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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 31 de julho de 2023

Opinião - Deputado Federal Luiz P. O. e Bragança.


O ativismo judicial se aplica mais ao próprio STF do que a qualquer outro puder.
A maioria dos juízes nunca foi juiz, todos da mesma ideologia, não querem se reformar e ignoram o seu descrédito.
Os outros poderes são mais sensíveis, justos e equilibrados em comparação.

domingo, 30 de julho de 2023

"Blog do Antônio Morais" postagem inicial - Por Antônio Morais.


Dois nativos do Sanharol - André Menezes e Antônio Morais levando  um lero prazeroso.

Quando nascemos abrimos os olhos para o mundo, dentro de um ambiente que se nos vai tornando familiar, à proporção que os anos passam e à medida que nos vamos integrando nele. Tudo em torno de nós começa, aos poucos, a fazer parte da nossa própria vida até que, toma aspecto comum, sem que disso nos vamos dando conta.

A vida decorre placidamente, entremeada apenas por ligeiros encrespamentos, quando o próprio acervo do teatro em que nos movimentamos, desperta, e sai da sua casa quase letargia. Nossa imaginação se perde em fantasiar uma vida mais ativa, mais cheia de imprevistos que nos proporcione algo mais palpável, para satisfazer os nossos anseios.

O tempo passa, os primeiros arroubos são amortecidos e aí, então, acontece o que não esperávamos. Basta que distanciemos da paisagem amiga que nos acolheu e abrigou para que comecemos a sentir nostalgia e darmos vida a aquilo que, às vezes, passava despercebido. Longe começamos a rever, na imaginação, nos mínimos detalhes, aquele todo que nos pareceu tão igual, invariável e quase insignificante.


Vista do Sanharol a cidade, a Serra Negra e a lua a iluminá-las.

Sentimos algo se movimentar dentro de nós, uma sensação esquisita, agradável e benéfica que faz com que nos transportemos, pelo espaço ilimitado, e nos façamos presente ao tempo longínquo. 

Assim é que sem sabermos por que, aquelas pequenas coisas que nada significavam outrora, atuam em nosso espírito e despertam sentimentos que não supúnhamos fossem capazes de existir.

Passamos a viver com a sombra das imagens de tudo que deixamos para trás, e a dar vida e movimento ao que, ate então, estava inanimado. Veem-se recordações do tempo de nossa infância em que, livres e despreocupados, percorríamos alegres as veredas do incógnito para atingimos uma meta até certo ponto imaginaria.

Chegamos à quadra da nossa juventude quando os sonhos e as ilusões preenchiam totalmente aquela existência descuidada. Entramos então na realidade presente e vemos que todos esses pensamentos, que povoam o nosso cérebro cansado, são resultantes da saudade que nos atinge.

Começamos a nos interessar por informações que constam do nosso banco de dados, algumas delas contemporâneas, vividas e outras repassadas em conversas com pessoas que já não se encontram em nosso meio.

Na ausência de registros oficiais, essas informações verbais vão surgindo, pouco a pouco, e muitas vezes bem ao gosto das conveniências e dos interesses de cada época e cada povo, tornando-se reais para as gerações futuras.



ICONOCLASTIA - Por Wiltom Bezerra, comentarista generalista.

Com os campeonatos virando provas de resistência, jogar futebol não é atividade para os fracos.

Jogar bem e bonito tem prazos de validade cada vez mais reduzidos.

O Fluminense, de Fernando Diniz, e o Palmeiras, de Abel Ferreira, são exemplos disso.

O Botafogo impõe uma alta rotação de jogo e tem sustentado a onda de forma admirável.

Mas, as apostas do seu declínio já estão sendo feitas pelos "especialistas" do fracasso.

Considerado "fogo de palha", a princípio, o time da estrela solitária continua firme na liderança isolada do Brasileirão.

Quando clamamos por grandes  times jogando um futebol de alto nível, existe uma corrente que se diverte mais com a decadência.

São desejos iconoclastas de derrubar o líder, o grande time, a boa escola de futebol.

É impressionante a necessidade de assistir a destruição de quem se tornou forte.

Como se isso fosse a essência do futebol.

Depois de constatada uma queda, a necessidade de internalizar outra. Segue a insatisfação.

Isso não é torcer futebol. É outra coisa.

sexta-feira, 28 de julho de 2023

O MEIA ARMADOR QUE PENSAVA O JOGO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

É comum se ouvir dos treinadores: "Preciso de um camisa 10 que pense o jogo na meia-cancha e arrume o meu time".

Esse mantra se refere a um meia clássico imaginário, de passes longos ou curtos, que ficou perdido no passado.

Vamos ficar nos dois maiores exemplos do futebol brasileiro: Didi, o "folha seca", e Gérson, o "canhotinha de ouro".

No tempo em que no setor de meio-campo existia um "púlpito" para esse pensador das melhores jogadas.

Diga-se, com uma pontada de exagero: "Esse pensa pelo time todo!". Como se o restante da equipe fosse formado por descerebrados.

Pois bem. O futebol mudou, ficou mais rápido, mais físico e os espaços para o jogo diminuíram.

O meia clássico e imaginativo, que precisava de tempo e espaço para consecução de suas jogadas, foi o mais afetado com essas mudanças.

Outra coisa: times bem orientados passaram a jogar em 30 ou 40 metros. Se nessas medidas chegam a ficar dois times, com a evolução dos sistemas defensivos, desaparece, entre linhas, o espaço para o meia clássico elaborar.

Essa função, vejam só, passou a ser do volante que vem de trás (Caio Alexandre, do Fortaleza, é um), e até mesmo de um zagueiro que tenha bom passe.

De maneira que, dos meias de hoje, exige-se que joguem atacando e defendendo, de área a área.

Para fugir dessa leitura, sistemática e um pouco radical, diríamos que, ainda bem, contamos com craques desafiadores dessa nova ordem do futebol.

Classudos e competentes Arrascaeta, Ganso e Rafael Veiga destróem modernos paradigmas e fazem miséria nos curtos espaços entre as linhas.

Para o nosso raro deleite.

quarta-feira, 26 de julho de 2023

Crônica para o dia dos avós - Por Pedrinho Sanharol.

São Joaquim e Senhora Santana, avós de Jesus Cristo.

Família, é a principal criação que o Criador criou para a humanidade.

Aos filhos e netos.

"No dia em que nós não pudermos ir até vocês, não se esqueçam de vi até nós.

Se um dia nós não pudermos lembrar os seus nomes, venham nos lembrar quem vocês são.

Se um dia nós não pudermos expressar o nosso orgulho e amor por vocês, apenas sintam que em nossa alma nada disso se perdeu.

Vocês continuam e continuarão sendo a parte mais importante de nossas vidas. 

Lembrem-se sempre de "Maria Santíssima em suas preces, em suas vidas".

Foto de família - Antônio, Nair, filhos, genros, noras e netos.

LOUVORES AO DIA DOS AVÓS - Por Antonio Gonçalo de Sousa.

Avós paternos.

Instituído em 2003, pela Assembleia Portuguesa, em 26 de Julho é comemorado o Dia dos Avós. A data, por decisão do Vaticano, é celebrada mundialmente no Dia de São Joaquim e de Santa Ana, avós de Jesus Cristo. 

Em que pese ainda pouco lembrada, a data começa a despertar atenção. Torçamos para que sirva, não só como apelo comercial, mas também para evocar legados desses personagens tão importantes para sedimentação de valores culturais, cívicos e familiares.

Avós maternos.

Aproveito para externar minha gratidão particular aos meus avós paternos (Antonio Gonçalo Araripe e Maria Aninha de Sousa) e maternos (Raimundo Cesário de Souza e Maria Tereza de Jesus), todos já elevados para o campo celestial.

Considero que deles herdei alguns princípios importantes que me ajudaram muito ao longo do tempo. Gostaria de ter absorvido mais, mas julgo que o pouco que aprendi serviu e serve para me embrenhar pelas curvas e passagens boas da vida. 

No meu livro  "TROPEIRISMO NOSSO" - que escrevi com auxílio do irmão José Gonçalo, reportamos parte dos comportamentos e atitudes dos nossos avós, especialmente do avô paterno, Antonio Gonçalo Araripe, protagonista da estória.

Mas nossos avós maternos também tiveram qualidades e valores particulares merecedores de expressão em veículos literários do gênero. O tempo e o Grande Criador hão de propiciar a hora e meio adequados para tal.

Minha opinião particular e modesta é que ambos os casais, além de humildes e trabalhadores, eram perseverantes e tinham uma boa visão futurista. Prova é que, sem terem obtido nenhuma herança, angariaram créditos, educaram filhos, adquiriram respeito e alguns bens materiais importantes para a época. 

Parabéns aos nossos antepassados.

O rigor do PT com os crimes dos outros - O Antagonista.

O governo anunciou nesta sexta (21) um pacote de medidas relacionadas à segurança pública, batizado pelo Planalto de “Pacote da Democracia”. A lista inclui propostas que visam endurecer punições para quem “atentar” contra o Estado Democrático de Direito. 

Há, por exemplo, um projeto de lei que prevê pena de 20 a 40 anos de cadeia para quem “atentar contra a vida” do presidente e vice-presidente da República; os presidentes de Câmara e Senado; ministros do STF e o procurador-geral da República, se for caracterizado que havia finalidade de alterar a ordem constitucional democrática.

segunda-feira, 24 de julho de 2023

POSTO DE OBSERVAÇÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Do posto de observação de minha "bolha", percebo que muitas coisas não estão batendo bem.

Verifico, por exemplo, que o individualismo reinante nos faz desaprender a viver com o outro.

Têm pessoas com náusea da humanidade. Fazem da indiferença uma disciplina. As pessoas moram perto umas das outras e não se veem.

Os velhos valores morrem à míngua, o tempo todo.

Se deixam consumir por saudades que se perderam no túnel do tempo.

Não há a compreensão de que, emocionante ou angustiante, a vida é o que se pode extrair dela.

Cada vez mais, de forma nítida, a hipocrisia continua sendo um dos mais sólidos pilares da vida social.

Observa-se, com tristeza, que as cidades estão muito doentes: em cada esquina, abre-se uma drogaria.

Ao mesmo tempo, se fecham livrarias, ignorando-se que o livro tem poderes curativos. Cura do fígado à alma.

Enfim, direto do periscópio da minha "bolha", encaramos a impotência de não modelarmos nada. Nos adaptamos às circunstâncias, como elas se apresentam.

Compreendem?

Comentário do Antônio Morais:


Como prova de sua observação veja esta foto: Praça Siqueira Campos, em Crato, que o amigo tanto conheceu e conhece.

O flabelar dos leques de seis palmeiras é o que lhe resta para testemunhar a derrubada de outras árvores, a troca do piso e dos bancos que não encontram mais quem os ocupe. 

Não há mais o afeto do flerte, o encanto do trocar de olhares, porque tudo isso desapareceu, está em desuso, fora de moda. Uma pena. Inacreditável ver essa praça assim vazia de gente.

domingo, 23 de julho de 2023

JOSÉ DO VALE ARRAES FEITOSA : 42 ANOS ININTERRUPTOS DE PRÁTICA DOCENTE EM ESCOLAS DO SEMIÁRIDO CEARENSE.

Madele Maria Barros de Oliveira Freire, pedagoga do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia da Paraíba, campus Picuí. e-mail: madele.freire@ifpb.edu.br

José Lucínio de Oliveira Freire, professor do Curso Superior de Tecnologia em Agroecologia – IFPB, campus Picuí. e-mail:lucinio@folha.com.br

Luíza Gabriela Barros de Oliveira Freire, graduanda do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Sociais Aplicadas, Campina Grande, PB. e-mail: luizagabrielab@live.com

Um professor, por 42 anos ininterruptos, exercendo o seu ofício em escolas do semiárido, tende a deixar um sólido legado a várias gerações. Esse trabalho contextualizou a prática docente de José do Vale Arraes Feitosa e os momentos históricos à época, bem como sua importância para a Educação do Cariri cearense. 

A análise das informações permitiu concluir que, na sua prática docente, o professor mesclou a Linha Pedagógica Tradicional, de Herbart, com a Pedagogia Nova, de Dewey, e a Pedagogia Libertadora, de Paulo Freire.

A história da educação no Brasil é pródiga em avanços e retrocessos. No período político entre o início do Estado Novo (1937) e a denominada Nova República (1989) ocorreram muitas reformas educacionais e o desenvolvimento de várias correntes pedagógicas.

Na Constituição brasileira de 1937, a política educacional se caracterizava pela centralização autoritária e pela preocupação em equacionar as questões da relação trabalho-escola. 

Para Vieira (2007), é clara a concepção da educação pública como aquela destinada aos que não podiam arcar com os custos do ensino privado. 

O velho preconceito contra o ensino público, presente desde as origens de nossa história, permaneceu arraigado no pensamento do legislador estado-novista. 

Sendo o ensino vocacional e profissional a prioridade, nesse período é flagrante a omissão com relação às demais modalidades de ensino. A concepção da política educacional no Estado Novo estava inteiramente orientada para o ensino profissional, para onde seriam dirigidas as reformas encaminhadas por Gustavo Capanema.

De acordo com Bello (2001), no estado-novista o ensino ficou composto por cinco anos de curso primário, quatro de curso ginasial e três de colegial, na modalidade clássico ou científico. O ensino colegial perdeu o seu caráter propedêutico, de preparatório para o ensino superior, e passou a se preocupar mais com a formação geral. 

Apesar dessa divisão do ensino secundário, entre clássico e científico, a predominância recaiu sobre o científico, reunindo cerca de 90% dos alunos do colegial.

Com base nessa ideologia e prática educacional, deu-se a formação escolar de José do Vale Arraes Feitosa, quando, segundo Feitosa (2003), fora apresentado pelo cônego Manoel Feitosa ao Seminário São José de Crato, em 1936, para concluir os cursos primário e ginasial. 

Em 1942, como ex-seminarista, José do Vale foi indicado pelo monsenhor Pedro Rocha para auxiliar o padre Francisco de Holanda Montenegro, no então Ginásio do Crato.

José do Vale Arraes Feitosa foi um professor que exerceu o seu mister, de 1947 a 1989, nas mais tradicionais instituições de ensino médio do município do Crato, encravado no centro socioeconômico e político do Vale do Cariri cearense: Colégio Diocesano do Crato (escola privada pertencente à Igreja Católica), Colégio Estadual Wilson Gonçalves (escola pública) e Colégio Agrícola do Crato (hoje, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará, campus Crato). 

Começou a sua prática docente já sob os auspícios doutrinários da Constituição de 1946, concluindo-a já sob a égide da Constituição Federal de 1988, que prescrevia o início de um debate propriamente pedagógico, visando-se, entre outras metas, recuperar a escola pública, aviltada e empobrecida nos períodos precedentes.

Casamentos castros - Por Pedrinho Sanharol.


Foto  do ilustre professor José Bezerra de Brito, Zuza Bezerra.

Retornando de uma viagem ao Icó, O Major Eufrásio Alves de Brito de passagem por Várzea-Alegre hospedou-se na casa de José Raimundo Duarte, no sitio Sanharol.

Vendo aquela fartura de filhos, 24 rapazes e moças dos dois casamentos, sugeriu : ´Nós devíamos casa um desses seus filho com  uma de minhas filhas.

Logo saiu uma caravana em lombo de animais de Várzea-Alegre com destino  a Malhada, em Crato, onde  morava o Major Eufrásio.  

Chegaram adiantado da noite as jovens moças já estavam recolhidas nos seus aposentos. Ao amanhecer o dia, fizeram no final do terreiro um pequeno fogo para esquentar as mãos. 

Quando se abriu uma janela e três jovens senhorinhas apareceram. O caseiro olhou para Vicente Alves Bezerra e disse : "O besta aí, não sabe qual é a dele". 

Assim se casaram em 09 de Novembro de 1876 Vicente Alves Bezerra com Isabel Pereira de Brito, são os pais de Zuza Bezerra, uma das maiores inteligências do Crato e região.

O casamento foi celebrado no sitio Malhada de propriedade do pai da noiva, Major Eufrásio Alves de Brito, oficiado pelo Padre  Vicente Ferrer Pontes Pereira.

Praça Siqueira Campos - Por Antônio Morais.


Praça Siqueira Campos. A pracinha de muitos encantos e sonhos de uma juventude que ainda tem, na maturidade, a capacidade de sentir saudades. 

A pracinha do Cassino, do Café Líder,  da Sorveteria do Bantim. Esta pracinha castigada pelo tempo, pelas modelações e reformas impostas pelos gestores aí está na foto. Bonita, sem encanto, sem aconchego, sem gente.

O flabelar dos leques de seis palmeiras é o que lhe resta para testemunhar a derrubada de outras árvores, a troca do piso e dos bancos que não encontram quem os ocupe. 

Não há mais o afeto do flerte, o encanto do trocar de olhares, porque tudo isso desapareceu, está em desuso, fora de moda. Uma pena.

sábado, 22 de julho de 2023

Rebuscando o tempo - Por Antônio Morais.


Colégio São Raimundo, 1965, seleção de Futsal. 
Treinador Serrinha, Tibúrcio de Souzinha, Raimundo de Borginho, Viturino de Fatico.
Agachados : Professor Tibúrcio, Zezé Salviano, José Haroldo.


Treinador : Chico Progresso : Zé Bobô, Raimundo Nonato Bitu e Zé Leandro.
Agachados : Zé Bitu, Tarcísio e João Piau.

Crato, quem te viu, que te ver - Por Antônio Morais.


Uma "croniqueta" do Antônio Morais  publicada no  Blog do Crato no dia  18 de Junho de 2012.

Quem conhece a história do Crato sabe que, hoje em dia, nossa gente é passiva, acomodada e bastante desunida. A Exposição e o Parque eram patrimônio do município. Um prefeito, na década de 80 do século passado, resolveu transferir o Parque  para o Estado alegando os custos de manutenção, visto que a utilização do mesmo  ocorria  por apenas uma semana ao ano.
A população cordata não reagiu a tempo. Daí por diante se assistiu alguns absurdos: Chegou-se ao ponto, de 20 anos mais tarde, o mesmo prefeito que transferiu o patrimônio para o Estado, no seu segundo mandato, ser impedido pela Policia Militar de ingressar no parque com os seus amigos pelo simples motivo de não apoiar politicamente o candidato oficial do governo.
Mais uma vez, o povo não reagiu. Embarcou de mala e cuia na candidatura oficial, e, o prefeito provou do seu próprio veneno.

Assim segue o Crato cada vez mais obediente e menos altaneiro.

111 - Preciosidades antigas de Várzea-Alegre - Por Antônio Morais.


Menandro e Dona Rosária moravam no sítio Riacho do Meio - Várzea-Alegre. Casados há mais de setentanos. Menandro foi internado com grave enfermidade. Vieram os filhos, netos e bisnetos de todos os cantos do mundo. 
O médico recomendou que os parentes levassem-no para a sua casa, para cumprir seu último desejo: O de morrer em casa, ao lado de seus entes queridos.
Menandro foi para o quarto e as visitas foram se revezando para consolar e dar conforto em seu derradeiro momento.
De repente o Menandro sentiu um aroma maravilhoso que vinha da cozinha. Era a Rosária tirando da cuscuzeira um pão de arroz com amendoim. 
Os olhos brilharam e ele se reanimou. Então, pediu ao bisneto que estava ao lado da cama com ele: "Filho, vai na cozinha e pede um pedaço daquele pão de arroz pra teu bisavô".
O guri foi e voltou muito rápido. 'E o pão de arroz?' - Perguntou Menandro. 
"A vó disse que não"! 
'Mas, que pouca miséria, que velha sovina desgraçada! 
O que ela falou?
"A vó disse que o pão de arroz é para o pessoal que vem para o velório".

Mais um contraste - Por Antônio Morais.


Sou natural de Várzea-Alegre. Ali nasci no primeiro ano da década de 50 do século passado. Há 50 anos moro no Crato de onde não pretendo sair.
O único vínculo que nunca cortei com Várzea-Alegre foi o domicílio eleitoral. Votei a primeira vez na eleição que elegeu Lourival Frutuoso de Oliveira prefeito. De lá até a última eleição municipal votei sempre em quem venceu a eleição.
Como observador da política local gostaria de perguntar aos historiadores, aos cientistas políticos ou a quem interessar possa porque Várzea-Alegre  é considerada a cidade  mais petista do Ceará, foi a única cidade onde o Lula venceu Fernando Collor de Melo, e, nunca votou no PT para o executivo local. 
O mandonismo do PSD da família Correia terminou com José de Ginú em 1962,  assumindo na qualidade de vice com a renúncia do titular Dr. Dário Batista Moreno. 

De lá pra cá tivemos :

Josué Alves Diniz - UDN.
Dr. Pedro Sátiro - UDN.
Antonio Afonso Diniz - ARENA.
Lourival Frutuoso de Oliveira - ARENA.
Dr. Pedro Sátiro - PDS.
Dr.Iram Costa - PFL.
João Francisco - PP.
Pedro Sátiro - PSDB.
João Eufrásio - PP
José Helder - PMDB.

Se não me derem os argumentos que me convençam vou atribuir o fato a mais um contraste : "O povo é petista, mas, não vota  no PT".

"Croniqueta" - Por Antonio Morais


Comece a familiarizar-se desde já com o otimismo e você sentirá tudo diferente. Viver não é difícil, o que acontece é que muita gente não sabe viver.

Poucas pessoas sabem do seu infinito potencial. Utilize o que existe de bom dentro de você e tudo de bom na vida lhe acontecerá. Dê um passo para frente e não um para frente e dois para trás.

Não deixe que as oportunidades escapem. Não se deve destruir o que sobra, mas sim, construir o que falta.

sexta-feira, 21 de julho de 2023

O vaqueiro Zé de Tereza - Postagem de Antônio Morais.


Nos idos de quarenta, quando o bolero estava na linha de frente de quaisquer musicas, em Crato - CE, uma cantora de Recife foi convidada para fazer uma apresentação, num cinema, antes do horário do filme.
Zé de Teresa, um vaqueiro de um grande fazendeiro que viera trazer um gado para o matadouro achou de ir, pela primeira vez, assistir os facínios da sétima arte. Terminada uma apresentação intocável, a plateia vibrando fazia o seu aplauso e pedia outras musicas :
Uns gritavam : Pecadora...
Outros : Ingrata...
E ainda : Mulher infiel...

Ora, Zé ouvindo aquele berreiro, sem entender de nada, entrou na bagunça, e gritou bem alto, como se estivesse dentro do curral, lutando com as vacas: Quenga! Fela da puta.

Para chamar a atenção da mulher - Postagem do Antônio Morais.


Um casal do sitio Pai Mané, no distrito de Ponta da Serra, em Crato, que não revelo o nome nem  sob tortura vivia a turras. Por nada era uma arenga sem fim.
O marido vaidoso comprou um sapato novo na "Loja Asteca' para chamar a atenção da mulher. Chega em casa e fica andando pra lá e pra cá e nada da mulher perceber sua nova aquisição.

Por fim, ele resolve tirar toda roupa, e, completamente nu, aparece novamente andando pra lá e pra cá. 
A mulher finalmente pergunta: Ficou doido? 
O que você faz andando pra lá e pra cá, com essa coisa pendurada à mostra? 

O marido aproveita a oportunidade e responde: É que está olhando para o meu sapato novo.
E mulher retruca: E, por que você não comprou um chapéu?

quinta-feira, 20 de julho de 2023

TRADIÇÕES CULINÁRIAS DO NORDESTE - Antônio Gonçalo de Sousa.

Passamos por um período em que as tradições culinárias afloram em todo Brasil, especialmente no Nordeste. 

Estamos no fim dos Festejos Juninos, quando as receitas de comidas típicas e iguarias surgem, como que para  coroar os altares e palcos das danças e costumes dos povos da região.

Nessa época, os nossos "bairrismos" de sabores e receitas são aguçados por um sentimento de propriedade, onde a tendência é acharmos que as iguarias da nossa terra eram ou são mais apetitosas e genuínas que as demais.

Ficamos até enciumados, quando encontramos algo no mercado ameaçando superar nossos sabores antigos. Há uma tendência em acharmos que nem se aproximam das texturas, dos cheiros e paladares daqueles que nossas mães faziam.

Lembro que a linguiça, como quase tudo que minha mãe fazia, era boa, mas tinha um detalhe particular, que era a nossa participação no preparo da iguaria. Era ela que decidia toda receita, a escolha e quantidade dos ingredientes, as vasilhas para manuseio de cada componente e o modo de conservá-la.

Na prática, o tamanho dos gomos de carne e toucinho; a pimenta bem pilada; o alho socado, o volume de sal e alguns ingredientes, eram de responsabilidade do conjunto de irmãos, sempre dispostos a ajudar. 

Sentíamo-nos mais ou menos envolvidos e apegados ao trabalho de cada receita, à proporção que a iguaria nos apimentava o paladar e deixava-nos com "água na boca".

Tempo bom.

terça-feira, 18 de julho de 2023

Demagogia de um governo mal caráter - Por Pedrinho Sanharol.

O governo cagou goma e contou vantagem por aprovar uma tal reforma tributária onde um imposto substituirá seis, sem dizer se o valor desse um é inferior ao dos seis.  

A imprensa vendida anunciou com a maior naturalidade do mundo que o governo liberou "6 bilhões de reais" para os deputados aprovarem a tal Reforma Tributária. 

Um parlamentar petista demagogo saiu dizendo que o governo zerou o imposto da sexta básica. Vou esperar para ver, agora que o governo encheu o bolso dos deputados já vi.

Tinha razão Jânio Quadros quando disse que o "Congresso metade era incapaz e a outra metade era capaz de tudo". 

O Brasil alcançou a "INIQUIDADE", se tem alguém que não sabe o significado da palavra veja em um dicionário.

segunda-feira, 17 de julho de 2023

A CAIXINHA ILUMINADA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Acho engraçado e bem bolado o comunicado aos clientes de um bar: “Não temos wi-fi. Conversem entre vocês”.

Reinando no império dos desejos pessoais, está o aparelho celular.

Pode-se afirmar, peremptoriamente, que o celular é o oráculo da nova civilização.

Na rua, na chuva, na fazenda (para lembrar o sucesso de Hyldon), estamos todos sequestrados em nossa atenção por essa caixinha cheia de grandes atrações.

Crianças, adultos e idosos são flagrados com ela, iluminando os seus rostos.

Muitos, entre os quais o escriba, por necessidade de trabalho, e uma maioria para se informar, escrever sandices, matar o tempo ou em busca de influencers.

Tudo processado em mágicos minutos.

Para quem enxerga um perigo a mediocrização das pessoas, triste observar que o  livro é uma das vítimas dessa caixinha.

Já com o prestígio abalado, o impresso manuseado perdeu mais Ibope ainda. Lembrar que, dele, vieram meus influencers Nelson Rodrigues, Cony, Antônio Maria e tantos outros.

Hoje, qualquer imbecil consegue milhões de seguidores dispostos a aceitar carradas de esterco em suas cabeças.

A dependência é grave e não tem controle à vista.

Pior que isso, só o dilúvio.

sábado, 15 de julho de 2023

Família, a maior criação que o Criador deixou para humanidade - Por Pedrinho Sanharol.



Há poucos dias, um distinto casal passou no local indicado para adquiri o livro "Histórias, causos e proezas".

De posse do livro procurou saber o endereço do autor, era desejo pegar o autografo. Chegando em nossa casa perguntei o nome. A resposta veio no embalo - "Eliane e Carlos".

Essa união, esse consórcio humano de respeito mútuo e solidário me fez lembrar uma historinha do "Papa Pio X". Logo que foi consagrado Papa marcaram uma audiência com a sua mãe para um mês depois. 

No dia e hora marcadas quando a mãe se aproximou o papa estendeu a mão e disse : "Mãe, beija este anel". 

A resposta veio imediata: "Filho, beija primeiro esta aliança, pois se não fosse ela tu não eras papa". 

Paz e felicidades ao casal, que no conteúdo do livro nada exista que o desagrade.

Saudações franciscanas - Paz e bem.

quarta-feira, 12 de julho de 2023

Estou satisfeito com a capa - Por Mundim do Vale.

Ao receber o livro "Histórias, causos e proezas" Mundim do Vale  resgatou  um causo do extraordinário Pé Veio.

Ei-lo:

Recebendo aqui o excelente trabalho do primo Antônio Alves de Morais, fiquei muito satisfeito quando desembalei que vi a capa.

Eu me comportei igual a Pé Véi, no dia que foi receber a sua aposentaria com uma retroatividade.

A funcionária do banco entregou um pacote com cédulas de cem reais, Pé Véi muito ligeiro botou o pacote no bolso.

O caixa perguntou :  O senhor não vai conferir?

Pé Véi emendou : Vou não, Eu já estou satisfeito só com a capa.

terça-feira, 11 de julho de 2023

O relógio do Papa São Pio X - Por Armando Lopes Rafael.

  

   O Papa S. Pio X recebeu em audiência um embaixador americano. Enquanto conversavam, o Papa consultou o seu relógio de bolso para ver as horas. O americano arregalou os olhos:

-- Mas que relógio miserável, Santidade! Um relógio destes não condiz de forma alguma com a dignidade de um Papa.
Realmente, o relógio era de níquel, pesadão e inteiramente fora de moda. 

-- Na América comprar-se-ia um relógio destes por um dólar - continuou sobranceiro o visitante. Olhe, isto é que é relógio!
E tirou do bolso do colete um relógio de ouro, adornado com diamantes: -- Custou mil dólares, Santidade.
Apertou um botãozinho revestido duma pérola preciosa e um sinalzinho deu a hora com som de prata refinada.
-- De facto, é um relógio precioso - anuiu o Papa.
-- Sabe? Eu gostaria imensamente de ter uma lembrança de Vossa Santidade - continuou o milionário. -- Dê-me o seu relógio de níquel e eu dou-lhe em troca o meu de ouro. Acho que Vossa Santidade não deixará de aceitar esta troca, não é verdade?
-- Não, meu caro senhor - respondeu o Papa sorrindo. Seria uma péssima troca para mim, pois o meu relógio é muito mais precioso do que o seu!

   Extremamente admirado, o visitante perguntou como era possível. Mais valioso que o seu relógio de ouro?
--Vou dizer por quê - respondeu-lhe o Papa, com um sorriso fino nos lábios. Meus pais eram pessoas bem pobres. Meu pai era carteiro rural. Com esta profissão duríssima, que exigia dele longas caminhadas, mal ganhava o necessário para nos sustentar. Mas nós estávamos contentes com o pouco que tínhamos e vivíamos felizes.
E ficou um momento em silêncio. Parecia estar ausente, na sua longínqua casa paterna. Depois, como que refazendo-se de uma emoção interna, continuou:

-- Nós, os meninos, tínhamos que ajudar a economizar o mais que podíamos.
Fazíamos a pé a longa caminhada de casa para a escola, descalços levando aos ombros os nossos sapatos, para poupá-los, calçando-os apenas quando chegávamos na escola.
Depois de voltarmos para casa, procurávamos pastagem para a nossa cabra, que era o nosso único tesouro e que era mimada por todos, porque nos dava o leite que tomávamos com o pão.
-- Ao completar treze anos - continuou sério o Papa - pude ir pela primeira vez à mesa do Senhor.
Como a nossa mãe teve de se esfalfar para que pudéssemos celebrar uma pequenina festa!
Quando saí da igreja, disse-me: -- “Filho, tu sabes como somos pobres, desde que morreu o papai. Contudo, quero dar-te uma pequena lembrança deste grande dia, em que Jesus entrou pela primeira vez no teu coração”.

    E dizendo isto, tirou de um lencinho de seda este pobre relógio de níquel. Este presente alegrou-me tanto, como se me tivessem dado muitos tesouros do mundo.
Lancei-me ao colo de minha mãe, beijando-a de alegria e gratidão.
Que sacrifício terá custado para ela desfazer-se deste relógio!
Por isso este relógio é para mim um objecto sagrado, do qual me separarei só na hora da morte.
E ele parece recompensar-me a estima que sempre lhe votei.
Até hoje não foi preciso levá-lo a um relojoeiro e durante todos estes anos cumpriu a sua tarefa com perfeição.

    Compreende agora porque não lhe posso ceder e porque é mais precioso para mim do que o relógio mais caro que possa existir em todo o mundo?
-- Sim, agora compreendo - concordou o embaixador e, meio envergonhado, guardou novamente o seu relógio de ouro e concluiu:
-- Como deve ter sido feliz a sua mãe, por ter um filho assim!
-- Diga antes - responde Pio X - como é feliz o filho que teve uma mãe tão santa!


(Artigo escrito por Pe. Antônio Steffen, S.J.)

Saudade dos Encontros V - Postagem do Antonio Morais.


O casal Pedro Morais e Luiz Bitu.

Cultive a arte da amizade como se fosse uma planta rara, cercando os familiares e amigos de cuidados, como se fossem flores.

Se sua memoria estiver falhando, anote numa agenda sentimental as datas mais importantes das suas vidas, e compartilhe com eles a alegria de está presente.

Com mais esta pequena parte do "Revivendo os Anos Sessenta" estamos encerrando as postagens do que representou e representa para aquela turma em termos de lembranças e saudades.

Um forte abraço a todos e a todas.

Antonio Morais


Saudade dos Encontros IV - Postagem do Antonio Morais.


Dr. Luiz Bitu e Dona Isabel Andrade.

Em nossa idade, depois de meio seculo, a vida já percorreu estradas, dobrou esquinas e optou em encruzilhadas. Já errou, já acertou, já deslizou, já se arrependeu e, inevitavelmente, o tempo se foi.

Viveu amigos, perdeu-se amigos, alguns pela mão de Deus, outros pelo enfraquecimento do viver e da convivencia.

Hoje o nosso alhar em direção ao mundo continua mais lindo, pois na longa caminhada dos sentimentos, apredemos a somar, a dividir e a multiplicar, sem chances de diminuir no conhecimento do sentimento e das amizades.

O saudosismo maduro chega de mansinho e se aloja em nossa vida, sem tempo para acabar. O caminhar é sereno, a cumplicidade existe, a saudade é mais espontânea, não nos inibimos diante do querer, a sintonia é completa e as lembranças são depositadas no álbum das saudades, que guardamos, de um tempo que não volta mais.

Lembrar nunca é demais. Feliz daquele que tem um coração, capaz de lembrar os amigos e acima de tudo saber ser lembrado por eles.

Veja 4,02 - quatro minutos e dois segundos de um encontro marcante.


Saudades dos Encontros III - Postagem do Antonio Morais.


O casal Pedro Morais e João Piau.

Neste pequeno vídeo, 4 minutos e 23 segundos - veremos a parte mais interessante do encontro "O Luizinho e sua Banda" tocando musicas que marcaram os anos 60 e os nossos amigos festejando o encontro através da arte mais bonita e nobre de todas - A dança.




SAUDADES DOS ENCONTROS II - Portagem do Antonio Morais.


Meu primo, meu amigo e camarada Mundim do Vale.

Vale a pena ver o vídeo pela harmonia, serenidade e paz reinante entre todos os amigos presentes. Como  era perfeita a civilidade naqueles tempos.

Nestes 6 minutos e 41 segundos podemos observar a parte interno do Clube antes do inicio do Baile. Vê-se a alegria, a confraternização, e sobretudo a emoção pelo encontro.

Aqui você verá a todos, em suas mesas, felizes pelo encontro com amigos que já não se encontravam há 30, 40 anos ou mais. Na próxima postagem começa o arrasta pé, o rela bucho.

sábado, 8 de julho de 2023

TUDO BEM? - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Com vossa licença, quero dizer que não está tudo bem

Pode ir tudo bem para o conformismo hipócrita.

Não me venham com esse papo de "filial do pessimismo".

Como tudo bem, em um cenário onde as distorções grassam e sequer produzem o espanto?

Onde há o recrudescimento da moda de ser esperto para levar vantagem.

Onde considerável parte da imprensa prefere a militância, em vez de desempenhar sua verdadeira função.

Mexem de leve nos assuntos mais sérios e não despertam para a nudez do rei.

Onde a política faz questão de permanecer velha.

Onde governar é cobrar impostos.

Onde os discursos não saem do terreno da teoria e os bobos acreditam neles.

Onde um forte contingente de patifes continua mandando.

Onde não há como conter os efeitos dessas coisas deletérias.

Onde a justiça...Ora a justiça!

Com tudo isso sendo esfregado no nosso nariz, é pelo menos razoável dizer que vai tudo bem?

Não dá.

sexta-feira, 7 de julho de 2023

Dom Helder era genial - Postagem do Antônio Morais.


Na época em que o Topless era tabu, o jornalista Chico Maria fazia um programa de entrevista na TV Cabo Branco, e, o entrevistado do dia era o Arcebispo Dom Helder Câmara.

Circunspecto, jeitão conservador, o jornalista foi direto as pergunta : Dom Helder, o que o senhor acha do topless?

Dom Helder com sua voz serena, suave mas firme, disse : "meu filho, eu me preocupo com quem não tem roupa para usar, mas com quem tem para tirar não me importo".

Dom Helder era genial.

Colaboração Dr. José Luciano de Brito Gonçalves - Postagem do Antônio Morais.


"Na Praça da Sé, fazendo parte da "Cruzadinha", participando das atividades religiosas na Sé Catedral, via aquela figura magra, humilde, atraída, exercendo com atenção e esmero o seu oficio, ora de "coroinha" ajudando nos ritos da missa, ora badalando os sinos da matriz, a fim de chamar os fiéis para as orações ou anunciando um enterro que passava".

quinta-feira, 6 de julho de 2023

Saudades dos Encontros I - Postagem do Antonio Morais.

A partir de hoje, estarei postando partes destes memoráveis encontros onde a alegria e felicidade de nossos conterrâneos, nos enchem de encanto e beleza. Muitos  já  viraram na esquina  e  passaram para o andar de cima mas ficou a saudade.

Joãozinho Piau, um amante de nossa terra que como ninguém soube valorizar os laços de amizades de nossa terra, produziu esta relíquia 

Veja, nesta primeira postagem, a chegada dos nossos amigos e conterrâneos ao local do encontro - Clube do BicBanco, de forma muito  organizada,  pausada e quase teatral.

Vale a pena ver.

DE MINHA JANELA - Por Edmilson Alves

O mundo é como a gente vê. 

Da minha janela vejo o que se passa no Universo, vejo quase todas as constelações, quase todas as estrelas, inclusive Canopus – estrela azul de Orion. Vejo quanto é vasto as dimensões universais, e, nosso planeta comparado a tantas grandezas é pigmeu.

De minha janela vejo também o comportamento humano em que há pessoas que se sentem tão importantes e besta que fico pasmo como a ignorância pode tornar a criatura tão imbecil. 

Ao mesmo tempo vejo pessoas simples, humanamente, adoráveis, silenciosas e sábias.

De minha janela liberto meu pensamento e vejo que nosso planeta e uma aldeia de gente desigual, com desigualdade social, onde oito (08) em cada cem (100) pessoas possui mais da metade da riqueza do mundo.

De minha janela faço minhas reflexões em que percebo que a criatura é usufrutuária de seus bens, podendo aproveitar o que tem pra melhora a divisão de rendas, pregando a generosidade e o amor como instrumento de paz!

terça-feira, 4 de julho de 2023

O SILÊNCIO DA ALMA - Por Edmilson Alves


O silêncio da alma é paz que pressupõe um paraíso. O silêncio da alma é reflexão pra encontrar a alma que procura visando lhe fazer companhia. 

Companhia onde o silêncio coletivo de duas almas é reflexão de busca, busca que eterniza o silencio! O silêncio é paz, é emoção do amor, do verbo amar, pra ninguém escutar os sussurros dos amantes apaixonados, fazendo do planeta um encanto de paraíso terrestre!

A vida nem sempre é sinônima de silêncio, de paz. Todavia o silêncio da alma indica harmonia interior que representa o silêncio do inconsciente pra alma refletir sobre o amor. Quando se aprende o verbo amar, o silêncio é enigmático, poderá ser ou não ser um paraíso, pois, amor é um mistério!

Pense na tua velhice - Postagem do Antônio Morais.


Um fazendeiro abastado do Crato, senhor de engenho muito rico tinha dois filhos já na idade adulta. O velho permitia que os filhos  fizessem parte da administração de seus negócios, mas, nada de abrir mão de seu patrimônio. Um compadre o visitou e lhe falou : Você já está  com idade avançada,  já não  dá conta de administrar seus bens. Porque não transfere para os seus filhos, já que a eles pertencem?

O velho respondeu : De jeito nenhum. É deles, não tenho duvidas, mas só  tomarão posse depois de minha morte.

Porque razão? O que lhe leva a ter essa  decisão um tanto quanto egoísta?

O velho respondeu : Quando eu era garoto peguei dois bruguelos de "canário silvestre" e coloquei numa gaiola. Os velhos, pai e mãe, vinha trazer água e comida diariamente.

Quando  os bruguelos estavam na idade adulta eu troquei, prendi os velhos e soltei os filhotes. Os novos foram embora e os velhos morreram de sede e fome.

segunda-feira, 3 de julho de 2023

60 anos de casados - Por Antônio Morais.


Um casal da minha terra, preservado os nomes,  não os revelo nem sob tortura, fez 60 anos de casado.
O presente dos filhos foi uma semana no mesmo hotel em que passou a lua de mel seis décadas antes. Quando se recolheu ao quarto, o velhinho se deitou bem na beirada da cama, quase caindo.
A velha reclamou : é danado : naquele tempo agente dormiu bem agarradinho. O velho abrecou a velha,  achando ruim como diabo, mas abrecou.
A velha cobrou mais uma vez : Naquele tempo você dava umas mordidinhas na minha orelha!
O velho foi ao banheiro e a velha perguntou : se zangou?
Não, estou botando a dentadura, veia besta.

Preste bem a atenção a foto. Os velhos levaram o cachorro, o gato e até o pinico.

Transporte coletivo no Brasil - Por Antônio Morais.


Num ônibus superlotado, uma distinta senhora volta-se para um passageiro inconveniente :  O senhor quer fazer o favor de desencostar e afastar essa coisa volumosa que me está a incomodar?

Calma, minha senhora. Não é o que está a pensar. Este volume é o dinheiro do vencimento que recebi hoje. Enrolei num pacote e pus no bolso esquerdo da calça.

Ah! Então o senhor deve ser um funcionário exemplar!

Por que?

É que desde o embarque até aqui, o senhor já teve três aumentos salariais.

Ludíbrio, desprezo e escárnio - Por Antônio Morais.


Essa vai pra todos os juízes, políticos e funcionários públicos dos três poderes, que recebem auxílio moradia, sem precisar, enquanto milhões de brasileiros, não tem sequer um barraco pra morar! Por trás de cada olhar, existe uma história que ninguém conhece. Mas que a maioria se acha capaz de julgar.

Serve também a foto para mostrar a falta de caráter de políticos populistas, mentirosos que ludibriam e vivem glamorizando a pobreza sem nada fazer para contê-la, se não, para tirar proveito dela na manutenção de seus mandatos.

Fuinha e Cabeleira - Por Pedrinho Sanharol.


No dia l7 de Julho de 1950 o clube do Pimenta, o Crato Tênis Clube foi inaugurado. Os tempos eram outros, os costumes também, eu nem era nascido.

Até o inicio da década de 70 do século passado para frequentar uma simples vesperal de Domingo teríamos que nos apresentar de terno e gravata. 

Imaginemos a minha primeira festa social no clube, 1969. Escolhia-se a "misse mirim" do ano. Desfilaram dezenas de crianças cuja a vencedora foi "Salambô" filha do saudoso, professor e dentista Dr. Gutemberg Sobreira.  

Lá estávamos nós nos salões muito chique, Anário de terno parecia o apóstolo Judas, o Zé Leito aleijado, uma parte do palitó no joelho e a outra no ombro. É que o Anario havia colocado uma pedra de dois quilos no bolso do paletó dele e ele não percebeu de tão embriagado que estava! Eu, vou deixar que eles me descrevam.

Pedimos três "cubas montilla" rum, coca e limão ao Fuinha, foto com Cabeleira, garçons muito conhecido do meio social da época. 

Ele nos serviu sob o olhar desconfiado do Paulo Frota, dono do restaurante do clube. Naqueles velhos tempos  estudantes costumavam não ter dinheiro e eram prezepeiros, capazes até de fugir sem pagar  a conta. Não era o nosso caso.

domingo, 2 de julho de 2023

TEMORES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Enquanto imagino um tema, fico a ruminar em busca de um lampejo que me ilumine a cabeçorra.

E aí, amigo, a gente pensa cada coisa.

Por exemplo: o ser humano devia ter sido criado para não envelhecer rapidamente.

Afinal, a vida exige tempo integral, além do que, envelhecer custa caro.

Não estamos maduros o suficiente para viver, quanto mais para envelhecer e se aproximar da indesejada.

O incômodo trazido pela miséria corporal traz impedimentos.

Mas, sabem. Já ouviram falar no pânico de um cavalo surpreendido na tempestade?

É o mesmo que sentimos, quando nos ameaça a possibilidade de não poder  arcar com um plano de saúde.

Não é qualquer um que encara envelhecer na dificuldade. A insegurança é comum a todo ser humano.    

O tempo não entende planos, só compreende surpresas.

Sigamos, combatendo as apatias pesadas e se agarrando aos tesouros que nos restam.

"Se te mostrares frouxo na hora da angústia, a tua força será pequena". Não sei qual o santo que disse isso.

Inelegibilidade de Jair Bolsonaro é notícia ruim para Lula - Wilson Lima, O Antagonista.

Sem o ex-presidente no circuito, antipetismo caminhará isolado; direita agora busca opções que herdem capital político bolsonarista

Apesar de a lacrosfera petista estar comemorando aos quatro cantos que o TSE determinou a inelegibilidade de Jair Bolsonaro por 8 anos, quem pode ser impactado com essa decisão do tribunal é seu principal adversário: Lula.

Explica-se: sem Jair Bolsonaro no circuito, algumas bandeiras incorporadas pelo petismo nos últimos anos também morreram nesta sexta-feira: defesa da democracia, do estado democrático de direito, luta contra o fascismo ou contra o genocídio etc.

Também caiu por terra aquela visão maniqueísta petista de que é necessário conter o autoritarismo e que o ex-presidente seria o único com intenções nada republicanas e se instituir uma ditadura no Brasil.

Sem Jair Bolsonaro no circuito, o antibolsonarismo também esvai-se. Agora, a única chama acesa nesta polarização é do antipetismo. E Lula, queira ou não, vai ter que lidar com toda uma rejeição que ainda está viva na mente do brasileiro médio. Principalmente os escândalos de corrupção.

Sem Jair Bolsonaro no circuito, caberá a direita trabalhar por um nome que seja viável politicamente. E opções existem. Romeu Zema, Tarcísio de Freitas, Tereza Cristina e Eduardo Leite são apenas quatro de várias opções. E todos eles sem a rejeição de Bolsonaro; sem esse recall ruim, sem polêmicas nas costas.

O PT, do outro lado, não tem alternativas a Lula. E essa é outra notícia ruim para o petista.

sábado, 1 de julho de 2023

Seja gentil com você mesmo - Por Antônio Morais.


A maior gentileza que você pode praticar é com você mesmo. Pare de se cobrar tanto. Se não deu tempo, paciência. Se não quer ir, não vá.

Se o amor é raso, não mergulhe. Se a energia é ruim, não se misture. Ouça mais a sua intuição. Ela nunca vai puxar o seu tapete.

Historias de varzealegrenses - Por Antônio Morais.

Raimundo Alves de Menezes, Mundim do Sapo era o que se podia chamar de  gente bem humorada. 

Certa feita, numa festa de São Raimundo, quando montaram  a Roda Gigante, foram testar para ver se o equipamento estava  funcionando bem.  

João de Zé Preto aproveitou para rodar e quando estava no local mais alto  houve uma pane,  um problema e  a engenhoca ficou parada com ele na parte mais alta, na proa. 

Mundim do Sapo deixava a barbearia de Raimundo Santiago onde fizera a barba, e,  quando observou aquela cena inusitada disse : bicho danado é arapuá, essa roda gingante chegou aqui ontem e já tem um arranchado lá em cima.

Meu tio, meu velho amigo e camarada de saudosa memória Mundim do Sapo, estou contando  essa sua  história  porque  já prescreveu. Essa proeza  é de  Agosto, Festa de São Raimundo  de 1976.