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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 30 de maio de 2023

Estadão publica editorial com duras críticas ao STF.


Jornal lamentou a postura de ministros da Corte e fez alerta.

O Estado de S. Paulo publicou um editorial nesta terça-feira, 30, com duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o jornal, os integrantes da Corte não têm tido postura adequada exigida pelo cargo.

Ao comentar a presença dos ministros Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes em um churrasco promovido pelo presidente Lula no Palácio da Alvorada, o Estadão disse que ambos já deveriam saber que “toga não é traje esporte fino”. “É evidente que os dois ministros foram convidados não por suposta amizade com o presidente, e sim porque integram o STF, lugar por onde trafegam interesses do governo”, observou o jornal.

“Em particular, foi uma oportunidade para alinhar as bases após as medidas do Congresso que evisceraram o Ministério do Meio Ambiente e outros”, afirmou o Estadão. “O caso pode parar no STF. Como fica a percepção de independência dos ministros? 

Lula aproveitou para comunicar aos comensais que indicará seu amigo e advogado, Cristiano Zanin, para a vaga de Lewandowski”.

Conforme o jornal, também não foram adequadas as mais recentes indicações de Lula para o Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O petista emplacou dois aliados de Moraes no TSE, um dia depois de almoçar com o ministro. “Mais cedo ou mais tarde, a Corte se debruçará sobre os processos que pedem a inelegibilidade do maior adversário de Lula, Jair Bolsonaro”, lembrou o jornal. 

“Qual será a percepção da população sobre sua isenção?”

Por fim, o Estadão disse que se o STF quer respeito, precisa se dar o respeito.

MAL ESTAR - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Uma amargura que não se sabe de onde vem. Não tem escavação que dê conta.

Há momentos em que a gente pensa que é cansaço. Seria alguma doença, entre tantas que pululam por aí?

Fora de cogitação. Quem está doente é o caráter brasileiro.

O vazio que nos habita é uma possibilidade, meu prezado.

Cismados, só acreditamos no que nos interessa, como que procurando uma arte que justifique a vida da gente.

Sensação escrota que nos leva a pensar a vida como algo que não vale a pena.

Pressão interna ou externa? Como saber, diante de um impasse estranho?

A condição humana com suas dores, alegrias e contradições?

Não vamos chegar ao paroxismo de achar que estamos perdendo o juízo.

Nada disso. Ninguém está se aproximando da loucura.

Não consta o cotidiano que nos esmaga?

Talvez, os sintomas sejam mais decorrentes de uma altissíma taxa de preguiça.

Então, tomemos uma atitude, pura ou com gelo.

segunda-feira, 29 de maio de 2023

Indiferença humana - Por Antonio Morais


Cada dia me convenço mais da indiferença, insensibilidade e falta de respeito do ser humano pelo seu semelhante. Ontem cedo, de passagem por um desses postos de moto taxista que proliferam as ruas do Crato, vi uma cena inusitada. Um velhinho de 80 anos de idade, não menos, se aproximou de um deles para fazer uma corrida. 

O moto taxista entregou-lhe o capacete e o senhor colocou na cabeça de maneira trocada: a parte da frente virada para trás. Ao invés do moto taxista retirar e recolocar de forma correta, ele mostrou para os demais colegas e foi aquela algazarra. 

O Moto taxista arrancou em alta velocidade como se uma corrida de carros fosse com o velhinho "encaretado" agarrado na garupa da moto. Os outros riam, faziam deboche,  aplaudiam.

Pobre gente brasileira. Se existem 10, 20 ou mais taxista para cada habitante, imagina-se o tratamento que é dado a essa gente humilde por uma atividade que presta serviços especializados.

domingo, 28 de maio de 2023

Colunista de "O Globo" critica churrasco de Lula com ministros do STF.

Segundo Merval Pereira, a presença de magistrados mostra a ‘promiscuidade de Brasília’

Na sexta-feira 26, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva promoveu um churrasco no Palácio da Alvorada. A festa reuniu magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF), líderes partidários e ministros de Estado.

Merval Pereira, colunista do jornal O Globo, criticou o encontro em artigo publicado neste domingo, 28. “Não causou espanto pela frequência com que ministros do Supremo se encontram em Brasília com políticos, advogados e empresários em reuniões informais, mesmo quando esses respondem a algum processo que está ou poderá estar em votação no STF.”

Conforme o colunista, entre os assuntos discutidos no churrasco estava a política ambiental do governo, que foi modificada no Congresso na última semana, causando uma derrota para Lula e seus ministros. “O caso pode parar no Supremo, mas essa possibilidade não inibiu os ministros”, afirmou o jornalista.

Entre os magistrados que participaram do churrasco estavam Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes. “Considerado o mais influente ministro do Supremo, Gilmar Mendes encontrou um concorrente à altura em manobras de bastidores no ministro Alexandre de Moraes, assim como já tivera no ministro Luis Roberto Barroso um constitucionalista de saber tão reconhecido quanto o seu”, escreveu o colunista. “Essa promiscuidade brasiliense não é prerrogativa da nossa capital, embora a discrição seja maior na maioria dos países.”

Moraes, o “poderoso de Brasília”

O jornalista ainda afirma que Alexandre de Moraes é o novo poderoso de Brasília, com o destaque que tem tido suas ações, “muitas vezes contestadas, mas indubitavelmente relevantes para a defesa da democracia.”

“Movimentou-se para que as duas vagas abertas no Tribunal fossem preenchidas por indicações suas, o que aconteceu em tempo recorde. Num dia, Moraes teve um almoço com o presidente Lula, no dia seguinte os dois advogados estavam nomeados. Moraes agora controla totalmente o plenário do TSE, o que o transforma em um poderoso partícipe do jogo político de Brasília.”

“Antes mesmo de ter conseguido nomear dois advogados ligados a ele, Alexandre de Moraes já conseguira a condenação, por unanimidade, do ex-promotor da Lava-Jato Deltan Dallagnol, que perdeu seu mandato de deputado federal no TSE. Além do voto de relator, os demais ministros levaram cerca de 1 minuto para condená-lo, votação tida como articulada por Alexandre de Moraes, que queria uma decisão sem dissidências para fortalecer o tribunal. 

Pelo menos um ministro garantiu a Dallagnol que votaria a seu favor, mas mudou de ideia.”

Estadão: ‘Uma Corte constitucional contra a Constituição’.

Jornal criticou prorrogação dos inquéritos ‘secretos’ do STF.

O jornal O Estado de S. Paulo publicou um artigo nesta sexta-feira, 26, com críticas à prorrogação do Inquérito 4.874, para investigar as supostas milicias digitais. É a sétima vez que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), protela a conclusão do inquérito, que teve início em julho de 2021. A investigação foi aberta, segundo o jornal, sob o argumento de defender o Estado Democrático de Direito e a independência da Suprema Corte. “Mas sua perpetuação está desmoralizando a autoridade da Corte e ameaçando a normalidade do Estado Democrático de Direito.”

O jornal também criticou o Inquérito 4.781, das fake news, aberto em 2019 para defender o Estado Democrático de Direito e a independência da Suprema Corte. “Mas já então ela foi lanhada por um vício de origem. Sem justificativa razoável, o relator, Alexandre de Moraes, contrariou o princípio da publicidade e decretou sigilo sobre as investigações — o mesmo que impera sobre o inquérito das milícias digitais.”

“Todo poder emana do povo. O da Justiça também”, afirma a publicação. “Mas, ante a capa do sigilo, o povo não pode escrutinar a competência e a legalidade de diversas medidas excepcionais no âmbito desses inquéritos, como a prisão ou censura de representantes eleitos, jornalistas, empresários e influenciadores, quebras de sigilo, bloqueios de contas ou multas exorbitantes”, critica.

Ainda conforme o Estadão, sob o pretexto de circunstâncias excepcionais, os inquéritos foram alargados a ponto de conferir ao STF uma espécie de juízo universal de defesa da democracia.

“Um inquérito de 2019 instaurado para investigar informações fraudulentas e ameaças ao STF foi empregado em 2023 para arbitrar o debate sobre o projeto de regulação das redes digitais, através da censura a manifestações críticas das plataformas. Até denúncias de falsificação do cartão de vacinação do ex-presidente da República e outras autoridades foram fagocitadas pelos intermináveis e indetermináveis inquéritos.”

O jornal também questiona a atuação do relator dos inquéritos no STF. “Contrariando a Lei Orgânica da Magistratura, Moraes se manifestou várias vezes fora dos autos em redes sociais, qualificando investigados como ‘terroristas’ e ameaçando-os com punição implacável”, afirma. “Prisões preventivas foram decretadas de ofício e estendidas arbitrariamente.”

Ainda segundo o jornal, exceto em condições excepcionalíssimas, inquéritos devem ser conduzidos com transparência e publicidade, e, sobretudo, devem ter objeto determinado e um desfecho, seja a denúncia, seja o arquivamento. “É o que determina a Constituição, a lei e a jurisprudência da Corte. Mas, em nome da defesa da democracia, a própria Corte — guardiã da Constituição e instância máxima do Poder Judiciário — as está descumprindo.”

ANONIMATO DOS INVEJOSOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

"Prefiro o ser humano coletivamente". Não lembro quem afirmou isso.

Pensei: o homem não seria bem melhor sozinho? Está na cara que sim.

"Em forma de multidão, as pessoas não se sentem responsáveis por seu atos. O culpado é o grupo". Tostão.

Há muito tempo, carrego a conclusão de que os covardes precisam do anonimato da multidão, como escudo para agir.

Como se sabe, a pretexto da paixão, admite-se todo tipo de crime no futebol. Da xenofobia ao racismo, passando por outras deformações.

Observa-se na perseguição dos torcedores espanhóis a Vinícius Júnior, um outro componente covarde: a inveja.

Realizado financeiramente, através da arte de fazer com o corpo coisas difíceis e maravilhosas jogando futebol, o brasileiro provoca inveja.

Sim. Não é apenas o preconceito, é a velha e desprezível inveja em forma de multidão.

"A inveja é o mau hálito da alma". Roberto Campos.

sexta-feira, 26 de maio de 2023

Marina Silva no governo Lula: pedir para sair ou engolir sapo? - Por J.R. Guzzo .

Ministra do Meio Ambiente Marina Silva.

A ministra Marina Silva, burocrata-mor do Meio Ambiente e figura colada há anos no ecossistema ambientalista, teve duas realizações notáveis em sua curta permanência no governo Lula. 

A primeira foi dizer, para os “bilionários do bem” que se reúnem todos os anos numa estação de esqui na Suíça, que havia “120 milhões” de pessoas passando fome no Brasil. "As agências de “verificação de fatos”, ligadas o tempo todo na fiscalização do que dizem os adversários do PT e suas vizinhanças, não fizeram nenhuma objeção – a ministra é uma dessas personalidades que foi canonizada em vida pela maior parte da mídia, e não pode ser criticada, nunca. 

A segunda realização de Marina, antes de se completarem seis meses de governo, foi ver o seu ministério amputado de funções essenciais. Para se ter uma ideia mais precisa das coisas: o Ministério do Meio Ambiente, hoje, é menos do que era no governo anterior, o mais amaldiçoado da história pelos ecologistas, militantes da natureza e salvadores do planeta. Pode?

Ou Lula repactua o poder ou governará aos trancos e barrancos - Ricardo Noblat.

O país vive um semipresidencialismo irresponsável.

Na política, você não escolhe interlocutor; dialoga com o que se oferece. Quando foi deposto pela ditadura militar da presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo dos Campos, em São Paulo, Lula seguiu negociando reajuste de salários com o então ministro do Trabalho, Murilo Macedo.

Foi no início dos anos 1980. Lula fazia de conta que Macedo não era um dos seus algozes, e o ministro, que Lula ainda estava no comando do sindicato, ou que pelo menos ali ainda dava as cartas. E dava, de fato. Os dois se reuniram muitas vezes às escondidas numa fazenda de Macedo. O governo sabia, mas fingia que não.

Era importante para Lula arrancar do governo benefícios que nas assembleias do estádio da Vila Euclides prometera à massa de operários que acreditava nele. A continuidade de sua liderança dependia também disso. Ao governo interessava que a insatisfação operária não ultrapassasse os limites da região do ABC paulista.

Lula, à época, tinha seus 30 e tantos anos; agora, 77. Não deve ter desaprendido a negociar. Certamente não desaprendeu a avaliar sua força e a dos adversários. Pode ser menos paciente, a lamentar que o tempo tenha avançado tornando as coisas mais difíceis para ele. Bem, mas não foi obrigado a estar onde está hoje. Quis.

No país já existiu um regime chamado de presidencialista. Nele, acima de tudo, mandava o presidente da República. Mesmo assim, um deles matou-se porque queriam derrubá-lo. Outro renunciou porque queria mais poder. Um foi vítima de golpe. O Congresso derrubou dois por meio de um processo de impeachment.

Na prática, o semipresidencialismo foi inaugurado no governo de Temer e chegou ao ponto que está no de Bolsonaro. Para o único presidente que tentou se reeleger e não conseguiu, o fortalecimento do Congresso pouco se lhe dava. O que queria era construir um regime autoritário travestido de democracia.

Lula acabou herdando um semipresidencialismo sem responsabilidade. O Congresso pode quase tudo, jamais pôde tanto, e sua responsabilidade é zero. O governo que arque sozinho com as consequências dos seus atos. Não importa ao Congresso que a maioria dos brasileiros tenha aprovado o programa de Lula.

quinta-feira, 25 de maio de 2023

A COR E A CORAGEM QUE INCOMODAM UM PAÍS - Por Wilton Bezerra, comentaridta generalista.

Os torcedores espanhóis extrapolaram. Não são apenas racistas, se revelaram super racistas.

Demonstraram isso na selvageria usada para destruir o craque brasileiro Vinícius Júnior.

O incômodo inicial causado por Vini foi por brilhar, marcar gols, dançar para comemorá-los e ser negro.  

Uma dança que não é para humilhar, assim como os dribles que executa e que ninguém, naturalmente, gosta de levá-los.

Reflexos da alegria e da cultura do futebol brasileiro.

E para "encardir", mais ainda, Vini deixa os espanhóis apopléticos com aquilo que amedronta os covardes: sua coragem.

Futebol é elemento político e projeta o que é um país. Incrível como a Espanha não se dá conta disso.

Bem feito para os espanhóis, que se divertem com la muerte de touros e toureiros em uma arena.

A posição de Vinícius Jr. pode conter essa absurda onda de racismo que nos assola.

O Mundo está com ele.

quarta-feira, 24 de maio de 2023

Juíza Gabriela Hardt reassume Lava Jato - Revista Oeste.

A decisão foi tomada depois do afastamento de Eduardo Appio pela Corregedoria do TRF-4

Com o afastamento do juiz Eduardo Appio da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, a juíza Gabriela Hardt assumiu a condução dos processos da Operação Lava Jato, pelo menos temporariamente. Appio foi afastado pela Corregedoria do Tribunal Federal Regional da 4ª Região (TRF-4) depois que uma investigação interna mostrou que ele teria utilizado dados restritos do sistema da Justiça Federal e feito uma ligação para intimidar o filho do desembargador Marcelo Malucelli.

Gabriela já esteve à frente da operação, como uma espécie de juíza substituta, e já atuou ao lado dos antecessores da Lava Jato: Sergio Moro (União-PR), ex-juiz e atual senador, e Luiz Antonio Bonat, promovido a desembargador no TRF-4.

Enquanto permanece no cargo, Gabriela já proferiu um despacho na Lava Jato. Na manhã desta terça-feira, 23, ela determinou que o Ministério Público Federal se manifeste acerca da decisão de Appio de mandar a Polícia Federal apurar a escuta ilegal encontrada na cela do doleiro Alberto Youssef à época em que ele esteve preso na carceragem da corporação em Curitiba.

Em passagem anterior como titular da Lava Jato, Gabriela proferiu sentença no processo do sítio de Atibaia, na qual condenou o então ex-presidente Lula a 12 anos e 11 meses de prisão. A decisão foi mantida no TRF-4, mas anulada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que reconheceu a suspeição de Moro para analisar processos envolvendo o presidente.

A passagem de Gabriela pela 13ª Vara deve ser temporária, no entanto. Ela atualmente participa de um procedimento interno de remoção: seu objetivo primeiro é atuar em outros juízos, fora de Curitiba. Mas o processo ainda está em trâmite.

A investigação do TRF-4 sobre Appio não tem data para terminar. Ao determinar o afastamento cautelar do magistrado, a Corregedoria deu 15 dias para que ele apresente defesa prévia. 

Ameaça a filho de desembargador derrubou juiz da Lava Jato - Revista Oeste.

Laudo da Polícia Federal mostra que Eduardo Appio fez uma ligação, usando nome falso, para constranger filho de magistrado do TRF-4.

O juiz federal que era responsável pelos processos da Operação da Lava Jato em Curitiba, Eduardo Appio, cujo afastamento do cargo foi determinado pela Corregedoria do Tribunal Regional da 4ª Região (TRF-4), fez uma ligação, em 13 de abril, para ameaçar ou constranger o filho do desembargador Marcelo Malucelli. Ele não se identificou na ligação, mas usou um nome falso, de um servidor inexistente.

No dia anterior, a 8ª Turma do TRF-4 havia autorizado correições parciais contra Appio para apurar possíveis irregularidades e adotar providências contra o magistrado. Malucelli era relator do procedimento.

Na ligação, Appio se identificou como um servidor da área da saúde da Justiça Federal, mas o nome informado não existe na base de dados. O juiz também utilizou um telefone bloqueado, que não permite a identificação do número. Como o conteúdo da conversa com João Eduardo Barreto Malucelli soou ameaçador – ele citou inclusive informações do Imposto de Renda do desembargador –, a Corregedoria instaurou um processo para investigar os fatos “relacionados à proteção e segurança do desembargador federal e seus familiares”.

A gravação da chamada a João Eduardo foi encaminhada à Polícia Federal. O perito concluiu que “a partir da comparação da voz do interlocutor da ligação suspeita com a voz do juiz federal Eduardo Fernando Appio se ‘corrobora fortemente a hipótese’ de que a voz presente no vídeo que gravou a ligação telefônica recebida pelo filho do desembargador federal Marcelo Malucelli fora produzida pelo juiz federal Eduardo Fernando Appio, em nível ‘+3’”. A escala vai do grau “-4? ao “+4”.

No voto assinado pelo desembargador Cândido Alfredo Silva Leal Júnior, corregedor do TRF-4, há uma lista das condutas impróprias do juiz afastado Appio, que podem se configurar como falta disciplinar.

A decisão da Corregedoria do TRF-4, unânime, foi encaminhada ao corregedor nacional de Justiça, ministro Luis Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

O juiz afastado ainda não se pronunciou sobre o afastamento.

Estadão afirma que ‘revanchismo’ se consolida como política do governo Lula - Revista Oeste.


Jornal disse que o PT não tem rumo, ideias nem base no parlamento.

O jornal O Estado de S. Paulo afirmou nesta segunda-feira, 22, que o “revanchismo” se consolida cada vez mais como política do governo Lula. A postura da gestão petista diante da cassação do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) é citada em um editorial.

“Ante a decisão da Justiça Eleitoral de cassar o mandato do deputado Deltan Dallagnol, por supostamente não atender aos requisitos da legislação eleitoral, um lacônico ‘nada a declarar’ seria a única resposta desejável de um governo responsável e cônscio de que não há tempo a perder para congregar forças aptas a enfrentar os desafios do país”, observou o Estadão. 

“Mas, ao invés disso, o governo petista, como se fosse liderado por crianças pirracentas, encontrou tempo para empregar a máquina do Estado para fabricar memes tripudiando seu desafeto”. 

O Estadão constata que, em vez de “jogar água na fervura, o governo sopra a brasa”. “A euforia juvenil ante os revezes de adversários como Dallagnol sugere nervosismo e até mais: uma estratégia calculada”, disse o jornal. “O governo se inclina cada vez mais a apelar à emoção, ao passado e à polarização para justificar sua presença no Planalto como um muro de contenção à barbárie bolsonarista. 

Mas essa cortina de fumaça não disfarça a realidade da falta de rumo, de ideias novas e de base. Neste vácuo, o revanchismo se consolida cada vez mais como política de governo.”

Para o Estadão, também os ataques do governo Lula aos avanços alcançados na economia, como a Lei das Estatais e o Marco do Saneamento, são exemplos de sua vontade de vingança contra um Brasil que deu certo.

segunda-feira, 22 de maio de 2023

Lula é excluído de agradecimentos de Zelensky - Revista Oeste.

Presidente da Ucrânia também não exibiu imagens do petista.

O presidente Lula ficou fora da lista de líderes citados nos agradecimentos do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, nas redes sociais, neste domingo, 21.

Zelensky nominou os líderes com quem se reuniu, ao longo do dia, na cúpula do G7, em Hiroshima, no Japão.

Na publicação, o ucraniano mencionou o presidente americano, Joe Biden, o primeiro-ministro do Japão, Fumio Kishida, o primeiro-ministro do Canadá, Justin Trudeau, o presidente da Indonésia, Joko Widodo, e o presidente da Coreia do Sul, Yoon Suk-yeol.

No sábado 20, Zelensky fez o mesmo tipo de agradecimentos e citou os representantes de cada país com quem teve reunião bilateral, incluindo o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

Lula, que se esquivou do encontro com o ucraniano, não é citado. A imagem do petista não aparece nem mesmo nas edições de vídeo divulgadas pelo ucraniano nas redes sociais.

domingo, 21 de maio de 2023

A FELICIDADE DIÁRIA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Tem essa tirada irônica: "Se você acorda mal, muito cedo, deixe para acordar ao meio-dia. Ora bolas!"

Tem quem acorde melancólico ou com raiva do mundo.

Dificilmente, amanheço mal humorado. Acho que não pode existir felicidade maior do que dormir e acordar. Saber-se presenteado por mais um dia de vida.

Momento de pensar, redefinir o que somos e no que nos transformamos. Algumas doses de saudade, vá lá.

O amanhecer pode trazer novas possibilidades.

Muitos vão achar que é um raciocinio besta ou óbvio demais. Não acho.

Se bem que, também, escrevo crônicas açucaradas, com quedas para a autoajuda.

Minha escrita vem do que sinto e isto é inevitável.

Quantos de nós não consegue, sequer, dormir sossegado, quanto mais acordar bem.

Quem sente dores lancinantes e incessantes durante a noite, para as quais os analgésicos têm pouco efeito? Obrigado a levantar com dificuldades, até para tomar um banho sozinho.

Dormir e acordar. Não é demais pensar nisso como um milagre de cada dia.

Lembrando o grande Antônio Maria: "Se eu estiver dormindo, deixe. Se estiver morto, me acorde".

sábado, 20 de maio de 2023

Lira: Deltan Dallagnol vai ter direito à ampla defesa na Câmara - Fonte Revista Oeste.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), disse, nesta quarta-feira, 17, que a perda do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR) tem de ser analisada pela Corregedoria da Câmara.

“A Mesa seguirá o que determina esse ato: a Câmara tem de ser citada, a Mesa informará ao corregedor, o corregedor vai dar um prazo ao deputado, o deputado faz sua defesa e sucessivamente”, disse Lira. “O mandato deve ser cassado somente por esta Casa.”

Na ocasião, Lira respondia a uma questão de ordem do deputado federal Maurício Marcon (Podemos-RS). Na terça-feira 16, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) cassou o mandato de Deltan Dallagnol. A Corte entendeu que ele tentou “burlar” a Lei da Ficha Limpa ao deixar o Ministério Público sob, segundo o tribunal, risco de ser condenado em processo administrativo.

A Constituição garante que os deputados cassados pelo TSE têm direito à ampla defesa na Câmara. Desse modo, a perda do mandato tem de ser declarada pela Mesa da Casa, de ofício ou mediante provocação, assegurada pela ampla defesa. O parlamentar tem cinco dias úteis para se defender.

sexta-feira, 19 de maio de 2023

J.R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 17 de maio de 2023.

A operação conjunta entre o governo Lula e os tribunais do alto judiciário para desmontar a democracia no Brasil através de atos administrativos acaba de dar um novo passo, um dos seus mais agressivos até agora. Neste caso, utilizaram uma de suas armas preferidas: a anulação da vontade da população, expressa em votos nas eleições organizadas por eles mesmos. Quem discorda de nós elegeu algum nome forte para o Congresso? Nenhum problema: a nossa polícia eleitoral cassa o mandato que o povo lhe deu e fica tudo resolvido. E se aparecer um outro deputado incômodo, mais à frente? Aplica-se o mesmo remédio.

A cassação do mandato do deputado federal Deltan Dallagnol, o mais votado do Estado do Paraná, é um insulto grosseiro à liberdade de escolha do eleitor brasileiro – um direito elementar em qualquer sistema democrático. Mais que isso, é um exemplo claro e objetivo da principal ferramenta que a esquerda vai usar, nesta destruição por etapas da democracia, para resolver o problema geral das eleições – a cassação dos mandatos dos adversários na “justiça eleitoral”. Não importa a insanidade das decisões. 

No caso, num país onde o presidente da República foi condenado pelos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro em três instâncias, e por nove magistrados diferentes, Dallagnol foi cassado com base na Lei da Ficha Limpa — embora não tenha sido condenado por nada, nem quando apresentou sua candidatura e nem agora, e a sua ficha seja muito mais limpa que a de Lula. 

Mas o TSE decidiu que ele pode vir a ser punido no futuro, e daí a sua ficha ficaria suja; nesse caso, para não haver algum problema mais adiante, cassa-se o mandato hoje.

Deram essa desculpa; poderiam, na verdade, ter dado a desculpa que quisessem, pois o fato é que ninguém aí está minimamente interessado em cumprir lei nenhuma. O deputado Dallagnol não foi julgado; seu julgamento não chegou a levar 1 minuto, o que mostra o grau de seriedade com que o TSE tratou o seu caso. 

Também não foi cassado por causa da Lei da Ficha Limpa, ou por qualquer outra razão de ordem legal. Foi cassado porque exerceu a função de principal promotor da Operação Lava Jato, e isso é um crime político grave no Brasil de Lula e dos seus sócios no aparelho judicial. 

Não basta, para eles, terem liquidado por completo a maior operação contra a corrupção que já foi feita na história deste país – e tirado todos os ladrões da cadeia. Chegou a hora, com Lula na presidência, de se vingar de quem cumpriu a lei e trabalhou em suas condenações.

quinta-feira, 18 de maio de 2023

Instituto Cultural do Cariri empossará três novos sócios no próximo sabado, 20 de maio

Fonte: A Hora da Notícia - Antônio Vicelmo, Rádio Samzoom FM 106.5

   Dentro da programação pelos 70 anos de sua fundação, o Instituto Cultural do Cariri empossará, em sessão magna,  três novos sócios, no próximo sábado, dia 20 de maio. Na cadeira que tem como patrona a Professora Violeta Arraes de Alencar Gervaiseau, assumirá o economista Joaquim Pinheiro Bezerra de Menezes, sobrinho da ex-reitora da URCA.

     Os outros dois novos membros do Instituto Cultural do Cariri, na categoria de Sócios Honorários são: o Dr. Geraldo Bezerra de Menezes, oriundo do ramo desta família, que teve origem em Crato, residente na cidade de Niterói, Estado do Rio de Janeiro. O outro Sócio Honorário é o renomado escritor Dr. Flávio Ottoni Penido, bisneto da cratense Maria Luiza Bezerra de Menezes, que deu origem ao ramo dos Bezerra de Menezes em Minas Gerais.

     Para participarem da sessão magna do Instituto Cultural do Cariri chegará no próximo sábado a Crato uma comitiva dos Bezerra de Menezes, que residem em Niterói, além do Dr. Geraldo, também estarão em Crato: os doutores Raphael Bezerra de Menezes da Costa, Marcos Bezerra de Menezes e sua esposa a educadora dona Zuleica.

       O Instituto Cultural do Cariri, além da solenidade de posse dos três novos sócios, prestará uma homenagem ao clã dos Bezerra de Menezes, que hoje se espalha por outras regiões do Brasil. Durante a sessão magna, o historiador Armando Lopes Rafael fará a saudação aos integrantes da família Bezerra de Menezes que hoje tem destaque em várias atividades profissionais e culturais nos Estados do Rio de Janeiro e em   Minas Gerais.

Quem são  os Bezerra de Menezes

   Tendo como figura mais conhecida o Brigadeiro Leandro Bezerra de Menezes, o primeiro General-Honorário do Exército Brasileiro, nascido em Crato e considerado o fundador da cidade de Juazeiro do Norte, os primeiros membros da família Bezerra de Menezes chegaram ao Cariri – juntamente com outras famílias que povoaram o nosso vale – no alvorecer do século 18.

     Descendiam eles de antigas famílias que de Portugal se transportaram para o Brasil. E, no Cariri, à força de trabalho, probidade e ótimos costumes, o clã Bezerra amealhou um bom patrimônio, ganhando destaque no Sul do Ceará.

   Em 1740, ano do nascimento do Brigadeiro Leandro Bezerra Monteiro – antes, portanto, do surgimento da Missão do Miranda, que deu origem à cidade de Crato – esse grupo familiar já habitava a Fazenda dos Currais, uma larga extensão de terra, com início no território de Crato e se espraiando até as atuais terras do município de Juazeiro do Norte.

quarta-feira, 17 de maio de 2023

Em busca do retrocesso perpétuo - J. R. GUZZO.

Lula, o PT e a esquerda têm de segurar o Brasil na miséria, na ignorância e no atraso; ou é desse jeito, ou não existem. 

É daí que vêm os votos que lhes permitem estar no governo.

As coisas no Brasil de hoje, e na maior parte destes anos 2000, ficam mais fáceis de entender se você partir de uma constatação básica: o programa de destruição que Lula, o PT e a esquerda vêm aplicando contra a população brasileira quando estão no governo tem um método. 

Não é apenas a roda da fortuna e do azar, que trazem para os países subdesenvolvidos, junto com a maré enchente e a maré vazante, a incompetência, a desonestidade orgânica e a pirataria do dinheiro público — as marcas mais óbvias dos quase 14 anos em que eles estiveram na presidência da República. 

O Brasil, certamente, deu azar nesse período. Foi governado por gente integralmente inepta, sem qualquer qualificação para dirigir sequer um carrinho de picolé — a começar pelo próprio Lula, o mais exibido de todos na sua incompetência sem cura. 

Mais: foi governado por parasitas que nunca trabalharam na vida, não de verdade; passaram suas existências simulando atividade no serviço público, na universidade ou em coisas assim, mas nunca foram capazes de produzir um único parafuso. 

Sua obsessão, o tempo todo, foi arrumar empregos bem pagos (empregos, não trabalho) na máquina estatal, onde estão até hoje, aos milhares e para sempre. 

Mais do que tudo, roubaram como nunca se roubou no Brasil ou no mundo — comandaram o maior sistema de corrupção jamais visto na história humana, provado na justiça com confissões, documentos e devolução voluntária de dinheiro roubado. 

Tudo bem: você está cansado de saber que é assim. O problema é que a soma de tudo isso não é o pior. O pior é que o Sistema Lula age desta maneira porque não pode agir de outra — se fizer diferente do que tem feito vai cair morto, direto, e o instinto de sobrevivência simplesmente não admite que isso venha a acontecer.

OS "ENTENDIDOS" - Por Wilton Bezerra, comentarista eneralista.

Não me venham com "rabo de galo", dizendo que é vermouth.

Os esquemas de jogo são configurações para "iniciar os trabalhos".

Quando a bola rola tudo, vai se modificando drasticamente.

Os "entendidos" preferem se apoiar nas platitudes táticas.

Não há necessidade de complicar as leituras.

De forma simples, sem empolação, dá para explicar o jogo, sem o ar professoral.

"Transição" e "reativo" para falar do velho contra-ataque. E outras bossas.

São argumentações arquejantes, que atrapalham quem busca captar o que está realmente ocorrendo no jogo.

Futebol é poesia. E o que é poesia, senão dizer o complicado de forma simples?

terça-feira, 16 de maio de 2023

Joaquim Barbosa critica Lula: ‘Muita propaganda' - Revista Oeste.

 

Ex-ministro do STF declarou apoio ao petista nas eleições presidenciais de 2022

O ex-ministro Joaquim Barbosa acredita que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva precisa de mais sobriedade. Em entrevista ao jornal Valor Econômico, publicada nesta segunda-feira, 15, o ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) disse que o petista está seguindo a mesma linha de Jair Bolsonaro.

“O governo também precisa um pouco mais de sobriedade”, disse Barbosa, que apoiou Lula nas eleições presidenciais de 2022. “Está seguindo a linha do Bolsonaro, com muita propaganda. É preciso sentar e, com moderação, tomar as decisões importantes para o país sem necessidade de todo esse foguetório.”

Lula apresenta quadro de tristeza e ansiedade - Por Revista Oeste.

Estado emocional do petista fica alterado quando percebe que não consegue fazer valer a sua vontade.

Pessoas próximas a Lula relataram que o presidente tem demonstrado tristeza e ansiedade, informou o jornal Folha de S.Paulo, nesta segunda-feira, 15. O estado emocional do petista fica alterado quando percebe que não consegue fazer valer a sua vontade, como no passado.

Cinco meses depois de assumir o terceiro mandato, Lula sofreu uma série de derrotas no Parlamento. Ele também não consegue mandar o Banco Central baixar os juros, em virtude da independência da autoridade monetária. 

Diversas outras iniciativas que teve, inclusive no plano internacional, não vingaram. Até a escolha de Cristiano Zanin, um de seus advogados, para uma cadeira no Supremo Tribunal Federal está sendo difícil. 

Isso porque até aliados de primeira ordem no Palácio do Planalto se opõem à nomeação de Zanin.

segunda-feira, 15 de maio de 2023

Ministra Cármen Lúcia - Quando presidente do STF - UOL.

"Na história recente da nossa pátria houve um momento em que a maioria de nós brasileiros acreditou no mote segundo o qual uma esperança tinha vencido o medo.

Depois nos deparamos com a ação penal 470 ( Mensalão ) e descobrimos que o cinismo tinha vencido aquela esperança.

Agora parece se constatar que o escárneo  venceu o cinismo. 

O crime não vencerá a justiça.

Aviso aos navegantes dessas aguas turvas corrupção e das iniquidades : criminosos não passarão a navalha da desfaçatez e da confusão entre a imunidade, impunidade e corrupção.

Não passarão sobre os juízes. Não passarão sobre a Constituição do Brasil.

Revendo parentes amigos - Por Pedrinho Sanharol.

No último  22 de Abril, depois  de um longo período sem  andar em Várzea-Alegre por conta  da pandemia,  visitei os  amigos Nicolau Sátiro e  sua esposa  Mundinha Bitu.

Foi um encontro agradável e muito prazeroso. Levamos um bom papo, contei histórias e ouvir outras.  Todas contadas por um  com o testemunho dos outros.  Resgatamos um passado  de muitas saudades. 

Conheci o Memorial Joaquim de Sátiro, um resgate precioso das famílias  paternas e maternas. 

Deixo aqui o meu  aplauso aos familiares pela  iniciativa.  Voltarei em breve e desta feita com mais tempo  para relembramos  historias  boas de contar e de ouvir.  Um grande abraço no casal.  Saúde e paz.

sábado, 13 de maio de 2023

DIFÍCIL PASSAGEM DE UM DEPUTADO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.


Em campanha para o segundo mandato, Otacílio Correia e sua comitiva chegaram a um lugarejo de Cariús.

Em restaurante de beira de estrada, foi solicitada galinha caipira para o almoço.

Depois da comilança, todos ficaram satisfeitos.

Só que na hora em que a conta foi apresentada, Otacílio se assustou com o alto preço cobrado pela dona do restaurante: "Minha senhora, pelo visto, galinha aqui está muito difícil, não?"

A mulher respondeu: "Difícil, aqui, é passar um deputado".

160 - O Crato de antigamente - Por Antônio Morais.

 


Monsenhor Raimundo Augusto.

Muito jovem vi de Várzea-Alegre para o Crato. Aqui estudei, fixei residência, exerci minha vida profissional e constituir minha família.

Duas personalidades prestimosas de Crato foram muito importante em minha vida. Sou um eterno devedor de suas participações na minha vida.

Monsenhor Raimundo Augusto como presidente do Banco do Cariri S/A me admitiu ao quadro funcional onde desempenhei todas as funções na agência do Crato.

Foi Monsenhor Raimundo Augusto quem celebrou o meu casamento e batizou os meus filhos. Monsenhor Raimundo Augusto, um grande amigo, um extraordinário religioso, mestre  no ensino da "Doutrina  Cristã".

Dr. Eldon Gutemberg Cariri.

Profissional da medicina, com especialidade em pediatria, ginecologia e obstetrícia, amigo de brandura impar, cuidou dos pré-natais dos meus filhos com toda lhaneza, atenção e esmerada responsabilidade. Homem honrado, inteligente, dedicado que traduzia muita confiança aos seus pacientes.

Dr. Eldon foi aquele que teve verdadeira e perfeita caridade, que em nada se buscou a si mesmo, que de ninguem teve inveja  e que procurou sobre todas as coisas ter alegria e felicidade em Deus.

Uma historinha dele que gosto de lembrar sempre : Estávamos eu, minha esposa e outros casais na ante-sala de seu consultório quando ele entrou, cumprimentou a todos e a todas. Do meu lado uma senhora, talvez no oitavo mês, segurava entre os dedos um cigarro aceso as baforadas.

Dr. Eldon se aproximou e lhe disse : "Não faça isso não, você está se envenenando e prejudicando o seu bebê. Se não puder fazer por você faça por ele que é indefeso".

Educadamente, foi com sua "santa mão" e retirou o cigarro de entre os dedos daquela senhora, apagou e jogou no lixeiro".

Dr. Eldon Gutemberg Cariri - Esse sorriso caracterizava sua personalidade de paz completa, amizade, harmonia interior  e  muita confiança em si e em Deus.

Assassinos da esperança - A primeira que matam ou a ultima que morre? - Por Xico Bizerra


Dona Ética bateu mas ninguém abriu-lhe à porta. Insistiu, e nada. Ouviu – atentos ouvidos tem a Dona Ética, passos de dentro da sala. Certamente, alguém veio ao olho mágico observar quem era a visita.

Identificada como incômoda, a porta não foi aberta. Dona Ética pensou insistir mais uma vez mas, já tinham lhe dito, não adiantaria: ali ninguém lhe daria ouvidos. Seria perda de tempo. Desistiu. Saiu prometendo a si mesma não mais querer conversa com aqueles homens de paletós, cuecas e meias fartas.

Dali, já atrasada, foi ao sepultamento da amiga Esperança.

quinta-feira, 11 de maio de 2023

O PROGRESSO E A PRESERVAÇÃO DA MEMÓRIA - Por Antonio Gonçalo.


Há um dilema constante entre o progresso econômico e a preservação dos valores culturais, edificações, costumes e bens antigos. A medida que o tempo passa, vemos que vão se esvaindo imagens físicas e sentimentais que cultivamos ao longo da vida. Quase sempre em favor da implanção de ações econômico-financeiras. 

Um dos objetivos específicos de uma conunidade é conhecê-la a si mesmo e, nesse particular, seu passado arquitetônico é um estoque profícuo tanto em pesquisa quanto em valor sentinental. Porém, nem todos sabem ou cultuam esse intrincado trabalho  de entender e/ou propiciar riqueza sem destruir os bens comuns da sociedade.

Pela minha formação profissional, tenho quase que a obrigação de defender o desenvolvimento sócio-econômico do país, mas, por minha origem e sentimento bairrista interiorano, continuo sôfrego diante das imagens sentimentais e físicas que vêm desaparecendo dos cenários urbanos. 
Com relação à Várzea Alegre, município onde nasci e me criei, é natural que guarde um sentimento particular maior e cheio de imagens do passado. Portanto, a cada dia que lá retorno sinto como que pedaços da cidade tenham desaparecido. 

É que muitos casarões e prédios antigos estão dando lugar às intalações de modernas empresas de coméricio e serviços, o que de certa forma é bom, em termos gerais, pois sigifica geração de mais empregos, renda e tributos.

Fui tocado por esse sentimento nostálgico na "Semana Santa" que passou, pois no Bairro Sanharol, onde moram meus pais, familiares e amigos, constatei que um casarão construído no final do céculo XIX, que pertencia aos ancestrais da família Bitú, havia sido demolido. No lugar já estavam sendo erguidas as estruturas onde funcionará um moderno restaurante. 
Sucesso para o empresário, futuros colaboradores e clientes.

Estadão: ‘Lula quer impor o atraso petista na marra’.

Jornal diz que petista é incapaz de vencer sua natureza autoritária.

O presidente Lula, durante o aniversário de 43 anos PT, em Brasília - 13/02/2023 | Foto: Mateus Bonomi/Estadão Conteúdo

O jornal O Estado de S. Paulo reconheceu nesta quarta-feira, 10, que o presidente Lula “quer impor o atraso petista na marra”. Em um editorial, o Estadão criticou o chefe do Executivo, por tentativas de reverter avanços obtidos em governos anteriores, como a privatização da Eletrobras e o Marco do Saneamento.

“Lula desrespeita ao mesmo tempo o Congresso e os muitos eleitores que nele votaram não por simpatizarem com a embolorada agenda lulopetista, mas apenas para impedir que Jair Bolsonaro se reelegesse”, observou o jornal.

Em outro trecho do editorial, o Estadão disse que o petista “é incapaz de vencer sua natureza autoritária, convenientemente camuflada pelo figurino de democrata”. Além disso, o jornal admitiu que “bastaram alguns meses de governo para perceber que Lula, sem nenhum pudor, quer impor o atraso petista na marra, recorrendo ao Judiciário para tentar desfazer o que foi decidido pelo Congresso Nacional”.

“Lula quer fazer o relógio do Brasil andar para trás”, constatou o Estadão. “Cabe ao Supremo dizer a ele que isso não pode.”

CAMISINHA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Mais um causo do saudoso deputado e empresário Otacílio Correia.

Quando surgiu a camisinha, as pessoas sentiam-se inibidas ao solicitar o preservativo nas farmácias.

O deputado Otacílio Correia dirigiu-se à farmácia Pasteur, para comprar um preservativo.

Ao invés de encontrar o funcionário Alberto, que sempre lhe atendia, deparou-se com uma vendedora: "O que deseja, senhor?"

"Quero um sabonete", respondeu Otacilio.

A moça perguntou: "Só isso?"

"Bote, também, uma pasta e um shampoo", acrescentou o deputado.

Ao receber uma cédula que dificultou o troco, e desconfiada da verdadeira intenção de compra, a vendedora perguntou: "O senhor não quer levar uma camisinha de troco?"

Otacilio concordou, todo encabulado.

quarta-feira, 10 de maio de 2023

A INDIGNAÇÃO COMO MODA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

"O dom da indignação nos faz enxergar as injustiças, antes dos outros". "Não basta, apenas, se indignar".

A indignação tem sido tema de crônicas e frases que a gente comete.

É impossível não ficar  indignado diante das crueldades do Mundo.

Acontece que há uma indignação que nos incomoda, por ter virado moda.

Um meio que certas personalidades utilizam para  chamarem atenção para si. Uma forma de heroicizar-se.

Sorte nossa que toda moda envelhece.

Muitos indignados, sem estatura moral nenhuma, a apontar o dedo contra tudo e todos.

Não precisamos nos esforçar para identificar, na mídia, o exército de indignados travestidos de paladinos da justiça.

E tomem receitas morais para incendiar o público consumidor da revolta da hora.

Os veículos desejam audiência, as pessoas gostam de dramas e a verdade fica para depois.

Com isso, gera-se a emoção da indignação excessiva e viciada.

Por trás dos paladinos morais, escondem-se canalhas oportunistas.

Olho vivo, minha gente.

terça-feira, 9 de maio de 2023

José Cavalcante, politico paraibano - Por Antonio Morais

José Cavalcanti, (1918 -1994) político Paraibano, Prefeito, Deputado, era muito engraçado e sarcástico. Escrevera muitos livros entre eles, Potocas, piadas e pilhérias; Casca e nó; Sem peia e sem cabresto; Bicho do cão; Gaveta de sapateiro; Bisaco de cego; Quengada de matuto; Papo furado; Espalha brasas; Rabo cheio; Caga-fogo; Busca-pé; Um setentão; e outros tantos. Assumiu a sua Cadeira na Academia Paraibana de Letras, no dia 19 de setembro de 1981.

Essas são de 1969, porem super atuais:

Numa eleição, primeiro aparecem as dúvidas, depois as dívidas.

Político pobre é como mamoeiro: quando dá muito dá duas safras.

Um político na sela e um eleitor na garupa, o cavalo é do eleitor.

Eleitor de político pobre é como eco: responde, mas não vem.

Político pobre é como jabuti: tem as pernas curtas.

Político não mente: inventa a verdade.

Político pensa uma coisa, diz outra, e faz o contrário.

Quando o político diz que tem dúvidas sobre uma coisa, no íntimo já tem certeza.

A política é cega: o seu guia é o interesse.

A Ambição política é como tosse: ninguém consegue escondê-la.

O triste na política é pensar que o amigo está lhe traindo, e ver que está mesmo.

Político é um sujeito hábil que nunca falha na solução de um caso, se o caso é dele.

Político sabido é o que vende os correligionários e compra os adversários.

O político sempre deixa pra amanhã o que promete hoje.

Quando dois políticos confabulam e negociam, um terceiro será vítima.

Deputado é um sujeito que adora discussão, mesmo sem saber o que discute.

Político é como mandacaru: nem dá sombra nem encosto.

Quem faz política é como quem amassa barro: não tem medo de respingos de lama.

Quem faz política é como quem atira no vôo: só aperta o gatilho na hora certa.

Em política não se tem alternativa: ou engana ou será enganado.

A reeleição é mais uma oportunidade que o povo dá ao político pra ele errar de novo.

Política também é uma religião: o poder é o paraíso, a oposição o purgatório e o ostracismo, o inferno.

Governo é como dono de roleta: todos torcem contra ele.

Político é como gato: pede miando e come rosnando.

Governo não faz saneamento básico, porque esgoto é como erro de médico: a terra esconde.

Político, em campanha, é como taxista: se oferece sem ser chamado.

Político é como vendedor de fumo em corda: mede comprido e corta curto.

Bajulação é como moeda falsa: compromete tanto quem a dá como quem a recebe.

Político é como relógio: uns adiantam, outros atrasam, poucos regulam.

A vaidade política é como água salgada: quanto mais se bebe, mais aumenta a sede.

O governo pode destinar o dinheiro para investimento ou para propaganda: com o primeiro ele conquista obras para o povo, com a segunda ele conquista povo para o governo.

Em política, a lisonja é como labareda: destrói a quem abraça.

Oposição é como pedra de amolar: afia, mas não corta.

Democracia sem oposição é como casa sem mulher: nela, vive-se triste.

Quem perde eleição é como quem apanha da mulher: não presta queixa a ninguém.

Oposição deve ser tratada como grama de jardim: tem o direito de viver, mas não pode crescer.

sexta-feira, 5 de maio de 2023

COM E SEM BOLA - Por Wilton Bezerra - Comentarista generalista.

Concordo que, no futebol que se joga hoje, as funções táticas são primordiais.

Em passado não muito distante, com mais espaços e jogadores de alta qualidade, o futebol era mais bonito de se ver.

Nei Conceição, craque-filósofo, é quem afirma: "O futebol atual devia ser menos atual".

A serviço de esquemas, todo jogador tem uma função. Sem a bola, depois de uma ofensiva, um retorno de 30 metros para recompor a marcação.

De outra forma, pressão na saída de bola do adversário, com marcação alta ou perseguição direta ao condutor da jogada. A escolher.

Com a bola, a coisa toda muda. Ao jogador: dar asas à sua imaginação. Não tem ensaio que substitua a capacidade individual.

Buscar o protagonismo, alojar o maior número de jogadores no ataque, sem abrir mão de uma alternância de jogo.

Há treinadores que julgam cumpridas suas obrigações, quando colocam seus times no ataque. O resto é com o jogador. Bem pensado.

Continuo achando possível celebrar um bom futebol, a despeito da rigidez e velocidade do protagonismo coletivo.

quinta-feira, 4 de maio de 2023

Sem ódio - Por o Antagonista.


Sérgio Moro, nas redes sociais, é a antítese do gabinete do ódio.

Ao comemorar seu sucesso no Twitter e no Instagram, ele reproduziu um desenho singelo com uma frase de João Paulo II:

“Não há paz sem justiça, não há justiça sem perdão, não há perdão sem amor.”

quarta-feira, 3 de maio de 2023

DIZ QUE OUVI POR AÍ... - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Ao unir um País continental como o Brasil, o velho rádio fez bonito o papel que lhe coube na história.

Sai ano, entra ano e nossas dores continuam. A dor independe de calendário.

Não somos responsáveis somente pelo que fazemos mas, também, pelo que deixamos de fazer.

Vamos acender a lanterna do celular, antes de esculhambar com a escuridão.

Se o "banho de cheiro" não ajudar, não vai atrapalhar, não.

O jeitinho é o atalho onde as ovelhas se perdem e nascem as serpentes.

É difícil ficar sábio sem saber o que está lendo.

O humor é o nosso pastor. O riso nos salvará.

O orgulho vem antes do fracasso.

Recordar é bom, mas machuca.

Se todo mundo sambasse, seria mais fácil viver.

A alegria do nada é a alegria desinformada.

Cada criança que nasce é um ancestral que volta.

Às vezes, falamos tanto de uma pessoa que ela se torna maior do que é.

Desistir da vida não é desforra.

Pouco tempo atrás, só contava no Mundo quem estava na TV.

Beber bem faz bem.

terça-feira, 2 de maio de 2023

A humildade triunfa - Postagem do Antônio Morais.


Você já imaginou algum político ou membro do Supremo Tribunal Federal andando no meio do povo assim?
Esse é Sérgio Moro, eternamente humilde. Quando o amor supera o poder e a humildade vence o orgulho e a vaidade.  

segunda-feira, 1 de maio de 2023

Corporativismo e Benefícios - Lindoval Oliveira.

A sociedade brasileira sempre foi afeita a benefícios e manteve uma postura de feudalismo. Nossas corporações militares, políticas, jurídicas e funcionários públicos assumem uma postura de classe privilegiada e não de servidores com obrigações constitucionais. 

Quando todos apertam os cintos em função das crises, estes se postam na defesa dos seus interesses e ainda procuram sensibilizar a sociedade em sua defesa. 

Uma sociedade só é mais justa se houver divisão de responsabilidades e benefícios para todos e para tanto os feudos precisam deixar de existir. Simplesmente não há como pagar tantos privilégios. 

Nos últimos anos acentuou-se muito a distribuição de benefícios como se o orçamento fosse algo elástico e ilimitado e muitos foram agregados a esta casta de privilegiados, o problema é que a conta chegou e como sempre ninguém assume a responsabilidade de pagar, então vamos transferir. 

Os pagantes de sempre já não suportam mais a carga por absoluta impossibilidade e em algum momento esta corda vai arrebentar e aí todos sofreremos.

Lindoval Oliveira é um ex-colega do Colégio Estadual Wilson Gonçalves. Mora em São Bernardo.