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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 11 de julho de 2020

As voltas que o mundo dá – muitos já perguntam: um retorno à Monarquia nos tempos atuais é possível?



   Muitos se perguntam se devido ao estado em que presentemente se encontra a política no Brasil, não seria mero sonho imaginar que, após a restauração da Monarquia, seja possível realizar uma democracia autêntica – ou seja, um regime que pressupõe a existência de um povo moralmente são e fecundo – sob o regime monárquico.
Este é, sem dúvida, um ideal difícil de se atingir. Mas não é de si intangível. A Monarquia, afinal, é o regime apropriado para moralizar a vida pública – não a prazo imediato, mas a cabo de algum tempo, cuja duração é impossível prever, pois depende de fatores múltiplos. E não só é o regime apropriado para tal fim, mas é o único regime que pode proceder a tal moralização.

    A complexidade dos problemas políticos, sociais e econômicos de nossos dias ultrapassa muito a capacidade de ação de um só homem, por mais bem assessorado que este esteja. Uma Monarquia, hoje em dia mais do que nunca, não poderia ser absoluta. Sem uma efetiva colaboração popular, por meio democrático-representativo, não vemos que na atual conjuntura histórica uma Monarquia assim pudesse ser bem sucedida; ou sequer bem compreendida.

    É esse o pensamento do Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança, Chefe da Casa Imperial do Brasil, conforme declarou seu irmão e imediato herdeiro dinástico, o Príncipe Imperial do Brasil, Dom Bertrand de Orleans e Bragança, em entrevista que em setembro de 1987 concedeu a um semanário paulista. À pergunta “Como ficaria o Brasil atual, política e economicamente, com a restauração do regime monárquico?”, respondeu Sua Alteza:

   “A política é a arte do possível. Meu irmão, o Príncipe Dom Luiz, Chefe da Casa Imperial do Brasil, julga que hoje um regime monárquico, para que seja compreendido e desejado pelo conjunto da população, contando assim com a colaboração dele para o bem comum, deveria ser composto por elementos de democracia representativa. Em tal sistema, ombreando com verdadeiras elites sociais, sejam elas intelectuais, culturais, empresariais, cientificas e outras, se esforcem sob a inspiração do Monarca, na procura da solução dos grandes problemas com que se defronta o Brasil.”
(Publicado originalmente no face book Pro Monarquia e baseado em trecho do livro “Parlamentarismo, sim! Mas à brasileira: com Monarca e Poder Moderador eficaz e paternal”, de autoria do Professor Armando Alexandre dos Santos).

Um comentário:

  1. Prezado Armando - O certo é que ainda existe muita falta de conhecimento e informação sobre a monarquia. O último plebiscito serviu para desinformar sobre a monarquia. Republicanos corruptos viciados nas mamatas do poder que lhes sustenta fizeram uma campanha difamatória e como o povo é regido pela primeira informação foi na conversa. Mas, eu duvido que uma pessoa de instrução não reconheça na monarquia um regime sério, honrado e digno.

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