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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 30 de abril de 2019

A entrevista do Lula - Postagem do Antonio Morais.


Lula não é um presidiário comum que poderia dar entrevista sobre seu cárcere. É um agitador politico, um criminoso psicopata, é o responsável  pelo caos da nação.

Suas palavras serão como chuva de enxofre sobre os telhados da sociedade. Mantê-lo isolado é uma questão de segurança nacional.

A manobra anti-Moro - O Antagonista.


No Congresso Nacional, há oito emendas para tirar o Coaf de Sergio Moro. Seis são assinadas por deputados do PT. As outras duas, pelo PSOL e pelo PCdoB.

O Centrão, claro, apoia o expurgo. Arthur Lira, do PP, disse para O Globo:

“Essa questão do Coaf só não se resolveu ainda porque não votou. Se o relator não fizer, a gente vai tirar do texto da MP da mesma forma, entrando com uma emenda supressiva.”



Os próximos a serem julgados pelo Supremo na Lava Jato - O antagonista.


No último balanço que fez da Lava Jato, Edson Fachin informou que pretende levar a julgamento, até o fim do primeiro semestre, três ações penais na Segunda Turma do STF.

A mais notória é a dos irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima (MDB-BA), ambos acusados de lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso dos R$ 51 milhões em espécie encontrados num apartamento em Salvador em 2017.


Também está previsto o julgamento do ex-senador Valdir Raupp (MDB-RO), acusado de receber propina de R$ 500 mil da Queiroz Galvão em 2010, em troca de contratos da construtora na Petrobras.


Outro que pode ser logo condenado é o ex-deputado Aníbal Gomes (DEM-CE), acusado de, em 2008, receber propina de R$ 3 milhões de um escritório de advocacia por facilitar um acordo salarial da Petrobras com profissionais de praticagem, que fazem auxílio à navegação.

AO ATAQUE - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo


O futebol brasileiro sempre foi caracterizado como ofensivo. Basta dar uma olhadas na lista de maravilhosos atacantes que fornecemos para o mundo, ao longo da história.

Hoje, nos deparamos com um problema: invertemos as coisas e passamos a priorizar o jogo defensivo.

Há uma consciência da necessidade de que o nosso futebol precisa esboçar uma reação e reatar o nosso jeito de jogar no ataque, procurando mais movimentos que criem situações de gol.

Tudo dentro do conjunto de ferramentas do qual dispomos: criatividade, individualidade, liberdade. Menos ordem, digamos.

Sim, menos ordem num futebol que tem ficado muito burocrático, controlado, organizado e desagradável.

Carile, treinador do Conrinthians, devoto do jogo que prioriza o defensivismo, ganha os títulos e reconhece que seu time foi o pior das últimas conquistas.

Estranho que Abel, treinador do Flamengo, bote um milhão de reais no bolso todo mês e venha com essa conversa que precisa tirar do time o toque e a posse de bola, considerados por ele como excessivos.

Ora, o futebol sulamericano sempre foi admirado pelo toque de bola primoroso. Um time ganhador tem que ser dominante, impor-se pelo estilo agressivo à base de toque e troca de passes, de forma intensa.

Quando isso não for possível, buscar o maior volume de jogo. Fora isso, é tudo conversa para boi com sono.

Só que tem uma coisa: sobreviver à insanidade dos dirigentes que interrompem trabalhos de treinadores, com o frenesi das dispensas, é uma das maiores barreiras para tornar o futebol brasileiro agradável de se ver.

segunda-feira, 29 de abril de 2019

5 refinarias que serão vendidas pela Petrobras foram alvo da Lava Jato - O Antagonista.


Abreu e Lima simbolo da corrupção  petista.

A Petrobras anunciou na última sexta-feira a venda de 8 refinarias, incluindo a Abreu e Lima, um dos grandes símbolos da corrupção dos governos petistas.

Um levantamento do Congresso em Foco mostra que 5 das refinarias que serão vendidas foram alvo do cartel da Petrobras.

As refinarias envolvidas na Lava Jato são: Abreu e Lima (PE), Landulpho Alves (BA), Gabriel Passos (MG), Alberto Pasqualini (RS) e Presidente Getúlio Vargas (PR).

Economia de R$ 18 milhões com corte de jornais e revistas - O antagonista.



Segundo o Ministério da Economia, o governo poderá economizar R$ 18 milhões por ano com a suspensão de assinatura de jornais e revistas, além da contratação do serviço de ascensoristas.

O governo também suspendeu a compra e o aluguel de imóveis e veículos.

Neste caso, porém, não há previsão de economia.

Centenário de nascimento de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos– 3º Bispo da Diocese de Crato – 5ª crônica lida na Rádio Educadora do Cariri em 06-06-2018

Dom Vicente Matos, o defensor dos trabalhadores rurais
Dom Vicente Matos recepciona o Ministro da Saúde do Brasil, Dr. Mário Pinotti, na inauguração da Rádio Educadora do Cariri

    Quando Dom Vicente Matos chegou ao Cariri, em agosto de 1955, encontrou o trabalhador rural do Sul do Ceará em igual condições aos de todos integrantes dessa classe, espalhados pelos sítios e fazendas do Nordeste brasileiro. Viviam eles em situação de penúria, sem assistência médica e sem direitos reconhecidos. Esse trabalhador era reconhecido como “morador” de um proprietário rural. Nada mais do que isso. Ser morador significava para ele, em primeiro lugar, morar numa propriedade e prestar serviços com baixa remuneração ao dono dessa propriedade.  Um morador era sempre conhecido como “O morador do Sr. Fulano”.
    
      Dentre as muitas conquistas que Dom Vicente de Paulo Araújo Matos proporcionou às populações que viviam nos campos, nos municípios componentes da Diocese de Crato, uma das mais significativas foi a organização dessas pessoas através de suas filiações aos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais.

   Deve-se, pois, a Dom Vicente Matos a criação dos primeiros sindicatos de trabalhadores rurais nos municípios do Sul do Ceará. Foram esses sindicatos que permitiram – num primeiro momento –, a discussão dos problemas que envolviam os trabalhadores do campo, criando um espaço antes inexistente para essa discussão. Com o surgimento dos sindicatos dos trabalhadores rurais tornou-se possível a visualização da dura realidade vivida pelos rurícolas caririenses.

   Graças ao equilíbrio e sensatez de Dom Vicente Matos, quando a Diocese de Crato começou a criar os sindicatos dos trabalhadores rurais, estes não foram envolvidos pelo caminho da radicalização, nem pela pregação da luta-de-classes, nem pelo incentivo à simples oposição entre trabalhadores e proprietários de terra.

   O pensamento central de Dom Vicente Matos, ao tornar realidades os primeiros Sindicatos de Trabalhadores do interior do Ceará, foi a de que essas instituições servissem para a melhoria das condições de vida do trabalhador. Esses anseios foram concretizados dentro da harmonia entre as classes sociais, como, aliás, fora pregado pelo Padre Ibiapina, no século 19. E os sindicatos fundados pela orientação da Igreja Católica no Cariri possibilitaram um clima de paz e a preservação da ordem através da mediação realizada pelo Estado no atendimento às demandas mais urgentes dos trabalhadores rurais.

    Somente em 1972, o Governo Federal criou o FUNRURAL e os trabalhadores obtiveram alguns direitos, a exemplo da aposentadoria, depois de uma existência inteira vivida em meio à pobreza e ao sofrimento. No Cariri, Dom Vicente Matos foi um pioneiro na defesa do trabalhador rural.
Dom Vicente Matos visitando a cidade de Barbalha

domingo, 28 de abril de 2019

Lula contraiu na prisão o distúrbio da amnésia - Por Josias de Souza


Folha e El Pais entrevistaram Lula. Um aperitivo dessa primeira entrevista do ex-presidente petista na prisão foi servido pela repórter Mônica Bergamo. Revela que o encarceramento de mais de um ano não propiciou nenhum ensinamento à divindade do PT. Pior: o isolamento provocou em Lula um surto de amnésia. 

O presidiário declarou que o Brasil é governado por "um bando de maluco". E sugeriu que, depois da eleição de Jair Bolsonaro, a elite brasileira deveria fazer uma autocrítica. As declarações soaram incompletas e cínicas.

No pedaço da entrevista em que soou pela metade, Lula declarou que o país está submetido a um "bando de maluco" e esqueceu de lembrar —ou lembrou de esquecer— que a maluquice resultou de uma reação da sociedade brasileira contra o bando de ladrões que a Lava Jato identificou nas administrações petistas. Ainda não inventaram remédio melhor do que o voto contra doidos e larápios no poder.

No trecho em que se deixou levar pelo cinismo, Lula receitou autocrítica aos outros, mas se absteve de fazer a sua própria autoanálise. Suspeita-se que o banheiro da cela especial de Curitiba não tenha um espelho. Do contrário, o preso já teria enxergado nos seu reflexo o semblante de um culpado.

Foi com o beneplácito de Lula que o PT tornou-se uma máquina coletora de propinas. Foi com o apoio de Lula que Dilma mergulhou o país na pior recessão de sua história. Foi surfando a onda do antipetismo que Bolsonaro chegou ao Planalto. O eleitor de Bolsonaro sempre poderá fazer uma autocrítica. Muitos até já fizeram. Lula não pode mais desfrutar desse privilégio. Seu caso já não é de autocrítica, mas de autópsia.

sábado, 27 de abril de 2019

Eu perco o emprego, mas não perco o meu sonho - Por Chico Anísio.


Andando há 40 anos por este país, catando dinheiro para levar pra casa, eu aprendi a acreditar. Acreditar na terra, no homem, na chuva, na benção, na semente, no fruto, no coração, na mente… na inteligência.

Aprendi, com o meu povo, que quando uma coisa está muito séria, o melhor que se faz é brincar com ela. E, naquelas tardes terríveis, sozinho num quarto de hotel, esperando a hora do show, eu comecei a desenhar o pais dos meus sonhos. Um país onde cada lavrador tenha um par de bois para puxar seu arado e que de tarde, ao voltar para casa, encontre um par de filhos o esperando e à noite quando for dormir, tenha um par de pernas para amar; no país dos meus sonhos, todo pobre vai comer, todo hospital terá remédios, todo aluno terá colégio, todo professor ganhará um salário decente e todo policial apenas prenderá os bandidos, em vez de os ajudar a matar e a roubar; no país dos meus sonhos todo cego vai ver, todo surdo vai ouvir e todo mudo vai ver e ouvir coisas tão lindas que nem será preciso dizer nada; no país dos meus sonhos a integração do homem com a natureza será tanta que eu chego a imaginar uma árvore dizendo a um homem: “Você me tratou tão bem, foi tão legal comigo, que eu gostaria de me transformar na mesa da sua casa, nas cadeiras onde sua família sentará, no berço do seu filho”.

No país dos meus sonhos, o homem branco, afinal, vai descobrir que o coração do negro é do tamanho do seu e o sangue da mesma cor. O país dos meus sonhos um dia será verdade. E ele será tão feliz que nem vai precisar de mim para fazer rir um pouco. Não faz mal. Eu perco o emprego, mas não perco o meu sonho. 

Eu não fiquei com pena - Postagem do Antônio Morais.


"No semblante o ressentimento e o ódio, ambos direcionados aos que lhe impuseram justiça. No olhar frio e calculista, a inércia de um psicopata, indiferente a todo mal que causou ao país.

Na voz embargada pelo choro, um pedido de clemência. Não pelas vítimas de sua desenfreada ganância, mas por seus imperdoáveis crimes.

Na alma a mesma arrogância, o mesmo narcisismo, a mesma falta de patriotismo. No coração, nenhum arrependimento. Apenas a vontade de ser livre, para roubar novamente".

Caririensidade


Quando  Crato era a “Capital da Cultura” do Cariri

Sede própria do Instituto Cultural do Cariri--ICC, localizada em frente ao Parque de Exposição de Crato. Uma instituição pujante nos dias atuais.

     As novas gerações desconhecem o fato. Mas Crato e Juazeiro do Norte mantiveram – até os anos 1980 – acérrima rivalidade. Em 1953, foi fundado em Crato o Instituto Cultural do Cariri (ICC), o qual, além de suas finalidades culturais, seria uma resposta da comunidade cratense, ao crescente crescimento econômico de Juazeiro. Vendia-se, assim a imagem de que Crato se constituía num polo de destaque e civilizador da região no setor cultural. Crato passou a ser chamado eufemisticamente “A Capital da Cultura do Cariri”. Somente em 1974, Juazeiro do Norte criou o seu o Instituto Cultural do Vale Caririense (ICVC) hoje em franca atividade. 

        Na monografia de mestrado da ex-reitora da URCA, Antônia Otonite de Oliveira Cortez, ela comentou assim este assunto: “Superando o poder econômico do Crato na região e constituindo um forte poder de barganha política junto aos governos estadual e federal, Juazeiro elaborou para si os adjetivos de “Cidade da Fé e do Trabalho”, “Metrópole Econômica”, mas nunca pôde ser adjetivada de cidade civilizada ou culta. Esses foram atributos do Crato, estratégias discursivas com as quais os “especialistas da produção cultural” passaram a defender, conscientemente, a superioridade do Crato na região, à medida que Juazeiro a superava no plano econômico e político”

Um marco no desenvolvimento do Cariri: a chegada da energia da CHESF

Acima, alguns caririenses que lutaram pela eletrificação do sul-cearense

   Como surgiu a ideia para a eletrificação do Cariri, pelo sistema da CHESF– Companhia Hidroelétrica do São Francisco? O jornalista cratense José Jézer de Oliveira escreveu no jornalzinho da Casa do Ceará em Brasília: “Tudo teve início quando, no ano de 1949, o professor José Colombo de Sousa, à frente de um grupo de concludentes do curso de Administração e Economia, de Fortaleza, visitou as instalações da usina hidrelétrica do São Francisco. Ali, surpreendentemente, constatou que a região do Cariri, pela sua localização geográfica, estaria inclusa no raio de ação da CHESF, para efeito de receber a energia a ser por ela gerada. Ao retornar à Fortaleza, Colombo de Sousa, através de entrevista ao jornal O POVO, deu a conhecer o fato, ao que se supõe ainda não do conhecimento das autoridades governamentais do Ceará”.

Crato adere à proposta de Colombo de Sousa

   Em face da repercussão da entrevista, Colombo de Sousa foi convidado pelo Rotary do Crato a proferir palestra sobre o tema. Sua fala foi o “pontapé” inicial da aguerrida campanha em favor da eletrificação do Cariri. Essa campanha mobilizaria as classes mais representativas da sociedade caririense, principalmente das cidades de Crato, Barbalha e Juazeiro do Norte. Em Crato, a primeira manifestação para a eletrificação do Cariri ocorreu, como se observa, em 1949. 

Juazeiro do Norte fortalece o movimento

Rua São Pedro, centro de Juazeiro do Norte, início da década 1960

    Em reunião na sede do “Clube dos Doze”, em Juazeiro, também com a presença de Colombo de Sousa, fundou-se o Comitê Pró-Eletrificação do Cariri, que tinha como Presidente o médico Hildegardo Belém de Figueiredo, residente em Juazeiro. O comitê era integrado por representantes de Crato e Barbalha. O objetivo desse comitê era dar suporte ao trabalho do professor Colombo de Sousa, junto às autoridades federais e à Diretoria da CHESF. Colombo de Sousa (que depois seria eleito deputado federal pelo Ceará) já gozava de prestigio político no Rio de Janeiro, então Capital do Brasil.

     Colombo de Sousa viajou para a então capital brasileira, acompanhado dos membros do Comitê Pró-Eletrificação do Cariri, e lá foram recebidos, no Palácio do Catete, pelo Presidente da República, Getúlio Vargas. Anos depois, pela segunda vez, esses membros do comitê tiveram audiência com o então Presidente Juscelino Kubitschek, o qual manifestou apoio ao Programa de Eletrificação do Cariri. Na audiência com Juscelino, Colombo de Sousa já estava investido do cargo de Deputado Federal pelo Ceará e tinha sido o autor da maioria das emendas ao orçamento, garantindo dos recursos da União para a concretização do grande sonho dos caririenses.

Enfim o Cariri foi eletrificado

     Dentro das comemorações pelo cinquentenário da criação do município de Juazeiro do Norte, em 1961, ocorreu a inauguração da energia de Paulo Afonso no Cariri. Era o dia 28 de dezembro de 1961, e a festa foi realizada em praça pública, na Terra do Padre Cícero.  O primeiro poste foi fincado na então entrada de Juazeiro, onde hoje funciona o supermercado Hiper Bom Preço, na Av. Padre Cícero. Crato, Juazeiro e Barbalha foram às primeiras cidades do Ceará a receberem energia da Companhia Hidrelétrica do São Francisco. No Cariri, para distribuição da energia fornecida pela CHESF, foi criada a Companhia de Eletricidade do Cariri (CELCA), empresa de economia mista, subsidiária da Sudene, mas com a participação acionária da própria CHESF, Prefeituras Municipais da região e, em escala bem menor, de particulares. A sede da CELCA ficava na cidade de Juazeiro do Norte. De lá para cá, Juazeiro só fez crescer em todos os sentidos.

Há 80 anos Salesianos chegavam a Juazeiro do Norte

 Colégio Salesiano Padre Cícero, em Juazeiro, nos dias atuais

     A data passou em branco. Mas é importante deixar registrado que há 80 anos, no dia 31 de março de 1939, a Congregação dos Padres Salesianos chegava a Juazeiro do Norte. Anos atrás, o site Miséria registrou como foram os primeiros dias das atividades dos padres salesianos na Terra do Padre Cícero. Consta na longa matéria do site Miséria os tópicos abaixo:

 “(...) Dois meses após a acolhida, na prática a gente juazeirense mostrou que mais que acolhedora era também solidária. Em 12 de maio sociedade e comércio juazeirense se cotizaram doando em dinheiro vivo a importância de $60.000,00 (Sessenta contos de réis) para que os Salesianos iniciassem imediatamente a construção do sonhado colégio pelo Padre Cícero”.

Santuário do Sagrado Coração de Jesus, no bairro Salesianos em Juazeiro

 “Já para construção da Igreja do Sagrado Coração de Jesus, a Prefeitura de Juazeiro do Norte efetuou doação do amplo terreno onde existia antes a Praça Pio XII. Lembrou o Padre César Casseta (um dos párocos salesianos que passaram por Juazeiro) que:  “A bênção da pedra fundamental da Igreja, segundo nossos arquivos, data de 1955 e contou com a ilustre presença do Padre Renato Ziggiotti, 5º sucessor de Dom Bosco”.  Foram 20 anos entre e o lançamento da pedra fundamental e a inauguração do suntuoso templo”

 “O Colégio Salesiano Padre Cícero tornou-se uma referência de ensino em toda a região do Cariri. Em 07 de maio de 1978, a comunidade católica juazeirense ganhava o atual Santuário dedicado ao Sagrado Coração de Jesus. Na Igreja, à entrada, consta uma placa: “Padre Cícero Romão Batista, os Salesianos atenderam ao seu pedido. Tenha sua alma tranquila no Céu”.

Já a criação da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, pela Diocese de Crato, data de 1975, durante o episcopado de Dom Vicente de Paulo Araújo Matos. O bairro -- onde fica o colégio e a igreja-matriz -- hoje se chama Salesianos. Os diversos párocos que por ali passaram, desde 1978 aos dias atuais, construíram várias capelas na vasta área da paróquia. Duas dessas capelas viraram, posteriormente, novas “Igrejas- matriz” das novas Paróquias de São João Bosco e a de Nossa Senhora Auxiliadora. Outras bonitas capelas, frutos da ação dos padres salesianos, foram construídas e dedicadas a São Domingos Sávio, Nossa Senhora de Fátima, Santa Teresinha. Todas, espalhadas pelos bairros citadinos de Juazeiro do Norte.

QUE MÚSICA? - Por Wilton Bezerra, Comentarista generalista



Quem quiser ouvir música produzida no Brasil, com zelo pelos tímpanos alheios, só tem duas saídas: apelar para os velhos CDs e vinis ou sintonizar algumas emissoras de FM, ainda dedicadas a difundir o que vale a pena.
Na nossa modesta opinião de ouvinte, só existem dois tipos de música: a boa e a ruim.
Nesse país musical, hoje, a divisão se dá de forma diferente: entre a ruim e a péssima.
O fundo musical de guarânias, através das indefectíveis duplas sertanejas com vestimentas de cowboy americano, não tem nada a ver com nossa gente bronzeada.
Até os padres bregas (parecem com Roy Rogers) embarcaram nessa coisa insuportável.
Depois de um período altamente “auspicioso” da música em ritmo de pancadaria, feita para dançar, somos atingidos, agora, por canções melosas de gorduchas cantoras.
As letras entram na marra, melodia a dentro, e falam (ou gemem) de adultério, amores sofridos e até do preço da diária de motel.
Se acostumar com isso é admitir que chegamos às trevas em matéria de música.
O que está acontecendo com esse país?

sexta-feira, 26 de abril de 2019

Dom Francisco de Assis Pires, o segundo bispo de Crato - Por Armando Lopes Rafael


Foi o Cardeal Dom Sebastião Leme, à época, Arcebispo do Rio de Janeiro, quem atribuiu a Dom Francisco de Assis Pires – segundo Bispo de Crato – a designação de A violeta do episcopado brasileiro. Desde a Idade Média, a flor violeta simboliza fidelidade, castidade e humildade. Merecidamente, Dom Francisco ficou conhecido como “A violeta do episcopado brasileiro”.

Outros títulos foram-lhe atribuídos. Monsenhor Francisco Holanda Montenegro – no livro “Os quatro Luzeiros da Diocese” – refere-se a Dom Francisco como O Bom Samaritano. Já Monsenhor Raimundo Augusto – no opúsculo “Histórico da Diocese de Crato” – escreveu que o segundo bispo de Crato “era a caridade em pessoa. Desprendido dos bens terrenos, bondoso e manso, veio para servir aos seus diocesanos sem nada receber em troca”.

Tudo em consonância com o lema episcopal escolhido por Dom Francisco: Não vim para ser servido, mas para servir. Monsenhor Raimundo Augusto justificou a sua opinião: “A longa e diuturna convivência com Dom Francisco, na prestação de serviços à Cúria Diocesana, autoriza-me a expressar-me assim. Vi de perto a riqueza de virtudes que ornavam sua alma Angélica, seu coração de ouro”.

Nascido no seio de uma rica família da capital baiana, Dom Francisco era, no dizer dos seus biógrafos, um verdadeiro aristocrata. Monsenhor Montenegro é taxativo: “Um rico que se fez pobre a serviço dos mais pobres”. É voz unânime que o segundo bispo de Crato tinha, realmente, predileção pelos mais pobres e mais sofredores. Por conta disso, possuía centenas de afilhados de batismo ou crisma. Dotado de uma delicadeza impressionante, tratava a todos – de qualquer condição social – com educação esmerada.

Entre os afilhados de Dom Francisco, um merece ser citado. No final dos anos 40 veio residir em Crato um casal francês, que sofrera as agruras da Segunda Guerra Mundial: Hubert Bloc Boris e sua esposa Janine. Hubert, em pouco tempo, tornou-se figura estimada na sociedade cratense, mercê seu temperamento extrovertido, facilidade de fazer amizades, além do destaque social adquirido por ser administrador do maior imóvel rural do Sul do Ceará – a Fazenda Serra Verde, localizada em Caririaçu – participar do Rotary Clube de Crato, dentre outros atributos de que era possuidor.

Hubert era judeu de nascimento, o primeiro, talvez, a integrar o rebanho das ovelhas pastoreadas por Dom Francisco. Este, aproximou-se do casal francês e, depois de longas e demoradas conversas, conseguiu a aquiescência de Hubert para batizá-lo na Igreja Católica. Bom lembrar que Janine tinha procedência católica o que facilitou, certamente, a conversão ao catolicismo do saudoso e sempre lembrado “Cidadão Cratense” (título concedido pela Câmara de Vereadores), Hubert Bloc Boris.

Dentre as muitas realizações materiais de Dom Francisco destacamos três: a construção do primeiro hospital do Cariri – o São Francisco de Assis – onde havia lugar destinado à indigência, ou seja, aos doentes pobres; o Liceu de Artes e Ofício (hoje extinto) destinado à profissionalização da juventude masculina de baixa renda; o Patronato Padre Ibiapina, também extinto, (cujo prédio é ocupado hoje pela reitoria da Universidade Regional do Cariri) destinado à educação de moças pobres.

Numa edição especial do jornal “Folha da Semana”, comemorativa ao centenário da cidade de Crato, com data de 17 de outubro de 1953, foi inserido um artigo da lavra do Padre Neri Feitosa, com o título “A venerável figura de Dom Francisco Pires”. Dali retiramos os seguintes tópicos:
“(...) Ele é eminentemente “Homem de Deus”, com um porte que fala de modo impressionante à piedade. Êmulo e imitador do pobrezinho de Assis, seu onomástico. Dom Francisco de Assis Pires é uma figura muito venerável de asceta contemplativo e cheio de bondade cristã.

“É de ver como se perturba, como se angustia, como sofre o coração do Bispo de Crato, quando se declaram sintomas (dos fenômenos periódicos) da Seca. Indaga sobre o sofrimento do povo, sobre as possibilidades dos poderes (públicos), sobre os migrantes, sobre a produção nas diversas zonas da Diocese. Com a mão trêmula pelos anos e pela aflição, traça as feições abatidas de seus filhos diocesanos, em telegramas a quem possa prestar socorro.

“Aquela face carrancuda não expressa nada aquela bondade compassiva e providente que lhe enche o grande coração de Bom Pastor.

“Por estas e por outras razões, Crato guardará, nos arquivos da justiça e da melhor gratidão, a lembrança perene desta venerável figura que constitui Dom Francisco de Assis Pires”.

Texto e postagem:Armando Lopes Rafael

“Autoridade depende de credibilidade. Se você perde isso, a força é a única coisa que sobra”.



Ainda na palestra na Universidade de Columbia, Luís Roberto Barroso enumerou ações de seus colegas que justificam os ataques da sociedade.

Segundo ele, ministros reiteradamente descumprem a decisão do plenário que determinou a execução da pena após condenação em segunda instância.

Também reclamou do envio para a Justiça Eleitoral de investigações sobre crimes de corrupção e lavagem – conexos a caixa 2.

“Uma Corte que repetidamente e prolongadamente toma decisões com as quais a sociedade não concorda e não entende tem um problema. Porque a autoridade depende de confiança e credibilidade. Se você perde isso, a força é a única coisa que sobra.”

Odebrecht confirma ida à Câmara e deve dar detalhes sobre Tof - Jornal da Cidade.



A presença de Marcelo Odebrecht na Câmara dos Deputados foi confirmada nesta quarta-feira (17) pela área de relações institucionais da Construtora Odebrecht.

O empresário vai falar na CPI do BNDES, em data que ainda será marcada, mas que certamente ocorrerá no próximo mês.

Analistas preveem que o comparecimento de Odebrecht na Câmara poderá repercutir no sentido de complicar e, até mesmo, tornar insustentável a situação do ministro Dias Toffoli.

Ocorre que não obstante se tratar de CPI do BNDES, as perguntas dos deputados são livres e fatalmente atingirão o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

E Marcelo já demonstrou que está mesmo disposto a falar, sem poupar ninguém.

Aliás, há quem diga que deve sobrar também para “Botafogo”.

Ferrolho - Por Dr. JFlavio Vieira

Conheciam Cassiano Gadelha como um varão bíblico. Casou ainda novinho com Dona Cacilda e não perdeu tempo. Rápido formou um escrete de futebol de salão que evoluiu para de futebol society e, esportivamente, só descansou quando montou dois times: vinte e dois jogadores. Houve anos em que Dona Cacilda empinou dois buchos. Os meninos puseram-se a crescer em Matozinho e a diferença de idade entre eles fazia-se tamanha que os primeiros netos de Cassiano eram mais velhos que os últimos filhos.

Pouco a pouco, puseram-se a ganhar o mundo, a procurar o destino que precisa ser traçado por cada um a golpes de machado. Cassiano e Dona Cacilda demoraram a ficar sozinhos: Destino inexorável de qualquer casal neste mundão de meu Deus. Já velhos, no entanto, beirando os oitenta, viram-se por fim solitários, buscando fazer com que tantas lembranças preenchessem o casarão hoje vazio.

Gadelha possuía uma qualidade difícil de encontrar em outros da sua geração. Os matrimônios naquela época, perfaziam atos meramente administrativos. Ainda não se havia inventado o amor romântico: casava-se para reprodução e, escolhendo-se a dedo, tentava-se manter o patrimônio construído por muitas gerações. Talvez, por isso mesmo, fossem tão frequentes os enlaces com alto grau de consanguinidade. A mulher, mera educadora de filhos, limitava-se as funções caseiras e burocráticas.

O homem mantinha economicamente o ninho e buscava prazer na senzala ou no bordel. Gadelha por incrível que possa parecer, fazia-se uma exceção à regra. Crescera e multiplicara, mas ninguém nunca soube de qualquer escapadela, qualquer gambiarra do velho Cassiano. Era homem de um ninho só. Os amigos da mesma geração costumavam chama-lo de “Ferrolho”, explicavam o apelido: ele passara a vida toda metendo no mesmo buraco e nunca se cansara. Esta rara qualidade pressentiram-na a chusma de filhos e a esposa, e, por isso mesmo, tinham Cassiano na mais alta consideração.

Com os anos passando, as brasas do amor arrefecendo pouco a pouco e se transformando em cinzas, por incrível que possa parecer, esta intransigente fidelidade de Gadelha começou a apresentar alguns imperceptíveis efeitos colaterais. Dona Cacilda, depois da menopausa, viu suas pétalas ultimas da juventude murcharem numa velocidade alarmante. Aos sessenta, sugada por tantos filhos, transformara-se numa anciã decrépita e enfermiça. Mergulhara, precocemente, na idade do condor: reumatismo para tudo quanto é lado. Cassiano, ao contrario, parecia um touro miúra. Trabalhava como um jovem e mantinha um vigor físico e sexual impressionante.

O problema estava, justamente, na sua parceira de tantos e tantos anos. Se na juventude o relacionamento intimo nunca lhe trouxera um prazer maior, agora, com as limitações da velhice, o acasalamento passou a ser uma verdadeira tortura para Dona Cacilda. Nunca quis conversar isso com o marido, até respeitando sua incondicional fidelidade. Com o agravamento da tortura chinesa, no entanto, criou coragem e falou com o Gadelha. O parceiro de toda uma vida, não compreendeu, fez cara feia e ainda andou intrigado por mais de uma semana. O Pior é que a intriga, milagrosamente, se desfazia á noite, entre os lençóis e, pela manha, Cassiano vestia, mais uma vez, aquela carona de fazer cobrança e mantinha a carranca até anoitecer.

Desesperada, Cacilda, com toda dificuldade deste mundo, confidenciou a uma filha o seu sofrimento. A menina, penalizada com a situação constrangedora da mãe, contou tudo aos seus irmãos mais velhos. Reunidos, estes resolveram montar uma estratégia para confortar a mãe, sem, claro, trazer atropelos ao pai exemplar que era Cassiano. Procuraram-no na roça e puxaram-no para um particular. O mais velho, então, utilizando as regalias de primogênito, expôs a situação : Papai, nós viemos falar com o senhor, porque a mamãe anda muito adoentada e nós combinamos com o medico e com o Padre Acelino e eles disseram que ela não tem mais condições de fazer nenhum calamengau. Viemos combinar com o senhor que ainda está novão e fogoso para deixar ela de mão. Mamãe aceitou: agente pode arranjar uma namorada novinha em folha para o senhor!

Os filhos até imaginaram que o velho ficaria feliz com a nova aquisição. Poderia, por fim, prevaricar na velhice e recuperar o tempo perdido. Os caminhos do desejo, no entanto, são totalmente sinuosos e imprevisíveis. Cassiano empertigou-se e sacou as clausulas algo emboloradas do seu antigo contrato matrimonial : Dá certo não, meu filho! Trato é trato! Ela jurou nos pés do padre que era na saúde e na doença. Quem não pode com o pote não pega na rodilha.

Depois, eu tou muito velho e meio borococho! Já tou acostumado com o alvo meio desbotado de sua mãe. Com minha espingarda velha e enferrujada sei a quantidade de chumbo e pólvora, conheço o molejo do cão e os segredos da alça de mira.

Ta certo que já não acerto na mosca, mas também o tiro nunca dá tabuleta e nunca sai pela culatra. Se vocês arrumaram um alvo novinho em folha, eu já num tendo experiência, é capaz da espingarda velha bater Catolé ou disparar um tiro tão grande que afoloze e lasque em quatro toras o cano da soca-soca e acabe só com a coronha na mão!

Inquérito do STF é “orgia de desatinos”, diz Reale Jr - O Antagonista.


Em entrevista a José Nêumanne, o jurista Miguel Reale Jr. definiu assim o inquérito ilegal aberto por Dias Todfoli e conduzido por Alexandre de Moraes:


“Há uma orgia de desatinos, que vieram num crescendo, para surpresa, principalmente, dos próprios outros ministros do Supremo Tribunal. A instauração do inquérito já constituía uma anomalia, pois o artigo 43 do Regimento Interno do Supremo autoriza o presidente da Casa a instaurar inquérito para apurar crime ocorrido nas suas dependências ou designar um ministro para o fazer. O que não era, evidentemente, o caso. Além do mais, poderia, se fosse a hipótese, haver a instauração, mas não a condução da própria investigação, que cumpre ser realizada pelo Ministério Público e pela Polícia Federal, em respeito ao princípio simples de que aquele que julga não pode ser quem investiga, especialmente se quem julga se coloca como pretensa vítima.

Mas a determinação de a investigação ser conduzida pelo ministro Alexandre de Moraes, sem exame do plenário, já indicava uma forma de fazer persecução penal sem um mínimo de elementos concretos, seja quanto ao fato em si a ser investigado, seja quanto à autoria. Era e foi uma fishing expedition, ou seja, sair a esmo a investigar, sem dados palpáveis verossímeis de realidade, meras cogitações kafkianas, e sem indicação de autoria, buscando alcançar alguma prova acerca de qualquer hipótese possível de um possível crime.

Essa decisão do presidente Toffoli contrariou decisão do ministro Toffoli, que no AG Reg. no Inquérito 3.847/Goiás, asseverou: ‘Assim como se admite o trancamento de inquérito policial, por falta de justa causa, diante da ausência de elementos indiciários mínimos demonstrativos da autoria e materialidade, há que se admitir – desde o seu nascedouro – seja coarctada a instauração de procedimento investigativo, uma vez inexistentes base empírica idônea para tanto e indicação plausível do fato delituoso a ser apurado’.”

Bolsonaro escolhe Banhos para o TSE - O Antagonista.


Jair Bolsonaro decidiu nomear o advogado Sérgio Banhos para a vaga de titular do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), no lugar de Admar Gonzaga.

Banhos estava até agora como ministro-substituto. A nomeação seguiu a tradição da Corte eleitoral e frustrou os planos da ministra Rosa Weber de tentar colocar a ex-AGU Grace Mendonça no TSE.

Como disse Marco Aurélio Mello, Grace estaria furando a fila das cadeiras destinadas à advocacia.

No Inferno - Postagem do Antônio Morais



Estava fazendo um grande verão, a lavoura já secando, mas, todas as noites avistavam um relampinho bem longe no rumo do nascente. Amanhecia o dia e chuva nada. O Chico Biloto, aproveitando a viagem que um vizinho seu teve que fazer ao Aracati, a fim de comprar cereais, em costas de burros, disse para a mulher: Rosara, eu vou "pu Aracati tombem", quero vê onde diabo é aquele relampo todo dia!

Chegou no Aracati, sempre avistando o relampinho em frente. Deixou os companheiros e foi até a beira da praia, e de lá avistou o mesmo relampinho bem longe, no alto mar. Danadinho de raiva voltou. Quando chegou em casa a mulher perguntou: “adonde é o relampinho, Chico? E ele ainda com muita raiva, respondeu: “no infermo...” A mulher que era muito católica, começou a se benzer, dizendo: “Ave Maria, Ave Maria, Ave Maria...”


“Sentem que a Corte por vezes protege a elite corrupta”, diz Barroso sobre ataques ao STF.


Em palestra na Universidade de Colúmbia, em Nova York, o ministro Luís Roberto Barroso foi direto ao cerne da crise de credibilidade vivida pelo STF.

“A questão que me é feita várias vezes é por que a Suprema Corte está sob ataque, por que está sofrendo esse momento de descrédito? 

Bem, o que acho que está acontecendo é que uma grande parte da sociedade brasileira e da imprensa percebem a Suprema Corte como um obstáculo à luta contra corrupção no Brasil. Sentem que a Corte por vezes protege a elite corrupta”.

Segundo Barroso, é natural que o tribunal tome decisões contramajoritárias, desde que sejam constitucionais.

quinta-feira, 25 de abril de 2019

A “NOVA” CBF - Por Wilton Bezerra, Comentarista esportivo


No discurso de posse de Rogério Caboclo, novo presidente da CBF, eleito pelos poderes de Marco Polo Del Nero, as primeiras homenagens foram dirigidas a dois “grandes nomes” do esporte brasileiro: Coronel Nunes e Gustavo Feijó, vices da rica confederação.

O primeiro, um desastrado, que assumiu a presidência em substituição a Del Nero. Só deu mancadas, embora seja do tipo que leva vantagem em tudo. Manda na federação paraense há muito tempo e recebe uma “aposentadoria” como anistiado do golpe de 1964, embora tenha servido à ditadura.

O segundo, prefeito de Boca da Mata, Alagoas, acusado pelo Tribunal de Justiça do Estado de um desvio de 28 milhões de reais. Chegou a fazer parte, por pressão, da comissão técnica da seleção brasileira, com salário de 60 mil reais.

São esses os grandes “benfeitores” do futebol brasileiro, na ótica de Caboclo.
O novo mandatário, como aperitivo, anunciou que os campeonatos estaduais serão reduzidos em duas datas (grande coisa), a partir do ano que vem.
Além disso, por desinteresse da televisão, serão alterados no sistema de disputa.
Um grupo de trabalho para discutir o assunto não resolveu nada de concreto.

No entanto, vazou uma informação dando conta de que os certames estaduais podem sofrer uma espécie de esquartejamento, com decisões no final do ano, mesmo começando em janeiro.
Pode, um negócio desse? Também, com essa gente, esperar o quê?

MP sobre empréstimos a santas casas é aprovada também no Senado - Agencia Brasil.



O Senado aprovou, na noite desta quarta-feira (24), a Medida Provisória 859/18, que viabiliza o uso de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) para empréstimos a santas casas e hospitais filantrópicos. Com a aprovação, o texto segue para a sanção presidencial.

O texto aprovado estabelece em, no máximo, 3% o adicional de risco para empréstimos com recursos do FGTS a santas casas e hospitais filantrópicos e sem fins lucrativos. “O Brasil tem 2,1 mil santas casas e apenas 10% têm situação financeira equilibrada. Conseguimos junto às instituições bancárias e às santas casas um percentual que fosse possível para ajustar as contas”, disse a relatora da MP, senadora Daniella Ribeiro (PP-PB).

A MP havia sido aprovada no plenário da Câmara dos Deputados minutos antes, e os senadores decidiram esperar a chegada do texto para votá-lo ainda hoje. A decisão do presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), amparada pela maioria dos senadores, foi baseada na data de expiração da MP. A medida perderia a validade nos próximos dias, e havia risco de não ser votada, uma vez que o feriado de 1º de maio, na próxima quarta-feira, deverá esvaziar o Senado durante toda a semana que vem.

O texto da MP estabelece como um dos critérios que as santas casas e os hospitais filantrópicos atendam pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Pela medida aprovada, também foram incluídas as instituições sem fins lucrativos que ajudam pessoas com deficiência. Antes da proposta, o FGTS era restrito à aplicação em habitação, saneamento básico e infraestrutura urbana.

Além disso, o risco dos empréstimos aos hospitais filantrópicos ficará a cargo da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os três bancos são os agentes financeiros da linha de crédito. A taxa de juros da linha de crédito para os hospitais filantrópicos será limitada a uma das modalidades de financiamento habitacional, que está entre 7,85% e 9% ao ano. 

Jornalista ALEXANDRE GARCIA - Postagem do Antônio Morais.


Já sobrevivi a 08 eleições presidenciais no Brasil antes de nosso atual presidente Bolsonaro. Em toda a minha vida, nunca vi ou ouvi falar de um presidente sendo examinado sobre cada palavra que ele fala, humilhado pela mídia até a desgraça, caluniado, ridicularizado, insultado, ameaçado de morte.

Estou verdadeiramente envergonhado da mídia do meu país. Tenho vergonha dos insuportáveis inimigos de Bolsonaro, que não têm moral, ética ou valores, e da irresponsabilidade dos repórteres que acham que têm o direito de opinar pessoalmente apenas para influenciar suas audiências em uma direção negativa, mesmo se não houver qualquer verdade em sua mensagem.

Todos os outros presidentes foram eleitos e fizeram o juramento de posse, eles foram autorizados a tentar servir este país sem um constante escrutínio negativo de nossas fontes de notícias. SEMPRE PRESSIONADO enquanto as fontes de notícias buscam apenas resultados negativos a seu respeito. Isso não servirá ao povo de nosso país, nem criará brasileiros informados. 

BASTA! CHEGA! ACABOU! O POVO DE BEM ACORDOU!

Não canso de repetir, se você está num avião e não gosta do piloto, você não torce pra ele cair, torce? 

ENTÃO FAÇA-ME O FAVOR!

Todos que entraram tiveram paz e tempo para trabalhar. Vamos nos unir pelo bem do nosso Brasil. Chega disso! Vamos torcer para que tudo dê certo. De coisas erradas, já estamos vindo desde tempos atrás. Você pode não gostar do presidente, mas torcer contra sua pátria, contra seu povo e contra você mesmo é muita canalhice.

Por favor, saiba que esta é a minha opinião e não está aberta para debate. Se você não concorda, é sua prerrogativa, mas eu não vou responder a nenhum dos comentários. 

Jornalista ALEXANDRE GARCIA.

MUDANÇAS NO PLANALTO FORTALECEM SANTOS CRUZ - Por Cláudio Humberto.


O desempenho do ministro Carlos Alberto dos Santos Cruz no suporte à articulação política e as críticas a Onyx Lorenzoni motivaram estudos internos para alterar ou “modernizar” os ministérios que funcionam no Palácio do Planalto. 

A intenção inicial seria apenas promover um troca-troca, com Santos Cruz assumindo a Casa Civil e Lorenzoni a Secretaria de Governo, mas isso empacou. O fato é que, concluída a reforma, o general Santos Cruz será fortalecido.

Deslocando Santos Cruz para a Casa Civil, o governo ganharia em eficiência, mas poderia enfraquecer seu trabalho de articulação.

A troca também não poderia desagradar o ministro Lorenzoni, um amigo que o presidente Jair Bolsonaro deseja preservar.

A coragem pessoal de Dom Quintino - Por Padre Azarias Sobreira


Dom Quintino.

Está na memória de todos o que foi a revolução de Juazeiro, em 1914. Sabe-se que, constrita, por mais de um mês, dentro de um imenso círculo de valados, a revolução, afinal, saltou fora das trincheiras, renunciou à simples defensiva e arremeteu contra Crato, onde se haviam aquartelado as forças legais.

Mil duzentos e sessenta e quatro homens de luta, jeitosamente escolhidos, tomaram, mais depressa do que era lícito prever, a cidade vizinha, um ano depois elevada à sede do bispado. Rendido Crato, estava moralmente derribado o governo que ali pusera as suas tropas.

Fácil é de imaginar o acabrunhamento dos vencidos e, sobretudo, a audácia dos vencedores. Pois bem. Em meio à cidade deserta, pela fuga em massa dos seus habitantes, um homem ficou sereno, impertérrito, como a desafiar a fúria dos assaltantes.

Esse homem era monsenhor Quintino, então vigário, e, menos de dois anos depois, o primeiro bispo de Crato. Isto, porém, pouco significaria, se não fosse ele, como era, o alvo preferido de certa parte dos triunfadores, exatamente os mais ignorantes, fanáticos e impulsivos.

Sentinela avançada, desde 1900, da autoridade diocesana, no alto sertão, executor de todas as ordens emanadas de Roma e de Fortaleza, em relação ao padre Cícero, grave e notória era a atmosfera de prevenções e malquerenças acumuladas contra ele, ao explodir a revolução assoberbante.

Apenas tomada a praça, um punhado de fanáticos, mesmo a despeito de formal recomendação do padre Cícero, batia, a coice de rifle, à porta do pároco temerário. Não quebrem, que vou abrir soou, de dentro, uma voz firme e articulada.

Logo após, franqueada a porta, penetrava na sala uma dezena de jagunços, em trajos berrantes de cangaceiro, agora defrontados com um sacerdote inerme, em cuja fisionomia ninguém leu um sobressalto.

Que pretendem os senhores? Indagou o vigário, quebrando, tranquilamente, o silêncio. Nós queremos é um dinheirinho. Aqui têm o que lhes posso dar, replicou o ministro de Deus, tirando do bolso e entregando uma nota de 10$000.

Mas nós queremos, ainda, uma coisa, insistiram os recém-chegados. É que seu vigário deixe de mão meu padrinho Cícero. E, nhôr sim. Porque agora chegou o tempo de acabar com aquelas perseguições...

Monsenhor Quintino, então, assenhoreando-se do lance, interrompeu a arenga e falou em tom imperativo: Isso é com os meus superiores e só com eles. A mais ninguém tenho que prestar contas dos meus atos. E os senhores tratem, já, de desocupar minha casa. Desconsertados com o corajoso e imprevisto da réplica, os fanáticos foram saindo, um atrás do outro, sem mais adiantar palavras àquele homem superior.

E foi assim, sem uma curvatura em meio às capitulações do momento, que viveu aquela, como as outras horas da sua existência, o nobre representante da Igreja. 

470 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.

Casal Lázaro Pinho e Obemar.

Minhas lembranças em Várzea Alegre: Lazaro Pinho.

Passei parte da minha infância como a maioria das crianças que viveram aqui. Meu pequeno mundo se resumia frequentar a única escola pública que existia e a brincar pelas ruas empoeiradas. Jogar bola no pátio da igreja, fazer algumas travessuras e peraltices de criança.

Lembro de Carro boi ou boi preto que ficava tiririca da vida quando assim o chamava. O banho na lavanderia, aprender andar de bicicleta em “cilibrina” pertencente a Antônio de Mundeira, barbearia de Pacim, casa das máquinas de Acelino Leandro, bilhares e sinucas de Zé de Zuza, alfaiataria de Joel Martins e Vicente Salviano, cartório de Júlio Salviano, dona Maria e seu Abel, carrocel Lima na festa de agosto, o alfenim de dona Santana, como era gostoso, pular da calçada da casa de Pedro Orelha dentro da lagoa de S Raimundo, píc-nic com a primeira turma da professora Ormecinda no admissão ao ginásio.

Tive também momentos difíceis já na seca de 58 quando fui gari na limpeza da cidade com quase quinze anos, despertando o desejo de me desterrar daqui. 

E assim o fiz deixando minha terra com apenas 15 anos de idade e como a maioria dos varzealegrenses fui para São Paulo.

Aí já é outra saga que enfrentei e em outra oportunidade contarei os sofrimentos vividos na terra de ninguém.

quarta-feira, 24 de abril de 2019

MORREM OS ÍDOLOS, MAS A BOA MÚSICA FICA - Por Antônio Gonçalo de Sousa.

É impressionante como a cada dia ficamos órfãos de grandes ídolos da música. Artistas que deixaram legados importantes partem para o além e ficamos com a impressão de que aquela era dos anos 1970 - 1980 foi realmente um destaque. À época, havia uma imensa influência dos ingleses e, mesmo não entendendo da lingua, curtíamos as melodias e as letras das canções eram subjetivadas como se adaptássemos as mesmas em versões próprias. Um desses ídolos que deu adeus recentemente foi Dean Ford, vocalista e compositor do grupo The Marmalade.

Registre-se que alguns dos artistas da época se destacaram, tanto pela capacidade artística, mas também por algumas formas inusitadas de viverem ou de expressarem seus talentos. E Dean Ford, cujo nome oficial era Tomas McAleese, não ficou para traz nesse quesito.

O artista, que nasceu em 1946, na Escócia, se dedicou à música desde criança, mas entre idas e vindas da carreira solo e em algumas bandas baladeiras, só veio fazer sucesso mesmo em 1970, com a canção "Reflections of my life", gravada pelo grupo em que se destacou mais, o The Marmalade.

Apesar de ter composto diversas músicas, o sucesso da Banda foi repentino e, no início da década de 1970, o cantor Dean Ford foi passando para o ostracismo e se envolveu integralmente com o alcoolismo, saindo de cena completamente, em 1979.

O seu reaparecimento só aconteceu em 1986, mesmo assim, não retornou aos palcos, preferindo se dedicar ao ofício de dirigir carros luxuosos para astros da música pop.

Como um sublime e prévio aviso de sua partida para o além, em 2017, voltou a lançar dois álbuns. Mesmo com os olofotes já não o emprestando mais a atenção de antes, o seu legado pretérito como bom guitarrista e ótimo cantor, firmaram no público o velho sentimento em reviver o clip em que interpreta a canção que o tornou eternamente famoso: "Reflections of my life".

Dean Ford morreu em 31.12.2018 de complicações relacionadas com o mal de Parkinson. 

TRF-4 pode interceptar Lula a caminho do céu - Por Josias de Souza



Ao injetar no drama criminal de Lula a perspectiva de migrar da cela de 15 m² para o regime semiaberto, antessala da prisão domiciliar, o STJ colocou o preso numa espécie de trilha para o céu. Mas criminalistas companheiros acreditam que Lula será devorado por um tribunal-antropófago, o TRF da 4ª Região, a caminho do inferno.

Acredita-se que o TRF-4 jogará água no chope que o STJ acaba de servir a Lula confirmando rapidamente a sentença de 12 anos e 11 meses que a juíza Gabriela Hardt lhe impôs em fevereiro. Nessa hipótese, a nova pena seria somada à do tríplex, que o STJ acaba de reduzir para 8 anos e dez meses. O castigo de Lula subiria para 21 anos e 9 meses.

Se já estiver no semiaberto ou arrastando uma tornozeleira em casa, Lula terá de voltar para o regime fechado. Mesmo descontando-se o tempo de prisão que já cumpriu, o ex-presidente petista só atingiria a marca de um sexto da pena no alvorecer de 2022.

Até lá, apenas o Supremo poderia salvá-lo, revertendo a jurisprudência que permite a prisão de condenados em segunda instância.

Para desassossego de Lula, o TRF-4 não tem o hábito de segurar o relógio. No caso do tríplex, demorou seis meses e 12 dias para confirmar a sentença proferida pelo então juiz Sergio Moro.

Mantido o mesmo ritmo, não seria negligenciável a hipótese de que a sentença emitida pela doutora Gabriela em fevereiro seja ratificada na segunda instância até setembro, mês em que Lula terá direito de reivindicar a progressão de regime. Talvez por isso, a defesa do presidiário ainda não protocolou recurso sobre o sítio de Atibaia no TRF-4.

Para Lula, a fronteira entre o céu e o inferno passou a ser demarcada pela capacidade dos seus advogados de atrasar o relógio dos desembargadores do TRF-4, enquanto tentam a sorte no STF. Há outras seis ações penais voando. Mas encontram-se em estágio menos avançado.

Comissão sobre Previdência terá relator pró-Guedes e presidente pró-centrão - Por Josias de Souza



Depois da tempestade da Comissão de Constituição e Justiça, virá a cobrança da comissão especial a ser instalada na Câmara para analisar o mérito da reforma da Previdência. O perfil dos dirigentes da comissão já foi definido. O relator será um deputado afinado com a equipe do ministro Paulo Guedes (Economia). O presidente será avalizado pelo centrão, bloco majoritário. Ambos terão um traço em comum: o vínculo com Rodrigo Maia, o presidente da Câmara.

Maia gostaria de instalar a nova comissão antes do final de semana. Nesta quarta-feira, ele deve requisitar aos líderes partidários indicações de seus respectivos representantes no colegiado. Submeterá suas opções de nomes para a relatoria e a presidência aos líderes dos partidos que o guindaram ao comando da Câmara. Ao encostar o relator na equipe de Guedes e grudar o presidente no centrão, Maia cria um formato que conspira a favor do entendimento.

Responsável pela preparação do texto a ser levado a voto, o relator será desafiado a emendar a reforma do governo sem desfigurá-la. Incumbido de definir a pauta e conduzir as reuniões, o presidente pode apressar ou retardar os trabalhos conforme a disposição do governo de levar os cotovelos à mesa de conciliação. Os dois se movimentarão em cena como espécies de drones conduzidos por controle remoto desde o gabinete da presidência da Câmara.

Num cenário assim, Bolsonaro tem diante de si quatro caminhos a seguir. Os três primeiros são: negociar, negociar e negociar. O quarto caminho é o que conduz a vaca previdenciária automaticamente ao brejo.


Fala Lula?


Bela Megale, em O Globo, diz que Lula tem repensado se este é o melhor momento para dar entrevistas.

Os petistas comemoraram muito a decisão do STF de liberar o presidiário para falar com jornalistas, mas, em reunião ontem com seus advogados, ele avaliou que o embate entre o Supremo e outros poderes seria assunto inevitável.

Continua a nota:

“O líder do PT tem receio de se indispor com ministros da Supremo, figuras decisivas para sua liberdade. O ex-presidente disse que, não é só porque o STF revisou sua posição e o liberou para falar, que agora se vê obrigado a dar entrevistas.”

SEM ESCAMOTEAR - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.



Depois de se arrastar durante três meses, terminou mais um campeonato estadual com o título ficando nas mãos do Fortaleza.
As pequenas equipes, excetuando-se Atlético e Floresta, pertencentes a empresários, se mantiveram às duras penas pelas dificuldades impostas por um futebol cada vez mais caro.
O Guarany de Sobral, ameaçado à principio de nem participar da competição, surpreendeu ao chegar às semifinais.
A animação e o burburinho ficaram, mais uma vez, à cargo das duas maiores equipes do estado.
Mas, é preciso dizer o seguinte: não nos enganemos com isso.
Futebol de pouca qualidade, pequeno interesse do torcedor com baixa média de público e arrecadação, nortearam a competição.
Não adianta escamotear pelo fato das maiores torcidas fazerem as finais, com bom grau de emoção.
Pelo nível apresentado nos jogos, fica difícil ter um parâmetro realista para saber qual o nosso destino na série A.
A maior competição do futebol brasileiro é que vai responder fielmente quem são os nossos times e suas possibilidades.
E tome interrogação.

terça-feira, 23 de abril de 2019

Pânico na Globo - Postagem do Antônio Morais.


Jair Bolsonaro anunciou em seu Twitter que irá revisar os patrocínios da Petrobras ligados ao setor de cultura.

"Respeitando a publicidade do dinheiro publico, determinamos a revisão dos contratos vigentes e possibilidades futuras da Petrobras ligados ao setor que alguns dizem ser de cultura. A ordem é saber o que fazem com bilhões da população brasileira".

O assunto foi alvo de debate na GloboNews e deixou os jornalistas em pânico, afinal para eles tudo deve continuar como está, nada deve ser averiguado e revisado.

ICMBio é uma nulidade igual a quem criou - Por Antonio Morais.


Senador defende privatização de serviços nos Lençóis Maranhenses e ataca ICMBio: “Aquilo é uma ONG”

No feriado de Páscoa, o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, postou uma foto dele nos Lençóis Maranhenses e escreveu em uma rede social que “se concedido ao setor privado”, o parque se tornaria “um dos principais destinos de ecoturismo do mundo”.

Foi o suficiente para reacender a polêmica em torno do assunto.

O senador maranhense Roberto Rocha (PSDB), presidente da frente parlamentar que trata do turismo na região, disse a O Antagonista que a ideia não é nova e que “os comunistas usam de má-fé para atrapalhar essa discussão”.

“Ficam dizendo que a gente quer privatizar o parque para entregá-lo ao capitalismo. Se for para gerar emprego e renda, não sei qual é o problema. Mas não é o caso. A proposta é que o setor privado cuide de serviços oferecidos no parque.”

Atualmente, a administração da área dos Lençóis — equivalente ao tamanho da cidade de São Paulo — é de responsabilidade do ICMBio, que, na avaliação do senador, não tem nenhuma condição de assumir a função.

“Se o Ibama não tinha estrutura, você imagina o ICMBio. São dois, três caras que tratam aquilo ali como se fosse o quintal da casa deles. Aquilo não é um órgão público, é uma ONG.”

“O Lula Livre se esgotou como palavra de ordem” - O Antagonista.

Lauro Jardim divulga trechos de um longo texto atribuído ao petista Edinho Silva e que circula internamente no partido.

Para o ex-ministro de Dilma Rousseff e hoje prefeito de Araraquara (SP), “o Lula Livre se esgotou como palavra de ordem”.

“Essa propaganda precisa ser urgentemente transformada em um robusto movimento político. Ou seja, tem que ser uma ampla construção política, tem que ser tornar uma aglutinação de setores políticos e sociais além da esquerda, muito além do PT.”

Silva afirma também que a onda conservadora no Brasil não é passageira e que “o antipetismo se fortaleceu com a nossa derrota no tema da corrupção”.

ESTATÍSTICA E ESTÉTICA - Por Wilton Bezerra, comentarista esportivo.



Quem aprecia futebol, dispensa uma atenção maior para a parte estética do jogo, sem desprezar a organização tática dos times.
Quem torce, distorce e só quer saber do resultado do jogo.
Me ponho na linha de frente dos apreciadores e vejo beleza, também, no futebol coletivo.
Na área dos cronistas-comentaristas, a situação é claramente dividida entre os estatísticos e os esteticistas.
Os primeiros são metidos a profetas e acreditam piamente nos números para explicar derrotas e vitórias.
Tudo é dissecado por planejamentos, erros e acertos de escalação, esquemas de jogo, blá, blá blá...
Devo confessar que não vejo futebol dessa maneira.
Os esteticistas tem uma posição claramente defensora do futebol como expressão de arte e, porque não dizer, eficiência.
Exaltam os passes de efeito, a finta e o drible.
Acham até que o genial jogador não precisa nem transpirar.
Estou ao lado dessa visão “romântica”, sem ignorar as mudanças que vieram para tornar a disputa mais emocionante.

segunda-feira, 22 de abril de 2019

Caririensidade


Preocupante: aeroporto de Juazeiro perde 64% da sua movimentação

     A notícia caiu como uma bomba! A partir desta quinta-feira – 25 de abril – a empresa de aviação civil Avianca deixa de operar no Aeroporto de Juazeiro do Norte (mudará a denominação para Airport Juazeiro). 

     Consoante declaração do empresário juazeirense José Roberto Celestino: "Embora a Avianca tenha 17% de participação de mercado no Brasil, em Juazeiro a companhia responde por 65% dos voos. E o nosso aeroporto é também o nosso porto. Então, vamos à luta para mostrar para as outras companhias aéreas brasileiras, que há uma grande oportunidade de investimento no Cariri, já que a área de influência do aeroporto de Juazeiro atende a uma região que envolve quatro estados, e atende a 127 municípios do Nordeste".

Prejuízo grande

 Além de superavitário, o movimento do Aeroporto de Juazeiro é grande

      A má notícia foi anunciada logo após o atual Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes (futuro Airport Juazeiro) ter sido privatizado com a perspectiva de melhoria pela empresa ganhadora da concorrência, a espanhola Aena Desarollo Internacional, a qual arrematou o terminal caririense juntamente com outros cinco aeroportos do “bloco Nordeste”. José Roberto Celestino esclarece mais:  "No bloco do Nordeste, apenas três dos aeroportos operados pela Infraero apresentam lucro, o de Recife, o de Maceió e o de Juazeiro do Norte. E quando Aena Desarollo Internacional tomar posse do nosso aeroporto, vamos mostrar que ele  tem capacidade para receber investimentos e dar retornos satisfatórios".

    O engenheiro José Roberto Celestino acrescenta que os 35 voos semanais operados a partir do aeroporto do Cariri têm uma ocupação média superior a 80%. "É uma ocupação excelente, com boa tarifação, e as passagens não são baratas", reforça. Com a saída da Avianca, José Roberto Celestino avalia que a prioridade inicial é substituir as frequências de voos para Fortaleza e Brasília. "Temos esperança de que a Latam ou a Gol façam esses voos", disse ele.

      Resta-nos torcer para que a superação desse problema se faça com urgência, mesmo sabendo que a burocracia da ANAC gasta cerca de um ano para autorizar novas linhas de operação nos aeroportos brasileiros... Coisa de estatal!

A religiosidade do povo do Cariri

    Um fato chama a atenção dos visitantes que vêm ao Cariri, principalmente os residentes no Sudeste do Brasil: No Sul do Ceará, as pessoas que se levantam cedinho para exercitarem-se fisicamente, costumam fazer suas caminhadas com um terço na mão, para rezar o rosário mariano. Aquilo que chama atenção de pessoas de outras regiões brasileiras, é fato antigo e corriqueiro no Cariri cearense.
    No final da década 40 do século passado, o autorizado historiador Irineu Pinheiro, escreveu a frase abaixo, inserida na página 94, do seu livro “O Cariri”, publicado em Fortaleza, em 1950 e republicado, em edição “fac-símile”, pela Fundação Waldemar de Alcântara, em 2009:

“Foi sempre muito religioso, inda hoje o é, o povo do Cariri”.

 Pátio da Basílica Menor de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, na  festa de Nossa Senhora das Candeias, no dia 02 de fevereiro

        É verdade. Desde os primórdios da colonização do Sul do Ceará, a fé católica plasmou o modo de vida dos caririenses. Sobre este viés religioso, assim escrevi no livro “Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro – O contrarrevolucionário do Cariri em 1817”, no Capítulo II:

“(Nos primórdios da sua colonização, início do século 1700) Distante mais de 600 km do litoral, carente de comunicação com os centros mais adiantados, no Cariri foi plasmada uma cultura própria, herança portuguesa, sob forte influência da Igreja Católica. Em algumas localidades, as companhias de penitentes se flagelavam, à noite, em frente das igrejas e dos cemitérios. O centro gravitacional das populações girava em torno da aristocracia rural, como se fora um feudo medieval. O proprietário rural atuava quase sempre como um poder moderador nos conflitos naturais da convivência humana. E a relação patrão-empregados era feita na base do compadrio. O proprietário rural era visto mais como um amigo (a quem se podia recorrer nas dificuldades) sendo impensável, naquele tempo, a versão – ainda em moda nos dias atuais, nas universidades públicas – de classe dominante”.  

Mentalidade religiosa de décadas atrás

     Essa mentalidade religiosa, característica da população do Cariri, prevaleceu até a década 1950. A partir dos anos 1960, com a difusão, também entre nós, das ideias do filósofo marxista Antônio Gramsci – conhecidas por “ocupação cultural” – invadiram os espaços da nossa sociedade, de maneiras especial nas universidades públicas, escolas, imprensa, cinema, teatro, instituições culturais, dentre outras. O resultado disso foi a imposição de uma mentalidade laicista – em tudo oposta à mentalidade católica tradicional – nas diversas camadas da população caririense. A partir disso sofreu declínio as manifestações do catolicismo tradicional.

     Hoje, a população caririense, mesmo a parcela mais pobre, tem amplo acesso à televisão (com as novelas chamadas de vanguarda), as quais, aliadas à massificação da mídia,  ao crescimento das  redes sociais, à crescente presença dos cursos universitários,  (não só na conurbação Crajubar  – Crato-Juazeiro-Barbalha –,  mas nas demais cidades periféricas do Cariri) contribuíram para que a religião católica perdesse a influência  que possuiu outrora. 

Resistência Quae Sera Tamen (Resistência ainda que tardia)

Romaria à Serva de Deus Benigna Cardoso, em Santana do Cariri

    Parafraseando o lema da Inconfidência Mineira (Libertas Quae Sera Tamen)  observa-se que, apesar de toda as investidas da “ocupação cultural” de Gramsci, e graças à devoção popular que se conserva à memória espiritual do Padre Cícero, da devoção à Serva de Deus Benigna Cardoso, como também, ao surgimento dos novos movimentos de leigos   consagrados (dentre eles: Comunidade Sal da Terra,  Filhos Amados do Céu, Missão Resgate,  Fundação Terra, Focolares, Arautos do Evangelho, dentre outros) persiste, no Cariri,  uma minoria que mantém o espírito católico existente há décadas atrás.