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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quarta-feira, 3 de agosto de 2022

Era Imperial - Por do Antônio Morais.


Pedro II do Brasil.

Era corriqueiro vê-lo caminhar normalmente com seu amigo e médico Conde Mota Maia pelas ruas da Cidade como qualquer senhor de classe média da época.

“Estava eu e mui Mota Maia andando pela a rua ouvidor quando lembro em comprar um regalo para meu neto mais moço, escolhi o agrado e fui pagar à senhorita do balcão do estabelecimento comercial, quando lhe entreguei uma nota de réis ela ruborizou-se olhando para nota onde minha velha face estava ao centro da impressão, a jovem olhou para mim e desmaiou em seguida. 

Mota a examinou e brevemente acordou timidamente, começou a fazer reverências que eu nunca tinha assistido ou recebido. 
Depois do susto saímos à calçada, avistei flores, peguei um ramo vistoso, voltei à loja e entreguei a simpática senhorita. 

Hoje foi um dia bom, porém sempre fico reflexivo sobre tais momentos onde fica claro que meu povo ainda me enxerga como um Rei Medieval dos contos que lia quando infante, mas vi admiração e um belo sorriso no rosto belle enfant, foi compensador.

3 comentários:

  1. Quanto mais agente lê sobre Dom Pedro II maior é a admiração que temos. Sua conduta nobre, altiva e humana são as razões desta admiração que carregamos.

    Por outro lado quanto mais a republica envelhece mais apodrece. O coroamento está aí. As vistas com os Bolsonaro.

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  2. Postagem que me emocionou.
    Desconhecia este fato, e veja que já li mais de 20 livros sobre o magnânimo Dom Pedro II. Desde muito cedo, o Imperador Dom Pedro II elegeu, como credo pessoal, a filosofia de que quanto maior a grandeza de uma alma, mais profunda deveria se tornar a sua humildade. Assim, muitos historiadores apontam que, entre tantas outras virtudes, seu reinado teve como marca a modéstia e a humildade.

    O legado do velho Imperador brasileiro começou a ficar aparente logo depois de sua morte em 1891, no exílio, em Paris pois ele e a Família Imperial foram expulsos da pátria pelos golpistas republicanos de 15 de novembro de 1889.

    Talvez por isso, 128 anos da morte do nosso último Imperador, ele ainda sobreviva – no imaginário popular - como “O MAIOR DOS BRASILEIROS”. O que justifica que esse soneto, atribuído a Dom Pedro II, que tem por título: “Terra do Brasil”, escrito quase ao fim da existência terrena do velho imperador, ainda comova a muitos.

    “Espavorida agita-se a criança,
    De noturnos fantasmas com receio,
    Mas se abrigo lhe dá materno seio,
    Fecha os doridos olhos e descansa.

    Perdida é para mim toda a esperança
    De volver ao Brasil; de lá me veio
    Um pugilo de terra; e neste creio
    Brando será meu sono e sem tardança...

    Qual o infante a dormir em peito amigo,
    Tristes sombras varrendo da memória,
    ó doce Pátria, sonharei contigo!

    E entre visões de paz, de luz, de glória,
    Sereno aguardarei no meu jazigo
    A justiça de Deus na voz da história!”

    Descanse em Paz, Dom Pedro II! a Justiça de Deus já foi feita! O que vemos hoje é o estado terminal dessa podre republiqueta,corrupta e corruptora, que nunca deu certo no Brasil. Que se restaure a honrada monarquia, a qual governou o Brasil de 1500 (ano da descoberta) até 1889 (quando o golpe militar implantou a República)...

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