Aos
24 anos incompletos, o jovem Príncipe Regente do Brasil e herdeiro do
trono de Portugal, cidadão português, Dom Pedro, que chegara ao Brasil
em 1808, aos 10 anos, contrariando seus patrícios, proclamou a
independência do Brasil e de Colônia o transformou em Império. Corria o
ano de 1822, no dia 7 de setembro, o jovem libertador chegava às margens
do Rio Ipiranga, em São Paulo, província que apresentava problemas
políticos que fizeram o Príncipe ir até lá apaziguar os ânimos.

Nesta reunião foi
aprovado o decreto da Independência, declarando o Brasil separado de
Portugal. A imperatriz enviou uma carta a Dom Pedro, além de comentários
de Portugal criticando a atuação do marido e de Dom João VI, exigindo o
retorno de Dom Pedro e de sua família a Portugal, o que ele rejeitara
antes. Ela, então, exigiu que Pedro proclamasse a Independência do
Brasil e, na carta, o advertiu: "O pomo está maduro, colhe-o já, senão
apodrece". D. Pedro, corajosamente, rompeu os laços que uniam Brasil a
Portugal. Doravante, nos tornamos uma nação livre, independente.
Passavam-se apenas 322 anos de nossa descoberta e menos de 300 de
colonização. Nosso povo já falava a língua que se constitui a última
Flor do Lácio, o Português, mas, com tonalidade brasileira.
Para celebrar, nossa bandeira foi feita. Musicista que era, o Imperador
compôs melodia à letra do poeta Evaristo da Veiga, cujo refrão ainda
hoje nos estimula: “Brava Gente Brasileira/ Longe vá, temor servil;/ Ou
ficar a Pátria livre,/ Ou morrer pelo Brasil”. O próprio Hino Nacional,
em sua estrofe inicial, exalta a grandeza do feito de 1822: “Ouviram do
Ipiranga as margens plácidas/ De um povo heroico o brado retumbante,/ E o
sol da Liberdade, em raios fúlgidos,/ Brilhou no céu da Pátria nesse
instante”.
Com a instauração da
República no Brasil, se tratou de ofuscar a História Imperial,
criando-se estórias fantasiosas etc. A data de 7 de setembro só voltou a
ser comemorada em 1922 para se celebrar o centenário da Independência.
Depois, a data caiu no esquecimento. Somente em 1934, o cearense Luís
Cavalcante Sucupira (Comendador Sucupira como era conhecido, imortal da
Academia Cearense de Letras) deputado à então Assembleia Nacional
Constituinte, compondo a Comissão de Educação e Cultura, no dia
6/09/1934, apresentou o Projeto de nº 42, propondo a instituição do Dia
da Pátria, 7 de Setembro.
O
Decreto Presidencial nº 7, de 20/11/1934, assinado por Getúlio Vargas,
oficializou a iniciativa do notável deputado cearense e passamos a ter o
Dia da Pátria. Raramente vemos desfiles de Colégios e Escolas, também
desconheço incentivo aos Hinos da Independência e Nacional em momento
algum em sala de aula. Parece só existir quando a Seleção Brasileira de
Futebol entra em campo ou outros eventos desportivos ou oficias. Não
vivi, fisicamente, os dias do Império, já a República... Ah a República,
melhor não comentar. A vontade que dá é de dizer: devolvam a Pátria
Amada e gritar:
“Ou ficar a Pátria livre, ou morrer pelo Brasil”.
Viva
o Dia da Pátria! Viva aos pais da Pátria Brasileira, especialmente ao
Imperador Dom Pedro I e à Imperatriz Dona Leopoldina de Áustria!
(*) José Luís Lira, advogado.
Professor do Curso de Direito da Universidade Vale do Acaraú. Escritor
com vários livros publicados, jornalista, historiador e memorialista.
A republica já era um regime fracassado. Os governos Lula e Dilma coroaram e puseram fim.
ResponderExcluir