Um prefeito derrotado
Xingando a população
Dizendo que foi traído
No pleito da eleição
Um velho aterrando um poço
Com um rozario no pescoço
É a cara do sertão.
Colocar pedra na cruz
Para pedir proteção
Um menino na corcunda
De um pai de criação
Uma cabocla faceira
Descascando macaxeira
É a cara do sertão.
Um cabra na roças alheia
Fazendo malinação
Uma novia de porca
Assediando um barrão
Um andarilho sem rumo
Danado mascando fumo
É a cara do sertão.
Por Mundim do vale
"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".
Dom Helder Câmara
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Mundim,
ResponderExcluirUm violeiro afamado, versejando um fuxico, é a cara do sertão.