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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 31 de julho de 2020

A propósito da pandemia do coronavirus


(Excertos do editorial da revista “Catolicismo” de julho/2020)


"A má moeda expulsa do mercado a boa moeda” — esta é a chamada “Lei de Gresham”. Já no século XVI, este comerciante e financista inglês percebeu que o público, nas suas transações comerciais, prefere utilizar as moedas gastas, ou de metal menos nobre, e manter consigo as boas. Daí estas desaparecerem de circulação.

Analogamente, o mesmo ocorre no intercâmbio intelectual de uma sociedade: as versões sensacionalistas ou explicações simplistas tendem a invadir as conversas e falsear o debate público, alijando o relato sereno e objetivo daquilo que acontece, como também as explicações profundas e matizadas de suas causas e consequências.

O fenômeno verificou-se recentemente a propósito da pandemia do coronavirus. Baseando-se em projeções fantasiosas de alguns cientistas desacreditados, respaldados pela Organização Mundial da Saúde subserviente à China, disseminou-se o pânico e criou-se a necessidade de um confinamento desproporcionado da população.

Em sentido inverso, a “má moeda” de simplórias e fantasiosas “teorias da conspiração” (como a de que a chegada do homem à lua é uma fotomontagem...) desacredita a denúncia de uma verdadeira conspiração anticristã por trás das agendas LGBT, ecologista, socialista e globalista, promovidas ostensivamente hoje por organismos internacionais e milionárias fundações privadas como sendo a marca distintiva da “nova normalidade” pós covid-19.

quinta-feira, 30 de julho de 2020

E a festa de agosto? – por José Luís Lira (*)

Histórica imagem de Nossa Senhora dos Prazeres, que se venera na 
Igreja de N.S. dos Prazeres dos Montes Guararapes, em
Jaboatão - Pernambuco


     Agosto chegou. Nasci e cresci na Paróquia de Guaraciaba do Norte que tem a celebração de sua Padroeira, Nossa Senhora dos Prazeres, no período de 05 a 15 de agosto. As primeiras notícias que temos da festa é que seu ápice se dava no dia 6 de janeiro, dia de Reis, uma das alegrias de Nossa Senhora. Depois da proclamação do Dogma da Assunção de Nossa Senhora, dada na festa de Todos os Santos de 1950, a festa passou a ser celebrada em agosto. E, muitas gerações de cristãos celebram suas padroeiras com títulos de Nossa Senhora sem data fixa com festa em 15 de agosto. Numa cidade que nasceu no entorno da pequena capela dedicada à sua Padroeira, esse se constitui o período mais importante da vida religiosa e social, pois, após as celebrações têm sempre parque, barracas e mais atividades.

   Em nossa Diocese de Sobral temos várias paróquias em celebração no período de cinco a 15 de agosto. Inicialmente abordei minha paróquia natal. Embora em termos de Diocese me considere da Diocese de Sobral e por ser da nobre e pontifícia Ordem Equestre do Santo Sepulcro de Jerusalém, ser um pouco da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, meu cordão umbilical me lembra a terra natal Guaraciaba do Norte. Sou paroquiano naquela cidade, assim como o seu em Sobral e em Fortaleza, onde sempre me senti parte do rebanho do saudoso Pe. Joaquim Colaço Dourado, na Paróquia Nossa Senhora de Lourdes, localizada na rua que recentemente foi oficializada como Rua Padre Joaquim Colaço Dourado, em honra do edificador daquele templo.

   Em agosto, esteja onde estiver, programo alguns dias da “festa” para estar com meus pais e meus conterrâneos na grande celebração à nossa Padroeira, devoção portuguesa que chegou ao Brasil junto com os descobridores e que em mim, se inseriu na alma desde a mais tenra infância. Foi com Nossa Senhora dos Prazeres que aprendi a confiar na mãe de Deus como minha mãe também e mãe de todos!

   A primeira notícia que temos do festejo de Nossa Senhora dos Prazeres em Guaraciaba do Norte é no então povoado de Campo Grande, no dia 6 de janeiro de 1761, oportunidade que foi abençoada a primeira capela dedicada à padroeira. A partir daí se faz a contagem da festa. Este é o 259º ano da devoção. O povo guaraciabense é um povo de profunda religiosidade. Dos 132 anos de instalação da Paróquia, 54 fora a Paróquia dirigida pelo mesmo pároco, santo no coração dos que o conheceram, Mons. Antonino Cordeiro Soares, falecido em 1990.

   As celebrações deste ano, a cargo dos padres agostinianos recoletos, que tão bem administram a Paróquia desde 1999, serão remotas. Não é a primeira vez que digo que este é ano atípico e não teremos celebrações campais, barracas, parques, aglomerações, esta última, palavra tão temida nos últimos meses. Nosso Pároco, Frei Santiago Martinez, reuniu as lideranças paroquiais para decidir sobre a situação da festa e, prudentemente, se chegou à conclusão de que a festa será realizada remota. Acompanharemos de nossos lares. Mas, no dia da Padroeira, uma procissão, sem acompanhamento de pessoas, percorrerá as ruas da cidade com a imagem histórica de Nossa Senhora dos Prazeres. Que a exemplo do que ocorreu em Lisboa, no distante ano de 1599, Nossa Senhora traga o fim dessa pandemia!

    Santa Mãe dos Prazeres, sobre nós lançai o olhar.

  (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

Uma verdade latente

“Um país democrático é aquele que dá voz ao povo. Isto não é só representado pelo voto, como a Constituição configura. A democracia só existe quando o povo é consultado e seus anseios respondidos. É verdade que a democracia está muito mais presente em uma Monarquia: sabemos que dos dez países mais democráticos do mundo, sete são Monarquias.” 

(Dom Rafael de Orleans e Bragança, quarto na linha de sucessão ao Trono e à Coroa do Brasil).




quarta-feira, 29 de julho de 2020

Toffoli socorre sua patota - Por José Newmanne Pinto.

O presidente do STF, Dias Toffoli, aproveitou para prestar serviços a seus cupinchas políticos corruptos no plantão judiciário assumido pelo ocupante de seu cargo. 

Autorizou a invasão descabida do PGR, Augusto Aras, nos inquéritos sigilosos de operações como a Lava Jato. 

A pedido de Alcolumbre e imitando Renan, proibiu cumprimento de mandados de busca e apreensão no gabinete do senador tucano José Serra, aplicando o sórdido foro privilegiado de quem se diz representante do povo só para delinquir. 

E arquivou delação de Sérgio Cabral que compromete ministros do STJ e do TCU. Lógica corporativista na veia. 

Mas transferiu para o plenário da Corte julgamento do veto criminoso de Bolsonaro à obrigatoriedade do uso de máscara em templos religiosos, arbitrariedade que põe em risco milhões de vidas. 

Planalto procura DEM e MDB para entender racha do Centrão - Por o Antagonista.


O racha do Centrão acendeu um alerta no Palácio do Planalto. Apesar de o grupo não ser coeso, a saída do DEM e do MDB do bloco comandado por Arthur Lira pode ter efeitos no curto e no médio prazo para o governo.
Para entender o movimento, Luiz Eduardo Ramos terá uma reunião com o presidente do MDB, Baleia Rossi, nesta tarde.
Uma preocupação imediata é com as pautas de costumes. Como mostramos, Jair Bolsonaro tenta agradar sua base conseguindo urgência para projetos que tratam sobre ensino domiciliar (homeschooling) e flexibilização de regras sobre porte e posse de armas no Congresso.
Ramos reúne liderança do governo para definir acordo sobre vetos ao marco do saneamento
Por outro lado, o racha do Centrão representa um esvaziamento de Lira, que tem atuado como um líder informal do governo na Câmara. 
O Planalto avaliava apoiar o nome de Lira para a sucessão de Rodrigo Maia na presidência da Casa, mas a insatisfação com o deputado cresceu após a votação da PEC do Fundeb.
Lira prometeu adiar a votação da proposta, para dar tempo para o governo negociar mudanças no texto. Mas, como disse um ministro, o Planalto “tomou um baile” de Maia, que conseguiu votos suficientes para aprovar o relatório de Dorinha Seabra (DEM-TO).

Relator do ‘caso Queiroz’ no STJ reforça segurança após ameaça - O Antagonista.

O ministro Félix Fischer, que está internado desde ontem no hospital DF Star, solicitou reforço na segurança após receber ameaça telefônica.

O Antagonista apurou que sua filha recebeu telefonema de um homem que disse conhecer toda a rotina da família, além de dados pessoais de todos.

Hoje, dois efetivos do corpo policial do STJ foram destacados para a UTI em que o ministro se recupera no Hospital DF Star, depois de ter sido submetido a uma cirurgia de hérnia.

Fischer é relator dos processos da Lava Jato na terceira instância e também do que apura prática de rachadinha envolvendo o gabinete de Flávio Bolsonaro quando era deputado estadual.

Durante o plantão do Judiciário, João Otávio de Noronha, que preside a corte, concedeu prisão domiciliar a Fabrício Queiroz e sua mulher, Márcia Aguiar – que estava foragida.

A decisão inédita deverá ser revista por Fischer, assim que o ministro retornar ao trabalho.

Comentário  do  Blog : 

Novos aliados do presidente Bolsonaro - Marcos Pereira,  Roberto Jefferson, Artur Lira,  Ciro Nogueira,  Valdemar Costa Neto.  

O DNA  da corrupção. Quem diria? Quem por ventura poderia imaginar isso em Outubro de 2018? Bolsonaro ludibriou direitinho, quem teria votado  pra ele  conhecendo os seus futuros aliados?


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Croniqueta - Postagem do Antônio Morais.


Nos grupos escolares de épocas passadas, duas matérias eram consideradas de grande importância na formação do estudante."Organização Social Politica do Brasil e Educação Moral e Cívica". 
Os intelectuais do ministério da educação atual, acharam que tudo era bobagem e elas sumiram dos programas educacionais vigentes.
No nosso país, não se hasteia mais a Bandeira brasileira, nem nos quarteis, que passaram a ser administrados como se simples órgãos civis fossem. 
Nada de patriotismo.
No Piaui, estado governado há décadas pelo PT  acaba de ser deflagrada uma operação  para apurar  desvios de 51 milhões do Fundeb pelo governador, esposa e pessoas ligadas a eles.

E o alunato?

Moro: “Usaram minha presença no governo como desculpa, então eu saí” - O Antagonista.


Sergio Moro disse ao jornal britânico Financial Times que deixou o governo porque Jair Bolsonaro não estava comprometido com a agenda anticorrupção.

“Eles estavam usando minha presença no governo como desculpa, então eu saí” afirmou.

“Para avançar na agenda anticorrupção, precisamos de uma forte vontade política, porque você vai enfrentar muitos interesses pessoais, às vezes de gente poderosa envolvida com crimes no passado. 

"Se você não tiver uma forte vontade política, seus esforços contra a corrupção vão falhar”.

“A verdadeira questão é: estamos avançando agora na agenda anticorrupção ou ainda estamos enfrentando reveses?”

domingo, 26 de julho de 2020

Direto ao assunto - Por José Newmanne Pinto.


Ex-amigo delata Bolsonaro.

O Jornal Nacional divulgou a íntegra do depoimento que Paulo Marinho, empresário carioca que emprestou a casa para Jair Bolsonaro gravar seus programas para a campanha eleitoral presidencial de 2018, deu para o MPF, no qual contou que um agente da PF contou a Flávio Bolsonaro que a Operação Furna da Onça tinha sido adiada para evitar prejudicar o pai no segundo turno da eleição com a revelação de movimentação milionária na conta do assessor do hoje senador, na Alerj. 
O depoimento convence, pois dois argumentos usados para se defender pelo primogênito do presidente Bolsonaro – o interesse do delator, suplente na vaga no Senado, e a tentativa de prejudicar o pai – são tão frágeis quanto o alegado cansaço para demitir Fabrício Queiroz e sua filha Natália dos gabinetes dos então deputados estadual e federal, filho e pai. 
E Gilmar tirou a sorte grande ao ser sorteado para relatar no STF o 11.º pedido de Flávio para interromper o inquérito sobre o escândalo.

O inerte intendente na saúde.
Em reunião a portas fechadas no fim de maio, já sob a gestão do general Eduardo Pazuello, técnicos do Ministério da Saúde que integram um comitê sobre o novo coronavírus o alertaram que, sem medidas de isolamento social, os impactos da doença serão sentidos por até dois anos. 
Segundo a equipe, “todas as pesquisas” levam a crer que o distanciamento é “favorável” até para o retorno da economia mais rápido. 
“Sem intervenção, esgotamos UTIs, os picos vão aumentar descontroladamente, levando insegurança à população que vai se recolher mesmo com tudo funcionando, o que geraria um desgaste maior ou igual ao isolamento na economia”, registraram técnicos da pasta em ata de reunião do Comitê de Operações de Emergência (COE) do ministério, obtida pelo Estadão. 
Mas o inútil e inerte intendente nada fez a respeito.

Autores de fake news ‘não são pessoas de bem, são bandidos’, diz Barroso - Por o Antagonista.


Luís Roberto Barroso, o ministro do STF que preside o TSE, declarou nesta sexta-feira (24) que os autores de fake news e campanhas de ódios nas redes sociais são “bandidos”.
Barroso fez as declarações durante uma live na abertura do 1º Congresso Internacional de Direito Partidário, relata a Folha.
“A democracia tem lugar para conservadores, liberais e progressistas. Só não tem lugar para a intolerância, a violência e a tentativa de destruir as instituições. 
Quando isso acontece, as instituições de bem têm de agir. Repito, não são pessoas de bem. São bandidos”, disse o ministro.

O Choro pelo Bispo alheio -- por Pe. Marcelo Tenório (*)


Esses dias o Brasil católico parou para chorar um bispo.
Mas bispos morrem sempre!
Mas que choro é esse, então?
Que avalanche de comoção invadiu as mídias , invadindo também a alma da gente ?!
Mas bispos morrem sempre! Padres, também...
Conheço bem, os bispos.

Morava na frente do Palácio dos bispos, prédio imponente, na larga avenida de Santo Antônio.
Não morava na avenida, morava ao lado, numa travessa que unia Rua do Recife e Avenida Santo Antônio, que todos insistiam em falar  “beco do Bispo”. Esse beco, até que existia, mas atrás do Palácio.
Minha família conhecia bem os bispos!
E viram bispos morrerem.

Eram as minhas tias que, com suas amigas , arrumavam o palácio e o quarto episcopal, na chegada do novo bispo. O novo brasão, meu irmão mais velho pintava, para ser posto na sacada do primeiro andar.
Bispo eloquente, nobre, fidalgo,
como Dom Mário de Miranda Vilas Boas,
Bispo sisudo, gordo e diabético, como Dom Juvêncio Brito... até bispo mártir, que derramou seu sangue , caindo para morte , após levar três tiros de um padre, desabando na capela do Palácio , aos pés do Santíssimo, como Dom Expedito...
Dom Adelino, Dom Milton.... e tantos demais: uns conheci de perto, outros por minha família.

Conheci bispos e não chorei por nenhum deles. Não por desafeto. Uns porque não os conheci, outros, porque não chorei, mesmo.
Hoje vejo todos chorando o bispo alheio. Comoção, lamentos, lágrimas e pedido de beatificação, com petição aberta pela internet, numa versão avançada do Sensus Fidei.
Devo entender o porquê de tudo isso. De como um bispo de uma diocese simples,  tornou-se gigante dessa forma?
Isso me lembra a indagação que Jesus fez aos que foram até João:
“O que fostes ver no deserto?”
E em Palmares, o que fomos ver?
O que foi visto por lá?
Um simples bispo sendo bispo.
Apenas isso.

Vivendo apaixonado por sua diocese, e pelo seu rebanho. Com os pés no chão e olhos abertos para Deus.
Onde estava o bispo? Onde o povo estava!
Eis o bispo - e aqui caia a demagogia etéria de que batina afasta o povo - no meio do povo estava o bispo: ora na feira, cantando os “benditos” do Juazeiro com os simples .
 E como cantava!
“ Aí que caminho tão longo,
Cheio de pedras e areia,
Valei-me meu Padim Ciço
E a Mãe de Deus das Candeias!”

Ora ensinado a doutrina, de forma tranquila, com sua habilidade teológica!
Estava no meio do povo.
Numa das cheias,  em Palmares, no meio da lama, está lá o bispo de desobrigas, botas e solidéu, só-para-Deus, que mais parecia a tampa do queijo-do-reino, na lama com suas ovelhas enlameadas!
O cheiro de ovelha não se pega longe delas.
(Temos que aprender isso, todos nós, os eclesiásticos!)
Não esperava, ele mesmo ia.
O povo se sentiu amado pelo bispo.

Não havia o modismo de “ igreja em saída”, porque nunca se trancafiou: nem como padre, nem como bispo...
De Palmares, atingiu o Brasil inteiro pela simplicidade, sem perder a dignidade,
Pela clareza, sem perder a ciência .
Falava verdades e acreditava nelas...
O povo sabe quando um pastor acredita no que fala!
E aqui está o segredo entre um circo cheio e uma igreja vazia. O primeiro fala mentiras e acredita nelas; a segunda fala verdades que nem ela mesma acredita!
Dom Henrique acreditava e falava!
E aqui estava seu segredo mais caro.

Não tinha vocação para cargos, nem tão pouco brilhava em seus olhos a fome de carreira a galgar.
Queria levar Jesus às almas e as almas à Jesus. Somente.
E o povo carente das verdades da fé, sucumbindo nas trevas dos achismos ideológicos e dos teologismos, foi atrás da água mais pura.
E agora chora a secura que se avizinha?!
Não adianta prender o povo, mandar no povo,
engavetar o povo. Ele termina sempre indo. Ou estamos com ele, ou ficamos, sozinhos.
E Deus fala, também no povo!
Mas não nos parece um erro, essa exclusividade excludente?
Essa predileção do povo por um, entre outros?

O grande segredo de um pastor, não é ter o "cheiro das ovelhas", isso não é difícil de fazer, até politico sai das feiras com o cheiro do povo, para se desinfetar, depois, em seus lavabos. O bom pastor, com cheiro de ovelhas, deixa sempre nas ovelhas o cheiro do pastor. E aqui, precisamente aqui, encontra-se o segredo de Dom Henrique: deixava no povo o cheiro, o perfume, o suave odor de seu episcopado!

Aqui o segredo que atraia gente de todo canto, de todas as partes, de todos os lados.
E nós, os eclesiásticos, com humildade aprendamos a deixar em nossas ovelhas o cheiro do pastor e assim seremos também amados, lembrados e...talvez, chorados, porque terá valido a pena ter estado aqui!
Chorai. Sinos de Palmares, chorai,
porque morto é o bispo, mas o perfume do seu episcopado continua por aí, nas ovelhas daí e de outros prados.....

(*) Pe. Marcelo Tenório, de Garanhuns (PE) - Pároco da Paróquia de São Sebastião, de Campo Grande (MS)
21 de julho, 2020.

sábado, 25 de julho de 2020

Missa de aniversário da Princesa Isabel

Rio de Janeiro, 14 de novembro de 1889. 
Um dia antes do golpe militar que impôs a República sem consultar o povo. 
Atrás da nossa primeira Bandeira do Brasil (Criada pelo Imperador Dom Pedro I, 
com desenho do pintor Debret), vê-se o antigo  Paço Imperial, localizado na atual 
Praça da República,local onde se embarca para ir a Niterói, 
que fica do outro lado da Baía da Guanabara.

Historias de estudantes - Por Antônio Morais.



Foto do Expedito, o de camisa azul.

Em 1971, o meu pai alugou uma casa a Rua Cel Raimundo Lobo numero 62, Bairro São Miguel – Crato e nos mandou para o Crato. Viemos Eu, Pedro meu irmão, os primos José Raimundo de Menezes Neto, José Batista Rolim, José Bastos Bitu e Expedito Alves de Morais.

Dividíamos as despesas em partes iguais e assim iniciamos a difícil tarefa de fazer o segundo grau, o conhecido cientifico aquela época.
Na semana santa arribamos todos para Várzea-Alegre. Foi uma semana de alegria, revendo os parentes, fartura de alimentos, banhos nos riachos, em fim foi uma volta aos velhos tempos e costumes.

Nesta época o único meio de transporte existente entre as duas cidades era o ônibus de seu Totô, que fazia o percurso, que hoje se faz em uma hora, em seis horas ou mais. Alem de gente o ônibus transportava porco, galinha, bode, ovos etc.
O Expedito Morais era um verdadeiro anarquista. Durante a semana de tudo comeu além da conta: Cajarana, batata doce, milho assado, coalhada com jerimum, na hora da volta estava com uma bomba atômica adormecida na barriga.

Conseguiu uma cadeira no meio do ônibus e nela acomodou-se de propósito. Chovia e as portas do carro foram fechadas para não molhar os passageiros.
Expedito caprichou e soltou à primeira. Quando o carro parava para descer ou subir alguém a catinga passava para frente, quando o carro arrancava fazia o percurso contrário, a inhaca voltava. Quando chegamos em Farias Brito todos desceram do carro para tomar café com bolo de milho, e, em especial um pouco de ar puro.

Depois de todos acomodados, nos seus devidos espaços, a viagem foi reiniciada e uma senhora com uns 75 anos, mais ou menos, disse: Oh meu Deus, será que o cagão ficou?
O carro andou uns trezentos metros e Expedito mandou a segunda. Foi quando a senhora falou desesperada: Valha-me nossa Senhora da Conceição, o cagão continua!

sexta-feira, 24 de julho de 2020

Dia do Escritor -- por José Luís Lira (*)


   
     Esta coluna, não diria crônica, é para Matusahila Santiago, in memoriam. Nos dias que passaram, 20, tivemos o dia do amigo, da amizade; de Santa Maria Madalena, amiga de Jesus, tantas vezes erroneamente interpretada, 22; a reconstrução da face de Santa Maria Madalena, equipe que coordenei, em 2015, tendo à frente o designer 3D Cícero Moraes, promoveu, também, a possibilidade de uma revisão histórica da santa a partir dos evangelhos. Hoje, temos o dia nacional do escritor, instituído, na década de 1960, por portaria do extinto Ministério da Cultura, em alusão ao primeiro Festival do Escritor Brasileiro, promovido pela União Brasileira de Escritores. O objetivo deste dia é despertar o interesse pela literatura nacional e apresentar obras de autores e autoras já consagrados junto a novos talentos.

    E quantos escritores e escritoras poderíamos destacar neste dia? Muitos... Alencar, Machado, Rachel, Capistrano, Olinto, Nélida, Sadoc de Araújo, Guimarães, Natércia, Moreira e grande elenco. Também os jovens escritores Léo Prudêncio, Mailson Furtado e tantos outros talentos, alguns guardados em gavetas, mas, com talento imensurável. E não posso deixar de citar os consagrados poetas Gerardo Mello Mourão, Adélia Prado, Carlos Drummond de Andrade, Manuel Bandeira, Jáder de Carvalho, Osvaldo Chaves, Ximenes e o trem e tantos e tantos artífices da poesia que cantaram dores, alegrias, amores e desilusões, pois que, embora não-brasileiro, Fernando Pessoa dizia que “o poeta é um fingidor. Finge tão completamente, que chega a fingir que é dor, a dor que deveras sente”.

    E o que diríamos de quem nasceu no dia nacional do escritor? Falo do Poeta Maior do Ceará, Artur Eduardo Benevides, o Príncipe dos Poetas Cearenses, nascido em 25 de julho de 1923, em Pacatuba (CE). Artur disse, em verso, “Ai, deixa-me, pois ser apenas um poeta!/ O que fui, até hoje, de alma repleta”. E foi poeta de alma repleta até seu último suspiro, dado em 21 de setembro, nas vésperas da primavera de 2014. Tive a honra de biografar o Príncipe Artur no livro “O Poeta do Ceará: Artur Eduardo Benevides”. Eu era quase um menino. Aproximei-me do poeta, tornei-me seu biógrafo e seu amigo. Era homem clássico, culto, sério e poeta terno, apaixonado por sua musa e pelo sagrado, buscava entender os mistérios e escreveu contos de mistério.

     Poucos dias após seus 90 anos, fui fazer-lhe uma visita e perguntei se ele estava escrevendo algo e sua resposta deu origem a um pequeno poema, de minha autoria, em sua homenagem: Escrever é um vício/ Assim responde o Poeta ao Estudante/ Que indaga:/ O Senhor está escrevendo?// Artur, Artur Eduardo Benevides/ Poeta dos poetas e do Ceará/ Tua poesia, teu vício, é sublime.// Que a vida nos oportunize/ Versos teus, para tua musa,/ Para amenizar aquela “coisinha” pequena/ Que sentias em Rosário (AR)/ E te fez retornar ao teu Ceará;/ A saudade, pois, em poesia// Conforme afirmas,/ O que não for saudade é liturgia!/ Liturgia dos teus 90 anos!

    Tentei concluir com versos de Madre Maria José de Jesus, a futura santa, filha de Capistrano de Abreu, cuja poesia era apreciada por Manuel Bandeira, mas, não encontrei. Biblioteca dividida em três lugares, dá nisso. Aplausos ao escritor brasileiro, em seus livros, seus versos, suas paixões!

  (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

Jair Bolsonaro recompõe projeto centrão de poder - Por Josias de Souza.


A aproximação de Jair Bolsonaro com o centrão tornou-se um caminho sem volta. Cortejados pelo presidente, os partidos do centrão, como sempre, pleiteiam, pedem, exigem. 

Esse tipo de política conduz à extorsão. Nada de novo, exceto por um detalhe: eleito esgrimindo a promessa de proteger os cofres públicos, Bolsonaro entra para o time dos presidentes que se dispuseram a pagar o resgate exigido pelo centrão em troca de apoio congressual. 

A fatura eleva o déficit público e reduz a moralidade a um discurso oco. Para solidificar o casamento com o centrão, Bolsonaro afasta-se de si mesmo.

quinta-feira, 23 de julho de 2020

Toffoli e Alcolumbre acobertam Serra - Por José Newmanne Pinto.


Mandado de busca e apreensão da Polícia Federal e do Ministério Público Federal Eleitoral no gabinete do senador José Serra (PSDB-SP) foi impedido por obstrução decretada pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), com o apoio do presidente do STF, Dias Toffoli, em decisão monocrática no plantão de recesso, contrariando decisão do plenário, segundo a qual não há foro privilegiado de parlamentar se o crime de que é acusado não tiver sido cometido em exercício do mandato.

Esta é mais uma evidência de que os suspeitos, acusados, processados e condenados da elite delinquente nacional estão em estado de união indissolúvel para garantir a impunidade dos criminosos de PT, PSDB, seus satélites e da famiglia Bolsonaro.

quarta-feira, 22 de julho de 2020

Pinto do Acordeon no forró do céu - Por José Newmanne Pinto.

Na terça-feira 21 de julho, meu conterrâneo, amigo e primo Ubiracy Vieira Veloso me deu a infausta notícia de que o coração do nego Pinto do Acordeon tinha parado de acompanhar seu forró forro num hospital em São Paulo, abatido por uma doença cardíaca que já o atormentava faz muito tempo. 

Foi aumentar o cortejo dos sanfoneiros no céu. Lá já estão à sua espera arrastando um fole fogoso seu Luiz Lua Gonzaga, Dominguinhos, Deijinha de Monteiro, Abdias, Zé Calixto e o mestre Sivuca, que homenageei no poema A bênção, maestro, que é possível encontrar aqui. 

Este ano. a pandemia calou a sanfona do mestre da voz de veludo Flávio José, com seu talento e sua picardia, mas ele voltará vivinho da Silva no ano que vem com toda certeza, amém.

Medo de Moro em 2022 levou Centrão a se aproximar de Bolsonaro, diz jornal - Por Marcelo Camargo/Agência Brasil.


O receio de o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro se eleger presidente da República em 2022 fez com que partidos do chamado Centrão se aproximassem do presidente Jair Bolsonaro. Enquanto juiz titular de processos da Operação Lava Jato em Curitiba, Moro foi algoz de vários parlamentares do bloco. 

Segundo reportagem do Estadão, a aliança de Bolsonaro com as legendas, que contradiz bandeiras de combate à corrupção defendidas na campanha do presidente, cria “ambientes de garantia” para coibir investigações incômodas aos aliados do Centrão. 

Apesar de Moro negar entrar na disputa presidencial, seus movimentos são interpretados no Planalto e no Congresso como os de um político em campanha. Diante dessa perspectiva e enquanto não encontra outra alternativa, o Centrão mantém o apoio a Bolsonaro, embora o grupo tenha dado dor de cabeça ao governo em recentes votações no plenário da Câmara, nas quais o Planalto foi derrotado.

Medidas como tirar o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) das mãos de Moro e transferi-lo para  Banco Central e sancionar a Lei de Abuso de Autoridade, que prevê punição para juízes e procuradores, aproximaram Bolsonaro do bloco. 

Na outra ponta, Bolsonaro rompeu uma tradição iniciada em 2003, quando ignorou a lista tríplice formada após votação no Ministério Público e escolheu Augusto Aras para comandar a Procuradoria-Geral da República (PGR). De perfil conservador, alinhado ao governo e em guerra com a força-tarefa da Lava Jato, em Curitiba, Aras tem protagonizado a mais nova polêmica que reacende a discussão sobre o combate a desvios: quer centralizar em Brasília o comando das forças-tarefa que investigam corrupção.

Com o argumento de que as atenções do Planalto, neste segundo semestre, estão voltadas para a aprovação de reformas, como a tributária, Bolsonaro também não abraçou a proposta de uma emenda constitucional para resgatar a prisão após condenação em 2.ª instância, uma bandeira da Lava Jato, cujo debate deve ser retomado na Câmara em agosto.

O CAMINHO QUE JESUS MOSTROU - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Principalmente depois da conquista do tricampeonato mundial, os profissionais da bola no Brasil passaram a exalar uma arrogância além do suportável.
Vá lá que o triunfo no México, em 1970, foi a celebração do futebol arte, com resultado que adicionou beleza a um movimento de jogo com elementos coletivos.
É preciso dizer que a seleção de Zagallo prestou uma enorme contribuição ao futebol em termos de verso, obliterando uma prosa europeia fincada na Copa do Mundo da Inglaterra com um tal de “futebol força”.
Ocorre, no entanto, que “o mundo gira e a Lusitana roda” e, com isso, advieram as mudanças inevitáveis.
Quem perdeu, recolheu os cacos e ficou estudando uma maneira de deter o futebol dos “dançarinos”, imaginando, à principio, que bastava correr o dobro para controlá-los.
Foram mais longe do que isso e, em pouco tempo, evoluíram na organização tática, preparação fisica e no aproveitamento da evolução da medicina esportiva.
Enquanto isso, a mistura da ignorância com vaidade (se dão muito bem) reforçou a frase da soberba: “Em se tratando de futebol, o Brasil não tem nada a aprender com ninguém”.
Em 1974, Mário Jorge Lobo Zagallo pagou caro, por emular com um pensamento tão pedante ao ser nocauteado por uma novidade que ele não conhecia – o carrossel holandês.
A qualidade do nosso futebol decaiu nos últimos tempos, a ponto de perdermos lugar na mesa de debate internacional sobre o assunto.
Eis que, de repente, um treinador português, Jorge Jesus, aqui aportou e fez ver ao brasileiro que era possível a um clube, o Flamengo, jogar explorando a nossa essência, cujo compromisso maior foi sempre de um futebol ofensivo.
Mas não de maneira aleatória. O movimento de jogo obedecido pelo rubro-negro nunca deixou de trazer a criação do passe pela defesa em marcação alta, pressão do campo contrário, apreço pela posse de bola e variações táticas intensas e bem ensaiadas.
O milagre de Jesus foi de fazer o futebol brasileiro despertar de um sono pesado, que o levou a pesadelos malucos, como o de rejeitar a bola, adotar bases táticas montadas pelo medo de jogar.
Foi isso, meus prezados.
E não foi pouco.

terça-feira, 21 de julho de 2020

VIRTUALIDADES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Essa pandemia está criando uma paúra danada em matéria de “como vai ser o parangolé”, depois que ela sair da maresia.
As projeções mais exageradas dão conta de um mundo virtual, sem concessões para a empatia ao ar livre.
Soube que estão desenvolvendo um trambolho de realidade virtual, em forma de máscara, onde você finge caminhar por parques e cidades.
Uma coisa inventada para que se abra mão do mundo real.
Pronto, você não precisa mais sair de casa para encontros, conversas, comemorações, uma cervejinha com os amigos.
Basta usar um aplicativo e dar um grau no zoom e tudo estará equipado para que você finja que este é um babado sem volta.
Me incluam fora disso, pois já senti a barra de se comunicar por telinhas e acionar teclados.
Esse tipo de papo já vinha enchendo o saco desse impaciente aqui, desde que se previu que as torcidas de futebol seriam virtuais depois dos modernos apoios eletrônicos, etc, etc.
Torcer na poltrona, acompanhar os jogos de casa diante de estádios cenográficos e um sem número de previsões sobre um cenário totalmente virtualizado.
É como se, a partir daí, os times deixassem de ser reais e passassem a apenas uma imagem.
Como no futebol, os fatos contrariaram as previsões e ninguém abriu mão de comparecer, ao vivo, aos estádios e sentir na pele a energia da muvuca.
Quando essas resenhas virtuais começaram, nunca esquecei de uma frase do escritor polonês Zygmunt Bauman: “Para mudar o mundo, os jovens precisam trocar o mundo virtual pelo real”.
Então, vamos combinar o seguinte: nesses leros de virtualidades, molha-se a palavra com uma cervejinha e procura-se incrementar a convivência pelos encontros, no sentido de humanizar esse mundinho cheio de chateações.
Aí, eu vou acreditar em Martinho da Vila quando ele canta: “A vida vai melhorar, a vida vai melhorar...”

segunda-feira, 20 de julho de 2020

O nome do problema não é Salles nem Pazuello - Josias de Sousa.


Está evidente que o governo enfrenta um incêndio na área ambiental e um apagão no setor da saúde. Os flagelos têm nome e sobrenome. 
Convencionou-se chamá-los de Ricardo Salles e Eduardo Pazuello. Se fosse verdade, a solução seria simples. Com um movimento de caneta, a gestão do ministro antiambiental seria cortada pela raiz. Com outro, o general que comanda a intervenção militar na pasta da Saúde seria devolvido ao quartel. 
O diabo é que estão todos equivocados. O problema chama-se Jair Bolsonaro.

Croniqueta - Por Antônio Morais.


Quando um rato escapa da ratoeira por causa da mola frouxa, não deixa de ser sujo muito menos de ser rato.

É apenas um rato solto. O bom é que  teremos  nova emoção ao vê-lo ser preso novamente.

domingo, 19 de julho de 2020

Direto ao assunto - Por José Newmanne Pinto.



Por que Bolsonaro não cai.

Nando Moura mostra por que Jair Bolsonaro foi eleito presidente da República com 57 milhões e mais de 700 mil votos, mas não governa, pois entregou o País à mercê de delinquentes políticos do Centrão para garantir a própria impunidade e a dos filhos e é o maior estelionatário eleitoral de todos os tempos, confirmando o que eu tenho dito aqui. 

Vou além: ainda assim, ele não é o maior culpado por permanecer no mais poderoso cargo político do País. Todo mundo hoje já sabe que ele é o mesmo homem do óleo de cobra da pílula do câncer, o terrorista das bombas nos quartéis e na adutora do Guandu, o capitão cloroquina. 

Mas nenhum maiorial dos Poderes Legislativo e Judiciário é capaz de retirá-lo da cadeira sem violar as leis e a Constituição apenas porque isso atende a seus vis interesses pessoais. 

Simples assim. 

sábado, 18 de julho de 2020

AS MOSCAS NÃO VENCERAM, AINDA - O Antagonista.


Sergio Moro, em sua coluna na Crusoé, diz que “as moscas ainda não venceram, apesar da agenda anticorrupção ter sofrido alguns reveses desde 2018, o que não deixa de ser surpreendente em vista das promessas eleitorais do novo governo.
O lado positivo é que a agenda não é de difícil recuperação, havendo boas oportunidades em 2020 e 2021.
Ainda poderemos ver durante o mandato presidencial se a Polícia Federal, apesar das interferências sofridas, manterá ou não a sua autonomia e os esforços contra a corrupção, sem seletividade. 
Haverá oportunidades nas quais a instituição será posta à prova e eu torço para que ela seja elogiada pelo trabalho a serviço do estado e não do governo. 
O mesmo pode ser dito em relação à Procuradoria-Geral da República”.

sexta-feira, 17 de julho de 2020

“A postura de Bolsonaro é de assustadora irresponsabilidade” - O Antagonista.



A última vez que Jair Bolsonaro se reuniu com o ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, foi há exatamente um mês, como revelamos mais cedo. Nos 62 dias à frente interinamente da pasta, o general do Exército esteve na agenda do presidente somente em duas ocasiões.

O deputado Júnior Bozzella, foto vice-presidente nacional do PSL, contrário a qualquer reaproximação do partido com o governo Bolsonaro, comentou: “Que nação no mundo trocou duas vezes de ministro da Saúde em meio à pandemia e deixou um terceiro ministro por mais de dois meses à frente da pasta interinamente? 

Em nada surpreende que o presidente não tenha se encontrado com o Pazuello para discutir o avanço da doença e as estratégias de enfrentamento à Covid-19. A postura dele é de total descaso e de assustadora irresponsabilidade.”

Bozzella aproveitou para criticar a propaganda que Bolsonaro tem feito da cloroquina, cuja eficácia para o tratamento da doença não é comprovada. “Ele só se esquece de dizer que está sendo acompanhado pelos melhores médicos do país, com uma equipe médica à sua inteira disposição.”

O PALCO PERTENCE AOS JOGADORES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O futebol cearense já atravessou fases tenebrosas, por culpa exclusiva da cartolagem e seus bastidores. Foi o período em que se dizia de forma eloquente: “No futebol, jogo se ganha fora de campo”.
Mas, esse “fora de campo” não traduzia políticas esportivas salutares. Ao contrário, representava a esperteza inconfessável das “manobras extra-campo”
Quem não se lembra das famigeradas aberturas que imperaram, vergonhosamente, em nossos campeonatos? Felizmente, esse tempo já pertence a um passado que só merece ser lembrado para que não seja repetido.
Nesse aspecto, se materializa a máxima de que “o passado já passou e não pode ser modificado”. Me apego a esse gancho, para estendê-lo ao futebol brasileiro e sua teimosa classe dirigente, ao rejeitar o palco como lugar exclusivo para os artistas da bola.
Não me refiro nem ao vendaval de desonestidade, responsável por abalos morais sofridos pelo futebol nos últimos tempos. Aí, a luta era para saber quem roubava mais. Falo, sim, das tentações pelo protagonismo por parte de quem deveria ter noção exata do seu lugar fora do proscênio: o dirigente. E é bom adiantar: dirigir clube de futebol não é “bico”.
O campeonato carioca já foi decidido e o Flamengo foi campeão, mas não podemos deixar passar esse registro, pelo que aconteceu num dos jogos das semifinais.
No Fla X Flu, que deu a Taça Rio ao tricolor, assistiu-se na “preliminar” o que se denominou de “A noite dos tribunais”. Nas horas que antecederam ao jogo, foram oferecidos ao público os piores momentos de um “clássico de liminares” para se saber quem exibiria a pior transmissão televisiva do acontecimento.
Somos levados a crer que os mandatários desejam o futebol preso ao arcaísmo de suas ações, para que coloquem suas caras na fita. Não dá para aceitar um verdadeiro culto ao que não serve mais. O resultado disso só pode ser esse: calendário irracional e ausência de uma liga de clubes forte, com práticas modernas.
Na vida, existem dois tipos de pessoas: as que chegam para passear e as que vem para trabalhar. O palco é onde se trabalha, com a arte dos verdadeiros artistas, que não estão a passeio. A vaga do canastrão à procura dos holofotes está em outro lugar.

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Padre Antônio Maurício Melo – por José Luís Lira (*)


    Dia 10 último, sexta-feira, que nos remete ao Santo Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, às 11 horas, faleceu o Padre Antônio Maurício Melo, no Hospital de Guaraciaba do Norte, Ceará, em consequência de um câncer. Pe. Maurício era o mais idoso dos sacerdotes filhos de Guaraciaba do Norte e o único ainda vivo, ordenado na época em que a Paróquia de Nossa Senhora dos Prazeres pertencia à Diocese de Sobral, no paroquiado de Mons. Antonino Cordeiro Soares, a quem Pe. Maurício devotava respeito e admiração.

     Ele nasceu no dia 23/01/1931, na cidade de Guaraciaba do Norte, então Campo Grande, filho do Cel. Adriano Ribeiro Melo e de dona Gonçala Ribeiro do Amaral. Foi batizado, solenemente, na Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, pelo Pe. Nelson Nogueira Mota, no dia 08/02/1931.

    Estudou as primeiras letras em Guaraciaba do Norte e, em 1945, ingressou no Seminário São José, de Sobral, onde se matriculou em 8 de fevereiro, aniversário de seu batizado. No Seminário de Sobral, concluiu o Curso de Humanidades, em 1951, ingressando, no ano seguinte, no Seminário da Prainha, em Fortaleza. Ali concluiu Filosofia e Teologia. Foi ordenado Sacerdote por Dom José Bezerra Coutinho, então Bispo Auxiliar da Diocese de Sobral, na Igreja da Sé de Sobral, no dia 08/12/1957. Sua primeira Missa foi cantada na Igreja Matriz de Nossa Senhora dos Prazeres, em 13/12/1957.

   Iniciou suas atividades sacerdotais em Nova Russas, como cooperador da Paróquia de 1958 a 1965. Com a criação da Diocese de Crateús, Pe. Maurício passou a exercer suas atividades sacerdotais em Tamboril e Sucesso, entre 1966 e 1967.     Não se adaptando às linhas pastorais da nova Diocese, retirou-se, em 1968, para Nova Russas, onde residiu por muitos anos, exercendo o magistério, mantendo-se fiel ao seu sacerdócio. Prestava auxílio aos Párocos vizinhos, notadamente de Santa Quitéria, Ipu e, em sua terra natal, cuja celebração na festa da Padroeira era sempre esperada. Foi compreensivo conselheiro na administração do Sacramento da Penitência e grande orador Sacro.

    Em 16/12/ 1965 ele celebrou o casamento de meus pais, Izídio Ribeiro Lira e Luíza de Araújo Lira e, há cinco anos, celebrou as Bodas de Ouro.

    Os primeiros conceitos de que a santidade é dádiva a todos, eu recebi do Pe. Maurício. Ainda menino assistindo a uma Missa de Finados, ele recordou que no dia anterior era a festa de todos os santos. Recordo-me que ele enfatizava que a festa do dia anterior era para o santo que não havia sido canonizado pela Igreja, mas, que morreu em santidade. E concluía: “Santo é aquele que faz ou fez a vontade de Deus”. Isso foi a base de meus estudos hagiológicos e aquela sua frase me marcou. Era um homem notável. Culto, de muitas leituras, de excelente conversa e sermão aprofundado. Ele sabia e vivia o que pregava.

    Era primo do Mons. Eurico de Melo Magalhães e do Pe. Odilo Lopes Melo Galvão. Padre Maurício recebeu a recomendação digna de um sacerdote na tarde daquela sexta-feira, no patamar da Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, onde há 62 anos havia sido acolhido Padre Novo e o povo osculou suas mãos ungidas de sacerdote. Naquela tarde, um sacerdote, parentes e poucos amigos se despediram dele. Foi sepultado com os paramentos sacerdotais que utilizou, com dignidade, por toda a vida.
    Requiescat in Pace!

  (*) José Luís Lira é advogado e professor do curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú–UVA, de Sobral (CE). Doutor em Direito e Mestre em Direito Constitucional pela Universidade Nacional de Lomas de Zamora (Argentina) e Pós-Doutor em Direito pela Universidade de Messina (Itália). É Jornalista profissional. Historiador e memorialista com mais de vinte livros publicados. Pertence a diversas entidades científicas e culturais brasileiras.

Direto ao assunto - José Newmanne Pinto.


Trocar o ministro não resolve.

Sob pressão dos próprios militares, que, no fundo, sabem que o ministro do STF Gilmar Mendes está coberto de razão ao avisar que a gestão desastrosa do general Pazuello como ministro interino da Saúde em pleno combate à pandemia desgasta as Forças Armadas, Bolsonaro dá sinais de que procura nome técnico para assumir a chefia da pasta. 
Esta é a típica solução bolsonarista: faz fumaça, mas nem aquece nem ilumina. Em primeiro lugar, porque o intendente ficaria na secretaria-geral vendendo a falsa ideia de que está lá para cuidar da logística. Mais importante ainda é que ele não manda nada e só ficou no lugar como interino permanente porque com ele Bolsonaro não precisa preocupar-se com ações técnicas que desafiem seu negacionismo e suas sesquipedais ignorância e falta de empatia. 
O chefe é que precisava ser mudado.

Culpado não é Pazuello, é Bolsonaro

Quem acompanha a briga entre os comandantes militares e o ministro do STF Gilmar Mendes pode até ficar com a impressão que o ministro interino Pazuello é o maior culpado pela desastrosa gestão do combate à Covid no Brasil. 
Mas isso é um engano. De nada adiantaria nomear um ministro médico e mandar o general intendente de volta à secretaria-geral. Pois a maior culpa é de Bolsonaro, ora!

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Toque de retirada - José Casado, em O Globo.


“Pode-se ver exagero do juiz Gilmar Mendes ao dizer que ‘o Exército está se associando a esse genocídio’ (o desgoverno na pandemia).

Se há crime — no caso, gravíssimo — será revelado em breve. Nada oculta o óbvio: as Forças Armadas se meteram numa confusão institucional com Bolsonaro. 

"É hora do toque de retirada.”

terça-feira, 14 de julho de 2020

Aliança pelo Brasil fracassa - Por Antônio Morais.


O fracasso do Aliança pelo Brasil, partido do Bolsonaro e família escancara a falta de apoio popular.

Para quem vive cagando goma e contando vantagem como Jair Bolsonaro e seus filhos o resultado é desanimador.

Das 492 mil assinaturas necessárias para o minimo apontado pela legislação apenas 15.721 foram alcançadas, 3,2% muito pouco para quem vive falando em nome do povo.

Isso mostra a grande perda de apoio depois das atitudes de Bolsonaro no governo. Não consegue empreender um partido porque o objetivo seu e de seus filhos é destruir reputações alheias. 

Restou  a tentativa de reatar com o PSL de quem tanto falou e desfez. E, o pior, comprando o diretório nacional ofertando cargos  do governo..

Tancredo Neves dizia :  "Votos não se tem, se tinha".

segunda-feira, 13 de julho de 2020

Noticias - Por O Antagonista.


“Os brasileiros jogaram a toalha”, diz Mandetta.

Na última semana, o Brasil registrou 7251 mortes por Covid-19, nove a mais do que na semana anterior.
Luiz Henrique Mandetta disse para a Folha de S. Paulo:
“O brasileiro médio já se acostumou com quatro ou cinco aviões caindo todos os dias”.
“Os brasileiros jogaram a toalha”.

Brasil testa 20% do que foi prometido pelo governo.

O Brasil fracassou criminosamente em matéria de testes para a Covid-19.
Segundo o Estadão, “o país só atingiu 20% da capacidade de exames prevista para o período de pico”.
Mas é ainda pior do que isso:
“Além de distribuir menos testes do que o projetado, o governo Jair Bolsonaro também tem feito entregas de kits incompletos, sem um dos reagentes essenciais para processar as amostras”.

“Muito obrigado, presidente, mas nós não estamos à venda” - Por o Antagonista.


O deputado federal Júnior Bozzella, vice-presidente nacional do PSL, negou que haverá reaproximação de seu partido com Jair Bolsonaro.

“O PSL escolheu defender o Brasil e não garantir a si mesmo. O governo se vendeu. Trocou tudo aquilo que sempre disse defender e acreditar para garantir a sua sobrevivência.

“Muito obrigado, presidente, mas nós não estamos à venda. Por gentileza, guarde os seus cargos para o Centrão e os seus amigos de estimação.”

Como publicamos mais cedo, Major Olímpio ameaçou abandonar o PSL após ler em O Globo sobre a tentativa de Bolsonaro de reaproximação com o partido.

“Me deu vontade de vomitar!”, disse o senador.

domingo, 12 de julho de 2020

SOBRE OS ESQUEMAS TÁTICOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Há quem torça o nariz para os esquemas táticos, por achar que, no final das contas, quem resolve é o talento do jogador.
Não entendemos assim, embora enxerguemos a existência de uma boa dose de exagero na participação de quem arquiteta: os treinadores.
Sem as sistematizações de jogo, o futebol seria uma monumental pelada a céu aberto ou como uma praga de gafanhotos, com todos procurando devorar a bola de uma vez.
Também, é verdade que, sem o bom jogador, sistema nenhum funciona.
Os modelos táticos 4-2-4 (ganhou novo fôlego com as variações) 4-3-3, 3-5-2 e 4-4-2, são, geralmente, pontos de partida adotados pelos técnicos.
O 4-2-4 ganhou uma roupagem mais consistente, quando o time está com a bola. Sem abrir mão da marcação, no momento em que a redonda é perdida.
Os dois jogadores das extremas e mais um, do meio, recuam para marcar.
O 3-5-2 é o mais vulnerável deles, porque se percebermos, um gol, tomado cedo, se encarrega logo de modificá-lo, com a saída de um, da linha de 5, para reforçar a última linha de três defensores.
Já o 4-3-3 (não confundir com a proposta antiga de dois pontas fixos), permite variações ofensivas e defensivas de fácil entendimento.
Os que se movem para atacar têm obrigações defensivas na perda da bola, ao contrário do antigo 4-3-3, uma idéia fixa do saudoso treinador cearense César Morais.
Já o 4-4-2, é o mote preferido para iniciar a “cantoria”, por ser mais seguro e suscetível às variações. Não abre mão de dois jogadores pelas beiradas (que, também, recuam para marcar) e dois (pode ser até mais), no mínimo, atacando pelo meio.
O 4-4-2, na minha visão, fica a um pequeno pulo para o 4-2-4 de Rogério Ceni.
Esse é o olhar, talvez reduzido, do comentarista sobre a organização esquemática dos times de futebol.
Mas, como sempre defendi, o que se faz, hoje em dia, nada mais é do que a rebobinação de ideias táticas que ganham verniz de modernidade.
Não vemos nada de errado nisso.
E, na pura dependência dos jogadores, com suas características diversas, os treinadores constróem “esquemas híbridos”, apoiados no que já foi inventado.
Agora, no futebol, é muito difícil evitar as explicações empoladas e as complicadas declarações, antes e depois da bola rolar, com o fito de impressionar.

‘Captain Corona’ nas páginas do Financial Times - Por o Antagonista.


Jair Bolsonaro, como “Capitão Corona”, ganhou as famosas páginas cor de salmão do Financial Times.

“Possivelmente nenhum outro presidente na recente história democrática do Brasil tem sido tão imprudente com ele próprio ou com o país”, diz o texto do correspondente Andres Schipani, publicado hoje.

Schipani argumenta que Bolsonaro pode se beneficiar politicamente da pandemia, caso se torne “exemplo vivo de que a COVID-19 é apenas uma gripezinha“. Ele também informa que críticos do presidente o chamam de “Capitão Corona”.

Já a revista The Economist desta sexta-feira também trouxe um cartum do presidente brasileiro. Ele grita: “sigam jogando!”.

Bolsonaro deve favor a Noronha - Por José Newmannr Pinto.

O presidente Jair Bolsonaro, que, na posse do ministro da Justiça, André Mendonça, disse que tem com o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, “amor à primeira vista”, deve um favor. 

Este mandou transferir o guarda-livros da famiglia Bolsonaro da prisão para casa. E, na mesma canetada, dada em plantão no recesso do Judiciário, determinou idêntico destino à mulher dele, Márcia Aguiar, embora ela ainda estivesse, então, foragida. 

No habeas corpus, a defesa de Queiroz pediu a conversão da prisão preventiva em domiciliar. 

Os advogados citaram o estado de saúde do amigo do presidente e  o contexto de pandemia e criticaram fundamentos da medida autorizada pela Justiça. Noronha decidiu estender a prisão domiciliar para a mulher dele para que ela possa lhe dispensar as atenções necessárias”. Não é fofo?

sábado, 11 de julho de 2020

O fracasso do socialismo


    José Pio Martins é economista e reitor da Universidade Positivo. Tempos atrás ele publicou um excelente artigo, sob o título “Socialismo: o fracasso de uma ideia trágica”. Daquele artigo retirei dois parágrafos. a conferir.

“O primeiro patrimônio do ser humano é seu corpo, que, em uma sociedade civilizada, ninguém pode agredir nem escravizar. A única exigência contra o direito de domínio sobre seu corpo é que o indivíduo respeite o mesmo direito de seu semelhante e, não o fazendo, seja processado, julgado e punido nos termos de lei que assegure o devido processo e o direito de defesa”. 

“Uma questão que intriga é: por que surgiu a ideia socialista? Isto é, um regime sem direito de propriedade privada dos meios de produção? Karl Marx não gostou do que viu no começo da Revolução Industrial na Inglaterra em termos da jornada de trabalho dos operários e das precárias condições de vida. Um grande erro de Marx foi não perceber que o estoque de capital (fábricas, máquinas e equipamentos) não conseguia absorver todos os trabalhadores, pois a população explodia mais que o avanço da tecnologia e a produção de bens de capital”.

Encerro transcrevendo abaixo um excerto de um escrito do pensador católico, Prof. Plinio Correia de Oliveira:

“    Como todos sabem, cada homem é dono de si mesmo. E, portanto, é dono de sua própria capacidade de trabalho. Em consequência, também o é do fruto dessa capacidade, ou seja, do fruto do seu trabalho. Assim, cada homem tem um direito natural imediato sobre o que produz. E a violação desse direito é designada por uma palavra muito conhecida: roubo.
      Pouco importa que esse direito seja violado por outra pessoa ou pelo Estado: continua sempre a ser roubo. Pois tanto os Estados quando os indivíduos estão sujeitos ao 7º mandamento: não furtar.
     Pensam de modo exatamente oposto os marxistas. No regime comunista, todo produto do trabalho dos particulares pertence ao Estado. É um Estado-Ladrão, que ufanamente se proclama tal”.

Postado por Armando Lopes Rafael

As voltas que o mundo dá – muitos já perguntam: um retorno à Monarquia nos tempos atuais é possível?



   Muitos se perguntam se devido ao estado em que presentemente se encontra a política no Brasil, não seria mero sonho imaginar que, após a restauração da Monarquia, seja possível realizar uma democracia autêntica – ou seja, um regime que pressupõe a existência de um povo moralmente são e fecundo – sob o regime monárquico.
Este é, sem dúvida, um ideal difícil de se atingir. Mas não é de si intangível. A Monarquia, afinal, é o regime apropriado para moralizar a vida pública – não a prazo imediato, mas a cabo de algum tempo, cuja duração é impossível prever, pois depende de fatores múltiplos. E não só é o regime apropriado para tal fim, mas é o único regime que pode proceder a tal moralização.

    A complexidade dos problemas políticos, sociais e econômicos de nossos dias ultrapassa muito a capacidade de ação de um só homem, por mais bem assessorado que este esteja. Uma Monarquia, hoje em dia mais do que nunca, não poderia ser absoluta. Sem uma efetiva colaboração popular, por meio democrático-representativo, não vemos que na atual conjuntura histórica uma Monarquia assim pudesse ser bem sucedida; ou sequer bem compreendida.

    É esse o pensamento do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, conforme declarou seu irmão e imediato herdeiro dinástico, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, em entrevista que em setembro de 1987 concedeu a um semanário paulista. À pergunta “Como ficaria o Brasil atual, política e economicamente, com a restauração do regime monárquico?”, respondeu Sua Alteza:

   “A política é a arte do possível. Meu irmão, o Príncipe Dom Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil, julga que hoje um regime monárquico, para que seja compreendido e desejado pelo conjunto da população, contando assim com a colaboração dele para o bem comum, deveria ser composto por elementos de democracia representativa. Em tal sistema, ombreando com verdadeiras elites sociais, sejam elas intelectuais, culturais, empresariais, cientificas e outras, se esforcem sob a inspiração do Monarca, na procura da solução dos grandes problemas com que se defronta o Brasil.”
(Publicado originalmente no face book Pro Monarquia e baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira: com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, de autoria do Professor Armando Alexandre dos Santos).

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Descobriram o problema do Brasil - Por Carlos Fernando dos Santos Lima, na Crusoé:


“Descoberto o problema do Brasil! Tantos anos de subdesenvolvimento, de uma forma de fazer política baseada em uso de dinheiro ilícito, em rachadinhas, obras superfaturadas e outras formas de corrupção são culpa do mensalão e da Lava Jato. 

O Brasil idílico de antes dessas operações, aquele Brasil de Collors e Sarneys, Lulas e Lalaus, Aécios, Renans e Jeffersons precisa voltar. Todos unidos contra essas excrecências que tentam criminalizar a política. 

Sabe quanto custa manter um partido, comprar apoios e disseminar fake news? Destruamos Sergio Moro antes que se torne presidente! Calemos Deltan Dallagnol para que não surjam outros como ele! Acabemos com investigações e tudo se resolverá! Só que não!

Mesmo sendo isso um completo absurdo, no último mês temos visto uma reação contra a Operação Lava Jato vinda de diversos aliados de ocasião e oportunistas. Essa ‘Santa Aliança’ com o objetivo de denegrir o trabalho investigativo da polícia e do Ministério Público reuniu figuras aparentemente díspares, passando pelos criminalistas de sempre e pelos políticos já bem conhecidos, mas também pelo próprio governo Bolsonaro e pelo procurador-geral da República, Augusto Aras. 

Cada um por seus motivos inconfessáveis, mas todos irmanados em salvar o status quo.”

Eleição de Bolsonaro deu “legitimidade institucional” a rede de perfis falsos, diz estudo - Por o Antagonista.


A rede de perfis falsos de apoio a Jair Bolsonaro, derrubada ontem pelo Facebook, existe pelo menos desde antes das eleições de 2018. E depois que ele foi eleito presidente, em vez de reduzir a intensidade dos ataques aos alvos dos bolsonaristas, ela ganhou “legitimidade institucional”.

Essas são algumas das conclusões do relatório em que o Facebook se baseou para tirar do ar uma teia de 88 “perfis inautênticos”. Foram 14 páginas no Facebook, 35 contas pessoais na rede social, 38 perfis no Instagram e um grupo.

Conforme noticiamos ontem, o Facebook detectou que a rede foi montada para dar apoio a Bolsonaro. Eram perfis que “sistematicamente escondiam a verdadeira autoridade de seus titulares”.

Bolsonaro e Lula são populistas e extremos “que devem ser evitados” - Por Sergio Moro.


Sergio Moro voltou a comparar Jair Bolsonaro e Lula. Segundo ele, ambos tem “um caráter um tanto populista” e representam extremos do espectro político brasileiro, que “devem ser evitados”.

Em entrevista a Felipe Moura Brasil, de O Antagonista, o ex-ministro já havia falado sobre as semelhanças entre o bolsonarismo e o lulopetismo.

“Ambos têm um caráter um tanto populista na formulação das políticas públicas, com a diferença de que o presidente Bolsonaro seria um populista de direita, e Lula, de esquerda”, disse o ex-juiz em entrevista à agência France-Presse.

“De certa maneira, Bolsonaro e Lula são dois extremos, na minha opinião respeitosa, que devem ser evitados.”

Moro saudou, no entanto, o novo tom adotado por Bolsonaro nas últimas semanas — segundo ele, “reduzindo a hostilidade e adotando um discurso mais moderado”.

“Essa mudança de postura do presidente nas últimas semanas é boa para o país, isso favorece a estabilidade. Infelizmente, alguns pronunciamentos do presidente haviam criado uma tensão desnecessária, gerando, inclusive, uma imagem negativa do país no exterior, isso é ruim. 

O Brasil sempre foi uma democracia confiável, e, por outro lado, o povo brasileiro sempre foi tido como muito tolerante, muito simpático. Essa imagem estava sendo corroída por um discurso hostil. É bom que isso mude.”

Perguntado se percebeu um clima de confronto entre as alas militar e o grupo mais “ideológico” do governo, Moro respondeu: “Em qualquer governo, às vezes se tem um ambiente de intriga entre determinados grupos, e às vezes isso era um pouco exagerado pela imprensa.  

Eu tentava permanecer alheio a essas questões e realizar um trabalho bastante técnico. Tinha uma proximidade com os ministros militares e alguma relação também com os ministros dessa chamada outra ala. Mas sempre me vi mais como um ministro de perfil técnico dentro do governo, assim como o ministro Paulo Guedes.”