
Sou mata-borrão.
Sou forte no teste, sou brisa do leste,
Sou pau de tição.
Sou visgo de jaca, sou vira-casaca,
Sou queima de Juda.
Sou cheio de manha, sou teia de aranha,
Sou Deus nos acuda.
Sou gente pacata, sou véu de cascata,
Sou homem capaz.
Sou contra questão, sou bom cidadão,
Sou grito de paz.
Sou fera da mata, sou nó de gravata,
Sou calo na mão.
Sou água do mar, sou luz de luar,
Sou raio e trovão.
Sou bolsa de palha, sou pau de cangalha,
Sou galho de pau.
Sou bicho papão, sou sombra de oitão,
Sou velho babau.
Sou água de pote, sou remo de bote,
Sou verso em cordel.
Sou caldo de cana, sou pura caiana,
Sou favo de mel.
Sou bala trocada, sou fim da picada,
Sou beira de rio.
Sou casca de toco, sou água de coco,
Sou noite de frio.
Sou cinza de lenha, sou mato da brenha,
Sou galho com ninho.
Sou bem comportado, sou bom de recado,
Sou um bom vizinho.
Sou fruta madura, sou erva que cura,
Sou lã de algodão.
Sou pau de giral sou pedra de sal,
Sou mão de pilão.
Mundim do Vale
Mundim.
ResponderExcluirAí está a segunda parte de seu belo poema.
Parabens.
Lindo! lindo!lindo!
ResponderExcluirMundim - Continuando o nosso papo:
ResponderExcluirSou terra sofrida. Sou amor de montão.
Sou tudo na vida. Sou teu velho torrão.
Sou Sul e sou norte. Sou tudo que vês.
Sou fraco e Sou forte e Sou de vocês.
Sou coração do mundo. Sou terra de paz.
Sou novo e profundo. Sou grande demais.
Sou lutador e amigo. Sou irmão de fé.
Sou esperado abrigo. Sou tua mãe até.
Sou a Pátria de amor Sou refugio geral.
Sou o teu protetor. Sou teu cabedal.
Sou vigorosa terra. Sou de encantos mil
Sou avesso a guerra. EU SOU O BRASIL.
Vicente Almeida