José das Meninas, assim chamado porque todos os filhos eram mulheres, casado com Dona Mariquinha, católicos fervorosos, devotos de São Raimundo, vivia do trabalho pesado na roça, o que lhe resultava em grandes dificuldades para família.
Das Dores, a filha mais velha resolveu ir embora para os lados da Amazônia, onde ficou um bom tempo sem dar noticias. Fundou um bordel e melhorou de vida. Sabendo das dificuldades das irmãs, em Várzea-Alegre, mandou buscá-las para lhe adjetorarem nas labutas do empreendimento.
O negocio prosperou e deu bons lucros. Mas, o pai era insatisfeito com as informações recebidas dando conta do oficio e funcionalidade das filhas.
Um dia, Das Dores resolveu vi a Várzea-Alegre visitar os pais. Quando tomou chegada o velho não deu a menor atenção. Com a mãe não foi diferente. Então, ela resolveu se queixar: Não vejo vocês há 30 anos, vi visita-los e sou recebida com esse desprezo e essa indiferença.
Eu trouxe até uma ajuda para vocês, mas, já que é assim vou voltar. Minhas irmãs mandaram 40 mil para vocês, mas, diante de tamanha desconsideração vou voltar e nunca mais aqui volto.
O velho, já bem mais calmo, coçou a cabeça e perguntou: Minha filha, que mal pregunte: Qual é mesmo a profissão de vocês por lá? Ela, braba como um siri na lata respondeu a todo pulmão: "Prostitutas".
Então, o velho já bem manso disse: Minha filha, "me adiscurpe", eu pensava que era "protestante". Se acomode, vá tomar um bom banho, durma um bocadin para descansar da viagem. "Tá vendo Mariquinha, conversando é que se entende, as bichinhas nem têm curpa".
O dinheiro é capaz de tudo. José das Meninas empolgou-se com a quantidade de dinheiro e logo mudou de idéia, resolveu prestar uma assistência mais amorosa a filha, que foi recebida com muita frieza em consequencia do compartamento por ocasião da criação do bordel.
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