
Dom Helder Câmara
domingo, 31 de janeiro de 2010
Comentario do Dr. Savio para o texto do Dr. José Flavio.
De maneira natural,
Se na cambada estatal
Fosse feita uma terapia:
Uma porretada fria,
Aplicada com tração,
Salvaria esta nação
Da política desregrada!
Se, no Brasil, aplicada
Sem dó e sem compaixão.
O mundo perdeu a graça
Com O PODER em ambição,
Pois o antigo ladrão
Não reformou a trapaça.
Na calçada da desgraça
Vive o ladrão de galinha.
Todo o dinheiro que vinha
Para acalentar sua fome
O deputado é que come
Não deixando uma lasquinha.
Esse Quirino, o primeiro,
Tinha o apoio do patrão
Defendendo em seu sermão
A posição e o dinheiro.
Num discurso sorrateiro
Fez um desastre profundo.
Porém, Quirino, o segundo,
Tentando suavizar
Numa noite de azar
Foi deletado do mundo.
Dr. Jose Savio Pinheiro.
sábado, 30 de janeiro de 2010
Encontro hoje a noite em Crato dará início a um intercâmbio cultural entre Crato e Sergipe
O evento é resultado de uma parceria entre a revista “A Província” - Departamento Histórico Diocesano Padre Antônio Gomes de Araújo, da Diocese de Crato - Secretaria de Cultura de Crato.
Para presidir o evento chegou ontem a Crato o advogado, historiador e escritor Luiz Eduardo Alves de Oliva, presidente da Imprensa Oficial do Estado de Sergipe. membro do Instituto Histórico e Geográfico daquele estado e vice-presidente da Associação Brasileira de Imprensas Oficiais.
É pensamento do Dr. Luiz Eduardo Oliva reeditar o livro “As quatro sergipanas”, do Mons. Francisco Holanda Montenegro, numa edição para distribuição entre as entidades educacional-culturais do Brasil.
O meritório trabalho do Monsenhor Francisco Holanda Montenegro foi fruto de muita paciência e muito amor, pois ele compulsou documentos, alinhou fatos, buscando as raízes mais longínquas dentro de um dos ramos mais difíceis da história: a genealogia. devemos a ele um dos melhores tratados sobre as linhagens das “gens caririenses”.
Todos estão convidados para o evento:
Data: Neste sábado, 30 de janeiro de 2010
Horário: 19:30h
Local: Teatro Municipal Salviano Arraes
Calçadão da Rua José de Alencar - Crato
sexta-feira, 29 de janeiro de 2010
ELEITOR ENGANADO - Por Mundim do Vale
O eleitor que espera
As promessas de campanha
Do candidato que ganha
Dança.
Não acontece a mudança,
Nada do grupo escolar
E até mesmo o sanear
Paiou.
Diz que a verba esgotou
Nas finanças do estado
E o eleitor abestado
Confia.
Até quando chega o dia
De campanha novamente
Que o besta vai na frente
Gritar.
Tem vez que chega a levar
Uma boa mão de peia
Vai conduzido a cadeia
Acuado.
Depois chega o delegado
Sem dó e nem compaixão
Mete ele na prisão
Despido.
Chega por trás um bandido
Com dois metros de altura
Os braços dessa grossura
E grita:
- Você é minha Paquita,
Meu pudim de caramelo,
Tem que fazer o que quero
Ou morre!
Como ninguém lhe socorre
Com medo der se meter
O cabra pra não morrer
Cedeu.
Mas ele nunca esqueceu
Da hora do dá ou desce!
Quando é de noite endoidece
E chora.
No lugar onde ele mora
Todo o mundo já falou
Mas ele só escapou
Dando.
Eu quero saber é quando
O eleitor vai se mancar
E na hora de votar
Acerta.
Mas ele sem mente aberta
Desprovido de memória
Acredita na história
De novo.
Se mistura com o povo
Distribuindo retrato
E no mesmo candidato
Vota.
E aquele pobre idiota
Sem ideal pra votar
Não sei quando vai criar
Juízo.
Tem coisas que agente não tira do coração - Roberto Carlos.
Esta musica do Roberto Carlos é uma das mais bonitas e perfeitas que conheço. Fala das voltas que a vida dar, das idas e vindas e mostra que o tempo é capaz de tudo. Que os fracassos de hoje podem não ser tão importantes amanhã. E que o importante é ser feliz. Ouça a musica e veja o video.
Por A.Morais
Dedico ao amigo Nicolau Sabino.
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
PRAGA DE CIGANO - Por Mundim do Vale
Um dia lá meu tio estava contemplando aquela maravilha, quando de repente chegou um cigano e pediu:
- Seu Zé, me dê uns cachos desse arroz pra eu torrar e fazer um baião de dois.
- Não Senhor, o arroz ainda não tá bem maduro e vai virar papa.
- Você num dá não, né Jurom? Pois você vai perder esse arroz todim, qui é pra deixar de ser miserave. Quando o cigano saiu, além da praga ainda furtou uma perua do chiqueiro.
Depois disso chegou Joaquim de Pedro André, deu uma olhada na roça e falou:
- Eita Zé Piau! Você já tem arroz seguro pra mais de vinte quartas.
- É mais passou agorinha um condenado dum cigano aqui e rogou uma praga, dizendo que eu vou perder meu arroz. O desgraçado achou pouco e ainda furtou a perua da Maria de Lourdes, que nós tava engordando pra comer na apanha do arroz.
- Pois você tenha cuidado, porque praga de cigano é que nem trombose, quando não mata aleija.
No dia seguinte chegou um funcionário da prefeitura deu a mão ao meu tio e fez a seguinte proposta: - Seu Zé, vai chegar uma máquina de colher arroz e eu gostaria de usar primeiro aqui na sua roça. Seu arroz é o melhor do município para fazer a demonstração. Meu tio acostumado com a colheita convencional e mais cismado do que mineiro em saída de banco falou:
- É melhor o Sr. procurar outro, porque eu acho bom é cortar na faca, fazer a moqueca e depois fazer o pote dentro da roça.
- Mas Seu Zé. O Sr. vai passar uma semana ou mais, para colher esse arroz, enquanto que na máquina é apenas uma hora e não vai lhe custar nada.
Com todos esses argumentos, meu tio ficou sem resposta e concordou.
Uma semana depois chegou a máquina e junto dela o prefeito, a primeira dama, os vereadores, o padre, o delegado, umas duzentas pessoas adultas e mais de trezentos meninos onde um deles era eu. Fizeram as solenidades e em seguida derrubaram um pedaço da cerca para a máquina entrar. Quando aquela máquina entrou,que o operador botou pra funcionar, parece que esqueceu de acionar algum botão, a máquina descontrolou-se, ficou fazendo um barulho esquisito, saiu rodando desgovernada, transformou todo o arrozal em poeira, depois derrubou o resto da cerca e partiu acabando com tudo na direção do Ronca.
Quinco de Pedro beca que estava presente, assustou-se e correu em direção ao Sanharol que o rabo era um reio. Chegou na casa de Raimundo Bitu mais aperreado do que bode em canoa dizendo:
- Dona Cotinha! Aconteceu uma desgraça ali na roça do meu ti Zé Piau. Truvero uma máquina prumode catar o arroz, mais quando o chofé se apiou nela, parece qui a bicha tava pissuida, saiu rodando a moda carrosé, fazendo uma zoada da gota e uma poeira junta cum uma ventania tão medonha, qui carregou inté os chapéu do povo e ainda alevantou o vistido da muié do prefeito. Adispois qui correu todo mundo, a condenada disimbestou pras banda do Ronca, acabando mei mundo de roça. Agora eu vou vortar pra lá, prumode oiá se já acentou a poeira, qui é pra eu ir ajudar a cassar Chiquim de Ontõe bento, qui correu pru lado da serra do Gravié e tá todo mundo cassando ele.
Depois do prejuízo do meu tío José. O bom poeta Bidinho, que também era ligado a agricultura, improvisou essa décima.
Eu não sou de acreditar
Em conversa de feitiço,
Quando escuto falar nisso
Começo a me arrepiar.
Mas talvez por um azar
Ou um ato desumano,
Uma praga de cigano
Destruiu um arrozal.
E o pobre do Zé Piau
Foi quem entrou pelo cano.
Diz o Dito Popular - Dr. Jose Savio Pinheiro.

-
Mundim do Vale:
-
O escritor Padre Vieira,
-
A primeira vez que ouvi
Sávio Pinheiro:
Rajalegre é terra boado
-
Mundim do Vale:
Manoel que muito bebia
-
Sávio Pinheiro:
O Mané quando bebia
Tinha boa afinação
E com bela dicção
Dava show, quando queria.
Entoava a melodia
Para todos, alegrar.
“O Ébrio”, do seu cantar
Emanava uma tristeza
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
-
Mundim do Vale:
O engano foi certeiro
Sávio Pinheiro:
Ao pinguço da cidade
-
Mundim do Vale:
Uma vez fiquei distante
Da minha cidade boa,
Mas lembrei-me da lagoa
E do meu sítio Vazante.
Eu fui olhar o Mirante
Para a mente relaxar,
Mas prefiro o meu lugar
Do que toda a Fortaleza
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
-
Sávio Pinheiro:
O Riacho do Feijão,
-
Mundim do Vale:
O doutor Sávio Teixeira
Sabia melhor que eu,
Pois foi ele que escreveu
Cordel do Padre Vieira.
Aqui na nossa ribeira
Tem cultura popular,
Que dá para explorar
Pra cidade de Veneza
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
-
Sávio Pinheiro:
Ao fitar bela nascente
Eu me sinto confortado
Com o Mundim ao meu lado
Alegrando a minha mente.
Porém, se bebo aguardente
Meu riacho vira mar.
De maneira sigular
Sinto a paz dessa beleza
VÁRZEA ALEGRE É NATUREZA
DIZ O DITO POPULAR.
-
Poeminha do Morais:
Sávio, diga, me diga,
-
Sávio Pinheiro:
Estrelas, no céu, existem!
Formigas, na terra, têm!
No mundo, muitos poetas...
No Sanharol, mais de cem!
PARA REFLETIR
quarta-feira, 27 de janeiro de 2010
COMPOSITORES DO BRASIL
Parte I
“O amor vem por princípio, a ordem por base
O progresso é que deve vir por fim
Desprezastes esta lei de Augusto Comte
E fostes ser feliz longe de mim”.Positivismo, Noel Rosa, 1933.
Muito já se falou e se fala como igualmente se cantou e se canta Noel Rosa.
A atualidade de sua música se deve, a meu ver, pela expressividade das letras e seu perfeito encaixamento melódico, formando um todo bem arrumado, seja nas músicas de gozação, nas paródias ou nas de puro lirismo e seriedade. Tudo muito bem ao gosto do povo e aos ouvidos mais requintados.
Diz-se que a permanência por gerações ad eternum das músicas dos Beatles se deve ao estilo pop, letras simples e harmonia de fácil execução, embora prazerosa a todos os gostos. Em Noel é tudo isto e, por ser coisas nossas, o estilo é samba, ritmo culturalmente assimilado pelo povo.
Noel Rosa viveu pouco, mas viveu intensamente o universo musical de seu tempo. Suas raízes musicais vieram do Nordeste, com João Pernambuco e Catulo da Paixão Cearense e demais músicos chegados à Capital Federal, nos começos da década de 1920.
Suas primeiras composições estão de acordo com essa premissa, e vamos encontrar o poeta da Vila criando emboladas, cateretês e outros ritmos sertanejos, tão em voga naqueles tempos de uma cidade com profundas feições rurais.
O samba havia assumido o status de música urbana, como resultado de uma mistura de ritmos que vinha se processando deste os fins do século 19, havia pouco tempo, e a área cultural de seu domínio ficava longe, mais para o centro da cidade.
Paulatinamente Noel vai palmilhando o caminho do samba e, para tanto, muito contribuiu o Bando de Tangarás, grupo do qual fez parte, formado por músicos de outros lugares do Rio, como Almirante (Henrique Foreis Domingues), Carlos Braga (Braguinha), Henrique Brito (inventor do violão elétrico), e outros.
A partir de 1908, até a década de 1930, vários grupos musicais vão alicerçar a MPB, agregando-a valores de todas as tendências, resultando num complexo cultural de corpo e alma bem brasileiros. Um dos mais antigos era os Oito Batutas, à frente o grande Pixinguinha e seu irmão; Os Turunas Pernambucanos (comandados por Jararaca e Ratinho); os Turunas da Mauricéia (a frente Augusto Calheiros), entre outros. Os grupos iram se refazendo e muitos músicos passaram por vários deles como Donga, Pixinguinha, Heitor dos Prazeres, Caninha...
Em apenas 10 anos de total dedicação à música, à bebida, à boêmia e à falta de cuidados com sua saúde debilitada desde a infância, Noel constrói uma obra exemplar na História da Música Popular Brasileira.
Em Compositores do Brasil desta quinta, 28, no primeiro programa de uma série de três, vamos falar e ouvir Noel Rosa. No primeiro e no segundo apresentaremos suas canções e os motivos de sua inspiração; no terceiro, as músicas que ele fez para seus amores correspondidos ou não, os que lhe trouxeram alegria e sofrimento.
Abriremos a primeira sequencia com:
Minha viola – de Noel Rosa, com o Bando de Tangarás.
Nega, de Noel e João de Barro (Braguinha), com o Bando de Tangarás
Lataria – de Noel, Almirante, com o Bando de Tangarás
Com Que Roupa , de Noel Rosa, com Doris Monteiro
Malandro medroso, de Noel Rosa, com Roberto Paiava
Eu vou pra Vila, de Noel Rosa com Roberto Paiva
Gago Apaixonado - João Nogueira, de Noel Rosa
Cordiais saudações, de Noel Rosa, com Noel Rosa e o Bando de Tangarás
Até amanhã, de Noel Rosa, com Almirante
Vitória, de Noel Rosa, com Roberto Paiva
Cem mil Réis, de Noel Rosa e Vadico, Chico Buarque e Luiza Buarque
Qual foi o mal que eu te fiz, de Noel Rosa e Cartola, com Chico Alves
Positivismo, de Noel Rosa, com Noel Rosa
Filosofia, de Noel Rosa, com Chico Buarque
Quem ouvir, verá!
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas as quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri
Apoio. CCBN
MUAMBA OFICIAL - Por Mundim do Vale
O meu colega para melhorar a renda sempre procurava uma atividade paralela. Numa das vezes ele resolveu vender relógios do Paraguai ( Muamba oficial ).
Chegou com a mercadoria no café de Laura, onde estava Daniel fotógrafo conversando com Tico Valentim e foi logo fazendo a propaganda do produto:
- Aqui negrada, relógio importado só a massa, vai ficar com um Daniel?
Daniel mais esperto do que senador baiano disse:
- Vai se lascar Caseca! Eu apanhei uma desgraça dessas tuas o ano passado e a praga encheu dágua.
Caseca cheio de direito igual ao juiz Percy Barbosa falou:
- E porque você não mandou esgotar aquela porra? Ciço de Quilara esgota um cacimbão, porque não esgota um relógio?
- Daniel fechou a mão eu pensei até que fosse para agredir Caseca, mas foi para fazer uma proposta:
- Quer o que eu tenho na mão?
Caseca respondeu aborrecido.
BEBA AGUA COM O ESTOMAGO VAZIO - Enviado por Francisco Gonçalves de Oliveira.
A BÍBLIA - Por: Vicente Almeida

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A Bíblia é com certeza a maior obra de fé, história e literatura jamais escrita. Integra praticamente todas as bibliotecas do mundo inclusive as bibliotecas domésticas. Repetidamente lida estudada, analisada e partilhada por cristãos de todas as idades.
Até a invenção da gráfica por Gutenberg em 1451, a Bíblia era um livro extremamente raro e caro, pois eram todos feitos artesanalmente (manuscritos) assim, poucos tinham acesso. É o livro mais procurado do mundo, por isto até hoje, mais de 500 milhões de exemplares já foram comercializados.
A Bíblia é a palavra de Deus, e nela encontramos instrução para vivermos da maneira conforme o nosso Criador deseja que vivamos. Ela para nós é como se fosse um manual do fabricante, a diferença é que o manual do fabricante nos ajuda a conhecer um bem adquirido, e ela nos ajuda a conhecer a nós mesmos e a Deus, e nos ensina a viver com dignidade, paz interior, fé e esperança.
Uma análise cuidadosa revelou que ela foi escrita por uns 40 homens durante um período de 16 séculos (1.600 anos). Esses escritores não eram profissionais. Entre eles havia pelo menos: um pastor, pescador, cobrador de impostos, médico, fabricante de tendas, sacerdote, profeta ou rei. Seus escritos mencionam fatos e costumes que desconhecemos neste século XXI.
Os livros que compõem a Bíblia têm uma variedade incomum de estilos, alguns são de fácil leitura, outros escapam a compreensão imediata.
No antigo Testamento, encontramos livros: históricos (Genesis e Livro dos Reis); Coleção de Leis (Levítico); Poemas religiosos e cânticos litúrgicos (Salmos); Narrativas romanceadas (Livro de Tobias); Coletânea de pensamentos (Provérbios); Um legítimo canto de amor (Cântico dos Cânticos); O maior e mais relevante poema sobre o sofrimento (Jó); As pregações e visões de profetas (Isaías, Jeremias, Ezequiel e outros).
No Novo Testamento, temos a biografia de Jesus Cristo narrada pelos evangelistas (Mateus, Marcos, Lucas e João); Os trabalhos desenvolvidos pelos seguidores de Jesus (Atos dos Apóstolos); as Cartas e Epístolas Pastorais (Paulo, Pedro, João e Judas) e finalmente a visão apocalíptica de João (Apocalipse).
A primeira Bíblia cristã, foi estabelecida pelo Concílio de Cartago III, em 397 tinha 76 livros, Mas 1200 anos depois, o Concílio de Trento no século XVI reduziu para 73 livros: 46 do Velho Testamento, escrito originalmente em hebraico e 27 do Novo Testamento, escrito originalmente em grego.
No princípio, era um grande emaranhado de documentos, difíceis de ser lido de modo satisfatório e por isso poucos se aventuravam em ler. Para facilitar sua leitura e localização de "citações" o Prof. Stephen Langton, no ano de 1227 d.C. a dividiu em capítulos. No ano de 1551 d.C. o Sr. Robert Stephanus chegou a conclusão da necessidade de uma subdivisão, e agrupou os texto em versículos. Este formato permanece até hoje.
O Antigo Testamento contém 1.074 capítulos e 27.767 versículos em seus 46 livros.
O Novo Testamento contém 260 capítulos e 7.893 versículos em 27 livros.
Entretanto estes números não são exatos, pois, no decorrer dos tempos muitas traduções alteraram as quantidades de capítulos (desdobrando-os ou unificando-os) e versículos (excluindo, unificando ou acrescentando). Assim sendo; Bíblias mais antigas têm uma formatação e as atuais, outra formatação, inclusive na linguagem.
Na verdade os textos bíblicos não deviam ser modificados, entretanto, o que vemos é o seu conteúdo ser assassinado pelos tradutores e modernizadores da linguagem, muitas vezes retirando a essência do que Deus de fato queria nos transmitir. Já foi traduzida em mais de dois mil idiomas e dialetos, e em cada tradução, uma parte é podada ou modificada: I – por que não há palavra similar no idioma traduzido: II – por que o tradutor entendeu por bem alterar um pouco, dando força ao seu ponto de vista. Isto às vezes altera completamente o sentido da mensagem.
A Bíblia protestante possui 66 livros: 39 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento.
A Bíblia hebraica ou Judia possui apenas 24 livros, os mesmos usados pelos protestantes, todos do Antigo Testamento, entretanto a ordem é diferente e muitos livros foram reunidos em um só. A torá, principal parte da Bíblia é composta pelos cinco livros do Pentateuco.
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Quem ler a Bíblia literalmente, sem analisar, terá apenas uma boa leitura com a sucessão de histórias fantásticas relativas à trajetória de um povo.
Quem ler com a finalidade de censurar aprisiona a mente e o coração a margem do entendimento e assim encontrará uma fonte inesgotável de motivos para contestar o seu conteúdo, pois tudo que não entender segundo sua ideologia, considerará um erro. Tudo isto ocorre, por que o leitor não considera que as admiráveis histórias da Bíblia, em relação a nossa época, são complexas, uma vez que personagens, culturas, costumes e cenários são numerosos e distantes no tempo e no espaço, e tudo isto precisa ser levado em conta, para entender o significado de cada texto.
Contudo, nenhuma passagem histórica que venha a ser contestada inviabilizará o conteúdo e a finalidade desse livro, pois essa contestação representará tão somente o ponto de vista do leitor.
Sabemos que no decorrer dos tempos, muitos problemas têm surgido em relação à interpretação do conteúdo bíblico, objeto de discussões as mais variadas, originando polemicas sem fim.
Há dois mil anos, não poderíamos conceber a idéia de um veículo circulando pelas ruas de Roma. Da mesma forma não podemos menosprezar uma narrativa pelo simples fato de não a compreendermos.
Sabemos que durante muitos séculos ou milênios, as narrativas que hoje lemos, foram transmitidos oralmente de geração em geração, e somente foi compilada, isto é; muitas histórias foram reunidas em um só texto, lá pelos tempos do reinado de Davi.
Há ainda que se compreender que a linguagem de certos textos, é simbólica, não devendo ser entendida tal qual está escrito, isto é próprio da alegoria que descreve um fato utilizando o simbolismo, para sinalizar a importância da descrição.
Vamos citar aqui dois exemplos apenas:
I - Josué mandou que o sol parasse no meio do céu e a lua em outro ponto para que ele vencesse uma batalha, e consta que o sol parou por espaço de um dia. (Josué 10-12,13) Isto é simbólico, pois sabemos que de acordo com as leis que regem o cosmos, Sol, Lua e Terra não poderiam parar sem conseqüências para os seres vivos e os astros mais próximos.
II – Jesus disse: “É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino dos céus”. Mateus (19-24) Jesus assim falou para dar força à importância de não se deixar corromper pela riqueza.
O livro com maior conteúdo simbólico e alegórico é o Apocalipse, pois na época em que foi escrito, o seu autor não poderia falar literalmente a respeito de suas visões, em virtude da acirrada perseguição ao cristianismo. Por isto escreveu utilizando a alegoria e o simbolismo das figuras mitológicas, como dragão de sete cabeças, besta de sete cabeças e 10 chifres e tudo o mais.
Para entender melhor as palavras: simbolismo e alegoria; vamos ver o que nos diz o “Aurélio – Século XXI”:
I - Simbolismo é a expressão ou interpretação por meio de símbolos que abrange o conjunto de toda uma narrativa ou quadro, de maneira que a cada elemento do símbolo corresponda um elemento significado ou simbolizado.
II – Alegoria é a exposição de um pensamento sob forma figurada: Ficção que representa uma coisa para dar idéia de outra, Seqüência de metáforas que significam uma coisa nas palavras e outra no sentido.
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Felizmente, a maioria dos leitores, lê a Bíblia com a finalidade de aprofundar seus conhecimentos, visando aprender e promover uma reforma interior. Assim procedendo, tornam-se aptos para entender o Espírito da mensagem que flui através das suas páginas, e isto só acontece quando estamos abertos ao entendimento.
Deus em sua paternal bondade quis transmitir ao gênero humano um roteiro de conduta que o levasse a perfeição no decorrer dos milênios. Para esses, a Bíblia se revela em sua plenitude.
Por enquanto, não pretendemos nos envolver com a interpretação ou discussão do conteúdo bíblico, (que poderá ser tema de outras postagens). No momento, nos limitamos a apresentar um ligeiro ensaio do estudo das origens deste magnífico livro. Omitimos deliberadamente detalhes que poderiam apenas enriquecer o histórico, mas não modificaria o básico.
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Dizem que aconteceu em Ubá, cidade do interior de Minas Gerais
Quando todo mundo pensou que ele ia continuar a defesa, ele repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dígnos membros do júri.
E o promotor:
- A defesa está tentando ridicularizar esta corte!
O juiz:
- Advirto ao advogado de defesa que se não apresentar imediatamente os seus argumentos...
Foi cortado por Zé Caneado, que repetiu:
- Meritíssimo juiz, honrado promotor, dígnos membros do júri.
O juiz não aguentou:
Foi então que o Zé Caneado disse:
Cabeçudo foi absolvido e o Zé voltou a tomar suas cachaças em paz.
História de domínio público
Postado por: Glória Pinheiro
Basta de tanta comedoria - Enviado por Giovani Costa.
Meninas! Já basta de tanta comedoria, que velho só come mesmo a continha de cagar.
sexta-feira, 22 de janeiro de 2010
CURSO DE NATAÇÃO - Por Mundim do Vale
Os que estavam fora fizeram um concurso para ver quem era o mais bem dotado.
Ganhou Valdísio com distinção e louvor.
Depois do resultado do concurso Alberto, ficou despido na beira do açude sem coragem de entrar, quando Pedro Souza gritou:
- Ei Alberto! Vem aqui pra nós brincar de galinha cheia.
- Eu num vou tomar no fundo não! Que eu não sei nadar.
Valdísio também despido, aproximou-se da traseira de Alberto para fazer uma brincadeira, quando Zé de Borgim alertou:- Cuidado Alberto! Olha a arrumação aí atrás de tu.
Alberto virou-se, quando viu aquela arrumação, pulou no açude e saiu nadando numa velocidade tão grande que dava até para confundir com um campeão de natação. Em cinco minutos ele chegou no meio do açude onde nós estávamos.
Nesse momento Joaquim Fiusa perguntou:
- Alberto, tu não disse que não sabia nadar?
- Pois é! Até pouco tempo eu não sabia, que sabia.
* Galinha Cheia, brincadeira que consiste em jogar uma pedra na parte mais funda do açude, para ver quem traz a tona.
quinta-feira, 21 de janeiro de 2010
CARNAVAL DE VÁRZEA ALEGRE - Por Mundim do vale
Carnaval de clube não se falava, mas Zé Tavares que era muito animado, promoveu um baile de carnaval na casa de Zezim Costa no mesmo domingo de noite. Os participantes eram: Os filhos do organizador, os filhos de Zezim Costa, os de André Costa e os de Vicente Moreno. Naquela noite eu corri para pegar um tubo de cloretil vazio e fui atropelado por uma bicicleta.
Depois daquela data nós passamos uma década sem carnaval na cidade.
Em 1963, Edmilsom Martins, Diassis Aquino e Nilo Sérgio Viana, formaram dois blocos de elite; Espartanos e Orientais, Já naquele ano o carnaval de clube foi no Secreio Social.
Foi também naquele ano que saiu pela primeira vez, um bloco do Roçado de Dentro, conduzido pelo saudoso Pedro Souza, seu cunhado Josimar Vieira, Munda Mariano e outros. Naquele ano também, eu, João Piau, Antônio Almeida, Antônio Ulisses e Homero Proto, formamos o bloco dos Índios, as garotas da nossa idade, formaram o bloco das Margaridas, composto por Rita Maria Morais, Maria Onelma Viana, Socorro Lemos, Margarida Bile e outras.
A partir daí o bloco do Roçado de Dentro transformou-se em escola de samba.
Com aquele samba bem ritmado e bonito, surgiu a idéia no nosso grupo de criar uma escolinha sem nenhuma pretensão de disputa, apenas para animar o carnaval de rua, nos dias que a escola maior não desfilasse. Feito o projeto, nós começamos com poucos instrumento Luís Filho trouxe uma cuíca de Fortaleza, eu fiz uma para Marconi Proto, fiz um surdo de mão para Noberto Rolim e Célio Costa trouxe uns agogôs.
Criada a batucada, foi dada o nome de Charanga, além do carnaval nós tocávamos nas partidas de futebol de salão onde o nosso time: Charanga Futebol Clube disputava.
A nossa Charanga ganhou status de clube social e de serviço, quando o Doutor Marcos Aurélio Rodrigues , juiz de direito de V. Alegre, colocou a Charanga no rol dos clubes da cidade, para o tribunal de justiça do estado, elevar a nossa comarca de primeira para segunda entrança.
A partir dali surgiu blocos e mais blocos: Beco da Narcisa, Bloco da Caganeira, Tem Piau no Carnaval, Bloco das Piabas, TED e outros mais. Entre eles “A Véa Debaixo da Cama “ Que deu origem a escola: Mocidade Independente do Sanharol, hoje nivelada com a do Roçado de Dentro.Coisa que não é surpresa,
Porque os músicos das duas escolas são parentes muito próximos.
Nós sabemos que na atualidade, o nosso carnaval é técnico ao ponto de chamar à atenção das emissoras de televisão.
Caso para transplante - Por Giovani Costa
Por Giovani Costa.
O Chucalho e o Bruto - Por Expedito Pinheiro
Com bronze, aro arame e badalo.
Me movimento sobre o teu embalo
Não me reclamo de teus berros, ouço!
Tu me conduzes à roça e ao poço
Quanto mais andas, eu menos me calo,
Como se eu fosse em tua vida um ralo
Ou um trambolho sempre em teu pescoço.
Aonde vais, estou te vigiando.
Tu me balanças, eu te traio, quando
Os predadores, te seguem no mato
Minha batida é um perigo horrendo
Se ti pertubes quando estou batendo
Pois fique quieto, que eu também não bato.!
(Prêmio Unifor de Literatura-2007)
Enviado por Giovani Costa.
quarta-feira, 20 de janeiro de 2010
COMPOSITORES DO BRASIL

Por Zé Nilton
Cleivan Paiva é de Simões, no Piauí.
Veio para o Crato na década de setenta. Aqui encontrou um movimento efervescente liderado por muitos artistas, e logo encontrou um jovem rebeldista de talento e armado até os dentes com muitas poesias, músicas e propostas, o excelente e hoje premiadíssimo cineasta Rosenberg Cariri. E com ele iniciou uma sequencia de prestigiadas parcerias.
Cleivan foi um dos primeiros violonistas e principalmente guitarrista do maravilhoso conjunto Ases do Ritmo, que fez a alegria da danceteria dos anos setenta nos bailes e tertúlias da região.
Sem dúvida, houve na região, no final da década de sessenta e em toda década de setenta, verdadeiras escolas musicais, formadoras de uma variedade de músicos que estão aí até hoje palmilhando os caminhos da arte, infelizmente nem sempre devidamente reconhecidos, mas orientam e produzem os novos talentos no registro de suas composições. Cito alguns: Edilberto, Lifanco, Hugo Linard, Jayro Stark, Libério, Divane Cabral, Cleivan Paiva, Maestro Felipe, Rosenberg Cariri, Batista...
Guardo comigo uma passagem hilária quando do segundo Festival da Canção em Crato, já que o primeiro fora em Juazeiro do Norte, em dezembro de 1968, quando um concorrente precisou acompanhá-lo em seu bolerão nostálgico.
- Vai Cleivan, vai Zé Nilton, pediu a apresentadora do Festival, Fátima Barreto, aos únicos instrumentistas imediatamente à disposição da comissão organizadora.
Cleivan disse: não vou!
Sobrou pra mim. Lembro-me que acompanhei ao violão, vaiado pela platéia, o desafinado concorrente no seu bolero fora de moda. Alguns compositores presentes acharam que a música seria de minha autoria. Havia como sempre houve uma rivalidadezinha das turmas, sendo que a turma da Quadra era a mais afoita.
Cleivan seguiu mundo a fora mostrando sua arte musical, e chegou a se apresentar em casas noturnas na capital paulista. Como disse o músico e cineasta Firmino Holanda, também atuou em festivais: na Tupi classificou “Perímetro Urbano” (Nota: Na ocasião defendida por Marku Ribas, incluída [no disco “Guerra e Paz”] nele rende tributo a Victor Assis Brasil, tocando-a com arranjo do genial saxofonista). Antes disso, participou do Festival Universitário de SãoPaulo, com trabalhos em parceria com Rosenberg Cariry e Ivan Alencar.
O nosso ilustre compositor procurou nas frestas da MPB, no sul maravilha, exercitar sua arte em movimentos vanguardistas formando com músicos de origem de todas as tendências do século XX o conjunto “Ave de Arribação”. Foi para o meio do povo, para as feiras e periferias da paulicéia desgraçada, mostrar o que infelizmente o povão nem sempre capta, por estar com os ouvidos impregnados de sons que todas as mídias lhe incutem como valor imediato.
Cleivan acompanhou grandes músicos como Djavan e outros, em shows e gravações. É o compositor das trilhas sonoras dos filmes do cineasta caririense Rosenberg Cariry. É referência no cenário musical do Ceará e do Brasil.
Preferiu ficar no Crato, ao lado da sua família, dispensando a sua gravadora para os músicos de várias tendências, sem preconceitos, mas sempre atento em mostrar caminhos que primem pela elevação da música de qualidade.
Nesta perspectiva, termino este texto citando a poeta Socorro Moreira declarando seu respeito e reconhecimento ao grande compositor brasileiro:
“Até um dias desses, Cleivan era meu vizinho.
Cruzávamos no dia a dia, nas calçadas e na bodega da esquina.
Conheço e admiro o seu trabalho desde nem sei quando.
Quando mudou de endereço, a rua sentiu faltas daquele violão no batente,
Quando a noite fazia silêncio
Sem dúvidas, um dos mais talentosos violonistas brasileiros!
E pensar que ele é nosso, mora no Crato...
Merece ser prestigiado e homenageado com todo o nosso entusiasmo.”
Nessa quinta-feira, no programa Compositores do Brasil, na Rádio Educadora do Cariri, Cleivan vai falar e tocar ao vivo a sua arte, merecedora de todos os aplausos pelo que representa para a identidade da música popular brasileira.
Quem ouvir, verá !
Programa Compositores do Brasil
Pesquisa, produção e apresentação de Zé Nilton
Todas às quintas-feiras, às 14 horas
Rádio Educadora do Cariri – 1020 khz
Apoio. CCBN
TECO, TECO. TECO... - Por Mundim do Vale
Um dia ele foi resolver uns negócios no Crato e enquanto fazia umas compras deixou o carro numa concessionária Ford, para verificar o problema. No final da tarde quando foi apanhar o carro teve uma surpresa. Os técnicos disseram que de fato existia o defeito mas que não foi encontrado.
Em outra ocasião ele foi a cidade de Iguatu e deixou o carro para que fosse corrigido o problema. Foi outra decepção quando lhe disseram a mesma coisa:
- O defeito existe mas nós não conseguimos localizá-lo. O sr. Mande uma carta para a Ford para que eles tomem uma providência.
Zé do Norte voltou para Várzea Alegre muito mais desgostoso do que Adalgísia, quando a bodega incendiou.
Certo dia ele foi trocar um cabo de acelerador com o mecânico Geraldinho de Adélia e contou a ele toda a história da pancada. O mecânico perguntou se ele não queria que ele desse uma olhada.
Zé do Norte deu uma risada e disse:
- Ora! Se em duas autorizadas não conseguiram, como é que tu vai conseguir descobrir esse defeito.
Depois dessa conversa chegou um cliente de Geraldinho com um pedaço de carne de carneiro de presente para ele. O mecânico pediu o carro emprestado para ir até em casa deixar o presente e Zé do Norte prontamente emprestou.
Na viagem o mecânico escutou a pancada e resolveu abrir o porta malas para olhar. Pois foi nessa olhada que ele descobriu o que estava causando a pancada.
Quando foi devolver o carro ao dono Disse:
- Seu Zé do Norte, enquanto o Sr. não tirar aquele balde de alumínio do porta malas, aquela pancada não se acaba.
Dedico esse causo ao Dr. Flávio Costa Cavalcante, sobrinho do personagem principal.
Fonte: o saudoso amigo Antônio Ulisses.
Feliz Aniversario - Por A. Morais


Aquilo lá é comida de gente! - Por Francisco Gonçalves
Hoje como bom cearense adaptável a tudo, enquanto escrevo esse texto tomo um saboroso chimarrão gaúcho. Mas, o que quero dizer é o seguinte: Meu avô António Gonçalves, sabendo que seu primo era muito sovina, disse-lhe certa vez que gostoso mesmo era merda com açúcar! E algum tempo depois meu avô encontrou o tal primo e perguntou: E ai primo experimentou a comida? -Rapaz! Aquilo lá é comida de gente! Só comi mais pra não perder o açúcar.
Francisco Gonçalves de Oliveira
Vendedor de sorvetes da Praia do Futuro - Fortaleza.
Este video foi enviado por Rita Maria Morais, amiga do Sanharol e minha prima, residente a Fortaleza e irmã do Mundim do Vale. Achei interessante e muito justo que nominasse a colaboradora.
Postado por A. Morais
terça-feira, 19 de janeiro de 2010
Comércio de rapaduras - por Glória Pinheiro
Texto de Glória Pinheiro
Raimundo Sabino - Por A. Morais
Saiam do sitio Unha de Gato, distante do Sanharol uma légua, levando a bóia pronta – feijão com pão, uma farofa que ao meio dia quando ia ser servida já estava seca como lingua de papagaio.
Um dia, Raimundo Alves Bezerra, Raimundo Sabino, de passagem pela roça do Raimundo Joaquim, o observou degustando a sua guloseima com uma rapidez gigante.
Colherada por cima de colherada numa agilidade nunca vista. Diante daquela cena Raimundo Sabino falou: Homi de Deus, você tem um olho d’agua no céu da boca?
Por A. Morais
segunda-feira, 18 de janeiro de 2010
VIVA O POVO BRASILEIRO - Patativa do Assaré
Que surge de dia a dia
O tráfico de cocaína
E a real democracia
Seguir os caminhos certos
E os Chicos Mendes libertos
Das balas do pistoleiro
Diremos em nossa terra
Por vale, sertão e serra:
VIVA O POVO BRASILEIRO!
Quando o artista que tem fama
Ocupar o televisor
Só apresentar programa
De moral, fé e amor
Quando o crime mercenário
Este monstro sanguinário
Deixar de ganhar dinheiro
Pra matar seu semelhante
E não houver assaltante:
VIVA O POVO BRASILEIRO!
Quando o infeliz agregado
Se se libertar do patrão
Para morar sossegado
No seu pedaço de chão
Quando a reforma agrária
Que sempre foi necessária
Para o caboclo roceiro
For criada e registrada
Em nossa pátria adorada:
VIVA O POVO BRASILEIRO!
O sonho da nossa gente
Foi sempre viver feliz
Trabalhando independente
Em nosso grande país
Quando o momento chegar
Do nosso Brasil pagar
O que deve ao estrangeiro
O maior prazer teremos
E libertos gritaremos:
VIVA O POVO BRASILEIRO!
O Sanharol e eu - por Glória Pinheiro


Saudações ao Sanharol - João Bitu.
Admirado por o sucesso
O blog é comunicação
Tem divulgado o Sanharol
Para toda população
Hoje é seu aniversário
Orgulho dessa nação
Ao meu primo Morais
Autores da fundação
Quero abraçar a todos
Por essa bela missão
De divulgar o Sanharol
Com muita precisão
Ao poeta Dr. Sávio
Amigo bom e seresteiro
Tem sempre comentado
Sobre a prima Gloria Pinheiro
Que mora lá em São Paulo
Terra de muito dinheiro
Gostaria de falar de todos
Os amigos companheiros
Que lançaram essa semente
Neste belo e rico canteiro
Alegrando toda galera
Inclusive os forasteiros
A todos os amigos que contribuíram para o sucesso do blog do Sanharol meus sinceros parabéns.
João Bitu.
Os cumprimentos dos netos - Por A. Morais
Sanharó - Por Dr. Jose Savio Pinheiro.

Feliz Aniversário Morais! Feliz Várzea Alegre! - por Carlos Eduardo Esmeraldo

Hoje Blog do Sanharol completa seu primeiro aniversário. Foram trezentos e sessenta e cinco dias em que o amigo Antonio Morais se dedicou de corpo e alma à sua criação. E neste período se saiu muito bem. É um dos blogs mais visitados da região. Parabéns Morais! Parabéns Várzea Alegre!
O CALENDÁRIO INDICA QUE É TEMPO DE COMEMORAÇÃO - Por: Vicente Almeida

Vou ajudar a estourar os balões que o nosso Armando Rafael pendurou. É com incomparável alegria, que felicito o meu grande amigo e companheiro Antonio Alves de Morais, pelo primeiro aninho do seu filhote. Igualmente felicito aos seus escritores e leitores, que juntos permaneceram ao longo deste primeiro ano, acreditando no seu trabalho, sugerindo, postando, comentando e contagiando e ampliando essa grande família, e para comemorar este primeiro ano, convido o leitor a vir comigo em um passeio histórico.
Um ano de existência. Mas, como se explica isso? O que é um ano? Quando surgiu a idéia de medir o tempo decorrido? Quais as implicações ocorridas ao longo dos milênios? Que instrumentos foram utilizados? Quais as vantagens?
Vem, entra na minha nave do tempo, vamos ao passado. Vamos viajar e pousar lá no início das civilizações, para tentar entender a origem da contagem dos tempos. Será um passeio rápido, pois a viagem é mental, e você irá de um milênio a outro, na velocidade do pensamento. Ao ler o conteúdo de cada parágrafo, será como se fosse transportado aquele lugar. A nossa nave ou maquina do tempo, é um instrumento simbólico, representando apenas à velocidade com que passaremos de uma era a outra, sem sair da frente desta poderosa geringonça chamada microcomputador. Fique conosco, não vai doer, nem cansar, serão apenas alguns minutos visitando o passado, colhendo deliciosas informações, que certamente serão incorporadas ao seu patrimônio cultural.
Vamos chamar de CALENDÁRIO, a medida de tempo que iremos examinar. Alias essa palavra CALENDÁRIO, vem do latim, calendas, e foi utilizada pelos romanos para indicar o primeiro dia do mês, o dia do pagamento das contas.
Para melhor entender nossa história, vamos esclarecer que ao longo dos milênios, a humanidade desenvolveu diversas formas de contar os dias e agrupá-los para seu melhor entendimento. O objetivo era prever as estações, determinar épocas ideais para plantio e colheitas ou mesmo estabelecer quando deveriam ser comemorados feitos militares, ou realizadas atividades religiosas. Alguns desses calendários continuam em uso até hoje, como o Judeu e o Muçulmano.
Para medir os ciclos, os povos se valiam do comportamento dos maiores astros no firmamento, especialmente a lua e o sol, e às vezes as estrelas mais distantes visíveis em determinadas épocas. Entretanto, defrontava-se com dificuldades, pois, o Ano Trópico, intervalo de tempo em que a Terra leva para completar seu trajeto orbital completo em torno do sol, corresponde a 365,242199 dias.
Como nos calendários o ano é estabelecido em anos inteiros, surge uma diferença (0,242199 dias se o calendário for de 365 dias), que vai se acumulando ao longo do tempo, transformando-se em erro de dias inteiros ou semanas.
Para corrigi-los são incluídos de tempos em tempos, dias extras (29 de fevereiro, em anos bissextos) ou em se tratando do calendário judeu, acrescentam-se meses.
Iniciemos, pois, a nossa viagem fantástica ao passado e vamos estacionar a nossa nave há 13.000 Anos. Precisamente no período Neolítico. Também conhecido como Idade da Pedra Polida, fase da pré-história que ocorreu entre 12 mil e 4 mil anos a.C. Observemos agora os grupamentos humanos passando de nômades para sedentários, e essa evolução, determinou a substituição do extrativismo (Atividade produtiva baseada na extração ou coleta de produtos naturais não cultivados), pela agricultura (Arte de cultivar os campos; cultivo da terra; lavoura; cultura), surgindo daí a necessidade de uma melhor avaliação das estações climáticas a fim de que se soubesse o melhor período para o plantio. Daí a necessidade de dispensar atenção ao ciclo periódico lunar, estabelecendo assim o primeiro Calendário Lunar da história da humanidade. É precisamente desse período o primeiro calendário que se tem notícia, foi gravado num osso há 13.000 anos em Le Placard, na França.
Para muitos povos antigos, como o de Atenas, Jerusalém ou Babilônia, um novo mês era anunciado quando ao anoitecer surgia nos céus a lua crescente, celebrada com tochas e fogueiras. Seguindo essa tradição até hoje, o dia começa ao por do sol para os judeus e não à meia noite.
O mês lunar medido com precisão, tem 29,53059 dias. Isto significa um ano de 354,36708 dias, menor portanto, que o ano solar de 365,242199 dias.
O calendário judeu tem 12 meses lunares, o que resulta em anos de 353, 354 ou 355 dias. Intercalam um mês extra antes do mês Nisan, em anos chamados embolísmicos (Acréscimo de tempo ao ano lunar para que ele coincida com o ano solar), o que resulta em 383, 384 ou 385 dias. Dessa forma, após 19 anos, o ano judeu corresponde ao solar.
O ano de 2010 corresponde ao ano 5770 israelita, cuja contagem teria início na criação do homem.
Para os muçulmanos o calendário começa com a Hégira, saída de Maomé em 622 d.C. de Medina em direção à Meca. É um calendário, como determinou Maomé, exclusivamente lunar, de 12 meses. O ano tem 354 ou 355 dias. Começa, a cada vez, portanto, 10 a 12 dias antes do nosso. O ano 2.010 corresponde ao 1.430 AH (anno hegirae).
Agora, já preparados para nova viagem, deixemos para trás o período neolítico, e rompendo a barreira do tempo na velocidade do pensamento, vamos voltar um pouco e estacionar nossa nave no Egito, há 6.000 anos.
Chegamos, e agora, observamos a diferença cultural entre o povo do período neolítico, e a inteligência egípcia. O Egito foi o primeiro a adotar um calendário solar, ou seja; pela observação do sol, determinou o tempo, utilizando um ano com 12 meses de 30 dias, mais 5 dias adicionais, correspondentes ao aniversário de Osíris, Horus, Isis, Neftis e Set.
Isso foi possível porque podiam observar Sirius, a mais brilhante estrela do céu, ascender perpendicularmente ao sol da manhã uma vez por ano, precisamente na ocasião da cheia anual do Rio Nilo.
Embora constatassem que a duração do ano era de 365 dias e 1/4, seu calendário não foi corrigido para compensar a diferença de 1/4 de dia, senão em 238 a.C.
Feitas as observações do Calendário Solar, no Egito, embarquemos na nossa nave, e agora vamos aportar precisamente no ano 753 a.C. e observar os ensaios do que seria no nosso atual calendário.
Pronto, chegamos e estamos verificando os anais da história, e ela nos fala de uma lenda sobre o Calendário Romano. Diz que foi criado por Rômulo, o fundador de Roma, no ano 753 a.C. ano da fundação de Roma. Esse calendário era lunar e compreendia 304 dias e tinha 10 meses: martius, aprilis, maius, junius, quintilis, sextilis, september, october, november e december.
Como o calendário de 355 dias rapidamente se desalinhava das estações, passaram a ser intercalados meses para correção. Mesmo assim, foi acumulando desvio tão grande, que o imperador Júlio César, ao retornar do Egito, no ano 46 a.C. assessorado pelo astrônomo Sosísgenes, e para unificar os diversos calendários dos povos conquistados, determinou sua reforma, utilizando os conhecimentos egípcios do calendário solar, surgindo assim o Calendário Juliano.
Naquele ano, a fim de promover a sincronização com o ano solar, o calendário é estendido para 445 dias com 15 meses e é conhecido como O ANO DA CONFUSÃO.
Após o ano da confusão, o primeiro dia do mês de março passou a ser 1 janeiro e o total de dias foi aumentado de 355 para 365, com 1 dia extra adicionado a cada 4 anos. Esse dia adicional caia em fevereiro. Não no final desse mês, mas antes do sexto calendas (dias 25), chamado por isso de bis-sexto calendas. Em honra a césares, o senado romano mudou o nome do mês Quintilius para Julius (julho) e Sextilius para Augustus (agosto). O calendário Juliano nasceu, pois em 1° de janeiro de 45 a.C.
Durante os séculos seguintes, coexistiram três formas de nomear os dias do mês, a romana, com calendas, nonas e idos, a numérica, 1° a 28, 29, 30 ou 31 e a mais popular, atribuindo nomes de santos e de festas a cada um.
A Europa cristã, que sucedeu o Império Romano, adotou o calendário de Júlio César e no Concílio de Nicéia, em 325 d.C. determinou a data da Páscoa, o primeiro domingo depois da primeira lua cheia do equinócio da primavera.
Apontada data inexata para o equinócio, não só a Páscoa, mas várias importantes comemorações religiosas cristãs seriam celebradas em dia errado.
Na época do Concílio de Nicéia, em 325 d.C. o equinócio caia em 21 de março. Por volta de 1500 d.C. havia sido trazido pelo calendário para 10 ou 11 de março, um escândalo.
Em 24 de fevereiro de 1582, 1627 anos depois de proclamado o calendário de Júlio César, o papa Gregório XIII assina a bula que dá origem ao Calendário Gregoriano, de 365 dias, 5h 48m20s, em uso até hoje.
A ocasião do equinócio foi corrigida pela eliminação de 10 dias do ano anterior, retornando o evento para 20 de março.
No calendário gregoriano, temos três anos de 365 dias seguidos por um de 366 dias, denominado bissexto. É interessante observar que a cada 400 anos, três anos bissextos são suprimidos. De acordo com esta norma o ano de 1600 e 2000 foram bissextos enquanto que os anos de 1700, 1800 e 1900 foram normais.
Imediatamente aceito nos países católicos, entretanto só foi aceito pela Grã-Bretanha e colônias, em 1752, Japão em 1873, Rússia em 1923 e pela China em 1949.
Algumas nações que adotavam o calendário Juliano, mantinham a comemoração do ano novo em 25 de março, estendendo a festividade até o dia 1º de abril. Entre elas, a Inglaterra e a França.
Com a adoção do Calendário Gregoriano, o ano novo passou oficialmente para 1° de janeiro. Como os menos avisados continuassem a festejá-lo segundo o costume antigo, o dia 1° de abril ficou conhecido como o "dia dos tolos" - ou o "dia da mentira".
Aprimorado e agora universal, nosso calendário ainda traz erros em relação ao ano solar verdadeiro de 25,96768 segundos por ano. Isso significa que em 4.909 d.C. estaremos adiantados um dia inteiro.
Muitos são os calendários adotados pelas diversas civilizações. Mas isto será tema para novas postagens. Inclusive explicando nomes e origem das estações, dos dias, semanas e horas.
Por enquanto, vamos estacionar nossa nave, que está super aquecida e pensar um pouco em todos os lugares por onde mentalmente passamos. Obrigado pela companhia.
18/01/2010
domingo, 17 de janeiro de 2010
BLOG DO SANHAROL - por Mundim do Vale
Li todas as postagens e se deixei de comentar algumas, não foi por descaso. Pode até alguém me achar possessivo, mas a verdade é que para escrever e comentar eu prefiro que o assunto seja sobre Várzea Alegre, porque eu me sinto muito à vontade, pelo fato de ter mais conhecimento e subsídios, para o caso de um confronto.
Hoje nós cantamos parabéns para uma criança de apenas um ano, mas que tem um futuro promissor.
Abraço a todos.
Um ano depois - Por A. Morais

LIMEIRA DO SANHAROL - Por Mundim do Vale
Que é igual a Zé Limeira
Chegado a uma aguardente
Pidão como faxineira.
Faz versos de pé quebrado
O verso fica aleijado
Como se fosse perneta.
Onde o cabra tá rimando,
O verso tá precisando
De um bom par de muleta.
Diz: - meu nome é Zé Limeira,
Ferreira de Assis Machado,
Bezerra, Costa, Caúla,
Batista, Bitu, Furtado.
O meu cunhado é Dudu
Meu Primo é Luís Bitu
E Demontiê meu irmão.
Sou neto de Osvaldo Cruz,
Sobrinho de Zé da Luz
Avô de frei Damião.
Diz que nasceu no Teixeira
E é primo de Lampião
Que cresceu na goiabeira
Da quina do calçadão.
Disse que mandou buscar
Dom Pedro para apartar
Uma briga de Zé Terto.
Mas Dom Pedro se atrasou,
E a briga quem apartou
Foi Chacrinha mais Alberto.
Disse que conhece lei
E não perde o seu compasso
Que é amigo de Micrei
E também de João Sem Braço.
Disse que é muito fácil
Desafiar Bonifácio
Porque passa ele pra trás.
Que pra pegar Zé Nojento,
Tem que vir um regimento
Do quartel de Satanás.
Disse que cantou no Crato
Junto com o Padre Marcelo,
Que pegou dentro do mato
Um pica-pau amarelo.
Que o pica-pau escapou
Monteiro Lobato achou
E levou pra rede globo.
Disse que se achar Monteiro
Taca lhe o pé no traseiro
Para não passar por bobo.
Rima jucá com cacete
Açúcar com rapadura
Acento com tamborete
Bucho cheio com fartura.
Rima Zaqueu com poeta
Jumento com bicicleta
Viola com violão.
Rima degrau com batente,
O caroço com a semente
E o padre com o sacristão.
Disse que não é à toa
Que hoje em dia, não sossega
Fez faculdade em Lisboa
E Camões foi seu colega.
Fez curso de engenharia
Do primeiro ao último dia
Junto com Fúlvio Rolim.
Com os anéis de engenheiros
Foram construir banheiros
No bairro do Riachim.
Disse que ali não ficava
Pois não era estagiário
Que noutro lugar ganhava
Um excelente salário.
Ganhou uma concorrência
Foi construir com urgência
Um prédio do tribunal.
Mas só no mês de janeiro
Foi saber que o empreiteiro
Era o juiz Nicolau.
Foi assim que Zé Nojento
Retornou ao seu lugar
Bonifácio no momento
Tava bebendo num bar.
Aí disse num improviso:
- Zé nojento voltou liso
Não trouxe nem o do gás.
José disse: - Eu confesso,
Mas pra me ganhar no verso
Só se for o Satanás.
Bonifácio disse: - Não!
Não precisa o Satanás
No lugar onde tem cão
Outro cão não vem atrás.
E deixe de leriado
Venha com seu pé quebrado
Que eu vou, na rima engessar.
Se o gesso não fizer nada,
Garanto que na porrada
Eu acabo de quebrar.
Zé Nojento respondeu:
- Não é como você quer
Você tando aqui mais eu
Vai comer é do que eu der.
Eu me chamo é Zé Nojento
Sou poeta violento
Só rimo na cacetada.
Sou neto de Zé Teixeira,
Filho de Lula Goteira
Primo de Telha Quebrada.
Bonifácio no repente
Foi logo dizendo assim:
- Tu falou tanto parente
Esqueceu Chico Carrim.
E Damião Bonequeiro,
Zé negrão que era oleiro
Porque foi que não falou?
Só porque foram eles três,
Que te surraram uma vez
Até que tu se mijou?
Zé ficou encabulado
Já foi respondendo assim:
- Esse poeta abestado
Tá duvidando de mim.
Minha família é descente
Se tratando de parente
Zé Nojento não relaxa.
Sou afilhado de Malam,
Cunhado de Amazam
Primo segundo da Sacha.
Bonifácio disse: - O.Q
Eu já estou entendendo
Só espero que você
Na rima vá respondendo,
Se tua família é nobre,
Como é que tu é pobre
E vive cantando à toa?
Só vejo tu na bebida,
Mas nunca na tua vida
Deu um murro numa broa.
Zé respondeu num segundo:
- Você agora aprontou,
Me chamou de vagabundo
E vagabundo eu não sou.
Fui eu que botei Leão
Pra técnico da seleção
E tirei Pelé do campo.
Toda profissão eu sei
Fui eu também que instalei
Luz elétrica em pirilampo.
Terminou toda a fofoca
Eu não vi um pé quebrado
Não vi nenhuma taboca
Nem também pé encanado.
O que vi foi muita gente,
Que gosta de aguardente
E não dispensa um chafurdo.
Mas se não tou enganado,
Zé Nojento foi clonado
Do poeta do absurdo.