Utilizando-se de um eufemismo, os golpistas de 15 de novembro de 1889 apelidaram aquela quartelada de “Proclamação da República”. Com este pomposo nome ela passou à história. Tem mais: por decreto o 15 de novembro passou a ser mais um “feriado nacional”. Que nunca foi comemorado pela população brasileira, diga-se de passagem.
Este ano o aniversário da “proclamação” (que nunca houve) cairá num domingo. E a data, de forma excepcional – devido à pandemia do vírus chinês – foi escolhida para a realização das eleições municipais. Anteriormente, elas eram feitas no primeiro domingo de outubro. Mais um motivo para ninguém lembrar esse “feriado oficial” inútil e sem justificativas. Até porque a República nunca se popularizou entre nós. O levante de uma minoria contra a monarquia, seguida da expulsão da honrada Família Imperial – nas caladas da noite, com medo da reação do povo que não participou do golpe – teve (e continua a ter) repercussões negativas até os dias atuais.
Quantas lembranças tristes formam a herança desta república brasileira! Uma delas, talvez a maior, foi o primeiro genocídio feito após a nossa independência de Portugal. Segundo um artigo de Lourdes Nassif, publicado em 15-11-2013, no Jornal GGN: “O regime republicano teve como batismo uma das mais criminosas páginas da nossa história: o massacre de Canudos. O governo republicano, temendo que o arraial chefiado pelo Beato Antônio Conselheiro fosse um levante em favor da restauração da monarquia, mandou os escrúpulos às favas e ordenou a sua total destruição. Velhos, mulheres e crianças foram exterminados. Muitos dos que não morreram durante o bombardeio e a invasão do exército foram degolados. Quase não restaram sobreviventes. Os temores infundados da perda dos cargos e benesses levou-os à solução final para aqueles sertanejos”.
Esta, a mais cruel dentre algumas ações do governo republicano do Brasil...
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
O golpe patrocinado pelo Marechal Deodoro da Fonseca resultou numa republica podre, governada por poderes não autônomos e sim cumplices do crime. Até os generais subservientes e servis que fazem parte do governo causam nojo e desnobrecem o exercito nacional tramando e acobertando crimes das mais diversas autoridades.
ResponderExcluir