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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


sexta-feira, 31 de janeiro de 2020

A ESSÊNCIA DOS CAMPEONATOS ESTADUAIS - Wilton Bezerra, comentarista esportivo.


Quando volta e meia um assunto retorna ao debate, há um sinal claro de que carrega uma considerável carga de interesse. O amigo que nos acompanha fica liberado de ler essas mal traçadas, por exemplo, se a volta da conversa em torno dos campeonatos estaduais lhe desagradar.
Até agora, entre os prós e os contras, não tem surgido nenhuma sugestão que possa ser levada em conta para sobrevivência desses torneios.
Essa de aproveitar as datas FIFA para levar as competições regionais até o mês de dezembro nos parece absurda.
Abundam as mais diversas opiniões entre prosseguir ou fazer outro uso de 17 datas dedicadas aos certames estaduais, a partir do mês de janeiro.
Uns acham que, diante dos grandes, os demais times não servem nem como sparring para uma preparação consistente.
Os que são tachados de românticos acham que acabar com os estaduais seria destruir a raiz de uma coisa valiosa do nosso futebol.
Certo, porém, é que, se os certames estaduais não podem acabar, estão tentando acabar com eles, faz um bom tempo.
Prá não ficar no blá-blá-blá de sempre, em termos de futebol cearense, nos animamos em trazer sugestão baseada numa fórmula de regionalização.
Uma primeira fase, que pode ser chamada de primeiro turno, seria organizada sem Fortaleza e Ceará e dividida em chaves regionais.
O Cariri com Juazeiro, Crato e Barbalha, a região metropolitana com Ferroviário, Atlético, Caucaia e Pacajus, e a região norte liderada pelo Guarany de Sobral, dependendo de um arranjo com outras cidades para a composição de chave.
Dessa etapa inicial, a mais longa, sairiam quatro times, que se juntariam a Fortaleza e Ceará num segundo turno que apontaria os finalistas.
Tudo mais enxuto, mais rápido (os jogos mais interessantes ficariam mais próximos) e mais econômico, por evitar muitas viagens.
Não há dúvidas de que essa arquitetura traria uma trabalheira enorme para os organizadores.
As barreiras começariam a partir do estatuto do torcedor e terminariam na questão legal de quem figura atualmente nas duas divisões estaduais.
Sem uma corajosa reformulação, boa para grandes e pequenos, estaremos condenados à mesma ladainha de todo começo de ano.
A mudança proposta, numa nova sistematização de disputa, traria, entre outras coisas, a essência interiorana da competição.
Do contrário, vai restar ao desportista do interior torcer por times que ele só conhece pela televisão.
Ou isso ou aguardar o último suspiro dos campeonatos estaduais.

2 comentários:

  1. Meu caro Wilton Bezerra - Respeitando os contrários eu acho que quanto mais regionalizar maior é a concorrência salutar que deve existir no esportes entre localidades. Cidades, estados e país.

    A mais importante partida de futebol que assistir não foi Brasil e Itália na decisão de 1970. Foi Crato e Juazeiro do Norte no intermunicipal de 1969. De longe vi você e Foguinho desenrolando os fios no chão, quanta simplicidade. Logo no inicio da contenda Joãozinho fez o primeiro gol, em seguida Gilson Magasine elevou o placar para dois a zero Juazeiro do Norte. Na etapa final Pangaré fez dois gols e empatou a partida.

    Não creio que os cratenses e juazeirenses tenham tido maiores emoções do que aquelas vividas em Crato, depois Juazeiro e por fim a decisão em Fortaleza.

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