
A propósito dessa ótima movelaria que o Crato perdeu, juntamente com seu honesto proprietário, lembrei-me de uma pequena história que ouvi sobre os móveis fabricados por essa tradicional oficina da nossa terra.
Robertinho ia cursar o terceiro científico, atual “ensino médio” e, teve de ir estudar em Recife para tentar o vestibular no curso de engenharia. Rapaz de inteligência privilegiada, possuidor de extraordinária presença de espírito, bem valia o esforço que seus pais empreenderiam para que ele seguisse adiante nos estudos. Robertinho se reuniu com mais dois colegas de turma e juntos alugaram um apartamento confortável na Boa Vista, local onde o cratense que visita a capital pernambucana pode encontrar na certa, com vários universitários do Crato que por lá estudam.
Decorridos cerca de três meses de moradia em comum, a camaradagem dos três colegas cratenses aumentava cada vez mais de intensidade. E Robertinho era o mais brincalhão dos três, recitando a cada observação que fazia um sonoro palavrão. Mas isto até o dia em que dona Lurdinha, mãe de um colega do Robertinho foi visitar o filho, para saber como ele estava instalado, enfim, verificar se tudo ia bem, como ia de estudo, e mais uma porção de coisas que toda mãe se preocupa quando se trata do “bem estar” dos filhos.
A presença daquela senhora entre os três estudantes não inibiu Robertinho de pronunciar seus sonoros palavrões. Até que, dona Lurdinha, sentindo-se incomodada em ouvir tantos nomes feios, muito dos quais ela nem imaginava que existissem falou sério com ele: “Robertinho, você vai me fazer um grande favor! Vai me respeitar e enquanto eu estiver aqui não quero ouvir nenhum nome feio saindo da sua boca imunda!”
Claro que Robertinho se melindrou. Sempre que a dona Lurdinha estava em casa, ele se recolhia ao seu quarto, deixando para fazer suas refeições em outros horários ou quando não, se privando de algumas delas. E isto dona Lurdinha percebeu claramente.
Certo dia, ao atravessar o corredor do apartamento, dona Lurdinha viu a porta do quarto de Robertinho aberta e, ele estudando, apoiado numa bonita escrivaninha. Tentando quebrar o gelo, ela puxou conversa: “Que móveis lindos os seus, Robertinho! Onde você os comprou?” “No Crato!” Respondeu Robertinho. E dona Lurdinha quis saber mais: “No Crato? Em que lugar?” E encerrando a conversa, Robertinho acrescentou: “Naquela Movelaria cujo nome é um grande palavrão! E a senhora me proibiu de falar palavrão!”
Por Carlos Eduardo Esmeraldo A história é verídica e os nomes dos personagens fictícios para preservar suas identidades.
Prezado Carlos.
ResponderExcluirWladerico Teixeira Rola residia aqui proximo no Sossego. Faleceu há pouco tempo. Eu vou contar uma historia de uma irmã do Wladerico, a professora Teresinha Teixeira de Queiroz, casada com João Mousinho de Queiroz, funcionario do Banco do Brasil.
A historia aconteceu no Banco do Cariri onde a professora era cliente. No momento de preencher o cadastro o funcionario perguntou o Nome e ela respondeu : Teresinha Teixeira de Queiroz. O Fucionario perguntou: A senhora não tem, e, repetiu o palavrão. Então ela respondeu rindo: tenho não, na nossa familia só quem tem são os homens, as mulheres se casam subtrai o nome da familia e passam a usar o nome do marido.
Prezado Morais
ResponderExcluirAinda rindo muito da situação da irmã do Sr. Wladerico. A prósito, agradeço por você ter me lembrado do nome dele. Pensava ser Valderico. Eu era seu cliente. Encomendei duas cadeiras de balanço com assento de palinhas que ficaram ótimas. Lembrei-me dessa história que postei porque apareceu uma aluna minha de Cálculo Integral que tem o mesmo sobrenome. Na chamada, omito sempre um dos sobrenomes, pois uma vez esqueci e provocou muitas gargalhadas dos colegas.
Um abraço!
devia por esse comentário Morais pois é muito legal eu ri pra caramba
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