Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 26 de outubro de 2024

172 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Dizem  que foi verdade. Quem me contou não mente.  João Batista de Morais, residente no Roçado Dentro, tem um filho conhecido pela alcunha de "Porrom".

Namorava, o Porrom, com Barbara, filha de Manuel Alves de Menezes, o conhecido Manuel de Pedro do Sapo. Como eram primos legítimos, o namoro caia na graça dos pais, não havia rejeição alguma.

Um dia Manuel chegou em casa e a esposa Irena estava chorando, aos prantos. O Manuel procurou saber os motivos de tantas lagrimas e tamanha tristeza.

Irene, depois de preparar o marido para a novidade, revelou que Barbara estava grávida. Se Manuel guarda segredo, o casamento teria sido feito e ninguém teria tomado conhecimento da malinação antecipada, mas Manuel deu de garra de uma espingarda soca soca e foi a casa do João Batista, o pai do Porrom. 

Quando chegou ficou rodeando a casa e assobiando: João Batista estranhando a atitude do primo, procurou saber e perguntou: O que houve meu primo? Manuel metrificou ao som da música do Delegado e do Tadeu:

Seu delegado
Mude de tom.
Solte Tadeu,
E prenda Porrom!

Era o suficiente para se saber do que se tratava. O casamento foi encaminhado e feito com uma certa urgência para não coincidir com o batizado do menino.



3 comentários:

  1. Num dos encontros que tive com Joaozinho Morais, ele me contou essa proeza do nosso parente Manuel do Sapo. Quanta saudade.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkklkkkkkkkkkkkkkkkkk nesta epoca, a honra tinha mais valor, que o fio fo bigode.......

      Excluir
  2. Essa é uma daquelas historias que só Várzea-Alegre é capaz de produzir.

    ResponderExcluir