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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


terça-feira, 12 de março de 2019

UMA VOCAÇÃO PARA O CEARÁ - Por Antônio Gonçalo de Sousa.


Asa branca - ave simbolo do nordeste brasileiro.

Há muito tem-se que o Nordeste Brasileiro e, especialmente a região semi-árida, apresenta inúmeras dificuldades de se sobressair-se no setor primário, dada a sua interdependência das condições climáticas adversas.

O Ceará, por possuir uma maior porção do seu território dentro desse clima seco, sofre desregradamente as agruras  e dificuldades de auto definição produtiva no setor primário. Em que pese alguma substância de produtividade na pecuária leiteira e na agricultura irrigada, mas, mesmo assim, com os últimos anos de seca, esses setores têm amargado muitas dificuldades.

Diante das intempéries e da necessidade premente de reversão desse quadro de avaria, principalmente na produção agrícola de sequeiro em pequena escala, julgo que um dos pontos fortes do Ceará no futuro próximo será o turismo (Praias, serras e religiosidade) e a logística moderna ( Hubs da navegação, da aviação e internet).


Vaqueiro nordestino simbolo da resistência e coragem.

Contudo, convenhamos que, associadas a essas inovações empreendedoras em ascensão, poderiam ser explorados, no interior, diversas atividades, tais como, artesanato, produção de hortifrutos, ovinos/caprinos, aves caipira, comidas típicas pré-cozidas etc, com o intuito de oferecer produtos diferenciados para os frequentadores diversos dessas atividades do supra-mercado.

Mas, no meu ponto de vista, há uma inanição e auto-dependência das pessoas às "indulgências" do governo e, por outro lado, um aparente desânimo das correntes de impulsão do pequeno agricultor, notadamente nas áreas de pesquisas, assistência técnica e extensão rural, sem que se queira aqui vincular essa deficiência aos profissionais da área.

Desse modo, é de se pensar que se não houver um redirecionamento de rota, a tendência é termos mais vândalos, viciados e criminosos no interior do estado e nas periferias das cidades, pois o Sul do país, ao contrário das décadas de 1970/80, já não está mais acolhendo essa mão-de-obra desqualificada do Nordeste. E, como aqui, as exigências e dificuldades de socialização lá no Sudeste cada vez aumentam mais.


3 comentários:

  1. Um texto muito bem elaborado e cheio de razoabilidade. Parabéns.

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  2. Vale esclarecer que a síntese do artigo é um alerta para que os governos federal, dos estados e dos municípios cuidem rápido de implementar projetos de inclusões produtivas e laborais, para que o setor primário cumpra com o seu potencial de geração de emprego e renda.

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  3. PONHO MUITA FÉ NO TURISMO E EM ALGUNS SETORES PELA PROXIMIDADE COM O MUNDO , MAIS MUITO DO QUE FOI CITADO TENHO UM PE ATRAZ , NÃO VOU COMENTAR DARIA MUITAS PÁGINAS .

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