
Dom Helder Câmara
terça-feira, 1 de maio de 2012
Rosa Guedes tá no Crato 01 - Helder França.
Eu cansei de ficar presa
Nos matos sem diversão
Sem pudê ver as beleza
Da festa da ispuzição
Ontonce dixe: meu pai
Dessa vez a casa cai
Vai haver ispaiafato
Acabe, pai, cum orguio
Pruquê agora im juio
Vô passiá lá no Crato
O véio dixe: minha fia
Os tempos tão tão moderno
Cada noite e cada dia
Parece mais um inferno
As nutiça qui se tem
É qui ninguem faz o bem
O qui ixiste é matrato
Todo respeito acabôsse
Num quiria que tu fosse
Rozinha, nunca no Crato.
Mais agora já mintendo
Já posso fazer meus prano
O sinhor tá sisquecendo
Qui eu tenho dezoito ano?
E eu vejo o povo falando
Qui dezoito compretando
A gente é maioridade
E é pur isso qui digo
Nem qui se zangue comigo
Vô passiar na cidade.
Quero ver a ispuzição
As vendas de animar
Quero ver as diversão
Qui o povo diz qui tem lá
Quero oiá os carrocé
Os cavalim cuma é
E o som dos auto-falante
Me assubi nos avião
Dá volta nos minhocão
Rodá na roda gigante.
Até a proxima.
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Este poema do Helder França é completo. Mostra direitinho as diferenças entre os costumes da cidade e a verve do campo. Quanta diferença há. Ele envolveu na historia muitas personalidades conhecidas do meio social e econômico cratense. Grande Helder.
ResponderExcluirAbraços.