Segundo Nelson Rodrigues, até a conquista da Copa do Mundo de 1958, o brasileiro era atormentado pelo complexo de vira-latas (desacreditar do próprio potencial).
Mas, interessante observar que foi o complexo de superioridade que nos tirou o título em duas Copas do Mundo.
O primeiro, em 1950, já "estava no papo", antes do jogo com o Uruguai. A concentração da seleção era uma festa permanente, antes da "conquista".
O segundo, em 1982, quando se convencionou chamar na época de "a última grande seleção brasileira da história".
Pelo pecado da imprevidência, a seleção de Telê foi derrotada pela Itália por 3 X 2. Paulo Rossi fez o "estrago".
E pensar que só precisávamos de um empate para seguir na Copa.
*AS PAIXÕES DE NELSON*
Nelson Rodrigues tinha duas paixões: a seleção brasileira e o Fluminense.
Com relação à seleção, dizia: "Se entra em campo com o nome do País e com o nosso Hino de fundo musical, então, é a pátria de calções e chuteiras".
Já com o Fluminense, exagerava: "Se o Fluminense jogasse no céu, morreria para ver o meu time".
Ia mais longe: "Quando o Fluminense precisa, se dá o milagre: os vivos saem de suas casas; os doentes, de suas camas; os mortos de suas tumbas".
Nelson Rodrigues colocou a poesia no futebol.
O futebol tem seus segredos. Julgar-se superior é um dos grandes problemas.
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