É verdade que o futebol, na sua maneira de ser jogado, vem recebendo alterações que não eram vistas com freqüência.
Já se revirou tudo, misturou-se um bocado de coisas, mas essa ideia dos ingleses continua sendo reconhecida na sua essência.
Vejam o grau de exigência dos especialistas, dos entendidos da matéria, ex-jogadores, jogadores ou não.
Querem porque querem que se crie um grande time, jogando como o Flamengo de Jorge Jesus, assim, sem mais nem menos, num toque de Midas transformador.
Saber o que é futebol e, também, ensiná-lo, com competência, é função de quem se julga treinador de futebol.
Só que a transformação de uma equipe, por maior que ela seja, não é tarefa tão fácil e traz a uma série de exigências para que o sonho se concretize.
Por conta disso, é fácil perceber o esforço de se criar, no laboratório, um time que se coloque no ataque, pressione o adversário no seu próprio campo, recupere a bola, onde ela foi perdida, obedecendo a uma rotatividade de jogo e tendo a velocidade na base de suas ações.
Todo mundo fala pouco e ruim, produz um tremendo barulho e a conclusão é muita conversa mole travestida de solução
Vejo o Atlético Mineiro, de Sampaoli, jogando de maneira comum, sem sinais evidentes daquilo que foi prometido.
O Grêmio, de Renato Gaúcho, está é longe daquela equipe de futebol envolvente e se acomoda num joguinho de perde e ganha, como aconteceu no confronto com o Palmeiras.
O alviverde, de Luxemburgo, é outro alvo preferido dos que buscam a representação de uma equipe capaz de assumir um protagonismo no cenário atual.
Não tem brilho e os recursos do Luxa são os mais do mesmo, num futebol limitado, em cima de tênues vantagens durante o jogo.
Além do que os treinadores não têm esse poder todo que lhe atribuem, apesar de serem incensados, como se tudo fosse uma maravilha.
O pior de tudo é que estão naturalizando, com a maior desfaçatez, a ruindade em campo, a falta de disposição para jogar o aceitável.
É como se existisse um pacto para defender o produto futebol, num “me angana que eu gosto”, que chega a ser patético e abusivo.
Sem a emoção do torcedor nas arquibancadas, jogadores se contentam em fazer papéis menores e tudo acaba numa representação teatral amadora.
A cada partida, fico com a sensação de já ter visto aquele jogo sem graça, com jogadores acomodados em realizar tarefas que não custem maior esforço.
Quero me animar e o nosso futebol de cada dia é indispensável nesse processo, desde que jogado com mais comprometimento e imune ao festival de besteiras que assola o nosso terreiro.
Parabéns pelo retorno. Parabéns pela crônica bem elaborada e oportuna.
ResponderExcluirAbraços.