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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sábado, 26 de outubro de 2024

179 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Já perdi a conta das histórias que  contei de Mundim do Sapo. Aí vai mais uma para o deleite dos leitores.
Mundim do Sapo  falou com João de André, o conhecido Manga Mucha uma parte de terra na Betânia para plantar um lastro de feijão.
Começo de Janeiro daquele ano, inverno bom,  muita chuva o feijão nasceu viçoso e o mato também. Mundim pediu para o João de André mandar limpar  o feijão, e, foram escalados para o serviço os filhos Joaquim,  Chico, André e Lourival.  
No mesmo dia a roça estava no jeito e os meninos esperando a vinda do Mundim para um possível acerto financeiro, já que  transcorria na cidade a festa  de nossa Senhora Aparecida e a atração principal era a "Roda Gigante"  do parque de diversões Lima.
Quando Mundim do Sapo chegou no local os meninos estavam  com o bico doce, num pé e  noutro, alegres como pinto no monturo.
Mundim falou : João, eu pedir para você  mandar limpar o meu feijão e estou vendo que o serviço foi feito. Quero que me diga quanto foi o trabalho para que eu possa lhe pagar. João de André respondeu : "Não precisa pagar nada, seu filho de uma égua veio besta".
João de André pagava caro para  ter o direito de chamar um de "fi de uma égua". Os meninos não acreditavam no que viam e tiveram uma grande decepção com a decisão do pai. 

Adeus roda gigante.



3 comentários:

  1. Não existia coisa melhor no mundo para o meu parente João de André do que chamar um de "fio de uma égua". Aos Domingos ele gostava de visitar os parentes no sitio Atoleiro. Na ida e na volta passava bem devagar na frente da casa de meu pai para ser impinjado e dizer meia duzia de nomes feios. Um dia, por volta de 17 horas ele retornava e quando se aproximou de casa o meu pai disse : João eu não vou lhe oferecer um café porque pode fazer mal as mangas que você chupou no Atoleiro.

    Pra que foi falar isso : "Ofereça seu café para a puta que pariu, filho de uma égua veio". O bom é que depois de um rosário de nomes feios se aproximava e morriam de ri juntos.


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  2. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkjkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkl

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    1. Uma gargalhada dessas não tem dinheiro que pague. Pena que é de forma anônima. Mas, eu tenha uma ideia de quem possa ser.

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