Sexta-feira da paixão de 1951, chegou na casa de Joaquim da Varzinha, em Várzea-Alegre, um camarada chamado Jesus. Disse que estava cansado, com muita fome e pediu arrancho. A família o acolheu.
Quando foi servida a grande ceia o visitante comeu muito de tudo que foi servido.
Depois da ceia armaram uma rede para o caboclo na sala da casa e os demais se recolheram no resto das dependências.
Por volta das duas horas da madrugada, Jesus sentiu uma dor de barriga tão condenada que não teve disposição para abrir a porta e fazer o serviço no mato.
No aperreio ainda deu tempo para pegar a cuia de tirar leite que estava no armador e fez dela um pinico. A vergonha foi tamanha que escapuliu sem se despedir.
Quando a noticia se espalhou na vizinhança, o poeta Zé Pequeno, cunhado de Joaquim improvisou essa décima:
Meu bom Jesus do Bonfim
Que foi cravado na cruz
Não é como esse Jesus
Lá da casa do Joaquim
Esse Jesus é ruim
O que sabe é fazer tuia
Foi num sábado de aleluia
Que fez essa presepada
Arribou de madrugada
Depois que cagou na cuia.
Coisas da Rajalegre. Reais e inocentes como o seu povo. E haja risos.
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