O verbo - luz do verso, luz da prosa.
Coluna vertebral da fala humana
Ausente num poema ou numa trova,
Retrata de pobreza franciscana.
A língua sempre tão melodiosa
Aos requebros do verbo; soberana
Nos tempos e nos modos, preguiçosa,
Sem eles, Adeus ares de bacana.
A custo, para trás os dois quartetos
Cadê engenhoso a arte, meu poeta
Para ele, o segundo dos tercetos?
Meu verso, outrora doce, hoje acerbo
Penoso até para uma fácil meta
Quanto mais pra soneto assim sem verbo.

Dom Helder Câmara
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Dificil trabalhar palavras, termos versos e estrofes sem o verbo. Só os grandes poetas conseguem.
ResponderExcluirParabens Jose Peixoto.