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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


segunda-feira, 3 de junho de 2024

DIVAGAÇÕES SOBRE O TEMPO VIVIDO - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

O tempo passou e nós nem aí.

Quando percebemos sua falta de freios, vieram me dizer que, em compensação, seu andar apressado traria tranquilidade e experiência.

Agora, quando sinto dor no edifício de carne e osso que ocupo, me chegam com uma conversa de "melhor idade". 

Se eu pudesse, nascia novamente ou pediria a juventude por empréstimo.

No estágio atingido pelo tempo, lembramos quando éramos promissores.

Nos quase 76 anos, nada repercute como antigamente e a estrutura geral é complexa.

Só me ocorre dar um jeito nessa coisa de "saber sofrer" que inventaram até para  o futebol.

Não é ressentimento, asseguro. É saudade de nós próprios.

Fico a me perguntar porque escrevo isso. 

Será que, de interessante, é a única coisa que tenho a dizer?

Quem se importa com tais divagações

2 comentários:

  1. Inexoravelmente o tempo passa, não volta nunca mais. Sobremaneira aquele que colhe, somente colhe o que semeou em terreno fértil, e hoje colhe a estima e admiração de muitos.

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  2. Melhor idade uma pinoia!
    Acho o papel, perco a caneta. Quando encontro a caneta, já não sei mais onde deixei o papel.
    Quando consigo unir os dois cadê o "óculos".
    E, quando junto os três, já não me lembro mais o que ia escrever.

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