher aborrecida falou :  Mas Zé tu deixou roubar o coxim. Eu passei oito meses amarrando ponto por ponto e você não teve cuidado.  E , Zé Vieira,  você não amarrou o ladrão!



305 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Foto - Da esquerda para direita - Dr. Oto Carvalho, Raimundo Alexandrino, Moacir Bitu e Fatico Fiúza.

O esporte conhecido como Cavalhada, foi iniciado no município de Várzea Alegre, por volta da década de 40. Naquela época, já com grandes dificuldades enfrentadas pelos praticantes do esporte, alguns cavaleiros se propuseram a implantar esta modalidade de competição e acabaram por conseguir fazê-la com sucesso.

A partir do momento da implantação, o esporte despertou a admiração e adesão da nossa população, criando-se as torcidas pelos partidos que, além de serem distinguidos pelas cores dos trajes dos cavaleiros, representavam determinadas localidades do nosso Município, fazendo com que surgisse uma competição bastante acirrada, mas sempre com a predominância do espírito esportivo.

Vale lembrar que a implantação da Cavalhada em Várzea Alegre teve como pioneiras várias pessoas. No entanto, em pesquisas realizadas, surgiram alguns nomes que se destacaram naquela época como o de Joaquim de Figueiredo Correia, Raimundo Alexandrino Freire, Dudu, Francisco Fiúza Lima, Fatico, Tuta de Tibúrcio das Varas, Miguel Augusto e muitos outros.

A Cavalhada continuou acontecendo, durante muito tempo e numa segunda fase, contou com a participação e o incentivo dos cavaleiros Dr. Oto Otoni, Luiz Diniz, Zé Grande e Joãozinho Costa.

Atingiu o seu auge na década de 60, quando as disputas aconteciam na antiga Rua Getúlio Vargas, hoje Avenida Luiz Afonso Diniz, mais precisamente em frente à Escola José Correia Lima, com grande participação popular e deixando o Município bastante festivo, pois as pessoas de todos os sítios e distritos percorriam para a sede do Município para torcerem pelos seus partidos preferidos. Neste período já surgiam novos cavaleiros, entre os quais podemos destacar: Raimundo Sousão, Antônio de Sérgio, Chico de Zeca, Valter Freitas, Antônio de Afonso, Zé Mário e Bastião de Zé Vítor, Nutinho, Antônio de Mundeiro, Aldir de Biliu, Vicente de João Menino, Vicente Nogueira, Gérson Costa, Joaquim Costa, Zé de Primo e tantos outros que se destacaram neste esporte, que muito gosto causava nos cavaleiros e na população.

A pessoa do Sr. João Costa teve um destaque muito especial, pois, além de ser um apaixonado pelo esporte, participando da disputa e incentivando os demais cavaleiros - tendo escolhido como seu partido predileto o Partido Azul que era integrado pelos cavaleiros das Varas - ainda emprestava os seus cavalos para aqueles competidores que não possuíam ou que, mesmo possuindo, a sua montaria não se igualava aos de sua propriedade.

E depois de aproximadamente 30 anos sem a realização deste esporte, a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo, na comemoração dos 135 anos de Várzea Alegre (08 e 09 de outubro de 2005), resgatou esta modalidade, com a participação de 10 equipes, e mais uma vez, a população engajou-se, torcendo pelas suas equipes favoritos e também para que a Cavalhada se firme no calendário esportivo do nosso Município, de forma que a sua realização não seja jamais interrompida e que, com o passar do tempo, surjam novos cavaleiros que venham abrilhantar o esporte e colocar o nome de nossa cidade no roteiro turístico do Estado, fazendo com que as pessoas de outras cidades e de outros Estados venham a Várzea Alegre para assistir a esta festa e participar dela com entusiasmo, considerando a tamanha aceitação por todos.



Gente ou objeto - Por Pedrinho Sanharol.

"Desde cedo, tempos de escola, se mostrava capacho e treinava para o futuro denunciando colegas ao bedel. Agora, sua vocação se mostrava de forma mais nítida, mais acentuada. 

Uns na vida são gente, outros objeto e outros até menos que isso. Ria dos colegas, com um riso frágil como sua alma, sua postura, seu viver. 

Índole servil, não levantava a cabeça quando se tentava olhá-lo nos olhos. 

Ia às Assembleias dos trabalhadores onde todos arriscavam a pele. Ele não: ficava quieto, ausente, mudo, sem coragem de votar contra mas já certo de furar a greve que se aproximava. 

Sabia a quem bajular, não se importava com a omissão e traía quem não fosse pelego, como ele. 

À noite, na sombra da covardia, abraçado ao travesseiro da consciência pesada, se perguntava: em que dia dormirei?"

Você sabia? - Por Pedrinho Sanharol.

Que o município o Crato desmembrou do seu território outras 17 cidades. Veja a relação das localidades e as datas de emancipação de cada uma delas :

17.08.1846 – Barbalha

17.08.1846 – Milagres

08.11.1864 – Missão velha

25.11.1885 - Santana do Cariri

17.08.1889 – Porteiras

26.08.1890 - Brejo Santo.

27.08.1890 – Mauriti

22.11.1911 – Juazeiro do Norte

30.08.1914 – Jardim

20.12.1938 – Farias Brito

04.12.1933 – Caririaçu

22.11.1951 – Barro

22.11.1951 – Jati

14.03.1957 - Nova Olinda

13.10.1958 – Pena Forte

25.03.1959 – Abaiara

25.03.1959 – Granjeiro.

Devo informar que alguns município mãe, como Milagres, desmembrado de Crato, depois já aconteceram três desmembramentos : Barro, Mauriti e Abaiara. 

Do mesmo modo Jardim é município mãe de Porteiras, Jati e Penaforte. O fato é que as áreas desses 17 municípios pertenciam ao Crato.

terça-feira, 28 de novembro de 2023

Caminhos mais bonitos - Por Pedrinho Sanharol.

Eu ando apostando nos caminhos mais bonitos, nos abraços mais sinceros e nos amigos mais irmãos.

Passei a colecionar só o que me faz melhor e subtrair o que em mim não acrescenta nada.

segunda-feira, 27 de novembro de 2023

Cidadania - Postagem do Pedrinho Sanharol.

Em Julho de 1980, o hoje Coronel Francisco Tavares Barbosa, brioso oficial da Policia Militar do Ceará, quando tenente e Delegado Especial da cidade do Crato foi agraciado com o Titulo de Cidadão Cratense  por iniciativa do vereador Cícero de Moura Rosendo e aclamação unânime dos vereadores.

Comenda conferida em reconhecimento aos bons e relevantes serviços prestados a comunidade. Portanto o Coronel Tavares é um cidadão cratense por força de decisão unânime da Câmara Municipal, e, sobre tudo pelo amor que sempre dedicou ao Crato e sua gente.

Atitude nobre do legislativo municipal que recebeu o reconhecimento da população à época. Uma homenagem justa e merecida. 

Nosso aplauso, reconhecimento e gratidão.

Cuidado redobrado - Pedrinho Sanharol.

Admire as pessoas que confessam suas fraquezas. E tenha cuidado redobrado com aquelas que vivem arrotando santidade. 

Uma hora temos que aprender a deixar certas coisas de lado e enxergar o quão somos melhores sem elas.

Lembrar sempre que a felicidade também se acha eliminando coisas e não só adquirindo. 

domingo, 26 de novembro de 2023

304 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



A família Eufrásio de Morais é bastante numerosa.  Existem ramificações espalhadas por  diversas localidades. Miguel Eufrásio de Morais fixou residencia na Ribeira Bastião localidade pertencente, hoje em dia, ao município de Tarrafas.

Na década de 90 do século passado, Augustinho Eufrásio  procurou o meu pai José André para informá-lo que o Eufrásio estava com um grave  problema de saúde, estava fazendo  tratamento de um câncer. 

Então, combinaram de fazer uma visita ao mesmo e aos seus familiares na Ribeira Bastião. Escolheram a data e  no dia e hora marcadas iniciaram  a viagem.

Quando se aproximaram da casa, de longe avistaram o Eufrásio sentado  numa cadeira de  balanço, na calçada. A cabeça do primo estava  pelada em virtude  do tratamento de quimioterapia.  

José André observando aquela situação do amigo, parente e camarada falou : Augustinho, o Eufrásio passou foi no vestibular.

Mesmo nas horas mais tristes e de pesar José André fazia ri.




A presença de Deus - Por Jenário de Fátima.


 Se vieres à mim, chegue de leve...

Venha em  passos calmos, miudinhos,

Ao meu redor revoam uns anjinhos,

E assustá-los eu sei que não se deve.

Eles me guardam nesta vida breve.

Indicam a direção de meu caminho,

Trabalham para que o mal fique em seu ninho,


E o que é ruim se esconde, e não se atreve.

Por isso no chegares, se desarme.

Desfaça qualquer mágoa rescentida,

Sem pressa, sem mistério e sem alarde.

Esqueça se há rancor nos olhos teus.

E repare em minha alma embevecida,

A nítida presença de meu Deus.

303 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Foto - Tibúrcio  Bezerra de Morais Neto, se não me trai a memória o mestre de cerimônia da solenidade na década de 80 do século passado.

Por volta de 1912, o prefeito municipal de Várzea-Alegre Cel Antônio Correia Lima escolheu para presidente da Câmara Municipal um vereador de sua  confiança, residente no distrito de Naraniú.

Ao ser comunicado o vereador disse : compadre, isso vai dar certo? Eu não sei falar, eu só sei aboiar. 

Já nos tempos modernos,  na década de 80 do século passado, havia um acordo de lideranças para o vereador mais votado ser o presidente  da Câmara. Acordo mantido e celebrado depois da eleição. 

O vereador era um homem  de honradez e caráter ilibados. O problema eram as dificuldades na condução da solenidade de posse, visto ser totalmente analfabeto.

O mestre de cerimônia, orientou o vereador dizendo : Eu vou  conduzir a solenidade. Ao final quando eu piscar o olho, você se levanta e diz : "Declaro encerrada a solenidade".

Feita a composição da mesa, discurso do prefeito que deixava o cargo, posse e discurso do novo, por fim  a piscada de olho combinada.

O vereador se levantou, assungou a causa, arroxou o cinturão e lascou : "Encerro declarada a solenidade" ou seja, reabriu.

Dessa preciosidades muitos são testemunhas. É um fato contemporâneo.


302 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Manuel Sampson Bezerra, o muito conhecido Manuel Costa, neto de Leonarda Bezerra do Vale, foto, filha de José Raimundo do Sanharol, foi presidente da Câmara Municipal de Várzea-Alegre  na legislatura de 1954 a 1958. Manuel Costa fazia parte dos quadros do PSD, partido ao qual pertencia o prefeito Hamilton Correia.

O problema da falta de espaço no cemitério de Várzea-Alegre é antigo,  Nessa época  um vereador apresentou um projeto para  aumentar o Cemitério. Como  as terras circunvizinhas pertenciam aos familiares do  prefeito o projeto não foi pautado  para votação. Um dia, um vereador  questionou a presidente da câmara pedindo : Já que não pauta o projeto para votação apresente outra solução. 

Então, o Manuel  apresentou sua proposta : Daquela data em diante enterrar os defuntos em posição vertical, em pé.

Manuel Costa é o mesmo cuja campanha dizia - "Quem gosta de bosta vota em Manuel Costa". Manuel foi vereador em Várzea-Alegre de 1950 a 1958 e presidente  da câmara  por quatro anos, reversando com Otacílio Correia.

Mudando o domicilio eleitoral para o Cedro repetiu a dose : oito anos como vereador sendo  presidente   da edilidade por dois mandatos.

301 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Na legislatura de 1950 a 1954 Luiz Otacílio Correia foi vereador em Várzea-Alegre. Sendo  presidente da Câmara por dois anos. Quando lhe perguntavam se era por vaidade ele respondia : Não, é por necessidade mesmo.

Certa feita, numa discussão no plenário, coisa muito raro naquela época, um  vereador afirmou : Eu desconcordo do seu projeto! E, Otacílio emendou : E, eu discordo do seu desconcordo.

Outra vez um vereador fazia severas criticas ao Prefeito Adelgides Correia por vetar um projeto que aumentava a área do Cemitério, e, o Otacílio pediu a palavra no que foi negado. O vereador bradava e Otacílio pedia novamente, no que lhe era negado, até que educadamente Otacílio repete : Vossa excelência  me dar a palavra? 

Dou não, eu num já disse que não dou!  

E, o Otacílio com toda paciência do  mundo : Pois, me venda.

Na entrega de um título de cidadania o agraciado na mesa, do lado do presidente Otacílio, e, o orador fazendo a saudação :  O "preclaro" agraciado pra cá, o preclaro homenageado pra lá, o homem não sabendo o exato significado da palavra "preclaro" perguntou : Otacílio isso é bom ou ruim? 

Otacílio respondeu : Ele está lhe chamando de "fi de uma égua"! 

Pois, eu vou dar o tiro nesse corno quando sair pra rua.

Otacílio Correia merece o respeito do Brasil pela grandeza humana e pela humildade. Como deputado e proprietário da maior empresa de transportes do Brasil andava  de bermuda e chinelo de dedos nas calçadas de Várzea-Alegre  abraçando  e fazendo ri os seus conterrâneos.


300 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

O desafio não é identificar as jovens senhoritas da foto. A identificação eu tenho. Não vou fazer para não melindrá-las e porque  uma delas  já  foi convocada  por Deus para o andar de cima, não mais está entre nós.

O desafio vai  para os fotógrafos atuais, com  suas ferramentas de trabalho e os meio que a modernidade lhes oferece. 

O desafio é reunir numa foto cinco jovens senhoritas, elegantes, distintas e de beleza natural como estas da foto na sociedade atual.

299 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



Sexta-feira da paixão de 1951, chegou na casa de Joaquim da Varzinha, em Várzea-Alegre, um camarada chamado Jesus. Disse que estava cansado, com muita fome e pediu arrancho. A família o acolheu.

Quando foi servida a grande ceia o visitante comeu muito de tudo que foi servido.

Depois da ceia armaram uma rede para o caboclo na sala da casa e os demais se recolheram no resto das dependências.

Por volta das duas horas da madrugada, Jesus sentiu uma dor de barriga tão condenada que não teve disposição para abrir a porta e fazer o serviço no mato.

No aperreio ainda deu tempo para pegar a cuia de tirar leite que estava no armador e fez dela um pinico. A vergonha foi tamanha que escapuliu sem se despedir.

Quando a noticia se espalhou na vizinhança, o poeta Zé Pequeno, cunhado de Joaquim improvisou essa décima:

Meu bom Jesus do Bonfim
Que foi cravado na cruz
Não é como esse Jesus
Lá da casa do Joaquim
Esse Jesus é ruim
O que sabe é fazer tuia
Foi num sábado de aleluia
Que fez essa presepada
Arribou de madrugada
Depois que cagou na cuia.



298 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Na época do ouro branco, do algodão, o varzealegrense Juvêncio Bezerra, filho de José de Toin, casado com dona Danival Peixoto de famílias cratenses, era fiscal do Ministério da Agricultura.

Sua atividade e função principal era orientar os produtores no plantio, na colheita, no armazenamento e como produzir uma pluma de qualidade.

O Juvêncio tinha como base o município de Assaré. De lá se deslocava para as demais retornando para pernoitar. Se hospedava na pensão de dona Bia onde além de um bom e reforçado café pela manha era servido “arroz com traíra" no almoço, e "traíra e arroz" no jantar.

Um dia, o Juvêncio recebeu um telegrama avisando que um delegado do ministério da agricultura, um superior seu, estava se deslocando para a região para fazer uma inspeção nos trabalhos. Juvêncio chamou dona Bia para uma conversa: Preciso de um favor da senhora, disse. Um superior meu, vai está por aqui amanhã e eu gostaria que a senhora desse uma caprichada no "rango", ele vem do Recife merece nossa consideração e precisa sair com uma boa impressão nossa.

No outro dia, dona Bia não fez outra coisa, passou a manha pastorando as panelas, trocou os pratos velhos por uns novos, substituiu talheres, toalhas e panos de mesa.

Quando colocou a mesa o Juvêncio ficou besta, admirado com variedade de guloseimas servidas, especialmente uma apetitosa omelete, coisa nunca vista pra quelas bandas.

Ao partir a omelete e retirar a parte a ser servida Juvêncio viu o "olho" da traíra mirado na direção do delegado, do seu superior.

Foi um dos micos do Juvêncio.


297 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Em 1951,  Raimunda da Varzinha recebeu na sua residência a visita de uns guardas da antiga Sucam. O que os senhores desejam?

Ver a higiene da casa!

Carece não, Joaquim  não come, e, se não come  não caga,  Zunda é mundo trabalhador, vive na roça caga por lá, eu quando cago  enrolo num jornal e jogo no telhado da casa.

Depois de uma serie de outras perguntas, os guardas saíram pelos terreiro procurando foco de barbeiro e mosquito, deram alguns conselhos e informações para a dona da casa e um deles perguntou : E estes potes? A senhora tem o cuidado de lavá-los direito?

Ah, meu senhor, estes potes eu lavo  todos os dias, muito bem lavados. Pode analisar, disse. O guarda focou uma lanterna num deles, meteu a mão e arrastou de dentro um chinelo de couro feito por Zé Faustino e sacudiu no meio da sala.

Dona Raimunda surpresa, falou: Ah, minha "zapragata" que fazem seis meses que eu procuro!

Olha onde é que estava!


296 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



De volta de uma viagem ao Arneiros com o meu pai, José Raimundo de Morais para pagar promessa  a padroeira Nossa Senhora  da Paz, de quem era devoto, passamos no mercado do Assaré no café de dona Rosária onde era vendida uma linguiça caseira da melhor qualidade, de fino sabor e paladar admirável.

A dona da venda contava vantagem e cagava goma dizendo que não sentia falta de marido, pois já  havia casado três vezes e  enterrado todos eles.  

José André observando a lorota e pabulagem de Dona Rosaria disse : Minha senhora, vamos  comigo para "Rajalegue" que "Cândido Diniz" apruma o seu rabo.

Cândido Diniz casou  quatro vezes,


Carta de Abraham Lincoln, em 1830, ao professor do seu filho - Por Antonio Morais.

Caro professor, ele terá de aprender que nem todos os homens são justos, nem todos são verdadeiros, mas por favor diga-lhe que, para cada vilão há um herói, que para cada egoísta, há também um líder dedicado, ensine-lhe por favor que para cada inimigo haverá também um amigo, ensine-lhe que mais vale uma moeda ganha que uma moeda encontrada, ensine-o a perder, mas também a saber gozar da vitória, afaste-o da inveja e dê-lhe a conhecer a alegria profunda do sorriso silencioso, faça-o maravilhar-se com os livros, mas deixe-o também perder-se com os pássaros no céu, as flores no campo, os montes e os vales.

Nas brincadeiras com os amigos, explique-lhe que a derrota honrosa vale mais que a vitória vergonhosa, ensine-o a acreditar em si, mesmo se sozinho contra todos.

Ensine-o a ser gentil com os gentis e duro com os duros, ensine-o a nunca entrar no comboio simplesmente porque os outros também entraram.

Ensine-o a ouvir todos, mas, na hora da verdade, a decidir sozinho, ensine-o a rir quando estiver triste e explique-lhe que por vezes os homens também choram.

Ensine-o a ignorar as multidões que reclamam sangue e a lutar só contra todos, se ele achar que tem razão.

Trate-o bem, mas não o mime, pois só o teste do fogo faz o verdadeiro aço, deixe-o ter a coragem de ser impaciente e a paciência de ser corajoso.

Transmita-lhe uma fé sublime no Criador e fé também em si, pois só assim poderá ter fé nos homens.

Eu sei que estou pedindo muito, mas veja o que pode fazer, caro professor.

Abraham Lincoln, 1830. 

295 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Uma homenagem toda especial ao Curso Preparatório para o admissão ao ginásio "Cloves Beviláqua", em meados da década de 60 do século passado. Dr. Oto Otoni e Dona Elita. Que tenhamos o resgate e a restauração da ordem, da moral, do respeito e dos bons costumes. 

No dia 7 de Setembro de 1965, vi-me perfilado junto ao grupo de  colegas  e Dr. Oto Otoni pronunciar este significativo discurso : "Gostaria de ser um Rui, um Bilac, um José do Patrocínio para, neste momento, saudar a pátria brasileira a altura de seu merecimento".........  Depois  do belo pronunciamento cantamos o Hino Nacional.

Hoje esperamos, confiamos e aguardamos um presidente patriota que governe para os brasileiros, que defenda os principais interesses da nação. 

Assim seja o Brasil que queremos.


sábado, 25 de novembro de 2023

Vazio - Jenário de Fátima.

 

Sentir saudades? Quem é que não sente?

Afinal apenas somos humanos.

Mas a saudade às vezes é latente

E nos carrega ao mundo dos insanos.

E nesta coisa de se estar carentes,

Vemos no passar lento dos anos,

Que aqueles sonhos de outrora presentes


Vão dando espaço à voz dos desenganos.

Assim, ante o incomodo desconforto,

De se ver passar anos sempre iguais.

Qual errante nau que procura porto,

No horizonte extremo de longínquo cais,

Singramos ondas de um oceano morto,

Onde sereias já não cantam mais.

294 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais



Arrozais  da Várzea-Alegre.

A história de Várzea Alegre é pontilhada de fatos curiosos. Lembro-me muito bem do Pedro Tenente e do Souza. O primeiro era um historiador que não sabia escrever. O segundo, era um analfabeto que sabia ler.


Leia nos  comentários a saga de Antônio Dantas. Uma historia vitoriosa.

Pedro Tenente, tinha esse apelido porque o pai dele fora tenente da polícia militar do Ceará e viajava pelo estado todo. Pedro o acompanhava e procurava saber quem era quem nas localidades onde passavam. Ele não sabia escrever, mas ditava as histórias das famílias do Ceará para o tabelião de Várzea Alegre que escrevia pra ele. O tabelião publicava uns livretos, eram simples e fáceis de ler. Meu pai comprava esses livretos na feira e eu lia em voz alta para o pessoal que trabalhava no engenho do meu avo. Eu adorava ouvi o pessoal dizendo – esse menino é inteligente!

Curiosamente, anos depois, lendo a história da família Feitosa, escrito por Chandler, um historiador americano que escreveu também o livro – Lampião, o Rei do Cangaço – pude conferir como Pedro tinha uma memória invejável. As pesquisas do Chandler batiam com a historia dele.

Dizem que certa vez, o finado José Correia pediu a Pedro pra escrever a historia da família dele, e Pedro respondeu – Coronel, esse negócio de família pode dá na cozinha ou no mato!

Contos de Várzea-Alegre - Professor  Antônio Dantas.



Deus é silêncio e o demônio é barulho - Alertou o Cardeal Robert Sarah.

“Corremos o risco de reduzir o sagrado mistério a bons sentimentos”. 

Alertou o cardeal Robert Sarah, prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

E faz um questionamento pungente: “Com o pretexto da pedagogia, alguns sacerdotes permitem inúmeros comentários que são insípidos e mundanos. 

Esses pastores temem que o silêncio em presença do Altíssimo desconcerte os fiéis? 

Acreditam que o Espírito Santo é incapaz de abrir os corações aos divinos mistérios, derramando sobre eles a luz da graça espiritual?”.

"Deus é silêncio e o demônio é barulho".

ERUPÇÃO VULCÂNICA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Em comentário feito sobre Pelé, logo após a sua morte, o defini como uma erupção vulcânica de duas pernas.

Um súdito do rei me perguntou de onde eu tirei essa visão (mais uma) do maior jogador do Mundo.

Antes da Copa do Mundo de 2.014, o neurocientista Miguel Nicolelis desenvolveu, em trabalho para uma revista, uma teoria para explicar Pelé.

Entre várias informações, uma me chamou a atenção.

É que depois da conquista da Copa de 70, no México, como homenagem, um acidente da lua de Júpiter chamado IO recebeu o nome de Pelé.

IO é uma erupção vulcânica, de ação contínua e de alta velocidade, que espalha, sem cessar,  lava e fogo por 300 quilômetros.

E esse foi sempre o efeito do Pelé terrestre. Uma erupção continua de movimentos, dribles, gingas, arrancadas, chutes mortais, no chão ou no ar, em bicicletas que desafiavam a gravidade.

Quem viveu e viu, sabe que Pelé foi isso mesmo: uma erupção vulcânica de duas pernas.

Concordam ?

sexta-feira, 24 de novembro de 2023

A TRISTE PROCISSÃO DO BEATO SEM BÊNÇÃO - Postagem do Pedrinho Sanharol.


Era o ano de 1946. Nuvens pesadas pairavam entre o Ceará e Pernambuco. A Segunda Guerra Mundial tinha chegado ao fim e o incidente do bombardeio ocorrido no interior havia sido escondido pelo governo. 

José Lourenço não morreu no bombardeio. Depois do fim do Caldeirão, foi se refugiar na cidade de Exu, no Pernambuco.

Após sua morte, por peste bubônica, em Exu, para manter a história viva, seus seguidores e fiéis decidiram levar seu corpo para Juazeiro do Norte, para que fosse abençoado pelo Monsenhor Joviniano Barreto e sepultado no cemitério do Socorro.

Algumas pessoas alertaram sobre o temporal que se formava no horizonte. Embora o Nordeste sofra com a seca, em certas épocas as chuvas são abundantes; ocorrem deslizamentos e cheias. Mas nenhum dos fiéis deixaria tais circunstâncias impedirem a longa e última caminhada.

Na comunidade liderada pelo beato aconteciam celebrações, religiosas, tais como novenas, renovações e outras liturgias que podem ser realizadas em casa. Seus perseguidores, no entanto, usaram de tais práticas para perseguir o beato e seus seguidores. Na foto acima, o beato segura uma cruz usada nas preces diversas.

Saídos de Exu, muito tempo havia se passado. O peso do caixão estava insuportável. Os carregadores alternavam-se incontáveis vezes. Na caatinga, uma árvore que ofereça sombra é algo raro e a procissão não tinha muitos lugares para descansar. 

As pernas de alguns já não aguentavam o esforço. Estavam dormentes. As panturrilhas se contraíam, denunciando o esforço além do suportado. Houve uma imensa alegria quando alguém anunciou que já via ao longe a cidade do Crato. Todos estava com muita sede. Pediram água aos moradores, mas muitos fechavam a porta, com medo de contrair a peste que matara o beato. 

É que alguns da procissão traziam feridas escarlates pela pele, pelo rosto e pelos braços. Além disso, havia a má fama do beato. 

Finalmente chegaram a onde desejavam. Mas não puderam velar o corpo dentro da igreja. O monsenhor recusou-se a receber o corpo e abençoá-lo.

Todos foram expulsos da igreja. Lá fora, a chuva caía forte. Caixão aberto, debaixo de muita água, os seguidores do beato o velavam, tristes.

Depois o levaram para a casa de um de seus muitos afilhados. De lá, ao Cemitério do Socorro, onde foi enterrado.

Tristes fatos.

Pablo Levi Ferreira dos Santos.

293 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



No povoado do São Vicente e nos sítios circunvizinhos Atoleiro, Boa Vista e Iputy, em Várzea-Alegre, todo mundo ou quase todos são conhecidos pelo apelido.

Não sei a razão ou motivo para um deles ser conhecido por Zé Prego.  Sabe-se, no entanto, tratar-se de um senhor de certa idade, muito conversador, metido a namorador, que diante das leis atuais teria  dificuldade  de não ser denunciado  por assédio.

Certa feita, ele chegou na loja do seu parente Chico Francisco, sentou no balcão e haja  conversa. Entra na  loja uma cigana, e, se propõe a ler a mão,  fazer o adivinho  do futuro e sobretudo do passado. 

Zé Prego tomou a dianteira e estendeu-lhe a mão. A cigana  segura pelos dedos e começa : O senhor tem mais de 60 anos, o senhor é casado e tem uma ninhada de filhos,  o senhor é muito metido e inxirido, admiro muito ainda não ter levado uma boa pisa.

Zé Prego,  diante  das precisas informações respondeu : "Vai numa tria espritada".

Espritada, termo do populacho utilizado pela verve local.


292 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Jovens dos anos sessenta. Colegas do Ginásio São Raimundo Nonato : Identificando da esquerda para direita em pé : Caldeman Querino, Vitorino de Fatico, Serrinha, Zé Haroldo de Fatico, Joaquim Bitú. 

Sentadas mesma ordem : Maria Onelma, Roseni Pajé, Margarida Bilé, Isa Teixeira, Socorro de Dr. Derli, Maria Oliveite.


291 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Todas as noites Pedro Tonheiro, João Teixeira e Vicente Cassundé, sentavam num banco da avenida velha, para uma prosa, para conversar arezia.

Nestas Prosas eles não poupavam nem mesmo o vigário. Estando ausente a tesoura comia, era o que podia ser chamados de "Coxinhas Varzealegrenses".

Certa noite eles conversavam quando chegou Zé Peru, sentou-se ao lado dos três e foi logo cumprimentando:
Boa noite pessoal.
Boa noite, boa noite, boa noite.
O que que há de novo?
Perguntou João Teixeira :
De novo só a sua presença.
"Apois eu tem novidade. Meu fí mais novo assentou praça na puliça".
Pedro Tonheiro falou:
Tem nada não Zé Peru, o importante é ter saúde.
Zé Peru encabulado, deu boa noite e saiu. Assim que afastou-se Vicente Cassundé disse:
Vai te embora matuto besta, podendo botar o filho pra estudar, vai botar  pra ser samango.

Depois dessa tesourada, como já estava ficando tarde, Pedro Tonheiro de saída foi dizendo:
Bem pessoal, até amanhã,  eu já vou. Mas, não vão ficar falando de mim não, viu?

João Teixeira respondeu:
É impossível Pedro! A não ser que você leve nós dois pra dormir na sua casa.



ALMA E FUTEBOL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Quem quase morreu afirma que, quando a alma vai se ausentando, a gente sente.

É como se a vida fosse passando, em poucos instantes.

Rubem Braga disse, certa feita, que não devemos vender a alma. A alma faz falta.

Nelson Rodrigues, o nosso maior frasista, decretou: "Um time pode jogar até descalço, mas não pode jogar sem alma".

Eu gostaria de ter uma boa coleção de metáforas e hipérboles para explicar essa falta de alma no futebol brasileiro.

Fato que a alma anda em falta  nos campos de jogo.

Vem sendo essa a explicação para quedas de produção abruptas de vários times, ao longo do campeonato brasileiro.

O torcedor não se deixa levar por essa história. Acha, de imediato, que é falta de vergonha dos jogadores e burrice dos treinadores.

Bem sabemos que, hoje, as equipes de futebol possuem nos seus estafes especialistas para qualquer tipo de problema.

Dizem até que contam com amestradores de foca nos seus departamentos. Exagero, certamente.

Certo é que estamos diante de um problema muito sério. Há jogadores que estão rezando como nunca em busca de um equilíbrio espiritual.

Da minha janela, me sinto  impossibilitado de sugerir uma solução.

Se vivo fosse, Jurandir Mitoso, "O Pajaraca", consultado, diria: "Vixe, agora, é coisa de assombração ?

quinta-feira, 23 de novembro de 2023

“Supremo não é palco e arena política”, diz Pacheco ao STF - O Antagonista.

A PEC limita o poder de decisões monocráticas da Corte, dentre outras provisões. O texto foi aprovado no Senado na quarta, 22, e vai à Câmara

O presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), criticou as acusações de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre o trâmite da PEC do STF na Casa, aprovada em dois turnos na quarta-feira, 22 de novembro.

“Não quero permitir polêmica em torno de um tema que tem clareza técnica grande. O que fizemos foi garantir que uma lei concebida pelos representantes do povo, Câmara e Senado, sancionada por presidente da República, que esta lei só possa ser declarada inconstitucional pelo colegiado do Supremo Tribunal Federal”, disse Pacheco a jornalistas nesta quinta, 23.

A ARTE DE VIVER - Por Antônio Gonçalo de Sousa.

Da esquerda para a direita: Luiz Gonçalo (Duda), Carmem Gonçalo, Zé Gonçalo e Eu.

Essa foto abaixo foi feita no muro da casa do meu avô, Antonio Gonçalo Araripe, na Rua Dr. Leandro Correia, em Várzea Alegre - CE. O ano não lembro bem, mas deve ter sido no início da década de 1960. 

Chamo atenção para o capricho da nossa indumentária, pois os trajes, apesar de simples, denotam requinte, com adereços nos bolsos, calçados  decentes, combinando com a cor dos tecidos, que tinham predominância branca. 

Vale registrar que todos os modelos das roupas, à época da nossa juventude, eram planejados e confecionados por nossa mãe, que aprendeu cedo a arte da costura, bordados, rendas e outras preciosidades, que eram demandadas por muitos fregueses dos arredores onde morávamos. 

A fotografia retrata bem o quanto fomos beneficiados pelo legado dos nossos pais, que souberam administrar bem a dicotomia do trato com o trabalho digno, aliado ao bem estar da família e dos amigos. 

É claro que essas experiências não caíram do céu, pois foram adquriadas das labutas diárias, vividas e revividas dos nossos avós paternos e matermos, que também foram aprendizes, perseverantes e resignados em praticar e ensinar a arte de viver.

Nomeação do Padre Rubens Gondim Lóssio - Por Antonio Morais.

Dom Francisco.

O Santo Padre Pio XII por Bula de 09 de Janeiro do corrente ano, nomeou pároco da Paróquia de Nossa Senhora da Penha, Catedral do Crato, o Revmo Padre Rubens Gondim Lóssio.

Com o falecimento do mosenhor Assis Feitosa, em 1952, sua revma, fôra nomeado, interinamente, por Dom Francisco, para ocupar-lhe o lugar, cabendo a Santa Sé, a nomeação definitiva, porque esta se reserva a provisão dos benefícios cujo o último ocupante, fôra agraciado com um título pontifício. Era o caso de Mons. Feitosa, Camareiro Secreto de sua Santidade. 

Monsenhor Rubens.

O Exmo Senhor Bispo, diocesano quis que a cerimônia de posse efetiva do Revmo, padre Rubens se revestisse da maior solenidade  possível. Para ela, escolheu-se o dia de São José 19 de março. Foi oficiante o revmo bispo auxiliar, Dom Araújo.

A matriz estava repleta de fiéis, entre os quais avultava a presença de Dom Francisco e do prefeito municipal. 

Terminado o ato litúrgico, todos os presentes, tendo à frente as autoridades referidas, acompanharam o revmo Pe. Rubens até sua residência, onde lhe prestaram calorosa manifestação de regozijo.

Falaram na ocasião, vários oradores, entre os quais o revmo Padre Manuel Pereira. 

O revmo Padre Rubens Lóssio, com 32 anos, de idade, destaca-se no meio do clero cratense, como um dos seus mais apreciados valores.

Armando Lopes Rafael.

Minha opinião - Por Pedrinho Sanharol.

Meu caro amigo, quando posto a minha opinião não é para convencer ou mudar a sua. É para quem pensa igual a mim saber que não está sozinho no mundo.

Não perca o seu tempo dando muitas explicações. Aos amigos não é necessário, os demais só ouvem o que querem ouvir. 

Todo bajulador é falso e perigoso. O "puxa saco" é igual a carvão : Apagado te suja, aceso te queima.

290 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.



O Ginásio São Raimundo, Várzea-Alegre foi fundado no início de 1960. Essa foi a "Turma Principiante" do curso ginasial no respectivo educandário. A foto de Dezembro/1963 nas escadas da igreja matriz. 

Identificação completa: De cima para baixo: Homens: José Mulato, Murilo Teixeira (in memória), Raimundo Lima, Cícero de Natércio, Cláudio Bitu (in memória) e Diassis Aquino.

MULHERES: Odalice, de roupa escura, Madalena Leandro Bitu, (in memória) de roupa escura, professora da turma, e mais : 

Oneida Teixeira, Maria Tavares, Jussy Soares, Lucier Aquino, Ana Maria Morais, Maria das Virgens Sousa, Maria Nilce, (in memoria), Ana Lúcia Bitu, (in memória), Maria Zoraide Fiúza, Deci Clementino, Telma Teixeira, Leda Bitu, Isabel Sátiro, Maria Socorro Bitu e Rosymare Andrade.