Páginas


"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


quinta-feira, 16 de outubro de 2025

COMPLEXO DE SUPERIORIDADE - Por Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Segundo Nelson Rodrigues, até a conquista da Copa do Mundo de 1958, o brasileiro era atormentado pelo complexo de vira-latas (desacreditar do próprio potencial).

Mas, interessante observar que foi o complexo de superioridade que nos tirou o título em duas Copas do Mundo.

O primeiro, em 1950, já "estava no papo", antes do jogo com o Uruguai. A concentração da seleção era uma festa permanente, antes da "conquista".

O segundo, em 1982, quando se convencionou chamar na época de "a última grande seleção brasileira da história".

Pelo pecado da imprevidência, a seleção de Telê foi derrotada pela Itália por 3 X 2. Paulo Rossi fez o "estrago".

E pensar que só precisávamos de um empate para seguir na Copa.

*AS PAIXÕES DE NELSON*

Nelson Rodrigues tinha duas paixões: a seleção brasileira e o Fluminense.

Com relação à seleção, dizia: "Se entra em campo com o nome do País e com o nosso Hino de fundo musical, então, é a pátria de calções e chuteiras".

Já com o Fluminense, exagerava: "Se o Fluminense jogasse no céu, morreria para ver o meu time".

Ia mais longe: "Quando o Fluminense precisa, se dá o milagre: os vivos saem de suas casas; os doentes, de suas camas; os mortos de suas tumbas".

Nelson Rodrigues colocou a poesia no futebol.


Um comentário: