
Dom Helder Câmara
domingo, 31 de julho de 2022
Belgica - Postagem de Antônio Morais.
Dom Pedro II - Postagem do Antônio Morais.
sábado, 30 de julho de 2022
O Canadá é uma monarquia constitucional, sendo que a atual monarca reinante é a Rainha Elizabeth II - Postagem do Antônio Morais.
SIMULAÇÃO É INDECENTE, FALTA DE CARÁTER - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Neymar, que não precisa desse comportamento safado, acabou se tornando um símbolo em termos mundiais.
Nos campos brasileiros, é uma coisa indecorosa e praticada como se fosse uma virtude do jogador esperto.
"Malandro, quando sabe que vai cair, se deita."
Isso aí. Um jeito bem brasileiro de enganar, de burlar a arbitragem.
Sem nenhum prurido, o jogador leva a mão ao rosto, grita, como que atingido por um raio.
Na Europa, são tratados como "piscineiros", sinônimo de errada malandragem.
É simples explicar: formado o atleta, o homem fica para depois.
E vai dando-se o nosso "jeitinho" verde-amarelo de vergonha.
sexta-feira, 29 de julho de 2022
Bolsonaro, o comparsa do Centrão - Por Diogo Mainardi.
Jair Bolsonaro “é comparsa da mesma turma que, com o PT, assaltou o país com o mensalão e o petrolão – e que agora usufrui do dinheiro do contribuinte por meio do orçamento secreto e de amplo controle da máquina”, diz o Estadão, em editorial.
“O desespero de Jair Bolsonaro é grande. O presidente escala sua campanha de agressividade contra o Judiciário e o sistema eleitoral, correndo até mesmo o risco de ter sua candidatura barrada, porque precisa esconder a real situação do país depois de sua gestão, a ausência de propostas para os próximos quatro anos e os verdadeiros interessados em sua reeleição – aqueles que de fato se beneficiaram com Bolsonaro no Palácio do Planalto e querem continuar se beneficiando.
Não é por outro motivo que Arthur Lira, o dedicado bolsonarista que preside a Câmara, literalmente vestiu a camisa.”
Na verdade, foi Jair Bolsonaro que vestiu a camisa do Centrão.
Dom Pedro II - Postagem do Antônio Morais.
quinta-feira, 28 de julho de 2022
O melhor caminho é o de Ciro Gomes - Por Diogo Mainardi.
Politicamente, o melhor candidato é Ciro Gomes.
Ele confirmou isso ontem, repetindo que “não há caminho” para apoiar Lula no segundo turno (se houver segundo turno).
“Será que para mim só resta o direito de apoiar gente desonesta?”
Não, ele tem o direito de embarcar para Paris. Mais do que isso: ele tem o dever, caso contrário vai parecer igualmente desonesto.
Só uma quartelada bolsonarista pode mudar o quadro. Em caso de tentativa de golpe, o dever de Ciro Gomes – e de todos nós – é enfiar imediatamente Jair Bolsonaro na cadeia.
MDB confirma candidatura de Simone Tebet à Presidência da República - Por O Antagonista.
O MDB aprovou, em convenção nesta quarta-feira (27), o nome de Simone Tebet para disputar a Presidência da República nas eleições de outubro.
Mesmo diante de resistências internas do partido, a senadora sul-mato-grossense tenta representar o chamado “Centro Democrático”. Ela terá o apoio da federação formada por PSDB e a Cidadania, que também chancelou hoje no início da tarde a aliança com a parlamentar.
A senadora teve 262 votos “sim” na convenção realizada hoje. Nove votos “não” – o que lhe deu uma aprovação de 97% dentro do partido.
Em seu discurso, Simone defendeu que a união dos três partidos é a única alternativa viável nestas eleições:
Brasil Real, Brasil verdadeiro: Os ladrõezinhos do pomar real - Por Armando Lopes Rafael.
- Baseado em trecho do livro "Revivendo o Brasil-Império", de Leopoldo Bibiano Xavier.
SEM ANIMAL DE SACRIFÍCIO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Sabem, futebol me ensina coisas que, de outro jeito, não entenderia nunca.
Mas, acho que, de certa forma, me atrapalho nas explicações ou uso de um palavreado incompreensível.
Me perguntam sobre os males que afligem o Fortaleza.
Já expressei o meu ponto de vista.
Ao que parece, não me fiz entender, embora com explicações racionais.
Mas, vamos lá.
Acontece que o mundo é extremamente racional e objetivo.
Só que, na arte e na vida, o racionalismo não dá conta do que aprendemos e entendemos.
Muitas vezes, nem a intuição, uma palavra ou um livro são suficientes para acertar certas situações.
Então, o ideal é parar com essa história de que o pescoço de Vojvoda é a salvação do tricolor.
Como se um ritual de sacrifício estivesse acima de outras soluções.
Já afirmei que a reunião de vários fatores levaram o Leão a uma posição incompatível com o seu destino.
É melhor entender que o problema é o germe da solução.
Sem curandeirismos medievais do sacrifício de um.
quarta-feira, 27 de julho de 2022
Qual forma de governo tem mais vantagens: Monarquia ou República? – por Armando Lopes Rafael (*)
No artigo anterior mostrei como é caro sustentar essa ineficaz e desmoralizada república no Brasil. Hoje permitam-me discorrer quem tem mais vantagens: Monarquia ou República.
No ponto de vista social, a Monarquia é superior à República. A cada eleição presidencial a nação sai mais dividida e enfraquecida. Sem falar nos milhões que se gastam a cada 4 anos para se eleger ou reeleger novos presidentes. Não existe solução de continuidade nas monarquias. Há a famosa frase: “Rei morto, rei posto!”. Pois desde o século X a substituição do Rei é feita pela hereditariedade, sem custos, sem traumas, sem ocasionar divisões na sociedade.
No ponto de vista político a monarquia é imensamente superior à república. A Chefia de Estado é exercida por um monarca, independente dos partidos políticos. Ele é um governante preparado desde a infância para bem cumprir suas funções. O Rei não tem medo de fazer reformas estruturais quando necessário, porque não precisa se preocupar com a reeleição. Tampouco trabalha apenas para um grupo, porque não participa de nenhum partido político. Já os presidentes de república são vinculados a uma sigla partidária. Ele será sempre um pai para os seus correligionários e padrasto para os seus adversários.
Apesar de as monarquias serem mais austeras do que as repúblicas, persiste a falsa impressão de que as monarquias são mais dispendiosas. Um dos motivos é o pomposo cerimonial, no qual se sobressai a Monarquia Inglesa, a mais cara dentre todas as monarquias. Mas, ainda assim, o custo da Monarquia Inglesa é incomparavelmente menor do que o de uma República. Ela custa anualmente US$ 1,20 para cada súdito. As monarquias sueca e belga custam US$ 0,77; a espanhola US$ 0,74; a japonesa US$ 0,41 e a holandesa US$ 0,32. Em sentido contrário, a República dos Estados Unido onera cada contribuinte em quase US$ 5,00, anualmente. A diferença é grande...
Como se vê, também do ponto de vista econômico a monarquia é mais vantajosa. Basta comparar os custos da monarquia inglesa – a mais pomposa do mundo – com os custos da república brasileira. No artigo anterior demonstrei os gastos de manutenção das famílias de 6 (seis) ex-presidentes (Sarney, Collor, Fernando Henrique, Lula, Dilma e Temer) bem como do atual Presidente e o Vice-presidente, que utilizam 4 (quatro) palácios em Brasília, dotados de mais funcionários do que o palácio da Rainha da Inglaterra e até mesmo da Casa Branca, onde reside e despacha o presidente dos EUA, a nação mais rica do mundo....
(*) Armando Lopes Rafael, historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri e Membro-Correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).
Família Imperial do Brasil e Ducal de Saxe-Coburgo-Gotha - Postagem do Antônio Morais.
Em 1866 nascia o primeiro filho do casal, Dom Pedro Augusto, aquele que seria o neto predileto do Imperador Dom Pedro II.
Durante nove anos ele foi o herdeiro presuntivo do Trono Imperial. No ano de 1867, nasceu o Príncipe Dom Augusto Leopoldo - de quem descende o atual Chefe deste ramo dinástico da Família Imperial do Brasil, Dom Carlos.
Em 1869, Dom José, e em 1870, Dom Luís.
O ano de 1871 foi trágico para a Família Imperial do Brasil e Ducal de Saxe-Coburgo-Gotha. Falecia em 7 de Fevereiro a Princesa Dona Leopoldina, então com 23 anos, vítima de tifo, no Palácio de Coburgo, em Viena.
Foi muito pranteada por toda a família, inclusive pela irmã e o cunhado que se encontravam em viagem pela Europa. Com honras condizentes a sua alta posição, oficiou as celebrações o Núncio Apostólico em nome de Sua Santidade, o Monsenhor Mariano Falcinelli Antoniacci, que já conhecia a Princesa desde o Brasil.
As exéquias foram assistidas por membros das diversas Casas Reais da Europa e o Imperador da Áustria, Francisco José I, decretou luto de 30 dias em memória da Princesa, sua prima.
O Imperador Dom Pedro II, que amava muito sua filha, desolado, partiu em viagem a Europa no ano de 1871. Um grande acordo familiar foi celebrado para que, na tentativa de diminuir sua dor, Dom Pedro II e Dona Teresa Cristina pudessem trazer os dois netos mais velhos para serem criados como Príncipes brasileiros.
Este arranjo familiar acabava por garantir a sucessão dinástica, caso a Princesa Dona Isabel não tivesse filhos.
Atualmente, a Chefia do ramo dinástico de Saxe-Coburgo e Bragança recai na figura de Dom Carlos Tasso de Saxe-Coburgo e Bragança, foto.
Weintraub: "Bolsonaro é desonesto e escolheu o caminho do chiqueiro" - Por O Antagonista.
O pré-candidato ao governo de São Paulo e ex-ministro da Educação Abraham Weintraub (PMB) voltou a criticar Jair Bolsonaro (PL). Durante uma live, ele afirmou que o presidente é “desonesto” e “mentiu” para os brasileiros.
Eu não acredito mais na honestidade do presidente Bolsonaro. Antes, eu diria o seguinte: ‘Olha, está sendo bobo, ele está sendo usado, ele não está vendo’. Agora eu acho que ele é uma pessoa desonesta. Eu acho que o presidente Bolsonaro mentiu para a gente, está mentindo e ele vai continuar mentindo.
E vou falar aqui com todas as palavras: eu acho que o presidente Bolsonaro é uma pessoa desonesta”, afirmou Weintraub.
O ex-ministro de Bolsonaro também disse que o presidente se juntou aos “porcos”, em referência à aproximação do governo com o Centrão.
“Uma pessoa honesta não anda abraçada com o ex-presidente Fernando Collor, gente.
Uma pessoa honesta não anda abraçada com os Arruda ex-governador do DF. Não anda abraçado com essa súcia que ele se cercou.
se você estiver num chiqueiro, você não vai encontrar ganso; você vai encontrar porco.
O presidente Bolsonaro podia ter escolhido vários caminhos, ele escolheu o caminho do chiqueiro. Se ele escolheu o caminho do chiqueiro, ele é porco.
Não tem outra explicação pra isso.
terça-feira, 26 de julho de 2022
Ciro isolado - Por O Antagonista
Ciro Gomes está sendo sabotado até por seus irmãos.
“Com dificuldades para formar alianças e impulsionar sua candidatura presidencial, o pedetista mergulhou na campanha estadual do Ceará em um esforço para evitar uma derrota em seu principal reduto eleitoral, em meio a sinais de isolamento e de atritos em família”, diz O Globo.
“Enquanto Ciro expôs a necessidade de uma nova vitória estadual ao discursar no domingo, em Fortaleza, na convenção que lançou a candidatura do aliado Roberto Cláudio (PDT) ao governo, dois de seus irmãos faltaram ao evento: o prefeito de Sobral, Ivo Gomes, e o senador Cid Gomes.”
Quanto custa para manter esta república? – por Armando Lopes Rafael (*)
Sai caro para manter esta república no Brasil!
A cada dois anos a ciranda se repete. Realizadas as eleições municipais, dois anos depois destas vêm as eleições para presidente da república, governadores dos estados, senadores, deputados estaduais e federais...Essa roda de engolir dinheiro gira a cada dois anos! Neste 2022, só de verbas federais, liberadas para as próximas eleições, totalizaram R$ 4 bilhões e 900 milhões de reais (eu escrevi 4 bilhões e 900 milhões) por conta de um “Fundo Especial de Financiamento de Campanhas”, consoante informações oficiais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Mas não só. Depois de eleitos, senadores e deputados que formam o Legislativo brasileiro, têm orçamento anual de cerca de R$ 8,1 bilhões, sendo que 74% desse total é despendido com gasto de pessoal, já que cada um dos 513 deputados pode ter até 25 assessores e os 81 senadores chegam a ter mais de 80 funcionários no gabinete. Mais caro do que isso só mesmo o atual e impopular Poder Judiciário. Este consome cerca de 25 bilhões anuais nos seus gastos.
Acho engraçado quando algumas pessoas – por puro preconceito, desconhecimento ou ignorância – criticam as Monarquias por sustentarem 1 (uma) Família Real. Ora, no atual Brasil republicano, os ex-presidentes (José Sarney, Fernando Collor de Melo, Fernando Henrique Cardoso, Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff e Michel Temer, dois deles afastados por impeachment: Collor e Dilma) mantêm, por lei, privilégios vitalícios, a exemplo de um salário mensal mais de R$ 32 mil reais mensais.
Tem mais: todos eles usufruem, ainda, de um eficiente plano de saúde junto aos mais caros hospitais de São Paulo, despesas para pagamento dos salários de 08 assessores/ seguranças, além de dois carros de luxo à disposição. Os assessores e seguranças desses ex-presidentes também têm direito a passagens aéreas e diárias, em viagens para acompanhar os ex-mandatários. Além disso, cada um dos ex-presidentes faz jus ao ressarcimento das despesas com combustível dos dois carros. A república brasileira sustenta 1 presidente no exercício do mandato e 6 ex-presidentes...
O Presidente da República mora no Palácio da Alvorada, despacha no Palácio do Planalto e ainda tem a Granja do Torto – uma segunda opção residencial, ou para utilização nos fins-de-semana. Já o vice-presidente tem a sua disposição o Palácio do Jaburu. São, portanto, 4 palácios de custos caríssimos, em Brasília. Não consegui apurar a despesa total com a manutenção desses 4 palácios. Mas a revista “Veja”, edição de 3 de janeiro de 2020, publicou algo sobre o custo de um desses palácios, o Palácio do Planalto. A conferir.
“Com uma estrutura pouco conhecida, a sede do governo federal tem mais funcionários que a Casa Branca (a residência do Presidente dos EUA) cuja folha de pagamento soma 160 milhões de reais ao ano” (...) O Palácio do Planalto possui 3 anexos e inclui um mini hospital com profissionais de diversas especialidades e um laboratório próprio. Há também por ali cinco consultórios odontológicos. Os serviços só atendem funcionários do palácio e seus familiares.
A revista “Época”, de 4 de janeiro de 2020, noticiou que somente com funcionários terceirizados de conservação, almoxarifes, camareiras e carregadores, além dos produtos e equipamentos usados para a manutenção do Palácio da Alvorada (residência do Presidente) foram gastos, em 2020, R$ 11 milhões e 600 mil reais.
Como afirmei acima: Sai caro para manter esta república no Brasil!
(*) Armando Lopes Rafael, historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri e Membro-Correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).
Croniqueta - Por Antônio Morais.
Família, a principal criação que o Criador criou para a humanidade.
Aos filhos e netos.
"No dia em que nós não pudermos ir até vocês, não se esqueçam de vi até nós.
Se um dia nós não pudermos lembrar os seus nomes, venham nos lembrar quem vocês são.
Se um dia nós não pudermos expressar o nosso orgulho e amor por vocês, apenas sintam que em nossa alma nada disso se perdeu.
Vocês continuam e continuarão sendo a parte mais importante de nossas vidas".
Lembrem-se sempre de Maria Santíssima em suas preces, em suas vidas.
Nossa Senhora nos trouxe de volta para vocês.
Moro: “Não me querem em Brasília, mas vão acabar me tendo lá” - Por O Antagonista.
Sergio Moro (foto) afirmou não temer a tentativa de seus adversários de impugnar sua candidatura ao Senado pelo Paraná. Na semana passada, o deputado Ricardo Barros, líder do governo na Câmara, afirmou que seu partido, o PP, avalia o pedido de impugnação.
“Tem muita gente que não me quer em Brasília. Tem muita gente que é refratária ao combate à corrupção, quer continuar com os privilégios. Esse é exatamente o motivo pelo qual eu tenho que ir para Brasília”, afirmou o ex-juiz, neste sábado (23).
“O que a gente tem visto inclusive, uma coisa estranha, é que tem tido muita liberação de gente que foi condenada por corrupção, envolvido em corrupção, para disputar as eleições. Ontem foi o Eduardo Cunha. É uma vergonha para o país o Eduardo Cunha poder concorrer.
Mas eu não estou preocupado com a minha situação, não. O pessoal não me quer em Brasília, mas vai acabar me tendo lá.”
Moro e sua esposa, Rosângela, participaram do evento Mulheres Unidas por São Paulo, em Guarulhos.
segunda-feira, 25 de julho de 2022
Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gota - Postagem do Antonio Morais.
Luís Augusto Maria Eudes de Saxe-Coburgo-Gota foi um príncipe alemão da Casa de Saxe-Coburgo-Gota, oficial da marinha austro-húngara e almirante da Armada Imperial Brasileira.
Após seu casamento com Dona Leopoldina Teresa Francisca Carolina Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon, Augusto recebeu o posto de almirante da Armada Imperial e tornou-se grã-cruz de todas os ordens imperiais.
Em maio de 1865 eclode a Guerra do Paraguai, unindo Brasil, Argentina e Uruguai contra o ditador paraguaio Francisco Solano López.
Uma guerra sem noção e fundamentação provocada por um ditador louco vencida pela "Triplice Aliança - Brasil, Argentina e Uruguai" com a efetiva presença do Luis Augusto..
Nascimento: 9 de agosto de 1845, Château d'Eu, Eu, França.
Falecimento: 14 de setembro de 1907, Karlsbad, Alemanha.
Sergio Redes "Amizade" e o rei Pelé - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Há fotos e quadros que não precisam de legendas.
Eu sei.
Depois de contemplar o lance, não me contive e resolvi escrever sobre essa foto.
Ceará x Santos, no PV lotado, ano 1973.
Sergio Redes. A dualidade do homem é a dualidade da arte. Escreve bem como jogava.
Jovem, fez um pacto de felicidade com a vida.
Cumpriu sua parte. Viveu (continua vivendo) como quis.
Mas, foi a bola que pavimentou o seu caminho, com destino ao Ceará. Figura super habitada.
Pelé. Precisa falar alguma coisa ?
Sim. Na arte de jogar futebol, ninguém foi maior do que ele.
Na área, calculava tempo, espaço, bola, marcação
e processava tudo em segundos.
Os semoventes o desejavam ativista.
Já pensaram no que o mundo do futebol teria perdido?
Bem que eu gostaria de figurar em uma foto dessa, mesmo como gandula.
Momento exclusivo dos eleitos pelos deuses da bola.
domingo, 24 de julho de 2022
Rei Salomão, o sábio - Postagem do Antônio Morais.
A Crônica do Domingo -- por Armando Lopes Rafael (*)
A coroa dos Reis e Rainhas de Portugal
A última coroa dos Reis de Portugal foi confeccionada no Brasil, em 1818
Há uma curiosidade sobre a coroa dos reis e rainhas de Portugal. Eles não a usavam à cabeça.
De 1640 até 1910 (quando a monarquia portuguesa foi derrubada pelos
carbonários, que assassinaram -- em 1908 -- o Rei Dom Manuel II e o seu
filho, o herdeiro do trono, Príncipe Dom Carlos, com apenas 18 anos
de idade), nas solenidades de coroação essa coroa ficava pousada, numa
almofada, ao lado do novo rei ou rainha, e não na cabeça do novo
soberano.
Esta tradição foi iniciada com a Restauração da Independência Portuguesa, em 1º de dezembro de 1640, quando o Rei Dom João IV colocou a coroa real aos pés da imagem de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa – Padroeira de Portugal – afirmando que a Virgem Maria era a verdadeira Rainha da nação lusitana e de suas colônias, dentre as quais o Brasil. Esse gesto de Dom João IV foi seguido por seus sucessores até 1910, quando foi imposto o regime republicano aos portugueses, após o assassinato do Rei e seu herdeiro, em 1908.
No entanto, as coroas, para investidura de novos soberanos portugueses, continuaram sendo confeccionadas, a partir de 1640. A última feita – para a subida de Dom João VI ao trono, em 6 de fevereiro de 1818 – foi confeccionada no Rio de Janeiro, pois no Brasil morava a Família Real Portuguesa.
Esta coroa é guardada hoje numa das maiores caixas-fortes do Mundo, atrás de duas portas de cinco toneladas, e muito raramente é exposta (em solenidades especiais) no Palácio Nacional da Ajuda, em Lisboa, onde funciona o Museu do Tesouro Real. Portugal conserva, em vários aspectos, a herança da sua gloriosa monarquia, cuja lembrança permanece viva na memória das novas gerações....
(*)Armando Lopes Rafael é historiador. Sócio do Instituto Cultural do Cariri e membro-correspondente da Academia de Letras e Artes Mater Salvatoris, de Salvador (BA).
O Ramo de Saxe-Coburgo e Bragança se originou com casamento da Princesa Dona Leopoldina de Bragança com o Príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha, em 15 de dezembro de 1864 - Postagem do Antonio Morais.
Nascida em 13 de Julho de 1847, no Palácio Imperial de São Cristóvão, Dona Leopoldina Teresa Francisca Carolina Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança e Bourbon era a segunda filha do Imperador Dom Pedro II e da Imperatriz Dona Teresa Cristina do Brasil.
Desde seu nascimento até o falecimento, ocupou a segunda posição na linha de sucessão ao Trono Imperial do Brasil.
Foi educada privativamente com sua irmã, a Princesa Imperial Dona Isabel, sob os cuidados da atenta e zelosa Condessa de Barral, Dona Luísa Margarida de Barros Portugal, e com os mais destacados mestres do Império.
Segundo historiadores, Dona Leopoldina era viva, alegre e inteligente. Lembrava a figura de sua tia e madrinha, a Princesa Dona Francisca de Joinville.
Com apenas 17 anos, desposou o Príncipe Luís Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha. O Duque de Saxe, batizado como Luís Augusto Maria Eudes de Saxe-Coburgo-Gota, nasceu 9 de Agosto de 1845, sendo filho do Príncipe Augusto de Saxe-Coburgo-Gotha e da Princesa Clementina de Orleans.
Membro de uma das mais ricas famílias da Europa, o Príncipe Luís Augusto era aparentado com todas as Casas Reais do velho continente, sendo da mesma família do Príncipe Consorte do Reino Unido da Grã-Bretanha (Albert, o marido da Rainha Vitória), dos Reis de Portugal e da Bélgica e do Czar da Bulgária.
O Príncipe Gastão de Orleans, Conde d’Eu, era primo irmão do Duque de Saxe.
Depois do casamento, o casal fixou residência no Rio de Janeiro, no Palácio Leopoldina, passando temporadas na Europa.
sábado, 23 de julho de 2022
Crato foi consagrado à Santíssima Trindade desde o seu nascedouro – por Armando Lopes Rafael (*)
A doutrina católica nos ensina que qualquer casa destinada ao culto do verdadeiro Deus – desde a mais humilde capelinha rural, até a mais pomposa catedral – é destinada a Celebrar a Santíssima Trindade, fonte de onde emana a Santa Igreja Católica Apostólica Romana. A Trindade Santíssima – Pai, Filho e Espírito Santo – é o mistério central da fé cristã. Bem definiu o falecido teólogo Dom Valfredo Tepe, Bispo de Ilhéus (BA): “O Pai projeta a Igreja, Jesus a funda e o Espírito Santo a administra”.
Isso explica porque o frade capuchinho Frei Carlos Maria de Ferrara,
fez gravar – numa pedra – as palavras abaixo, quando ergueu uma humilde
capelinha de taipa, coberta de palha, na Missão do Miranda, origem da
atual cidade de Crato:
Uni Deo et Trino
Deiparae Virgini
Vulgo – a Penha
S Fideli mission.º S.P.N. Fran, ci Capuccinor.m
Protomartyri de Propaganda Fide
Sacellum hoc
Zelo, humilitate labore
D. D.
Sup. Ejusdem Sancti.i Consocy F.F.
Kalendis January
Anno Salutis MDCCXLV.
Nessa inscrição, feita por Frei Carlos Maria de Ferrara, constava que a capelinha fora consagrada (em janeiro de 1745) a Deus Uno e Trino e, de modo especial, a Nossa Senhora da Penha (Padroeira de Crato) e a São Fidelis de Sigmaringa, este último, o co-padroeiro desta cidade.
(*) Armando Lopes Rafael é historiador.Sacerdotes do Altíssimo - Postagem do Antônio Morais.
"Essa igreja bem grande que vocês estão vendo, muita coisa vai cair de podre! A Igreja de Cristo é Santa! Mas esse catolicismo mundano, esse catolicismo frouxo, esse catolicismo que vive correndo para agradar vai se acabar!
As congregações infiéis que tiraram Jesus e botaram ideologias vão morrer sem vocação".
Dom Henrique Soares.
sexta-feira, 22 de julho de 2022
República: caos e frustração coletiva (*)
No próximo dia 7 de setembro, o Brasil vai completar duzentos anos de independência política. As comemorações serão fraquíssimas. Mas é tempo para uma reflexão do que tem sido as atividades políticas na nossa pátria.
Nascida através de um golpe, à revelia da vontade da população
brasileira, a república, ao longo de 132 anos de existência, tem
simbolizado os interesses (nem sempre legítimos) de grupos e partidos,
em detrimento do bem geral. Acompanhe alguns fatos do período
republicano no Brasil.
A República em números
Em pouco mais de 130 anos, a república acumula:
• 2 estados de sítio,
• 17 atos institucionais,
• 6 dissoluções do Congresso,
• 19 rebeliões,
• 2 renúncias presidenciais,
• 3 presidentes impedidos de tomar posse,
• 5 presidentes depostos,
• 7 Constituições diferentes,
• 2 longos períodos ditatoriais,
• 9 governos autoritários.
•
Depois de proclamada a república, nossa pátria já teve – no espaço de
105 anos – 9 (nove) moedas e até a implantação do Plano real viveu
debaixo da mais desordenada inflação.
A República não é democrática
República não é sinônimo de democracia. Ao contrário, no caso
brasileiro, o país já assistiu a ascensão de governos ditatoriais, com
presidentes que subiram ao poder sem o voto popular. Além de ter nascido
com um golpe, os 5 primeiros anos da república foram marcados por uma
feroz ditadura, que cerceou liberdades e levou o país a uma crise sem
precedentes. Os anos posteriores foram marcados por governos eleitos com
baixíssima representação popular, ficando conhecido como política "Café
com Leite", onde uma oligarquia raivosa, que odiava a Princesa Dona
Isabel, por ter assinado a Lei Áurea, se revezava no poder. Eram os
ricos fazendeiros, os antigos escravocratas, de São Paulo e Minas
Gerais, que ditavam as regras.
Passando pelas ditaduras de Getúlio Vargas ou dos Militares, a
democracia na república pouco evoluiu. Os casos de crise e corrupção,
largamente difundidos, até 2018, são um reflexo da desvantagens deste
sistema. O presidente quando se elege, sempre deve favores a todos que
contribuíram para seu sucesso pessoal, tem vínculos partidários e é
ligado a empresas e organizações privadas. A troca de favores é
facilitada e este cargo é encarado como uma ascensão política dentro do
partido.
Segundo publicação da revista Superinteressante, dos mais de 30 presidentes que o Brasil já teve, "só 5 presidentes eleitos completaram o mandato em 90 anos". Completando ainda que, "em 129 anos de República, o Brasil teve até hoje 36 governantes – apenas um terço deles (12) foi eleito diretamente e terminou o mandato. De 1926 pra cá, a proporção é ainda mais absurda: dentre 25 presidentes, apenas 5 foram eleitos pelo voto popular e permaneceram no posto até o fim: Eurico Gaspar Dutra, Juscelino Kubitschek, Lula, FHC e Dilma (apenas no seu primeiro mandato, pois a “presidenta” – como exigia ser chamada – sofreu impeachment no segundo mandato).
(*) Fonte: excertos de um artigo publicado no site: https://imperiobrasileiro- rs.blogspot.com/2020/03/republica-caos-e-corrupcao.html)
"D. Pedro II governou o Brasil de 23 de Julho de 1840 até 15 de Novembro de 1889 - Postagem do Antônio Morais.
Foram 49 anos, três meses e 22 dias, quase meio século. Ele assumiu o poder quando tinha menos de quinze anos de idade durante uma fase turbulenta na vida nacional quando o Rio Grande do Sul era uma república independente, o Maranhão enfrentava a revolta da Balaiada, a sangrenta guerra da Cabanagem no Pará mal tinha acabado, e a Inglaterra ameaçava o país com uma retaliação pelo tráfego de escravos.
Ele foi deposto e exilado aos 65 anos de idade, deixando uma nação consolidada, tendo abolido o comércio de escravos e tendo estabelecido as fundações de um sistema representativo, graças a eleições ininterruptas e grande liberdade de imprensa.
Pela longevidade de seu governo e as transformações que ocorreram ao longo de seu curso, nenhum outro Chefe de Estado marcou mais profundamente a história da nação"
quinta-feira, 21 de julho de 2022
Moro lidera disputa ao Senado no Paraná - Por O Antagonista.
Pesquisa Real Time Big Data divulgada nesta quinta-feira (21) sobre a disputa ao Senado no Paraná mostra Sergio Moro (União Brasil) na liderança. O ex-juiz da Lava Jato tem 31% das intenções de voto.
O senador Alvaro Dias (Podemos) aparece em segundo, com 26%, seguido por Dr. Rosinha (PT), com 7%, Paulo Martins (PL), com 5% e Aline Sleutjes (Pros), com 2%. Guto Silva (PP), Desiree Salgado (PDT) e Valdir Rossoni (PSDB) têm 1%.
Gilmar ironiza bolsonaristas: ‘Urnas fraudadas elegeram coisas como Bia Kicis e Hélio Negão’ - Por O Antagonista
Gilmar Mendes (foto) ironizou os ataques feitos por bolsonaristas ao sistema eleitoral brasileiro. Questionado pelo Correio Braziliense sobre a ofensiva, o ministro do STF afirmou que não há como ter fraudes nas urnas eletrônicas do país, principalmente quando se vê que foram eleitas pessoas como os deputados Hélio Negão e Bia Kicis, aliados do presidente.
“Todos os Bolsonaros, e eles são vários, foram eleitos pelas urnas eletrônicas. Bolsonaro também elegeu, exatamente porque liderou a campanha presidencial, 55 parlamentares, alguns de que nós nunca ouvimos falar.
Até numa conversa com ele, brinquei, dizendo que tinha vontade de acreditar na fraude das urnas, porque, quando via nomes como Hélio Negão, Bia Kicis, ou coisas assim, pensava, poxa.
Mas sei que eles foram eleitos, assim como tivemos, em outros momentos, como na vitória de Collor, a eleição de muita gente desconhecida”, afirmou.
Gimar também disse que conversou com vários diplomatas após a reunião de Bolsonaro com embaixadores no início da semana, marcada por novos ataques às urnas, e que, depois desse encontro, a percepção foi a de que, em vez de atrair apoio para suas investidas contra o sistema eleitoral brasileiro, o presidente consolidou a visão de que as urnas são confiáveis.
“Pelos ecos que consegui colher desta reunião, mais se confirmou a solidez e a higidez do sistema eleitoral”, afirmou.
quarta-feira, 20 de julho de 2022
Insatisfeitos com o ministro da Defesa, militares da ativa dizem ao STF que não endossam ataques às urnas - Por Valdo Cruz.
Ataques do presidente Bolsonaro às urnas tem encontrado eco na postura do ministro Paulo Sérgio Nogueira, hoje visto por colegas da ativa do Exército mais como político do que como militar.
Insatisfeitos com o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira, militares do Alto Comando do Exército entraram em contato com ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) para informar que não endossam as tentativas de desacreditar as urnas eletrônicas.
Ataques às urnas têm partido do presidente Jair Bolsonaro e encontrado eco na postura de Nogueira à frente do ministério. O próprio Bolsonaro já disse que não tem provas, suas acusações já foram desmentidas, mas ele mantém a estratégia de tentar descredibilizar as urnas e o sistema eleitoral.
Segundo militares da ativa, Bolsonaro ultrapassou todos os limites ao reunir embaixadores sediados em Brasília para fazer ataques contra ministros do STF e contra o processo que rege as eleições do país, na segunda-feira (18).
Na avaliação desses militares, o encontro serviu para desgastar ainda mais a imagem do Brasil no exterior.
ARREMESSOS FILOSÓFICOS - 8 - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
É feio mentir para forjar uma opinião.
Todo comentarista esportivo descende da arara.
A alegria do nada. Uma alegria desinformada.
Impossível conquistar as massas no Brasil com coisas inteligentes.
Eufemismo nenhum substitui a essência do palavrão.
Poucas propostas táticas sobrevivem sem o bom jogador.
Só com muita paciência para a dor deixar de doer.
É exagero edulcorar os males da velhice.
A mentira contumaz indica desordem do caráter.
Ao invés de se cultivar os verdadeiros valores, idolatra-se os efêmeros.
O bom, mesmo, seria ser criança por toda a vida.
O verdadeiro amor não sai de moda
Não há caráter que resista ao vício.
A pose artificial é um dos novos prazeres da existência.
A cultura é o alimento da alma
Na pobreza, tem-se o básico; na miséria, nem isto
Pelé foi celebrado até pelos gols que quase marcou.
O carente quer reconhecimento pelo que não fez.
A droga faz sofrer a vítima e quem está por perto.
terça-feira, 19 de julho de 2022
BRINCANDO COM A SAUDADE - Por Claude Bloc
As historias de Maria e Benigna - Por Antonio Morais
Reaja, Fux - Por Diogo Mainardi.
“Sob reserva, ministros do STF classificaram como ‘patética’ a apresentação de Jair Bolsonaro a embaixadores”, diz o Estadão.
“Para uma ala da Corte, o ato demonstrou ‘desespero’”.
É claro que foi o ato foi patético e que demonstrou desespero. O verdadeiro pepino, porém, é outro: os ministros do STF não podem se limitar a condenar o golpismo bolsonarista “sob reserva”, cochichando suas opiniões na orelha da imprensa.
Luiz Fux, por exemplo, está calado, igualando-se a Arthur Lira, o principal comparsa de Bolsonaro. Mas Fux não é Lira, e o que se espera dele é que reaja institucionalmente.
Se não fizer isso, a democracia brasileira, que já está desmoralizada, vai afundar ainda mais.
segunda-feira, 18 de julho de 2022
Os monarquistas do Cariri -- por Armando Lopes Rafael (*)
A revista “A Província”, edição de nº 39, recém-lançada durante a Expocrato publicou a matéria abaixo:
Há mais de quarenta anos existe no Sul do Ceará o Círculo Monárquico do Cariri
Dentre as centenas de regiões formantes deste Brasil continental, uma
delas – o Cariri cearense – tem um lugar de realce. A começar por suas
geomorfologias naturais, onde se destaca a Bacia Sedimentar do Araripe,
um acidente geográfico e sítio paleontológico, oriunda do período
cretáceo. Essa Bacia é emoldurada pela Chapada do Araripe, alta e
extensa formação arenítica, a sediar a primeira reserva florestal criada
– em 1946 – no Brasil. Em tempos recentes, delimitou-se, no entorno
dessa chapada, uma nova área de proteção ambiental. E culminou com a
criação do Geoparque Araripe, o primeiro do continente americano e do
Hemisfério Sul reconhecido pela UNESCO.
O Cariri
sobressai também por seu patrimônio cultural, suas tradições
católicas (com destaque para a religiosidade popular) e ainda pela
memória de alguns dos seus episódios históricos. Neste último há lugar
para registros de resistências contrarrevolucionárias ocorridas no Sul
do Ceará. Outra característica do Cariri (quiçá única no interior
nordestino) foi que aqui viveram, nos últimos dois séculos, valorosos
adeptos da forma de governo monárquica. Aliás, desde o século XIX, o
Cariri foi um foco de apoio à monarquia brasileira. Caririenses de
diversas camadas sociais se destacaram como arautos da defesa da
monarquia. Sobre algumas dessas lideranças monarquistas caririenses –
todas já falecidas – faremos um breve e sumário resgate.
Desde os anos 1800, nas cidades de Crato, Jardim e Barbalha, lideranças
se amparavam no Direito Natural para fazer proselitismo das vantagens
da monarquia. E o que é esse tal de Direito Natural? Ele resulta da
ordem posta por Deus na Criação. De origem divina, o Direito Natural
assegura ao homem o direito à vida, a constituir família, à propriedade,
ao trabalho, ao salário justo, à cultura, à educação, à prática da
verdadeira religião, dentre outros. E, como afirmava Cícero, “tudo isso
emana da própria natureza”. Independentemente da vontade do homem.
Trata-se, pois, de um direito que se antecipou, em centenas de séculos,
ao surgimento da instituição “Estado”. O Direito Natural não foi uma
concessão do Estado. Nem depende deste. É a base dos princípios que
regem, até hoje, as modernas monarquias parlamentaristas
constitucionais, ainda existentes no mundo. E todas elas vão “muito bem,
obrigado”.
O “sonho” da monarquia
Talvez você nem saiba, mas, no sentido da linguagem corrente moderna,
existem hoje duas formas de governo: Monarquia e República. No nosso
país, as novas gerações, de 1889 para cá, desconhecem o que é a
instituição monárquica. Mas o leitor certamente já ouviu falar que
muitos brasileiros andam torcendo para o Brasil voltar a ter um monarca.
Desiludidos com os descalabros da atual República, implantada pela
força de um golpe de Estado, homens e mulheres, jovens e velhos dos
vários extratos sociais desta nação continental anseiam pela volta da
monarquia. Isto mesmo. Querem o retorno do velho regime que existiu –
por quase 400 anos – no Brasil. Desde nosso “descobrimento” (em 1500),
até 15 de novembro de 1889 (data em que uma minoria de militares
“proclamou” a República, banindo para um injusto exílio a nossa honrada
Família Imperial).
Oxente! mas a monarquia não é uma velharia do passado?
Ledo engano! O Dr. Armando Alexandre dos Santos,
autor de 64 livros, cujas obras já ultrapassam 1 milhão e 400 mil
exemplares publicados, professor do Mestrado na Universidade do Sul de
Santa Catarina–UNISUL declarou: “A monarquia, longe de ser uma forma
de governo arcaica e ultrapassada, é moderníssima e de grande
maleabilidade. Muitos a criticam por puro preconceito ou por
desconhecimento, mas ela é, ao meu ver, um caminho viável para o Brasil
atual. Pode parecer um sonho, mas, como escreveu Fernando Pessoa, “Deus
quer, o homem sonha e a obra nasce”. Por outro lado, se a monarquia
parece um sonho, a república que temos no Brasil, sem dúvida, é um
pesadelo”.
Sim, ainda existem doutores de universidades que não são marxistas!
Oportuno acrescentar que, na última lista do “ranking” das 15 (quinze)
nações do mundo com melhor Índice de Desenvolvimento Humano–IDH,
apurado, em 2019, pela ONU, 8 (oito) delas são monarquias. Ou seja,
atualmente mais de 50% dos países que estão no topo da riqueza e do
desenvolvimento do universo têm um rei ou uma rainha como Chefe de
Estado.
Eis aí um fato para reflexão...
Monarquistas do Cariri
Voltemos ao tema central deste artigo. Como afirmamos acima, desde o
primeiro quartel do século XIX, o Cariri foi palco de reações
antirrepublicanas. Em 3 de maio de 1817, a partir de um gesto simbólico
do seminarista José Martiniano de Alencar, este “proclamou” – no púlpito
da igreja-matriz de Crato, durante a celebração de uma missa – a
“instauração” da forma republicana de governo na antiga Vila Real do
Crato. Surpresa geral dos presentes! E tema das conversas, nos dias
seguintes, da população! A reação ao inopinado ato do jovem José
Martiniano de Alencar só viria 8 dias depois. Sob a liderança do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro
– Comandante do Regimento de Cavalaria das Milícias de Crato – com
apoio de alguns proprietários rurais e seus “agregados” o vilarejo foi
invadido no domingo, 11 de maio. Pânico e correria dos republicanos. O
poder que estes haviam usurpado foi devolvido às autoridades reais sem
necessidade de se disparar um único tiro.
Participou dessa “contrarrevolução” de 1817, na Vila Real do Crato, o
famoso caudilho e monarquista convicto, Joaquim Pinto Madeira. Oriundo
de Barbalha, mas com atividades econômicas também na Vila da Barra do
Jardim (hoje cidade de Jardim), este caudilho viria, em 1832, a pegar
novamente em armas. Foi quando invadiu com suas tropas várias vilas do
Sul do Ceará, com o objetivo de garantir a continuidade do Reinado de
Dom Pedro I, afastado do Trono por uma renúncia voluntária. Pinto
Madeira supunha, erroneamente, que a saída de Dom Pedro I do Brasil se
devesse aos políticos liberais...
De um modo geral, o povo brasileiro sempre se manteve alheio à pregação
da minoria dos republicanos. No entanto, essa parcela – com
participação de militares positivistas e antimonarquistas – conseguiu
implantar a República no Brasil, através do golpe de Estado de 15 de
novembro de 1889. As seis sucessivas e efêmeras Constituições
republicanas fizeram constar sempre nos seus textos as “cláusulas
pétreas” que proibiam qualquer propaganda pública em favor da causa
monárquica. Nem por isso os monarquistas sul-cearenses se acomodaram.
Nas décadas 1930/1940, eles adotaram a tática da “Igreja do Silêncio”. E
faziam discretos proselitismos pró-monarquia em recintos fechados. Em
Crato, não poderíamos deixar de citar o admirável trabalho levado a
efeito, nesse sentido, pelo ilustre Prof. José Denizard Macedo de Alcântara.
Já em Juazeiro do Norte, é de justiça resgatar a atuação de Antônio Corrêa Celestino, Dr. Edward Teixeira Ferrer, Olívio de Oliveira Barbosa, dentre outros, todos também falecidos. Quanto a Barbalha, a bandeira monarquista foi honrada por José de Sá Barreto Sampaio – mais conhecido como Zuca Sampaio – chamado de “Sertanejo de Escol”, pelo escritor Padre Azarias Sobreira. Dos filhos de Zuca Sampaio o que mais conservou as ideias do pai foi o comerciante e político Antônio Costa Sampaio. Este soube manter a chama monárquica, principalmente junto aos seus filhos. Ideal que chegou aos seus netos e bisnetos dos dias atuais. Em Barbalha merecem ser citados também os saudosos monarquistas Dr. Antônio Marchet Callou, Dr. Giovanni Livônio Sampaio, Antônio Gondim Sampaio, Dr. Fabriano Livônio Sampaio, pessoas de elevada estatura moral e de projeção social naquela cidade.
Reflexões sobre o Brasil Imperial
O Príncipe Dom Luiz de Orleans e Bragança,
atual Chefe da Casa Imperial do Brasil, escreveu esta análise: “No
tempo do Império, havia estabilidade política, administrativa e
econômica; havia honestidade e seriedade em todos os órgãos da
administração pública e em todas as camadas da população; havia
credibilidade do País no exterior; havia dignidade, havia segurança,
havia fartura, havia harmonia”.
Verdade. Os tempos imperiais foram o apogeu do grande surto de
progresso experimentado pelo Brasil, no século XIX. Pontificava, à
época, o Estado de Direito, limitado pela Ordem Jurídica vigente com os
quatro poderes agindo separadamente, mas em harmonia com vistas ao bem
comum. Havia a garantia e respeito às liberdades civis. Quando ocorreu o
golpe de Estado que implantou a forma republicana entre nós, o então
Presidente da Venezuela – Juan Pablo Rojas Paúl – sabedor do zelo que
Dom Pedro II tinha pela res publica (literalmente, “coisa pública”)
declarou: “Foi-se a única República do Hemisfério Sul.”
Na
monarquia brasileira, a inflação média anual era de apenas 1,5%. E
durante toda a sua existência até 1889, o Brasil só teve uma moeda: o
“Réis”. Diga-se, de passagem, uma moeda estável e forte, correspondente a
0,9 (nove décimos) do grama de ouro e equivalente ao dólar e à libra
esterlina. Depois de proclamada a república, nossa pátria já teve – no
espaço de 105 anos – 9 (nove) moedas. Ou seja, trocou de padrão
monetário, a cada 14 (quatorze) anos... Fato inédito na história das
nações. O Brasil Império era um país do primeiro mundo, junto aos
Estados Unidos, Inglaterra e Alemanha. A diplomacia brasileira era uma
das mais importantes do mundo de então. Diversas vezes, o Imperador Dom
Pedro II foi chamado para ser o árbitro de questões envolvendo a Itália,
França e Alemanha. Sob a monarquia, o Brasil possuía a segunda Marinha
de Guerra do mundo. E foi o primeiro país do continente americano a
implantar a novidade dos Correios e Telégrafos.
Segundo Ruy Barbosa: “O Parlamento do Império era uma escola de estadistas e na República virou uma praça de negócios”. Eis aí a “ponta do iceberg” do Brasil republicano. Na República, não conhecemos mais estadistas, apenas governantes. E governantes mais interessados nos seus próprios interesses do que nos altos interesses da nação. No mais, como escreveu Jhonnatha Fernandes: “A república no Brasil é um acidente, um acidente que custou e custa muito caro ao nosso país. Graças ao atabalhoado golpe liderado por um marechal do exército que só queria retirar (o Primeiro Ministro, Visconde de) Ouro Preto do Ministério, o Brasil foi entregue às oligarquias regionais e desde então não sabe o que é ter um estadista no poder”.
(*) Armando Lopes Rafael é historiador.NO CAMPO DOS AFETOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
O homem atual vive no mundo das planilhas.
Mudando de humor na tarefa de cortar gastos, administrar custos e pagar dívidas. Apesar disso, desenvolvendo um esforço para não ficar parecendo um poço.
A vida parece ser somente isso.
Escrevi um livro e procurei me inteirar de sua viabilidade econômica.
Cedo, abandonei esse lado da empreitada e me vi envolvido em uma enorme onda de felicidade.
Levando a empreitada para o campo dos afetos, não demorei muito para apurar o lucro.
Do surpreendente apoio no lançamento no Cantinho do Frango à alegria contínua na nossa ida ao Cariri.
Os espaços generosos em emissoras de rádio para falar sobre o livro se estenderam ao prazer dos laços tecidos de novas amizades.
Nunca vivi momentos de tanta felicidade na vida.
Me falta vocabulário para descrever os encontros e reencontros.
Não vou cometer injustiças ao citar nomes.
Vou encerrar esse curto recado, agradecendo a todos.
Vocês não sabem o bem que fizeram à alma desse velho comentarista.