Ildefonso Lacerda Leite, médico que logo depois de formado pela Faculdade do Rio de Janeiro, começou a exercer a profissão em Princesa, terra de seu pai, Luiz Leônidas Lacerda Leite, marido de Joana Augusto Leite, filha de Fideralina. Lá, Ildefonso casou-se com Dulce Campos, filha de um chefe político do município, Cel. Erasmo Alves Campos.
Com esse casamento o doutor arranjou um inimigo, Manoel Florentino que desejava ter Dulce por esposa e enraivado ao vê-la se casar com um forasteiro juntou-se a José Policarpo, ex-aluno do Seminário da Paraíba e ligado ao vigário de Princesa, Pe. Manoel Raimundo Donato Pita e resolveu se vingar de Ildefonso.
Em 6 de janeiro, feriado de Dia de Reis, Florentino e Policarpo mataram com uma punhalada no peito e um tiro no coração, o neto de Fideralina. O moço ia à farmácia providenciar remédios para aliviar aos antojos da mulher. Após o crime tentaram os criminosos enterrar o cadáver. Mas, por imperícia deixaram o corpo com os pés de fora. Vingança pior aguardava a dupla de assassinos!
Dona Fideralina reuniu no Sítio Tatu os cem cabras que havia conseguido juntar com a ajuda de outros coronéis da região. Tudo isso, para vingar a morte do seu neto. Ildefonso Lacerda Leite, assassinado em Princesa - PB. A Velha Fideralina despachara seu estranho exército com a incumbência de lhe trazer as orelhas de cada um dos assassinos do neto.
Não era à toa que se dizia nas Lavras que a velha do Tatu rezava toda noite num rosário feito das orelhas dos seus inimigos mortos. Depois dos seus cabras entrarem em Princesa e fazer o serviço, arrancaram as orelhas dos assassinos do neto da matriarca e disseram a célebre frase: "Tá aqui que Dona Fideralina mandou!".
Esse crime de princesa, ocorrido em 1903, marca o início da projeção de Dona Fideralina para além dos sertões do Cariri, e a extensão da sua influência junto ao governo do Estado do Ceará.
Não era à toa que se dizia nas Lavras que a velha do Tatu rezava toda noite num rosário feito das orelhas dos seus inimigos mortos. Depois dos seus cabras entrarem em Princesa e fazer o serviço, arrancaram as orelhas dos assassinos do neto da matriarca e disseram a célebre frase: "Tá aqui que Dona Fideralina mandou!".
Esse crime de princesa, ocorrido em 1903, marca o início da projeção de Dona Fideralina para além dos sertões do Cariri, e a extensão da sua influência junto ao governo do Estado do Ceará.
CUMADE FIDERALINA
ResponderExcluirNÃO ERA BRINQUEDO NÃO.
SERVE ATÉ DE MOTE PRO POETA MUNDIM DO VALE.
Esta velha não valia bosta!
ResponderExcluirAs historias de Dona Fideralina mostram os usos e costumes de uma epoca em que o poder não tinha pudor.
ResponderExcluirNós íamos ralando o Chão
Temendo a bala ferina
Quando Lampião viu
Que lá havia ruína
Correu com medo dos cabras
De Dona Fideralina.
Antonio Silvino dizia
Que deixasse de asneira
Que passasse bem longe
De Lavras da Mangabeira.
Prezado Geovane.
ResponderExcluirEu queria ver tu falar isso era se o Coronel Raimundo Augusto fosse vivo.
Entre a austeridade e a desordem e anarquia eu prefiro a primeira.
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