Em
meio à mediocridade – com raríssimas exceções – dos políticos
brasileiros, leiam abaixo a mensagem do Príncipe Dom Luiz de Orleans e
Bragança – este sim, um verdadeiro estadista! São palavras elevadas, frutos do equilíbrio, sensatez, serenidade e sensibilidade de Dom Luiz.
MENSAGEM DO CHEFE DA CASA IMPERIAL DO BRASIL
Meus muito caros brasileiros,
No dia 1º de abril de 2020, quando os graves efeitos da pandemia do
novo coronavírus apenas começavam a ser sentidos em nosso País, julguei
ser de meu dever, como Chefe da Casa Imperial do Brasil, dirigir-lhes
palavras de Fé, esperança e caridade. Passado um ano desde aquela
comunicação, acredito ser oportuno revisitar os pontos ali levantados, à
luz da experiência obtida desde então.
Com profunda
consternação, quero, antes de tudo, lamentar a perda irreparável de
321.515 vidas colhidas neste período no Brasil, segundo dados oficiais
do Ministério da Saúde. Rogo a Deus Nosso Senhor, por intermédio da
Santíssima Virgem, pelo eterno repouso dessas almas, e ofereço orações e
solidariedade, em meu próprio nome e em nome de toda a Família
Imperial, às famílias enlutadas e àqueles que vêm sofrendo, direta ou
indiretamente, em função da crise sanitária.
De outra parte,
não posso deixar de comemorar o fato de mais de 11 milhões de nossos
compatrícios – dentre os quais alguns de meus próprios irmãos, cunhadas e
sobrinhos – terem superado a moléstia. Apesar dos problemas e das
dificuldades por todos nós bem conhecidos, pode-se afirmar que o Brasil
tem enfrentado esta verdadeira guerra, travada não em trincheiras, mas
sim em leitos hospitalares, da qual pelo favor de Deus, e pelo valor de
seus filhos, há de sair vitorioso.
Neste sentido, devemos
louvar o devotamento incansável de nossos cientistas, médicos,
enfermeiros e outros profissionais de saúde que, com não pequeno risco
para suas próprias vidas, têm se empenhado no combate e tratamento da
doença; o trabalho e o sacrifício desses profissionais – assim como os
dos chamados “trabalhadores essenciais”, que, a bem dizer, mantêm o País
funcionando durante a calamidade – será sempre digno de toda a nossa
admiração e reconhecimento.
Convencido como estou de que o
fim do flagelo não tardará, conclamo as Autoridades Constituídas em
nível federal, estadual e municipal a deixarem de lado quaisquer
discordâncias políticas e cooperarem, segundo suas legítimas
atribuições, neste já dolorido esforço em prol da saúde do povo
brasileiro. Recomendo-lhes ainda olhar com particular atenção a aflição
de médios e pequenos empresários, profissionais liberais, autônomos, bem
como os trabalhadores em geral e suas famílias, duramente atingidos
pela crise econômica resultante da pandemia; o Brasil é lar de uma gente
generosa, laboriosa e inovadora, que saberá superar mais esta crise,
fazendo uso dos recursos com os quais nos dotou largamente a Divina
Providência.
Agora, uma vez mais, como católico, sinto ser
necessário externar minha angústia ante a nova ameaça de fechamento das
portas das Igrejas do Deus único e verdadeiro, privando tantos e tantos
brasileiros de receberem os Sacramentos da Confissão e da Sagrada
Comunhão e, mais grave ainda, levando muitos a falecer sem a Unção dos
Enfermos.
A prática da Religião é fator preponderante para a
saúde psíquica de um povo, de modo que renovo aqui o meu respeitoso
apelo aos membros do Clero para que – neste momento em que, com razão,
preocupamo-nos com a saúde do corpo – não deixem de cuidar da saúde das
almas e da salvação eterna de nossos irmãos, como tantos Santos o
fizeram por ocasião das pestes que assolaram as nações no passado. E
inspirado na Fé que moveu aqueles Santos, animou os mártires e ergueu a
Civilização Cristã, convido todos à oração e à penitência.
Por fim, dirigindo-me de modo particular aos sempre leais monarquistas,
quero agradecer-lhes pelo exemplo de amor acendrado à Pátria, de
solidariedade e de busca do bem comum que souberam dar ao longo do
último ano.
Na cuidadosa observância das necessárias medidas
de resguardo, tem sido possível realizarmos pequenas reuniões, com
número limitado de atendentes. Contudo, permanece minha orientação para
que, por ora, Encontros Monárquicos e reuniões correlatas de maior porte
permaneçam sendo realizados sob o formato de videoconferência, deixando
que o uso sadio da tecnologia moderna transponha as vastidões
geográficas de nosso rico País de dimensões continentais. Tanto quanto
for possível, não faltará a essas beneficiosas conferências o concurso
de meus imediatos herdeiros dinásticos, os irmãos Dom Bertrand e Dom
Antônio e os jovens sobrinhos Dom Rafael e Dona Maria Gabriela.
Tenhamos
em mente que o impedimento é momentâneo, e que muito em breve poderemos
comemorar, todos juntos, o Bicentenário da Independência do Brasil, em
2022.
Encerro esta comunicação da mesma forma que fiz há um
ano: rogando a Nossa Senhora da Conceição Aparecida, Rainha e Padroeira
do Brasil, que leve consolo às famílias enlutadas, alento aos enfermos e
que abençoe e proteja esta Terra de Santa Cruz, a Ela consagrada por
meu tetravô, o Imperador Dom Pedro I, por ocasião do Grito do Ipiranga.
São Paulo, 1º de abril de 2021.
Dom Luiz de Orleans e Bragança
Prezado Armando - Uma mensagem que deveria ser lida, relida e refletida por todos. Infelizmente a republica é a fonte de pessoas sem Deus e geradoras da indiferença dos brasileiros.
ResponderExcluirOutro dia, eu vi um idoso montar na garupa de uma moto e colocar o capacete de maneira trocada. A parte da frente para trás. O mototaxista ao invés de colocar da forma correta sinalizou para os demais colegas o cenário do idoso sem visão. Saiu em velocidade para o delírio, algazarra, mangofa. Riram todos as gargalhadas.
A pandemia ninguém leva a sério, debocham, brincam, enquanto o problema é dos outros. Só se tocam quando infelizmente um dos seus se infecta.
Verdade verdadeira, meu caro Morais. No enfrentamento do vírus que veio da China, os desacreditados políticos brasileiros aproveitam para seus interesses partidários e projetos politiqueiros pessoais.
ResponderExcluirNão escapa um!
Isso sem aprofundar a roubalheira feita com o dinheiro liberado pelo Ministério da Saúde repassado para estados e municípios.
Ô gente ruim...