
Dom Helder Câmara
terça-feira, 30 de abril de 2024
Meus netos - Por Antonio Morais
segunda-feira, 29 de abril de 2024
DIGRESSIONANDO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.
A família foi a primeira empresa que a humanidade criou.
O que é levado embora de nossa vida afetiva é sempre maior do que havia.
Toda doença é ruim, mas o mal da desilusão é incurável.
Seria a delinquência filha do desejo e não da necessidade?
O futebol, como metáfora da vida, comporta o erro.
Triste constatar que, hoje, a morte, de tão comum, deixa de ser notícia.
Não existe coisa mais bonita do que a amizade.
Quando perdemos caráter, perdemos tudo.
Continuamos a banalizar a corrupção.
Os livros têm luz dentro deles.
A miséria ignora a ela própria.
domingo, 28 de abril de 2024
TEMPO INDOMÁVEL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Como cheguei tão rápido a tanto tempo de existência?
Por que não dispensei a devida atenção a esse tempo sem freio?
Aquele adolescente não existe mais. O tempo não se prestou sequer para dirimir dúvidas.
De repente, esse tempo indomável foi, sem nenhum comunicado prévio, devorando as horas.
Ccmo se o que passou não tivesse passado.
Quantas passagens encharcadas de acontecimentos felizes.
Só não estava combinado
que esse mesmo tempo produziria, também, tantas perdas doloridas.
Para que essa pressa injustificável, se há quase tudo por fazer?
O tempo é amigo quando nos poupa do vexame de partir tão moço desta vida.
"Falam que o tempo apaga tudo. Tempo não apaga, tempo adormece".
Raquel de Queiroz.
Sete dicas de São João Bosco aos pais e professores para orientar as crianças no caminho da virtude - Postagem do Antônio Morais.
sábado, 27 de abril de 2024
UM TRIUNFO CONSAGRADOR DO LEÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
O Fortaleza, talvez, tenha se surpreendido com as "ofertas" em demasia do Boca Juniors, nos minutos iniciais.
Do que estava em "promoção", só aproveitou o gol de Lucero, aos quatro minutos.
Antes disso, Pikachu e o próprio Lucero, perderam duas oportunidades de encher o "carrinho".
Os dois times iniciaram os trabalhos em sistemas iguais. 4-4-2, com variações.
O time argentino não tinha sequer encaixado as coisas, quando aproveitou falha defensiva do Fortaleza para empatar o jogo, aos 21 minutos.
Se Pikachu deixou de marcar um gol espetacular, depois de um chapéu no zagueiro, os argentinos andaram farejando o gol de João Ricardo.
Foi com Fabra e Langoni. O último deu uma senhora furada debaixo do gol.
Fato é que o empate da fase inicial não desceu redondo para o Fortaleza. Faltou mais aceleração para resolver a parada.
No segundo tempo, o Fortaleza voltou "matando".
Não há outra definição para a marcação de três gols em 18 minutos de jogo.
Da cabeçada certeira de Lucero, dos passes de Pochetino e das finalizações de Pikachu, o placar elástico, em tão pouco tempo.
E a coisa não se tornou mais extravagante porque a fibra de um time que perdia de quatro evitou o pior. Zenon diminuiu a conta da derrota, marcando para o Boca.
Uma grande vitória do Fortaleza, graças a excelentes desempenhos de jogadores como Pikachu, Zé Wellison, Pochettino e Lucero (pelos gols).
sexta-feira, 26 de abril de 2024
Engenho Lagoa Encantada - Por Bernadete Muniz.
Dr. Joaquim Fernandes Teles.
Estou aqui para pedir permissão para Compartilhar essas fotos da : Casa Grande e do Engenho da "Lagoa Encantada". Pois aí estão minhas raízes, a história de toda a minha família paterna, desde os meus tataravós.
O meu Papai : Fideles Muniz do Nascimento foi um dos administradores da "LAGOA ENCANTADA", ele e o dono das terras naquela época, DR. Hermano Monteiro Teles.
Fideles Muniz do Nascimento.
Eu nasci naquela Casa de Taípa, na entrada do terreno, perto da Cancela principal que dava acesso ao engenho, era um casinha pequenina, mas segundo o papai era tão bem feita, que todos achavam que era construída de tijolos, ele e o Dr. Hermano, diziam que queriam que a casa ficasse um brinco, pois ali iria residir o casal de amigos que seriam os chefes do engenho.
Realmente, a casa ficou na história, pois os moradores diziam que alisaram tanto o barro, que ficaria mais segura que casa de tijolos, pois como era para seu FIDELIS, homem muito querido pelos moradores do local, que trabalharam com grande esmero. Pois é, casa pronta e seu Fideles, lá foi residir, com o tempo nasceu a primeira filha, Telma que a esposa do Dr. Hermano, foi logo dizendo, ela será a nossa primeira afilhada e, assim, além de grandes amigos tornaram-se compadres também.
Tudo era uma maravilha, então veio a segunda filha, Salete e, com mais algum tempo veio a terceira, essa que vos fala, eu, Bernadete, só que quando os donos do engenho chegaram para me conhecer, disseram aos meus Pais, agora a Família aumentou e, vocês irão morar na Casa Grande.
O meu papai entre assustado e feliz, disse, não compadre, aquela casa é de sua família, agradeço muito, mas continuaremos aqui, foi então que Dr. Hermano disse e, nós somos uma família só.
Para o meu pai, que já considerava e tinha imenso respeito pela família Teles, foi um momento emocionante, quando passamos a residir na Casa Grande, os finais de semana, eram um festa, quando se reuniam as duas famílias, nunca, nunca houve a menor diferença no tratamento para conosco, todos éramos iguais. Engraçado né?
Quando chegou a época para estudar, o meu pai disse e agora comprade como vou fazer para minhas filhas iniciar os estudos e, ele prontamente respondeu, Telma e Salete vão ser colegas dos meus filhos lá no Ginásio São PIO X.
O papai disse, mas eu não tenho condições para arcar com as despesas, mas o Dr. Hermano disse, isso é comigo, providencie os documentos e leve-as até o colégio para fazer a matrícula.
Só que a Bernadete, não gostou nada de ficar em casa sozinha, então disse ao pai e ao doutor, eu já sei Ler e escrever, quero estudar lá também, como os dois já conheciam bem a galêga deles quando queria algo, não pensaram duas vezes, arrume as coisinhas dela Rosinha, é o jeito, assim fui ser colega de Eurico Teles, o filho mais novo de Dr. Hermano.
Deus, quantas lembranças maravilhosas daquela época, onde o meu pai plantou as melhores safras de Cana de Açúcar, Arroz, Feijão e Milho, além de fazer a melhor cachaça da região.
O nome de Lagoa Encantada, deu-se por causa de uma "Poça de Água" que tinha perto do engenho e diziam que ela era "ENCANTADA", eu nunca acreditei muito nessa história, pois sempre brincávamos perto e nunca vi nenhum príncipe e muito menos um sapo dourado por lá.
Agora foi uma infância dourada que nós vivemos ali. Isso sim, é uma grande verdade.
Eu sou a menina loura, nascida na Lagoa Encantada, no dia 02 de Novembro, dia de finados, nasci sozinha, pois quando minha mãe disse, vai buscar Dona CEICINHA, só deu tempo meu Pai chegar na Cancela da Casa de Taípa e, minha MÃE me de à Luz, naquele quartinho só nós duas.
Serei eternamente grata aos meus queridos pais, ao Dr. Hermano Teles e a Dona Euricinha sua esposa.
OH! TEMPO BOM !
Quereres - Postagem do Antônio Morais.
Tanta coisa tenho ignorado.
Tanta meta já não mais almejo.
Tanta gente que deixei de lado,
E outras tantas que há tempo não vejo.
Tantas coisas que eu corria atrás,
Que queria e já não quero mais,
Que não tive, mas que tanto faz,
Pois ter paz é tudo que desejo.
Jenário de Fátima.
Em defesa do Anel de Tucum - Postagem de André Luis Bezerra.
Sem muitos rodeios, como o título deste texto bem sugere, farei aqui uma defesa do simples e singelo Anel de Tucum, que mesmo sendo algo tão simples, carrega sobre si muitas controvérsias.
Antes de mais nada, quero aqui sublinhar a estranheza que brota da necessidade de se defender um anel. Afinal de contas nunca li nenhum texto sequer que defendesse um anel, brinco ou pulseira, por exemplo.
Mas, como bem recorda o ditado popular: para bom entendedor meia palavra basta, a defesa aqui não é puramente do símbolo, mas do seu significado, expresso por ele, seu significante.
Obviamente, se algo precisa de defesa é porque foi ou está sendo atacado. Este é o caso do Anel de Tucum. Durante muitos anos vi este símbolo, e mais ainda o seu significado, com muita desconfiança e estranheza.
Apesar de tê-lo usado em um breve tempo da minha juventude, nos primeiros anos de caminhada pastoral na igreja, à época não compreendia muito bem o seu significado. Todavia, entre uns e outros cliques na internet, deparei-me com diversas pessoas que alertavam acerca do “perigo” do uso deste anel. Assustei-me e depressa retirei-o do meu dedo anelar.
Dentre os estrondosos alertas feitos por estes “arautos da verdade” nas redes sociais sobre o suspeito anel estava o de que aqueles que o usam são adeptos de uma teologia perigosa. Chamada por alguns de “pior heresia de todos os tempos”, a Teologia da Libertação era apontada como o grande mal por trás do uso deste “anel preto”, como denominavam, com desprezo, o pequeno artefato.
Outro argumento que, pelo que me lembro, escutei pela primeira vez vindo da boca de um colega seminarista, era de que aquele anel, além de representar uma corrupção da fé, era também usado por membros da comunidade LGBT e que, por isso, deveria ser totalmente evitado por indicar também uma profunda corrupção da moral e dos bons costumes.
Recordando este argumento, enquanto escrevo este texto, é impossível não me recordar de Dona Dorotéia ou de Perpétua, personagens de Jorge Amado.
Deixando de lado estas recordações, e detendo-me em episódios mais recentes que me levaram a escrever esta reflexão. Li em uma postagem no Instagram, carregada de um pesado tom apocalíptico, que afirmava a urgente necessidade de se abandonar o uso deste anel por parte dos franciscanos, que eram o público alvo daquele alerta.
Num dos comentários desta postagem um jovem rapaz católico se lamentava: “Quem dera fossem apenas os franciscanos a usarem isso!”. Na mesma semana, ouvi um colega de seminário recriminando outro pelo uso do anel, dizendo: “Se eu fosse o seu bispo, não o ordenaria enquanto não retirasse esse anel!” Ouvi isso e em silêncio me mantive. Mas apenas um silêncio exterior, pois na mente refleti muito sobre o porquê de tanta querela em torno deste anel.
Perguntei-me: se a origem deste anel remontasse a um dos rincões europeus, ele sofreria tal desprezo?
Mas, apesar desta ou daquela campanha contrária a seu uso, o Anel de Tucum, como sabemos, tem uma origem muito mais antiga do que os seus detratores comumente imaginam. Este anel, feito da semente do tucum, uma palmeira muito comum na região amazônica, tem suas origens ainda no Brasil Império.
Este anel era utilizado por indígenas e negros escravizados para simbolizar seus pactos matrimoniais, sinais de amizade e de associação, já que não podiam ostentar anéis feitos de metais preciosos como faziam os seus senhores.
Acontece que, décadas depois, o uso deste anel foi adotado por muitos cristãos que, sabendo desta história, passaram a utilizá-lo como símbolo de compromisso com a causa indígena e com a causa dos mais pobres e desfavorecidos.
O Anel de Tucum foi amplamente difundido entre líderes religiosos católicos. Muitos padres, religiosos e religiosas passaram a usá-lo com este significado. Apesar de membros de outras denominações cristãs também terem adotado o uso deste anel, a sua maior adesão se deu no seio da Igreja católica, principalmente durante a segunda metade do século XX, quando a Igreja católica respirava os novos ares trazidos pela janela aberta do Concílio Vaticano II.
Neste mesmo período histórico se demarca o nascimento da famigerada Teologia da Libertação, sobre a qual não nos aprofundaremos, haja vista não ser esse o objetivo desta reflexão. O importante é que muitos daqueles que seguiam as novas perspectivas teológicas, pastorais e sociais propostas pela Teologia da Libertação adotaram também o uso do tal anel preto.
Certamente, devido a este fato histórico, é que o anel se tornou sinal daqueles que procuravam reformar a Igreja segundo novos moldes, sejam os propostos pelo Concílio Vaticano II, sejam os pregados por esta ou por aquela Teologia da Libertação, com todos os acertos e erros, virtudes e exageros que todos sabemos que existiram. Façamos, pois, diante de tudo isto, algumas considerações sobre o uso do Anel de Tucum.
Em obediência à verdade, que me leva à justiça, inicio apresentando alguns dos principais argumentos contrários ao uso do anel. Elencarei novamente aquelas alegações que escuto com mais frequência. O primeiro e principal argumento de todos é o de que aqueles que usam o anel se demonstram adeptos da Teologia da Libertação, que segundo eles é uma heresia perigosa, inclusive já condenada pela Igreja. Outra razão por eles apresentada é de que o seu uso é indevido pelo fato de o anel também ser usado pela comunidade LGBT, como uma espécie de sinal de identificação desta ou daquela preferência sexual ou de identidade de gênero.
Por outro lado, apresento também os argumentos favoráveis ao uso deste anel, alegado principalmente por aqueles cristãos que fazem o seu uso ou que simpatizam com aqueles valores significados por ele.
O primeiro deles é o de que o Anel de Tucum é símbolo de uma vida de simplicidade evangélica, onde a riqueza de um anel de ouro ou de prata é substituída pelo uso de uma aliança de valor irrisório; para outros, o Anel de Tucum serve como uma espécie de lembrete àqueles que o usam de sua opção preferencial pelos pobres, principalmente na sua luta por uma Igreja mais pobre e servidora.
Assim, diante dos argumentos apresentados de ambas as partes, faço as minhas considerações, o meu juízo. Dizer que o simples uso de um anel significa, de imediato, a pertença a uma corrente teológica específica, demonstra o uso de um julgamento apressado e irresponsável sobre uma pessoa em toda a sua complexidade.
Outro problema naqueles acusadores é a sua profunda ignorância a respeito da Teologia da Libertação, a qual condenam sem o mínimo conhecimento teológico, baseados, pelo menos em sua maioria, em manchetes que ostentam a condenação da então Congregação para a Doutrina da Fé a uma Teologia da Libertação de cunho marxista, apenas.
Consequência da pouca ou nenhuma leitura de Gustavo Gutiérrez, Comblim, Leonardo e Clodovis Boff, etc.
Inclusive pouca leitura dos escritos do cardeal Gerhard Müller, que escreveu com Gutiérrez algumas obras, dentre elas: “Ao lado dos pobres: Teologia da Libertação”, publicada pela editora Paulinas.
Muitos (digo por aquilo que constato na maioria dos discursos que ouço contrários à Teologia da Libertação) sequer se deram ao trabalho de ler, direto da fonte, um único texto que exponha este ou aquele tipo de Teologia da Libertação, a partir dos próprios autores.
Contentam-se com comentários esdrúxulos e irresponsáveis, cuja profundidade é análoga a de um pires.
Outra acusação falaciosa, e muitas vezes marcada de hipocrisia, é a de que o seu uso deve ser evitado para evitar uma espécie de proximidade estética com os LGBTs. Repito: faço estas considerações a partir da minha experiência com os detratores do Anel de Tucum. Muitos, para não dizer muitíssimos, daqueles que usam este argumento à la Dorotéia, ou mesmo, à la Perpétua, para não dizer, à la fariseus, caem em grande hipocrisia.
Tenho observado que muitos dos que criticam o anel pela sua adoção por parte da comunidade LGBT, são os mesmos que frequentemente adotam diversos costumes, trejeitos e gírias da mesma comunidade. Enquanto criticam os usuários do Anel de Tucum por se assemelharem aos LGBTs, estes mesmos pregadores da moral e dos bons costumes tratam-se entre si por pronomes femininos ao mesmo tempo em que conhecem e utilizam todo o vocabulário das gírias do mundo gay. Como já disse: caem em grande hipocrisia.
Contudo, não são todos que cometem este último deslize. Para estes eu argumento: se um símbolo usado por determinado grupo considerado imoral ou herético pela boa e sã doutrina católica passar a gozar da mesma reprovação daqueles que dele fazem uso, devemos então começar a condenar com mesma ênfase os paramentos advindos do paganismo romano, as batinas usadas por corruptos e pedófilos, as manifestações de piedade popular originadas na superstição, as formas de organização eclesiástica absorvidas das cortes medievais, por exemplo. Tudo isso sem falar no apoio a políticos ditos conservadores, cujas forças políticas residem sobre base maçônica e/ou liberal.
Um símbolo não pode ser acorrentado perpetuamente a um significado! Exemplo maior disso é a Cruz, que de sinal de maldição, foi ressignificado e tornou-se sinal de salvação.
Já tendo me delongado demais, e sem querer tomar ainda mais o tempo do leitor, concluo esta defesa com uma reflexão acerca da importância da unidade da Igreja.
Sendo uma das notas que caracterizam a Igreja verdadeira de Jesus Cristo a unidade é algo que deve ser zelado e preservado com nossos maiores esforços. Por isso pergunto: alguém que divide a Igreja de Jesus entre aqueles que usam e entre aqueles que não usam o Anel de Tucum estão a colaborar com a unidade da Igreja?
Aqueles que promovem perseguição e/ou ridicularização deste ou daquele devido ao uso de um simples sinal, estão a trilhar o caminho de Jesus, que desejou que todos fossem um (cf. Jo 17, 21)? Estas perguntas ficam para a reflexão. Sem mais delongas, termino dizendo: não há nada mais tradicional do que defender a unidade da Igreja.
A FEIÚRA DO FUTEBOL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Jogo brusco e excessos de cautela. Marcação com disposições diferentes e o fito de "não deixar jogar".
Um time alijando o outro. Desarme confundido com agressão.
Troca de passes defeituosa e nenhuma solução individual. Faltas, uma atrás da outra.
O futebol mal jogado aborrece e nos incentiva a ver outra coisa.
O pior é a mídia esportiva passar pano para tudo isso.
Foi duro ouvir uma análise dando conta de que um atacante teve bom desempenho porque marcou bem o adversário.
Fica difícil entender que um atacante precisa ser um exímio marcador.
O que dirão os artilheiros?
E a preocupação em jogar é irrelevante? Não rola, inventem outra.
Vamos botar, na conta disso tudo, uma nova mania dos times: "Poupar" craques da equipe em grandes clássicos.
Estamos falando de Palmeiras e Flamengo, mas não é difícil encontrar disputas parecidas.
Quem quiser futebol valendo, mesmo, tem que ir para a televisão.
Na Europa, os campeonatos oferecem espetáculos ao gosto do telespectador.
É só conferir.
quinta-feira, 25 de abril de 2024
TREINADORES X "ENTENDIDOS" - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Daqui a pouco, não haverá no Mundo número suficiente de treinadores para clubes brasileiros.
De uns tempos para cá, a preferência tem sido por orientadores estrangeiros.
Sul-americanos e portugueses lideram folgados as listas dos escolhidos.
A compulsão da cartolagem por dispensa e contratação atende, também, à uma vasta freguesia na crônica esportiva e nas redes sociais.
Só não vira comentarista esportivo quem não quiser.
Os resultados é que vão ditando o ritmo dos despautérios ditos e ouvidos.
Os treinadores, claro, dão suas contribuições. A mania de ser autoral é a desgraça de muitos deles.
Mas, a luta é desigual para os técnicos. De um lado a falta de maior equilíbrio do gestor. Na outra ponta, a passionalidade do torcedor.
E como se fosse pouco, a multidão de "entendidos" da crônica e redes sociais.
Vai ver não passamos, também, de mais um "entendido".
Como afirmou um desses filósofos que o futebol criou: "Treinador do futebol brasileiro é uma ilha de burrice cercada de inteligência por todos os lados".
"Inteligência", sim.
quarta-feira, 24 de abril de 2024
Dr. Marchet Callou - Postagem do Antônio Morais.
O Dr. Marchet Callou foi o primeiro dentista do Cariri, aqui chegando em 1937. Era uma extraordinária figura humana: bonachão, poeta de rara sensibilidade, escritor, orador, boêmio no bom sentido, desapegado das coisas materiais.
Em todo universo, Marchet Callou fazia uma coisa que somente ele sabia: em vez de colocar inseticida para as formigas do seu jardim, ele colocava açúcar para alimentá-las.
Em telefonema para o Padre Agostinho Mascarenhas pediu que, em face da pressa, uma confissão urgente.
Diante do confessor, Marchet Callou disse para espanto do padre: Eu só tenho um pecado, mas o cometo todo dia: jogo no bicho e nas loterias em geral.
Isso não é pecado, mas uma contravenção penal, vá na capela e reze cinco "Ave Marias" de penitência. Seu pecado está perdoado.
Marchet ao abrir a bíblia encontrou um papelzinho com o numero 31, escrito.
Olhando para esposa Elba Marchet disse : "Um palpite". E, lépido saiu para jogar aliviado com o perdão do seu confessor.
terça-feira, 23 de abril de 2024
LUGARES - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Leio, em uma velha publicação, entrevista com o ator Procópio Ferreira, pai da magnífica Bibi Ferreira.
Por que não mais visitou Paris? Foi uma das perguntas.
Ao que respondeu o grande artista: "Meus amigos não estão mais por lá. E os lugares são as pessoas".
É isso. O lugar é a soma de almas de pessoas que o criaram.
Sem alma, um lugar vira um não lugar.
Como definiu Agualusa: "A alma é uma luz muito pequenina escondida no coração. É o que continuamos a ser depois de ser..."
Passo, às vezes, diante de lugares que frequentei e não ouço nem sussurros, quanto mais vozes.
Fico, irremediavelmente, melancólico.
Antes, espaços onde a vida fluia e ninguém atrapalhava. Bagagem volumosa de afetos.
Lugares que abrigaram tanta vida. Ecos de pessoas, vestígios de vidas vividas.
Prazer de viver engolido pelas mudanças do tempo.
O que nos resta: descobrir novos lugares e reconstruir, no presente, a felicidade experimentada no passado
segunda-feira, 22 de abril de 2024
A TECNOLOGIA E O PRIMITIVO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Posso até me perder nesse assunto. A guerra não é a praia que frequento.
Entanto, há coisas que mexem com a alma da gente.
Estamos num Mundo de guerras e retaliações. O Oriente Médio é um barril de pólvora.
Com a escalada tecnológica, paradoxalmente, parece que retornamos ao primitivo.
Leio horrorizado que já se faz uso de uma máquina bélica de poder tecnológico altamente letal.
Ela tem o nome de Lavender, um sistema de Inteligência Artificial que define alvos e os executa em massa.
Sua utilização se daria matando, indiscriminadamente, populações civis.
Isto é, o que a tecnologia antes prometia como avanço é hoje um perigo.
Não é difícil deduzir que esse tipo de “avanço” nada mais é do que um enredo selvagem e criminoso.
O homem não é mais o mesmo depois de tais invenções.
O que temos pela frente é o horror.
domingo, 21 de abril de 2024
Baladas de outrora. - Por Antônio Morais.
As meninas, bem mais recatadas que as de hoje. Nós, recém saídos da adolescência, sonhávamos a semana inteira com aqueles sábados, com aquelas tertúlias. Cada fim-de-semana na casa de um, em sistema de revezamento.
Havia a necessidade do ‘esquente’, antes da festa, para ter coragem de tirar as meninas recatadas para dançar. Mas havia, também, a falta de dinheiro, fator que limitava um ‘esquente’ decente. O jeito era, num só copo, misturar conhaque, cachaça, rum e um pouco de cerveja e, copo cheio, botar aquelas mistureba pra dentro deixando o fogo sair pelas ventas.
Pouca coragem, quase nenhum dinheiro. Bom e barato. Nada de beber lenta, gradual e socialmente. Bastava uma dose e estávamos no ponto para dançar. E aquelas moças, bonitas e recatadas, aceitavam um convite à dança de um cabra cambaleante e com um hálito de quem engoliu tudo que não presta misturado com tudo que também não presta.
Mas os tempos eram outros e aquelas moças dançavam a noite toda com aquela cambada de cabrinha recém-saído da infância, com todos os hormônios saindo pelos poros e com todas as catingas saindo pelas bocas. A embalar os sonhos ouvia-se Paulo Sérgio, Roberto Carlos e, tantas vezes, Renato e seus Blue Caps.
Dançávamos, alegres, festiva e inocentemente bêbados.
Xico Bizerra.
sexta-feira, 19 de abril de 2024
ARREMESSOS - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Todas as ações humanas que ignoram os limites levam à destruição.
Nunca poderemos usar as armas dos extremistas. É suicídio lutar no campo deles.
Os anos passam e percebemos que somos apenas as experiências que nos moldaram.
O tempo não cura todas as mágoas, mas a dor fica mais suportável.
Todo time tem uma torcida. O Corinthians é o único caso em que uma torcida tem um time.
Não deixe para acordar quando estiver no túmulo.
Não são poucos os que defendem a democracia na aldeia e abraçam ditadores fora dela.
Tem comentarista que não sabe a diferença entre a bola e uma ogiva nuclear.
Em vários sabores, a burrice está à mesa.
O que era doce permanece em nossas lembranças.
O ciúme é único sentimento que quer a morte.
Se o futuro nada promete, o presente é sem futuro.
O mundo real nos parece impenetrável.
quinta-feira, 18 de abril de 2024
Crônicas e contos - Por Antônio Morais.
A história politica antiga do Crato é muito boa de contar, gostava de ouvir e rica de folclore.
Nas décadas de 40 e 50 do século passado havia um certo domínio da UDN liderada pelos irmãos Joaquim Fernandes Teles e Filemon Fernanes Teles, seus seguidores eram chamados de "carrapatos" porque não largavam o puder.
O PSD liderado pelo professor Pedro Felício Cavalcante, cujos seguidores eram chamados, não se sabe porque de Gogós, se elegeu prefeito na quinta tentativa, na eleição para o mandato de 1963 a 1966.
Seu opositor naquela eleição foi o Dr. Derval Peixoto e o vice Thomaz Osterne de Alencar. Num comício no bairro São Miguel a turma do seu Pedro cantava a música de campanha : "pau, pau, pau na cabeça de Derval"....
Thomáz Osterne parou o jeep nas proximidades do comício e ficou fazendo as suas pesquisas. A negrada viu e emendou : pau, pau, pau na cabeça de Derval, mais, mais, mais na cabeça do Thomaz.
Thomaz Osterne era um gentlemen, rio muito, ligou o carro e foi embora.
A MENTIRA DE CADA DIA - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
O gênio musical Tom Jobim decretou que "o Brasil não é para amadores". Nem para quem deseja a coisa certa, acrescentaríamos.
Basta dizer que o instrumento mais usado nas relações políticas ou não é a mentira.
-Quem deixou esse trabalho por terminar?
-Foi o rapaz".
-Que rapaz?
-O rapaz, ora bolas. Ele está por aí.
Não tem rapaz, o responsável pelo trabalho não vai aparecer nunca. Quase tudo é resolvido no "queixo", na mentira.
Vê-se a verdade, ouve-se a verdade e acredita-se na mentira. Por que, hein?
Em campeonato de mentira, não perdemos para ninguém. É "bicho" certo.
Dizem por aí que quem mente se dá melhor na vida. Mas, dizem, também, que quem mente, rouba.
De um coisa temos certeza: não precisamos mentir nem roubar para viver.
Vade retro capiroto, vai pra lá, ô coisa ruim. Vai mentir no inferno
Deus é fiel - Enviado por José Francisco, residente em Luanda.
Uma Jovem cristã orava bastante e vivia consoante a palavra de Deus. O seu esposo chegou de falecer, então a família do ex marido dela começou a recuperar tudo que era do malogrado, levaram quase tudo e ela apenas tinha restado com a Casa do Ex-marido, mas a família quiz recuperar até o quintal então eles começaram a disputar a casa até que decidiram que tinham que levar o caso à Justiça do país.
A família contratou um advogado para a defender, mas a jovem não contratou ninguém porque ela não tinha dinheiro para pagar um advogado. No dia do julgamento no tribunal, antes de ela sair para ir ao julgamento orou à Deus e disse: Pai eles levaram tudo, e agora querem me deixar sem a casa, senhor tú és Deus.
Confunda-os e age de qualquer forma para que eu possa ter a posse da casa.
Depois saiu e foi ao tribunal, sem mesmo contratar um advogado, ela aplicou a fé.
O advogado da família do malogrado apresentou-se e, começou a defender o caso e já estava a ganhar o caso e na vez da Jovem a porta do tribunal abriu-se e entrou um jovem Advogado, se apresentou, ninguém havia visto aquele jovem antes, ele defendeu o caso, ganhou o caso e o Juiz decidiu que a casa ficaria com a Moça.
Logo depois o advogado da moça saiu pela porta do tribunal, a jovem correu para lhe agradeçer mas não lhe viu, infelizmente o Jovem advogado tinha sumido, era um anjo enviado.
Deus é fiel. Ele é muito bom. Ele é o nosso advogado.
Josefa Alves de Morais., madrinha Zefa - Por Antôno Morais.
Neta de José Raimundo Duarte, José Raimundo do Sanharol e de Antônia de Morais Rego. Filha de Isabel de Morais Rêgo e Francisco Alves de Morais. Um casamento de uma tia com um sonbrinho 23 anos mais velho do que ela.
Casada com seu primo legitimo Pedro Alves Bezerra. Do casal nasceram seis filhos : Maria, Francisco, Ana, Luiz, José e Joaquim.
Madrinha Zefa foi a mais bela criação que o Criador deixou para nossa família. Magra, estatura média, morena, cabelos pretos, de brandura cândida, gentil, humilde, fraterna, mente e mãos benfazejas e coração magnânimo.
Religiosa vocacionada. Madrinha Zefa foi aquela que teve verdadeira e perfeita caridade, que em nada se buscou a si mesma, que de ninguém teve inveja e que procurou sobre todas as coisas ter alegria e felicidade em Deus.
Aprendi com ela que a prece é a escada de Jacó, por ela sobem aos céus as nossas agonias, aflições e sofrimentos, por ela descem a graça, a benção e redenção de Deus.
Madrinha Zefa era uma Santa Viva, e deve está ao lado de Deus no Céu, gozando o prêmio de suas eximias virtudes em vida.
Igualmente iguais - Por Antônio Morais.
Lula e Jair Bolsonaro são igualmente iguais. Igualmente ruins. Entre os dois não existe mal menor. Quando vejo um falando torço pelo outro, quando vejo o outro falando torço para que seja o derrotado.
Comigo não há problema porque não voto pra nenhum deles. Minha decisão está tomada. Não tenho predileção por politico malandro, pilantra e corrupto.
Quando vejo Lula falando sinto vontade de vomitar.
Quando vejo o Bolsonaro vomito.
O povo merece, tanto que está brigando nas ruas e praças por seu malandro predileto. Que faça bom proveito.
quarta-feira, 17 de abril de 2024
Seu Elói - Por Pedrinho do Sanharol.
A história da radiofonia do Crato passa por Eloi Teles de Morais. Com os seus programas "Coisas do meu Sertão e Forró da casa grande" através das Rádios Educadora e Araripe levou diversão e muita alegria às multidões.
No dia 10 de Dezembro de 1971 Monsenhor Raimundo Augusto de Araújo Lima celebrou o meu casamento. Passei a residi na rua Major Evangelista Gonçalves no Pimenta, em Crato.
Vizinho de Elói Teles de Morais. Ele diretor artístico da Rádio Araripe do Crato, a pioneira. Elói era uma pessoa gentil, educação esmerada, tratava as pessoas com lhanesa e irradiava alegria e felicidades.
Nossas conversas eram muito agradáveis. Ele tinha um jeito só dele de fazer as publicidades dos seus programas.
Nada gravado, tudo improvisado. Um dia ele me contou uma história que eu nunca esqueci.
Elói me falou que precisava ir ao Juazeiro do Norte comprar uma ferramenta que não encontrava em Crato, no mesmo horário que tinha que está na rádio apresentando o programa "Coisas do meu sertão".
Fez a abertura, mandou colocar o disco com a música "Triste Partida", pegou a Brasília e chispou para o Juazeiro.
Quando voltou ainda tinha gente subindo no caminhão.
Elói Teles era um gênio da graça e do humor.
segunda-feira, 15 de abril de 2024
RECLUSÃO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista
Interessante. Quando abordo certos assuntos, sinto que estou plagiando alguém ou sendo repetitivo.
É o que antecipa o título desta croniqueta.
O que não tem faltado é gente se trancando na vida, isolando-se como um Robinson Crusoé.
E não pensem que é só gente idosa. Tem uma meninada cujo alimento é uma tela de computador e a convivência eletrônica.
Você estará ferrado se ficar recluso. As altas doses de solidão são viciantes.
E ainda não encontraram uma vacina eficaz para evitar o voluntário isolamento.
Mesmo que possa oferecer algo parecido com conforto, na reclusão não acontece nada.
Isso pode se chamar de cárcere de medos. Fobia social, um distúrbio.
Tenho repetido em crônicas e aforismos que a fome que sentimos é de convívio.
Precisamos do cheiro e do calor do outro.
Mais importante do que não saber aonde ir, é procurar um caminho.
A amizade, um santo remédio, não pode ser regida por um mero botão eletrônico.
A ausência é, depois da morte, a razão do sumiço do amor.
"Precisamos uns dos outros porque somos humanos".
Fernanda Montenegro.
sexta-feira, 12 de abril de 2024
FUTEBOL EM ALTO NÍVEL - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
É à base da pressão e contrapressão, o tempo inteiro, que o futebol europeu é praticado.
Jogadores não dispõe de tempo para faniquitos.
Principalmente, na Premiere League.
Há momentos em que os times se assemelham a enxames de abelhas, pela movimentação e velocidade.
Há beleza e placares que emocionam.
Penso no futebol brasileiro e imagino a nossa incapacidade para fazer o mesmo.
Claro, existem craques brasileiros dando suas contribuições.
Mas, diferente de outros tempos, o futebol no Velho Mundo tem jogadores extraclasse às pencas.
Não há rigidez na obediência tática que aprisione os times. Asas à imaginação e criatividade.
Quem achar que exagero dê uma olhada, apenas, nos jogos do campeonato inglês.
A capacidade de jogar bem e bonito não é mais, há bastante tempo, uma exclusividade de brasileiros e sul-americanos.
Ouso repetir: passamos de admirados a admiradores do futebol dos outros.
Na Europa, estão a escolher o Melhor do Mundo toda semana.
quinta-feira, 11 de abril de 2024
PRINCESA ISABEL - Postagem do Antônio Morais.
"Fomos expulsos de nossa terra, onde nasci, cresci e fiz o que achei possível dentro de minhas possibilidades como mulher junto ao meu pai e seus ministros."
"Espero que os militares tenham um dia a consciência que ter um cargo de poder, significa servir ao povo, não que o povo lhe sirva."
Princesa Isabel, 1895.
Arguída, já no exílio, que se adivinhasse que perderia o Trono, teria assinado a Lei?
"Quantos tronos houvesse a cair, eu não deixaria de assiná-la.”
Isabel Cristina Leopoldina Augusta Bourbon e Bragança posteriormente de Orléans e Bragança, a Princesa Isabel, nasceu no palácio de São Cristóvão, na cidade do Rio de Janeiro no ano de 1846.
terça-feira, 9 de abril de 2024
"CORRUPÇÃO CULTURAL" - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
No início do século passado, o Padre Cícero pregava: "Quem roubou não roube mais".
Acontece que, nessas paragens verde-amarelas, os ladrões, assim como os cínicos, sempre foram surdos.
Inverteram o que o cearense do século aconselhou em suas prédicas e cunharam: "Quem roubou, que roube mais".
Devem ter pensado: "Assim, fica melhor para os ouvidos delinquentes".
O fim da lava jato abateu todo o sistema de combate à corrupção no Brasil.
Com isso, os ladravazes não perderam tempo: mudaram de nome e endereço e fizeram o roubo seguir o seu curso natural.
Na Transparência Internacional, o Brasil perdeu dez posições no índice de percepção da corrupção, caindo para o 104º lugar.
Por falar nisso, a vida de PC Farias, símbolo da corrupção no País, vai virar filme.
Os distraídos perguntam: "Onde isso vai parar?". Não vai parar nunca, inocentes.
Isso acontece, desde que enviaram a primeira carta ao rei de Portugal.
Ironizam até dizendo que estaria escrito lá na missiva: "Em se roubando, tudo dá".
A partir daí, foi "determinado" que o roubo em terras cabralinas seria um "fator cultural".
Quem achou ruim, e foram poucos, tratou de reclamar ao bispo de plantão.
O dinheiro da corrupção é como a água: só corre para os grandes reservatórios da gatunagem.
È "cultural"
José Gonçalves Bezerra, Zezito e a esposa Toinha Bezerra - Por Antonio Morais
Eu peço permissão para contar uma historinha do Zezito, o homem mais humano, bom e amigo que se ouviu falar naqueles tempos.
Um varzealegrense que não revelo o nome nem sob tortura chegou em São Bernardo num período de safra ruim para emprego.
Depois de certo tempo estava devendo a pensão que ocupava e se desesperou. Procurou Zezito e contou sua historia.
Zezito lhe perguntou, o que você deseja que eu faça por você?
Eu quero que você me empreste uma quantia para eu pagar umas pendências e voltar para Várzea-Alegre.
De lá eu te mando.
Informado a importância Zezito entregou o numerário.
Quando o rapaz chegou na pensão estava a convocação para um emprego que havia agendado.
Um mês depois recebendo o primeiro ordenado procurou Zezito para pagar a dívida.
Zezito falou : Você já está podendo pagar? Já resolveu seu problema? Eu pensava que você tinha retornado a nossa terra?
O nosso sertanejo quitou a divida monetária, agradeceu, ficou devendo o obséquio, a consideração e a gratidão.
Hoje, conta esta história bonita, solidária, humana que honra o nosso inesquecível José Gonçalves Bezerra, Zezito.
Orgulho de ser nordestino - Por Armando Lopes Rafael.
segunda-feira, 8 de abril de 2024
O meu último encontro com Raimundo Sabino - Por Antonio Morais.
O meu último encontro do Raimundo Sabino.
Quando menino, nas minhas passagens para as casas dos meu tios Inácio de José Venâncio, na Boa Vista e João de Dica, no São Vicente, en passava em frente a bodega do Raimundo Sabino.
Cada vez que passava ali era um novo apelido. A ponto de tempos depois sempre que ia passar a frente da bodega aumentar o passo para não ser visto.
Raimundo Sabino tranferiu o seu comercio para o filho Jesus, apelidado Buzuga.
Traferiu seu domicilio para a cidade de Senhor do Bomfim na Bahia.
Um dia, eu fui deixar uma filha na rodoviária do Crato para embarcá-la para Campina Grande, onde estudava.
De longe vi Raimundo Sabino sentado num banco da rodoviaria. Aproximei-me, cumprimentei e ele me disse que tinha perdido o onibus das seis horas para a Hahia e tinha que esperar o do outro dia no mesmo horário, 48 horas depois.
Levei o amigo para minha casa, foi meu hospede por uma noite e um dia.
Nesse dia botamos a conversa em dia. E no horário combinado fui deixar e embarcar na rodoviaria.
Um pequeno favor que me valeu muito pela admiração que eu tinha por aquele homem empreendedor que mereceu o aplauso e a admiração de todo varzeaalegrense.
MAIS UM TÍTULO PARA O CEARÁ - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
Nos 90 e "caquerados" do Ceará e Fortaleza, foi tudo rigorosamente igual.
No baixo balanço das emoções da primeira etapa, uma chance para cada time.
Saulo, para o Ceará, e Sasha, para o Fortaleza, os autores das proezas.
Faltaram, e faltam, meio- campistas de maior competência nas equipes.
Só podia dar 0 x 0.
Na fase final, sacudidela, o jogo ganhou com dois gols em 11 minutos.
Curioso é que, quando Bruno Pacheco foi expulso, o jogo "amornou".
Vojvoda, que escalou três zagueiros no esquema 3-5-2, reordenou a defensiva, com quatro defensores.
O Ceará enfiou Castilho e Recalde, mas não tirou vantagem de jogar com um a mais.
O placar final de 1 x 1 foi mais justo do que "boca de bode".
Nas penalidades, Richard foi o herói.
O Ceará foi campeão, impedindo o hexa do seu maior rivaL.
domingo, 7 de abril de 2024
Histórias, causos e proezas - Dr. José Flavio Vieira.
“As coisas tangíveis
tornam-se insensíveis
à palma da mão
Mas as coisas findas
muito mais que lindas,
essas ficarão.”
Carlos Drummond de Andrade.
A vida, se a gente reparar direitinho, parece uma Montanha Russa. Os primeiros anos, os mais dourados, como na subida da rampa, passam lentamente e é possível curtir a paisagem ao redor e até bater papo com os vizinhos de cadeiras, no trenzinho. Observando tudo miudinho do nosso observatório, do alto, bate-nos uma sensação de grandeza e onipotência. Chegado ao topo, no entanto, quando nos consideramos semideuses, de repente, a locomotiva desembesta. Velocidade alucinante, curvas fechadas, parafusos, loopings, frio na barriga. Aí já não há o que curtir, apenas agarrar-se à cadeira e esperar que , por fim, o carrinho esbarre. Em segundos, tudo transcorreu sem que ao menos o percebêssemos, até que alguém avisa para sair: seu passeio acabou ! Se a gente não cuidar , sequer fica a recordação da viagem curta, alucinante, mas incrível.
Recebi, nesses dias, o presente de um livro lançado recentemente: “Histórias , Causos & Proezas” do escritor Antônio Alves de Morais. Bateu-me uma alegria incontida porque Morais faz parte da minha viagem existencial, no parquinho. O livro é o diário de bordo também do meu passeio. Subimos a mesma rampa na juventude e, agora, estamos descendo a montanha na velocidade estonteante que se segue ao cume. Nascido em Várzea Alegre, como meus ascendentes, o autor tem aquela irreverência e fluição típicas da oralidade dos filhos de Papai Raimundo. Antonio é um memorialista intuitivo e franco. Anotou, cuidadosamente, imagens e passagens da nossa excursão pelo mundo: cenário, personagens, histórias: esse amálgama de que se constrói a nossa meteórica jornada terrestre. Teve o desvelo de registrar tudo, antes que o trem trave e sejamos , logo mais, convidados a descer da condução. Dividido entre Crato e Várzea Alegre, as páginas estão cheias de figuras expostas nas suas fragilidades, nos seus arroubos, nas suas guinadas e dribles. Um livro saboroso que, como os melhores Bordeaux, deve ir melhorando o buquê e diminuindo acidez com o passar dos anos.
A obra inicia com o inventário de professores queridos nossos, entre eles Vieirinha, meu pai, e José do Vale Feitosa, meu padrinho, e de doces anos da nossa formação ginasiana no Colégio Estadual Wilson Gonçalves. De repente, por um momento, é como se o trenzinho voltasse a subir. novamente. a rampa íngreme: tudo se passa em Câmara Lenta, a vida, como um caramelo que se dissolvesse morosamente na boca , parece novamente valer a pena de ser degustada,. E a felicidade , como num looping, torna-se possível e vejo-a bem ali à frente, logo depois do pico da montanha, tangível, ao alcance da palma da mão.
sábado, 6 de abril de 2024
INSALUBRE - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.
A crônica pede assuntos mais leves. Entanto, por mais que fujamos dos temas insalubres, eles nos alcançam.
Há no nosso País coisas que chamam a atenção pelos contrastes.
Impossível aceitar que, com a maior bacia de água doce do Mundo, no rio Amazonas, parte da nossa população beba até água misturada com urina.
Leio sobre muitos lugares em que, por falta de saneamento, grandes populações consomem água de córregos imundos.
E não é por falta do precioso líquido, que temos em abundância.
Possuimos praia de água doce que tem até ondas que lhe fazem parecer com o mar.
Em Casa Nova, à beira do Rio São Francisco, a 634 km de Salvador, tem uma praia formada ao redor do lago de Sobradinho, após sua construção em 1973.
Enquanto isso, em grande parte do País, sofremos com o declínio da saúde da água potável.
O homem como titular de sua própria desgraça.
As mineradoras poluem os rios, a mata não encobre o crime e as providências são insuficientes.
Surgem as novas doenças e as velhas enfermidades se renovam.
"É triste pensar que a natureza fala e que o gênero humano não a ouve".
Victor Hugo
quinta-feira, 4 de abril de 2024
Anete Esmeraldo, primeira e única mulher prefeita do Crato, 1950 - Por Antônio Morais.
O que encontrei sobre Anete Esmeraldo, primeira e única mulher prefeita da cidade do Crato em toda historia.
Precisamente em 1950.
Filha de Antônio Esmeraldo e Ana Pinheiro Esmeraldo.
Foto - Sítio São José 1949.
Da esquerda para direita em pé : Cristovão, Naninha, ANETE a prefeita, Fábio, Carmem, Dalvinizia, Juvêncio Barreto, Maria Pia, Unias Norões e La Salete.
Sentados na mesma direção : Zé Esmeraldo, Cira, Antônio Esmeraldo e a esposa Ana Pinheiro Esmeraldo, Homero e Silvio.
Familia Esmeraldo Pinheiro.
O circo - Por Antonio Morais.
No Crato, os circos, normalmente, eram instalados na Praça da Estação ou na beira do Rio Granjeiro, local onde, hoje, funciona a prefeitura municipal.
Naqueles recantos a alegria, para uma geração, reinou durante muitos anos.
Quando o circo baixava o pano e partia para outras cidades, a tristeza tomava conta do lugar. Acabava a animação do povo, a cidade perdia a atração e a meninada o encanto.
Já não se viam mais palhaços e anões passeando pelas ruas, anunciando a magia que iria ofuscar a noite com as fantásticas atrações.
Francisco Pedro de Oliveira.
Se você soubesse - Por Antônio Morais.
Se você soubesse a rapidez que vão te esquecer quando você morrer, você não deixaria de fazer o que gosta, preocupado com o que os outros vão pensar.
"A vida é um eco. O que você envia, volta para você. O que você planta, você colhe. O que você dá, você recebe. O que você vê nos outros, existe em você".
"Nunca o nosso mundo teve ao seu dispor tanta comunicação. E nunca foi tão dramática a nossa solidão. Nunca houve tanta estrada e nunca nos visitamos tão pouco".
Croniqueta - Por Antônio Morais.
Crônicas e contos - Por Antônio Morais.
"Hoje em dia o caráter tornou-se duvidoso. Algumas pessoas exigem a verdade apenas para ajustar suas mentiras.
Se eu soubesse tudo que sei hoje, teria evitado muito sofrimento desnecessário. Mas a vida é isso, tem coisa que a gente precisa passar para aprender, compreender e evoluir.
Não gostar do outro é um direito seu, fingir que gosta é falta de caráter".
Caráter é quando você faz no escuro a coisa certa sem que ninguém veja.
quarta-feira, 3 de abril de 2024
Croniqueta - Por Antônio Morais.
Nunca use a raiva como meio para ofender as pessoas, porque a raiva passa, as palavras ficam.
Na dúvida escolha o silêncio.
O silêncio irrita, chateia, não gasta tua energia, e ainda, preserva a tua imagem.
Croniqueta generalista - Por Antônio Morais.
"Com o tempo, você aprende que tentar perdoar ou pedir perdão, dizer que ama ou dizer que sente falta, dizer que precisa ou que quer ser, junto de um caixão deixa de fazer sentido".
Por isso recorde sempre estas palavras:
"O homem torna-se velho muito rápido e sábio demasiado tarde". Exatamente quando: "Já não há mais tempo".
Não se iluda com o sorriso, a maldade está na mente.
Crônicas e contos - Por Antônio Morais.
Historiadores são recordadores profissionais daquilo que as pessoas querem esquecer.
Deveriamos viver lembrando a cada momento, que a vida é um sopro. Basta pouco e não estamos mais aqui.
Raiva, inveja e ressentimento são inúteis. A vida é o presente mais bonito que temos.
Nós nunca deveriamos permitir a ninguem estragar esse presente que não receberemos outra vez.
Crônicas e contos - Por Antônio Morais.
"Cuide bem das coisas que o dinheiro não compra, são elas que te tornam rico. Tratar bem as pessoas é melhor do que postar versiculos bíblico que você não pratica.
Você sabe que a pessoa vale a pena quando ela te trata hoje da mesmo forma que te tratava quando queria te conquistar".