Exatamente como se fora, ei-lo de volta. Por entre estradas e pelo mundo, por entre o sol, cansado, suado, triste. A viagem, tantas léguas a pé, não lhe fizera bem. Seus pés doíam, suas costas doíam, sua cabeça doía. Doía-lhe o corpo inteiro, além da alma. Teria valido a pena? Só o tempo, com sua sabedoria, responderá a pergunta tão difícil de ser respondida. Mas viera. Cumprira seu destino e sua vontade. As coisas estavam no mesmo lugar, como se sua saída tivesse acontecido ontem e não há exatos 2 anos. Mesa, tamboretes, a taipa e a miséria. Até o bule do último café estava sobre a mesa com a toalha que um dia foi branca. Pra que e por que voltara? Nem ele mesmo sabe. Mais uma vez, deixava ao tempo a obrigação da resposta. Um dia se fora para o outro lado da estrada, para o outro lado do seu mundo, para o lado avesso do amor. Mas voltou.
Parabens Xico Bizerra.
ResponderExcluirMais uma bela cronica. Gostosa de se lê e de prazerosa reflexão.
É, Chico, o Tempo...Tudo!
ResponderExcluirUm abraço.