Crescimento do PT:
Maioridade do PT:
Quem ficou no PT?
Se acalme. Não é conversa de assombração.
Vivemos tentando engabelar a morte. Procuramos negociar com "a mais indesejada das gentes", permanentemente.
Mesmo sabendo que o desfecho não será o desejado, o objetivo é permanecer um "tantinho" a mais entre os viventes.
Tal qual um velho sacerdote, já com a passagem só de ida, aconselhado por um arcebispo: "Deus deseja a sua companhia".
Arquejante, o padre respondeu: "Mas, aqui, na terra, tá tão "bonzim".
Quantas vezes delirei: "Quando a morte chegar, não vai me reconhecer. Vai que eu escapo".
Já falei em crônicas passadas que não preciso de intermediário. Com a morte, já me acertei.
Como Gontardo Callegaris, filósofo: "Só espero estar à altura deste momento”.
Vejam o que ouvi sobre a morte recente de um cronista que faleceu, subitamente, vítima de enfarto: "Uma boa morte. Morreu dormindo".
E tem "morte boa" à disposição no último lance de nossa vida?
Por uns escritos que li, soube que Ariano Suassuna falava da morte como a Moça Caetana, de tocaia, pronta para dar o bote e levá-lo.
As tragédias de sua família, o assassinato do pai, o levaram a pensar na Caetana todas as horas do dia, lendo os sinais de sua chegada.
Viveu até quase 90 anos, negociando com a Caetana.
De lampejos da morte, basta.
Não sei porque escrevo sobre assunto pouco palatável. Só sei que escrevo.
Em Fortaleza- CE, há um leque amplo de opções, culturais, artísticas e comerciais, especialmente na região leste, onde um aglomerado de empreendimentos de vários gêneros, se destacam entre os setores de comércio shoppings, alimentação e hospedagem.
Entre esses ramos de empreendimentos, o "Polo Gastronômico da Varjota", cujos estabelecimentos localizam-se em um conjunto de ruas compreendidas entre o quadriângulo das Avenidas Virgílio Távora e Dom Luis, tem se destacado bastante nos últimos anos.
Nas imediações, há uma diversidade de estabelecimentos dos ramos de restaurantes, lanchonetes, bares, bristrôs, hamburguerias, etc, e as vias públicas também receberam transformações específicas para o projeto urbanístico local.
Julgo que tem ou teve sorte quem passou a residir ou a possuir imóveis nessa região. Há no local uma expressão latente de amplidão empreendedora e também de convivência pacífica. Sou um dos moradores do Bairro há 16 anos e posso confirmar esse estágio harmônico do lugar.
Sinto-me bem em morar aqui. Sou um interiorano duplamente apaixonado pelo sertão e a praia. Enveredo bem nos sonhos ou acordado, tendo visões nos "cafundós" de Várzea Alegre e Sertões de Quixadá, da mesma forma que exploro as areias da Praia do Futuro, o caldo de mocotó do Mercado Central e os aperitivos do Raimundo do Queijo, no Centro de Fortaleza.
Oh....Fortaleza bela!
Eu não sou escritor, não sei escrever e nunca me preocupei com isso. Quando decidi publicar a coletânea "Histórias, Causos e Proezas" estava ciente do crime de lesa literatura que ia cometer.
Trata o livro de personagens prestimosas de nossa cidade que marcaram a memória e a história do seu jeito e do seu modo, no seu segmento.
O chapeado "Noventa" recebeu de sua esposa uma bermuda como presente de aniversário. A mulher notando a decepção do marido perguntou : O que foi Noventa, não gostou do presente!
A resposta veio no embalo : Vou guardar, no dia que Dom Vicente, Filemon Teles, Pedro Felício e Cícero Pierre usarem eu uso também. Isso é roupa para moleque.
Vê-lo jogar era como assistir uma sinfonia. Algo imortal.
Comparado à erupção vulcânica de duas pernas, objeto de devoção no Mundo inteiro.
Chutes e passes certeiros. Com os pés, as astúcias de mãos.
Dribles sempre para ganhar território, sem humilhar os adversários.
A bola não colava no seus pés. Fazia parte deles.
Na área, a inteligência dos gênios para calcular espaço, tempo, adversários e bola, processando tudo em átimo de segundo.
O futebol e seu universo de poesia. O lugar onde ele pisou jamais será ermo.
Fez do futebol a alegria que nos faz suportar a vida normal.
Pelé, o rei eterno. Não foi, apenas, o melhor do Mundo. Foi o melhor para o Mundo.
Pe. Coringa, foi um grande sacerdote. Caridoso, humilde e muito humano. Não lhe faltava hombridade para enfrentar os dilemas pastorais na Paróquia.
Certa feita, numa festa da Imaculada Conceição, Pe. Coringa como sempre fez, saiu a angariar donativos para à Igreja. Chegando em determinado sítio, encontrou um senhor, daqueles velhos bem brutos. Pe. Coringa, saindo do carro sucedeu-se o seguinte dialógo:
Bom dia, meu amigo, o que tem pra mim hoje?
O velho respondeu:
Pra padre pidão, eu tenho uma corda pra largar no espinhaço.
Pe. Coringa replicou com outra pergunta:
E pra Nossa Senhora da Conceição?
Tenho um saco de fava.
Um treinador de fora para a seleção brasileira é o assunto da hora.
Não pode ser qualquer um, vociferam.
Um bem sucedido treinador de Liga dos Campeões não enxerga treinar seleções como "algo maior".
Luiz Henrique, que já foi campeão da Champions há sete anos, está disponível. Medalhão menos estrelado.
Os de primeira grandeza estão presos a contratos milionários com clubes.
Com um espanhol, a barreira linguística não seria problema, segundo a CBF.
Uma outra coisa diz respeito a um técnico, de preferência, à prova de pressão.
Desde quando pressão em futebol é uma situação ausente?
Gostaríamos mesmo de saber como se testa treinador com reserva de paciência para suportar pressão.
Retidão é para quem tem caráter.
Tem caráter quem se mantem fiel aos seus valores.
O resto é narrativa desembestada.
Alto deve ser o seu caráter e não o tom da voz.
O brasileiro já está acostumado. Já não cobra mais compostura, decência, planejamento, ação, seriedade, honestidade, caráter e vergonha na cara dos governantes.
Todos são uma "Iniquidade" só. Seria exigir demais de Lula, Dilma, Temmer e Bolsonaro.
Infelizmente o brasileiro está sentindo falta é de feijão, arroz, farinha para matar a fome, a tremenda fome que o está matando pela inanição.
Começo essa crônica com a impressão de que já a escrevi tempos atrás.
De qualquer forma, acreditamos que com palavras e frases diferentes. Nunca se sabe.
Quem não é vítima das repetições? Então, vamos lá.
Essa tirada sartreana de que "o problema são os outros" é muito mais esticada em sua compreensão do que imagina a nossa paupérrima filosofia.
Sugerimos uma consulta ao intelectual juazeirense Carlos Cláudio, para um mais profundo mergulho nessa água morna e mansa.
Isso não nos impede de dar um toque pelas beiradas do nosso entendimento com relação ao indispensável outro.
Ora, sem o outro, a vida não tem sequência. A gente vai mostrar a quem os nossos feitos?
"Deixa eu dizer prá tu" (forma de iniciar uma conversa, do filósofo Mossoró, do SVM): como chegar à área adversária, sem uma tabela com o outro?
Não se chega a lugar nenhum, sem um ataque apoiado. Perguntem aos técnicos e jogadores.
Outra. Sem Jane, o musculoso Tarzan teria berrado para o mato e os gorilas a vida toda. Certamente que usaria os cipós com intenções suicidas.
Pense em um rei momo sem rainha. Morreria na quarta- feira de cinzas, vítima do mais cruel abandono da parceira.
Experimentem viver em uma ilha, por mais paradisíaca que seja, apenas com o desenho de um rosto em um coco para puxar um papo somente com perguntas. Nem radinho de pilha ajudaria, criatura.
Antônio Maria, grande jornalista e compositor, mesmo cantando a solidão, não dispensou a companhia de uma leoa. Só para lembrar: foi casado com Danusa Leão.
Eu não disse que o pitaco sobre o assunto seria apenas pelas beiradas?
Se misturei alhos com bugalhos, paciência.
Convencido estou de que a violência é a forma mais consistente de poder.
Acredito que o poder não é razão nem lei. Por fim, força.
E quem contrariar o poder vai pular os carnavais em um pé só. Se meta a besta, para ver.
O poder emana de quem, meu patrão?
E daí, que violência seja gerada pela falta de imaginação, se é instrumento para se chegar mais rapidamente ao poder.
Essa de tratar o poder como afrodisíaco é uma forma branda de falar sobre o assunto.
O poder age com o fígado e sempre está de mau humor.
Dizem que o poder mostra o ser humano exatamente como ele é. Sem tirar nem por.
Pela perda do poder, se atira no próprio peito. Ô bicho pegajoso é o poder de mandar e desmandar.
Tem quem abra mão do dinheiro pelo poder. O poder, ou nada feito.
Não interpretem essa croniqueta como uma ode ao poder da violência.
Tenho certeza de que a abordagem tem tudo a ver com os nossos dias. Não tem delírio.
Por isso, o comunista Lênin cunhou: "Fora o poder, tudo é ilusão".
E dizem que Deus quando fecha uma porta, abre uma janela.
Eu não acredito, nunca acreditei nessa história:
A porta citada neste adágio popular, é um obstáculo imposto pelos nossos preconceitos, que desaparecerá com o aprofundamento do amor ao próximo.
Veja o Vídeo:
Vicente Almeida
Diamantina, final de 1910. Juscelino, o ladino e arteiro Nonô, de oito anos, apronta mais uma.
A mãe resolve aplicar algumas palmadas corretivas. Era assim naquele tempo. Esperto o menino dispara para o quartinho humilde. Mas logo volta.
Dona Júlia senta numa cadeira dobrou o corpo dele sobre o colo e solta a mão três vezes no magro trazeirinho.
Surpresa, nenhum choro, nem gemido, nem reclamações. Ela percebe algo escondido sob a surrada calça curta.
É um velho retalho de pano acolchoado. Finge que não viu, livra o garoto.
Ela segura o riso e agradece a Deus.
O Jornal de Antônio Vicelmo estreará na Segunda-Feira, dia 06 de Fevereiro, na Rádio Somzoomsat Cariri FM 106.5 no horário das 06 as 07 horas de Segunda a Sabado.
Com a participação de Jota Lopes com as Noticias Policiais.
De parabéns a comunidade da região.
Vocês não imaginam o meu frêmito, quando essa mulher aparecia nas telas dos cines Moderno e Cassino, do Crato.
Tempo dos "pentelhos alvoroçados". Por aí.
Eu dizia: "Não é possível que um dia eu não a conheça de perto”.
Ninguém sabia, na época, comecinho dos anos 60, traduzir o que eram "sex symbols" ou neo realismo italiano. Que a mulher era bonita demais, isso todo mundo sabia.
Entender o enredo do filme era coisa secundária. A prioridade do adolescente era se amarrar nos lábios da atriz de deslumbrante beleza.
Morreu em Roma, para tristeza de uma geração um pouco "mais pra trás", Gina Lollobrigida, uma das mais belas atrizes da era de ouro de Hollywood.
Contava 95 anos.
Às vezes mergulho temeroso nas águas turvas do presente, no mundo triste, conturbado e violento e chego até o fundo, nas águas cristalinas do passado e passo a lembrar detalhes da minha infância vivida no sertão, onde tudo eram flores coloridas de diversas matizes.
Lembro-me da casa velha. Na sua lateral, existiam três pés de azeitonas, que davam frutos pequenos e roxos, atração dos galos de campina, sanhaços e sabiás que faziam a festa, quebrando com sonoros e encantos gorgeios, a monotonia de uma tarde ensolarada no sertão.
Na eira se acumulavam cascas de laranja da terra a secarem ao sol sendo preparadas, cuidadosamente, para serem transformadas, mais tarde, em medicamentos caseiros ou em farmácias homeopática.
Da goma e da mandioca que, também, ficavam exposto ao sol, sendo que a mandioca, depois de seca, tinha utilidade e servia de ração para gado e porcos.
Recordo-me do tanque, atrás da casa velha que tinha sua serventia, inclusive, era útil até como piscina para nossos banhos num dia de muita chuva e calor, bem como, do tanque que ficava ao lado dos pés de siriguélas e só era cheio uma vez por semana, com as aguas do açude trazidas pelas lavadas.
Era ali a morada dos sapos e rãs que, após as noites agitadas do inverno, coaxavam interminavelmente, perturbando, muitas vezes, a serenidade da noite clara, iluminada pela lua cheia.
Francisco Pedro de Oliveira.
Camões diz num soneto que o mundo é feito de mudanças. Isso contraria o Eclesiastes, para o qual não há nada de novo sob o sol. O mais prudente é chegar a um equilíbrio e reconhecer que as coisas mudam para permanecer iguais. Ou se tornam iguais a cada vez que mudam.
Se as coisas se transformam – mesmo mantendo sua essência –, transforma-se também a linguagem. Os provérbios, por exemplo. Eles são generalizações, e como tais expressam verdades aparentemente imutáveis. Mas será que não têm de se adaptar à evolução dos tempos? Sempre é possível, nem que seja por um artifício poético ou irônico, vê-los com nova roupagem.
Diz-se (ou melhor, Hobbes disse) que o homem é o lobo do homem. Ora, hoje ele é muito mais logro do que lobo. Nosso propósito é antes enganar do que devorar o semelhante. Passamos-lhe a perna nos negócios, nos concursos, nas relações sentimentais. E queremos que ele se mantenha vivo para presenciar nossa vitória – o que seria impossível caso o triturássemos entre caninos esfaimados. Retifiquemos, então: “O homem é o logro do homem”.
Vivemos tempos pragmáticos e pouco dados a especulações filosóficas. A especulação que nos interessa hoje é a financeira, por isso proponho esta atualização para o axioma de Descartes: “Penso, logo invisto”. Trocar “existir” por “investir” ajusta-se melhor a uma época na qual se cultiva pouco o ser e se mede o valor das pessoas pelos... valores que elas têm no banco.
“O que os olhos não veem o coração não sente” é outra sentença que não bate muito com a realidade – mesmo porque pode ser facilmente contestada. Suponhamos que nossos olhos não vejam um buraco à nossa frente. Fatalmente cairemos nele, e duvido que em tal circunstância o coração não sinta e não responda com uma galopante taquicardia. Mudemos, pois, esse brocardo para alguma coisa como: “O que os olhos não veem pode nos fazer tropeçar”. Simples, prático, irrefutável.
“O futuro a Deus pertence” também deve ser visto com reservas, pois não expressa uma verdade universal. Um político nepotista, por exemplo, dirá com bem mais exatidão: “O futuro aos meus pertence”. E quem pode dizer que ele está errado?
A atual onda ecológica torna suspeita a afirmação segundo a qual “mais vale um pássaro na mão do que dois voando”. Ter um pássaro na mão sugere a atitude politicamente incorreta de comê-lo ou engaiolá-lo, enquanto que deixar os dois a voar concorre para a preservação da espécie. É um gesto de respeito à vida, que os ecologistas e os poetas agradecem. Proponho, então, uma variante menos ofensiva à natureza (se algum grupo preservacionista quiser aproveitá-la, fique à vontade): “Um pássaro na mão não vale a sua extinção”.
Para terminar, sugiro que se substitua o ingênuo “Quem sai aos seus não degenera” por algo mais condizente com a natureza humana. Levando em conta a força da genética, troquemos o verbo e passemos a dizer: “Quem sais aos seus não se regenera”. O povo há muito reconhece essa verdade, traduzida no conhecido provérbio: “Pau que nasce torto, morre torto”.
Papo sobre negócios não tem graça nenhuma. Cerveja e conversa sobre poesia e virtude são muito mais negócio.
Como tem quem fique doido em busca do dinheiro, caso o vil metal se transformasse em felicidade, o Mundo seria um hospício.
Mudando os lados do campo, reinicia-se o jogo, dizendo que a gente nunca deve se cansar de ser bom. Pode apostar nisso, indivíduo.
O lance é aproveitar o que a vida tem bom. E bem esperto, porque os ponteiros do relógio são nervosos ao devorar das horas.
Muita coisa já não faz sucesso como antes. É preciso ver o que está acontecendo.
Elementos disruptores recrudescem nos céus do País. E não é somente para assustar. É à vera. Não se faça de cego.
O sujeito precisa se questionar, divergir, inventar e divagar. "Uma vida não questionada não merece ser vivida". Platão.
Primeiro, você faz as escolhas. Depois, as suas escolhas fazem você. É assim que tem que ser.
Não se sabe onde essa viagem vai terminar.
E camarada, vou lhe dizer o seguinte: a única fonte segura que temos, hoje em dia, é a amizade.
Gente vazia e fanatizada é o pau que rola.
Quer bem dizer que não sabias?
Há muito tempo me abstenho de enfrentar a saudade. Desta feita me dispus. Saí pelos caminhos por onde aos seis anos percorria com habilidade e maestria.
Passei no local onde ficava a casa de Vicente Felix, que passava a manha fazendo um bodoque e um peão para me agradar. Dele nem a casa existe mais, só as lembranças.
Estive no Carrancudo local onde pastorava as vacas com o meu avô e cometi um crime ambiental, matei um beija-flor com o meu bodoque e comi o coração cru porque segundo a lenda ficava certeiro, um bom atirador.
O crime é prescrito, não deu resultado. Vi o riacho do Condado com suas águas barrentas e violentas em que atravessava no tum-tum do meu pai. Estive no sitio Garrote onde cair do pé de cajarana e quebrei um braço.
Em fim, como em um filme, vi passando uma vida feita de traquinagens, malinações e coisas de crianças. Só me arrependo do que não fiz.
Ao retornar para casa, fui ao meu arquivo e juntei a estas lembranças a música: "E por isto estou aqui".
Para completar as saudades a música me fez lembrar de um pic-nic no Açude Velho, na época mais dourada de minha vida. Uma radiola de pilhas e um disco de vinil.
Outrora, ou, mais precisamente, há seis décadas, uma cidade situada em verdejante vale, na encosta da Chapada do Araripe, ostentava na condição de cidade de nível cultural elevado, o simbólico titulo de Princesa do Cariri.
Tinha naquela época, intensa vida sócio-cultural, vibrante e bastante significativa. Digna de reconhecimento, sem precedentes, pelas comunidades vizinhas que a admiravam e buscavam como fonte perene e alternativa de progresso e desenvolvimento.
Abrigava, em seu meio, sem distinção ou sinal de preconceito, pessoas de diversas camadas sociais advindas de regiões circunvizinhas, movidas pelo desejo de encontrar um modo de viver com mais dignidade, inclusive, encontrar campo mais propicio à educação de seus filhos.
A cidade além de hospitaleira, oferecia, sob o ponto de vista sócio-econômico e educacional, estrutura bem mais avançada em relação às demais, isto é, possuia bons colégios públicos e privados, educandários e seminários, de nível intelectual elevado, além de deter razoável e ascendente comércio.
Noutro horizonte tinha a princesa, ainda, o privilégio de possuir bons hospitais, clubes recreativos, rádios, cinemas e, também, teatros e museus coisas que caracterizam e projetam, de forma bem definida, o grau de desenvolvimento de uma grande cidade.
Francisco Pedro de Oliveira.
Discute-se, sem um resultado convincente, quem é mais importante para um clube: o ídolo ou os títulos ?
Vou logo adiantando que o ídolo, por maior que seja, não pode ser maior do que o clube.
A conquista de títulos é que torna uma equipe respeitada além fronteiras. Já disse isso uma centena de vezes.
Só que muita gente pensa diferente e acha que os grandes ídolos são indispensáveis para a popularização e crescimento de um clube de futebol.
Aí, chovem os exemplos do Santos de Pelé, o Botafogo de Garrincha e o Flamengo, que se tornou dono de maior torcida do Brasil, porque teve, no passado, Leônidas da Silva, o "Diamante Negro"
Só acho que esse debate não se adequa a outros esportes, como automobilismo e o tênis, por exemplo.
Nesses casos, quando os ídolos ficam maiores que o esporte, as modalidades perdem interesse quando eles deixam de competir.
Mas, aí é outro papo.
Com relação ao futebol, o ideal é somar o prestígio do ídolo com as conquistas do clube.
Óbvio ululante.
Prafraseio um amigo, citando ainda Timóteo 2, 1:4 - “Antes de tudo, pois, exorto que se use a prática de súplicas, orações, intercessões, ações de graças, em favor de todos os homens, em favor dos reis e de todos os que se acham investidos de autoridade, para que vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito. Isto é bom e aceitável diante de Deus, nosso Salvador, o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade”.
Faço parte da maioria do povo brasileiro que não apoia o tipo de ação perpetrada pelos manifestantes, que ontem atacaram e depredaram prédios e instalações públicas em Brasília. Contudo, diante do agravamento do revés e refregas banais entre membros das diversas instituições do país, era de se esperar um final trágico, embora não tanto quanto pode-se ver nas imagens emitidas, em tempo real, pela imprensa e diversas mídias.
Assim, que após o dia de ontem vivamos vida tranquila e mansa, com toda piedade e respeito, prevalecendo os bons valores e costumes e, é claro, com a aplicação rigorosa da investigação imparcial e da punição para os verdadeiros culpados.
Deus no comando.
Confesso meu fascínio pelos pequenos estádios de futebol. Eles são únicos.
De preferência os que têm poucas arquibancadas. A separar o torcedor do jogo apenas o alambrado.
Gramado quase inexistente. O campo de jogo com barro e algumas manchas de capim de burro, graças a uma neblina durante o dilúvio.
Nos "estadiozinhos" todo mundo se conhece. A ponto de se perguntar ao porteiro: "Meu amigo Sebasto já chegou ?
Jogadores, treinadores e árbitros, sofrem com as pressões e insultos da torcida, como se ela estivesse dentro de campo
No pequeno estádio o torcedor acha que a aquisição do ingresso lhe dá o direito de esculhambar todo mundo.
Nesse ambiente tensionado, os bandeirinhas são os que mais sofrem pela aproximação do torcedor apoiado no alambrado.
Já flagrei uma "recepção" dada a um bandeirinha que chegava à borda do campo: "Já chegou, né, ladrão sem vergonha. Trabalha direito se não vai levar umas lapadas".
Mas, um certo dia, o bandeira levou a melhor com o torcedor, por conhecê-lo bem.
"Tu sabe o que tua mulher tá fazendo numa hora dessa ?" Vociferou o torcedor.
Ao identificar o autor do xingamento, o bandeirinha devolveu: "A minha tá trabalhando em casa. A sua está lhe botando chifre com fulano de tal".
Coube ao xingador se afastar, esqueirando-se de fininho, morto de vergonha.
O bandeirinha sabia das "coisas".
É verdade que se passaram vários anos e as marcas do tempo a deixaram inconfundível.
A cidade como é natural, cresceu, e as pessoas que hoje a habitam são outras, e os hábitos também.
Para mim, além dessa crucial realidade, a cidade perdeu a magia e o seu atrativo. Está literalmente desarrumada, e o que é pior, conta, presentemente, com uma quantidade excessiva de motocicletas que além de tumultuá-la, ocupam desordenadamente todos os seus espaços, tanto nas ruas, quanto nas praças, vindo a causar, sem medo de errar, desarmonia e desassossego.
Suas praças e prédios, antes majestosos para nós, parecem até que deixaram de ter vida, perderam o brilho e a cor, razão que tem nos levado tantas vezes a indagar - Cadê!
Trista de uma cidade que não luta e nem sabe preservar a riquesa que representa seu patrimônio histórico, incluindo-se, neste contexto, seus prédios, praças e monumentos.
Francisco Pedro de Oliveira.
Todo Domingo é assim. Os seguidores vão-se. Uns para praia, outros para as fazendas, alguns para aos clubes recreativos, e, o Blog fica só esperando o retorno.
No começo era apenas uma brincadeira, quem sabe amanhã seja mais feliz. A musica é bem melhor do que o silêncio.
Vale a pena ouvir.Estão pensando que aguardente é água?
Pois, aguardente não é água, não.
Já chegamos a 2023 e tem gente que não se tocou, ainda.
Vacilou, perdeu a vaga. O jogo vale três pontos e decisão por pênaltis foi na Copa.
Sobreviver só não basta. Sem cara de paisagem, prezado amigo.
Não inventaram vacina contra a dificuldade. É bom se aluir.
O que é nossa vida, senão a folhagem antes da foice?
Tem que ficar esperto.
Nem sempre é possível desafiar a morte e esticar a vida.
Mas, é bom avisar o seguinte: nossa vida é um conjunto de últimos momentos.
Certas coisas e pessoas não são tão boas como a gente imagina. E aí, fica sem jeito.
Viver, seja qual for o lugar habitado, é a permanente luta do bem contra o mal.
Nem Nostradamus é capaz de prever o que está para acontecer.
Para encerrar essa croniqueta, recheada de "preste atenção", vou dar uma força: "Todos nós seremos famosos por 15 segundos. Um story de cada vez".
Sacaram ?
O cenário para grande festa em homenagem à Padroeira do Crato - Nossa Senhora da Penha, era a Praça da Sé, lugar onde os devotos e o povo, em geral, com júbilo, comemoravam durante dez a quinze dias.
Até a década de 60 era uma solenidade importante para a cidade. O povo participava intensamente dos festejos, comparecia literalmente demonstrando, em torno da grande praça, alegria e tranquilidade, imagem pura de uma época em que numa festa de cunho popular, não existia lugar para violência.
Na praça, durante as comemorações, os namorados passeavam envolvidos pelo som de um ou mais alto-falantes, ao invadirem o ambiente com as músicas, na maioria das vezes de estilo romântico.
Ouviam-se de quando em quando, anúncios de mensagens de amor de muitos apaixonados que, platonicamente, perdidos na multidão, declaravam seu sentimento, por meio da música que fazia sucesso na época.
Enquanto o povo se divertia comendo cachorro quente e chupando rolete de cana, a sociedade do Crato se reunia na quermesse, em frente a Sé Catedral, bebendo e arrematando por preços, às vezes elevados, galinha assada, bolos e animais vivos carneiros, bezerros e bois doados por fazendeiros da região.
A alegria e descontração ao comando do vigário ou de pessoas comprometidas com a organização da festa, estendia-se até altas horas da noite.
Francisco Pedro de Oliveira.
Nas festas do Sapé, um convidado constante era Martim Arão. A razão: tinha lindas filhas.
Indo à festa o pai, as filhas iriam, também.
Um dia, Martim não estava a fim de festa e recusou convite feito com muita insistência.
O dono da festa arriscou: "Mas, você deixa as meninas irem?"
"De jeito nenhum", respondeu Arão.
"Ninguém vai tirar pedaço nenhum de suas filhas, não", retrucou o promotor da festa.
"Tirar, eu sei que não vão, mas o perigo é botar", encerrou o assunto o pai das moças.
Um livro.... Sabes ao certo
O que é um livro! Eu digo!
É um irmão que tu tens perto,
Que chora e brinca contigo.
Que te guia no deserto,
Que em má noite empresta abrigo!
Um coração sempre aberto,
Na vitória ou no perigo!
Trata-o, pois, com mil carinhos,
Que a vida nos caminhos,
Um livro é como Jesus:
Sereno e bom nos seus passos,
A criança abrindo os braços,
Aos homens mostrando a Luz!
Marcados pelo peso da idade, nos tornamos olímpicamente nostálgicos.
Dentro da nossa caretice, enfrentamos, "surfisticamente", ondas cascas grossas e desaguamos em um recolhimento para ler e escrever.
É o que gostamos de fazer, hoje.
Para falar a verdade, é o que nos dá equilíbrio e "suporte" ao peso do cotidiano.
Os ciclos da existência passam e a gente nem percebe. Tudo vai se modificando em nosso redor e pouco notamos.
E o pior é não saber mais, em termos cronológicos, colocar os acontecimentos em ordem nas décadas de 80 e 90.
Pergunto pela vida que tínhamos um dia desses e imagino, de maneira absurda, que é possivel recuperar tudo.
A vida, com os prazeres da feliz convivência, era uma coisa sem gestão ou direção clara, que foi acontecendo.
Tempo de pouco entendimento para idealizar as coisas. Viver o momento era o que importava.
A risada como arma, sem moderação.
Que saudade das noitadas do restaurante Belas Artes, da avenida Pontes Vieira, o nosso "Maxim's".
Como é possível que tanta gente boa daquela confraria tenha nos deixado.
Enorme falta nos faz Airton França Rebouças, Assis Furtado, Betão Ponce de Leon, Oliveira da Serraria, Déo Monteiro, o "macho véi", e muitos outros.
Patota perene de alegria, que portava permissão para viver assim e acreditava que as coisas eram para sempre.
De fato, as coisas realmente importantes nunca mudam.
Eu acredito no Sérgio Moro por duas razões : Não tem amigos e filhos corruptos que precisem do acobertamento dos tribunais para não serem alcançados pela justiça. E, sobretudo porque já mostrou como juiz o que deve ser feito com corruptos.
Num pais que a máxima da justiça é : Não punir, não deixar punir e punir quem pune.
Um logradouro, coberto de oitizeiros, árvores frondosas que atraem não só os pássaros, como as pessoas que buscam a paz e a harmonia que reinam no lugar.
Ali contemplando a Sé Catedral e os monumentos erigidos em homenagens aos antigos bispos do Crato, a saudade do Crato antigo, da inocência, da festa da padroeira, da passagem e encontro diário com as estudantes do Colégio Santa Tereza de Jesus, com suas saias vermelhas, blusas e meias brancas.
Na praça antiga via-se o monumento a Nossa Senhora da Assunção, construído pelo então vigário da Sé Catedral, Mons. Rubens Gondim Lóssio e, em local de destaque, o busto de Dom Quintino, primeiro bispo do Crato.
Hoje, a praça está mudada. destruíram-se os monumentos de inestimável valor histórico, mutilaram-se prédios e ruas, como a rua Dr. Miguel Lima Verde onde, nos remotos tempos, existia um prédio revestido de azulejos portugueses, da era colonial.
No centro da Praça da Sé, como exigência de uma época mais moderna, construiu-se um coreto que, na verdade, não serve para nada. apenas um monumento frio, sem nenhum utilidade.
É bom, saudável, olhar para o passado, relembras as praças do Crato, mergulhar no tempo e sentir saudades de um mundo florido, onde a vida borbulhava cheia de amor, e esperança.
Francisco Pedro de Oliveira.
Quando partimos no verdor dos anos,
Da vida pela estrada florescente,
As esperanças vão conosco à frente,
E vão ficando atrás os desenganos.
Rindo e cantando, céleres e ufanos,
Vamos marchando descuidadosamente...
Eis que chega a velhice de repente,
Desfazendo ilusões, matando enganos.
Então nós enxergamos claramente
Como a existência é rápida e falaz,
E vemos que sucede exaramente.
O contrário dos tempos de rapaz:
Os desenganos vão conosco à frente
E as esperanças vão, ficando atrás.