“(Você) Já
parou para pensar por que o país do futuro permanece no futuro? Parece
que o Brasil nunca realmente anda pra frente. Sempre que dá um passo
adiante, tem-se a sensação de que mais adiante o país dará dois passos
atrás. Temos tudo para dar certo: talentos, conhecimento, apesar da
educação ser uma porcaria, criatividade de monte, bens naturais… mas,
por que o país não anda?” – Ronaldo Faria Lima
Entra ano e sai ano. Daqui a cinco dias começa 2020. E a população
sente na pele esta dura realidade: a atual república presidencialista
brasileira, foi- nos enfiada goela abaixo, em 15 de novembro de 1889. No
dia seguinte ao golpe militar, o jornalista republicano Aristides Lobo
escreveu num jornal: “Os brasileiros não compreenderam e assistiram
bestializados à Proclamação da República, pensando que era uma parada
militar”. A atual República foi marcada, na maior parte da sua
existência, ou seja, nos últimos 130 anos, por crises políticas, golpes,
conspirações, deposições de presidente e por dois longos períodos
ditatoriais (1930-1945 e 1964–1984).
Pela relação oficial do Governo Federal já tivemos 43 presidentes da
República. Na verdade foram mais. Na lista não consta duas juntas
militares, presidentes que assumiram no lugar dos que foram depostos,
etc. Mas vá lá. Dos 43 Presidentes da República, apenas 12 eleitos
cumpriram seus mandatos; 02 sofreram impeachment (Collor de Melo e Dilma
Rousseff); 7 eleitos foram depostos; 1 eleito renunciou; 1 assumiu pela
força. Tivemos 2 juntas militares no lugar de um presidente; 4
vice-presidentes que terminaram o mandato de presidentes eleitos (os
dois últimos foram Itamar Franco e Michel Temer); 1 eleito e impedido de
tomar posse; 5 interinos, 5 presidentes em regime de exceção; 1 eleito
se tornou ditador. Nos últimos 65 anos apenas 3 presidentes civis –
eleitos diretamente pelo povo – terminaram seus mandatos (Juscelino
Kubitschek, Fernando Henrique Cardoso e Luiz Inácio Lula da Silva).
Ao longo da fase republicana no Brasil, tivemos 12 estados de sítio
(suspensão das garantias constitucionais), 17 atos institucionais (que
permitem ao governante da vez violar a Constituição), seis dissoluções
forçadas do Congresso, 9 golpes de estado e 6 Constituições. A atual
Constituição foi promulgada, há apenas 30 anos. Também ocorreram
censuras à imprensa e aos meios de comunicação, com o fechamento de
jornais.
Dói dizê-lo: O povo não confia mais nas instituições, nos políticos e
nos poderes constituídos desta república. Os níveis de corrupção são
alarmantes. A Transparência Internacional deu nota 3,8 ao Brasil, no ano
2011. Trata-se de uma escala de 0 a 10, sendo 10 o valor atribuído ao
país percebido como menos corrupto. O Brasil é um país de analfabetos
funcionais e ocupa o 53º lugar em educação, entre 65 países avaliados no
exame internacional, o PISA. Em artigo, o Prof. Cesar S. Santos
afirmou: “A República apresenta um saldo extremamente negativo. Devemos
discutir outras possibilidades de regime político, pois uma conclusão se
impõe: a República faliu e ameaça levar consigo o que resta dos valores
e das forças positivas da nação brasileira” .
Cada dia a republiqueta Brasil se apresenta mais decadente Falta zelo, ética e moral. Sobra desonestidade e corrupção.
ResponderExcluirOlhamos o horizonte e não encontramos uma liderança politica que inspire confiança.
ResponderExcluirSerá que o Brasil não tem mesmo jeito? Um país imenso, cheio de riquesas minerais e florestais, com uma costa marítima imensa e próximo do Estados Unidos, não sair dessa mesmice de ínfimos resultados econômicos e educação atrasada é um quase uma vergonha.
ResponderExcluir