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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 4 de janeiro de 2025

244 - O crato de antigamente - Por Antônio Morais.

A concubina - Por Coronel José Ronald Brito

Um Major da Guarda Nacional que me reservo o direito de não revelar o nome, fazendeiro rico do Crato, ficou viúvo e se casou em segundas núpcias com uma pessoa de gênio forte, muito parecido com o dele.

Era costume da época, os ricos posuírem "amásias" e naquela família não foi diferente a dele já vinha do primeiro casamento.

O abastado mandou construir em seu terreno uma casa para o "ajoujo" de modo que da calçada do seu solar ele pudesse observar quem entrava e saia da morada.

Num certo dia, ele é que foi visto pela esposa visitando a moradora.

Antigamente, era costume de quem ia revisar terras a pé, munir-se de uma foicinha bem afiada para abrir picadas e enfrentar algum animal raivoso.

Retornando da incursão, o Major ao abrir a meia porta da residência, deparou-se com a esposa sentada numa rede, cuspindo sua furia aos quatro ventos.

Ele não deu uma palavra, e aproximando da rede de uma foiçada cortou o punho; e a madame foi ao chão.

Acredita-se que posteriormente eles chegaram a um bom termo, pois juntos morreram de velhos.

Conheci dois filhos do fazendeiro, um do primeiro casamento e outro da concubina, se fossem gêmeos não parecia tanto.     

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