Arrozais da Várzea-Alegre.
Essa história é bem assemelhada com outra contada há bem pouco tempo. Mudam-se apenas os personagens e o desfecho.
Na década de 60 do século passado, os fiscais do Banco do Brasil, agência do Crato, percorriam as cidades circunvizinhas cadastrando os agricultores que depois de aprovados eram informados do limite de crédito a disposição para investimentos em sua lavoura.
Assim é que Juarez Alencar, fiscal do Banco do Brasil foi parar na casa de Raimundo Bitu de Brito, em Várzea-Alegre, proprietário de uma vasta área de terras férteis e agricultáveis.
Perguntado o valor da proposta Raimundo Bitu respondeu "cinco mil cruzeiros".
O fiscal deu o maior pinote : Seu Raimundo, o senhor podia propor um empréstimo de 80 ou 100 mil, o que o senhor vai fazer com cinco mil cruzeiros?
A resposta veio no ato, bem ao estilo de Raimundo Bitu : Vou guardar no baú e todo sábado comprar cinco quilos de carne a "Antônio Pajé" para comer com os meus filhos durante a semana.
O fiscal não gostou da resposta, ficou calado, não disse mais nada. De volta ao Crato cancelou o cadastro.
Dias mais tarde, Raimundo Bitu veio ao banco buscar a parcela prometida.
Nada feito. Havia sido cancelada.
Raimundo Bitu de Brito era primo do gerente do Banco José Siebra de Brito, e, foi se ter com ele.
José Siebra procurou se informar com o setor cadastral que declarou : Ele não precisa de empréstimo, ele falou para o fiscal que queria o dinheiro para compra carnes e comer com os filhos.
José Siebra rio e e sapecou : Libere o dinheiro, você acha que ele tinha coisa de melhor proveito a fazer do que essa?
Os agricultores eram comedidos, prudentes, nada de aventuras. Hoje?
ResponderExcluirE sinceros!! 😬😬
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