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"Ultrapassa-te a ti mesmo a cada dia, a cada instante. Não por vaidade, mas para corresponderes à obrigação sagrada de contribuir sempre mais e sempre melhor, para a construção do Mundo. Mais importante que escutar as palavras é adivinhar as angústias, sondar o mistério, escutar o silêncio. Feliz de quem entende que é preciso mudar muito para ser sempre o mesmo".

Dom Helder Câmara


domingo, 2 de outubro de 2022

PERDA DE TEMPO - Wilton Bezerra, comentarista generalista.

Se os escapamentos de neurônios não estiverem a me trair, acho que foi Antônio Maria que disse: "Perdemos muito tempo, lendo e tomando banho."

Não sei quanto tempo o compositor de "Ninguém me ama" passava no chuveiro.

E acho que o ato de ler não  pode ser considerado como perda de tempo.

Quem não lê vive em estado de privação mental.

Existem outras tantas coisas, sem futuro, com as quais se perde tempo.

No meu caso, do alto dos 74 anos de idade, confesso andar perdendo preciosos minutos de minha vida dormindo.

Calma. Posso explicar. Quando a gente cai na malha médica, não é pequena a lista de remédios que passamos a consumir.

Entre eles, medicamentos que apaziguam nossa mente e corpo.

E aí, não há como não cair nos braços de Morfeu, com frequência.

Aliás, por falar em Morfeu (filho de Hipnos, deus do sono), Orlando Silva, "o cantor das multidões", cansado de uma noite puxada, disse para um amigo: "Estou exausto. Vou cair nos braços de Orfeu."

Corrigiu o amigo: "Aí, faltou o M, Orlando."

"Ah, sim, claro: nos braços de Orfeum”, disse o cantor.

Na época, os famosos não eram tão letrados assim.

Um comentário:

  1. Antonio Alves do Sanharol, já na década de 30 do século passado, diante do seu pessimismo, quando via uma pessoa lutando por sua conquista dizia : "É trabai perdido".
    Quanto a leitura, eu sempre entendi que a humanidade se alimenta de informações, e é através da leitura que nos informamos. Uma bela crônicas a sua para uma boa reflexão.

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